“Unicórnio” português Anchorage vai guardar criptomoedas da maior gestora de ativos do mundo

A Anchorage de Diogo Mónica foi escolhida para custodiar as criptomoedas dos fundos da BlackRock, incluindo bitcoins. Só há outra empresa a prestar serviços semelhantes para a maior gestora de ativos.

Conferência "New Money" - 19MAR22
Diogo Mónica, fundador da Anchorage DigitalHugo Amaral/ECO

A Anchorage Digital, uma das startups portuguesas com estatuto de “unicórnio”, vai passar a prestar serviços de custódia de criptomoedas para a maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, anunciaram as empresas esta terça-feira num comunicado conjunto.

Trata-se de um anúncio de grande importância para o banco de criptomoedas fundado por Diogo Mónica, que se tornou no sétimo “unicórnio” nacional em 2021, quando ultrapassou uma avaliação superior a mil milhões de dólares.

Ao abrigo deste contrato, a Anchorage passará a guardar algumas das bitcoins que fazem parte do fundo iShares Bitcoin Trust ETF, em conjunto com a corretora norte-americana Coinbase, segundo informações submetidas pela BlackRock ao regulador da bolsa dos EUA. Atualmente, o fundo detém mais de 575 mil unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de 45 mil milhões de dólares a preços de mercado.

No entanto, o contrato não abrange só bitcoin. Contactado pelo ECO, Diogo Mónica explicou que “a parceria é global”, não se focando apenas na bitcoin. “A Anchorage era uma startup minúscula que não existia há oito anos e agora presta serviços para a maior gestora de ativos do mundo. É um marco pessoal, mas também do ponto de vista de negócio”, afirmou, indicando que, atualmente, a empresa é responsável por guardar mais de 50 mil milhões de dólares em ativos.

Apesar de recusar dar números concretos sobre a dimensão deste contrato com a BlackRock, Diogo Mónica admitiu que pode representar “dezenas de milhares de milhões de dólares” em novos ativos sob responsabilidade da Anchorage.

“À medida que cresce a procura por produtos de ativos digitais e se reforça a nossa presença no ecossistema, continuamos a expandir a nossa rede de prestadores de serviços, com foco nos fornecedores institucionais de maior qualidade. Após uma avaliação rigorosa, a Anchorage Digital demonstra claramente cumprir estes padrões, e estamos entusiasmados por expandir a nossa rede de prestadores de serviços de ativos digitais elegíveis com a inclusão da Anchorage Digital”, afirma o diretor de ativos digitais da BlackRock, Robert Mitchnick, citado num comunicado.

“A BlackRock passa agora a ter acesso a custódia de ativos digitais, staking, liquidação e governança on-chain através do Anchorage Digital Bank, o único banco com licença federal nos EUA no setor das criptomoedas”, lê-se na mesma nota.

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Minecraft usa tecnologia da portuguesa Sound Particles

A tecnologia da startup, sedeada em Leiria, já tinha sido usada em grandes produções, como Oppenheimer, Missão Impossível, Indiana Jones ou Dune.

Depois de Dune ou Star Wars, o filme Minecraft é a mais recente película a usar a tecnologia de som da portuguesa Sound Particles.

“É incrível ver o nosso software dar vida ao som de um universo tão marcante como o de Minecraft. É um orgulho saber que estamos a ajudar a transformar um fenómeno global dos videojogos num espetáculo de cinema”, diz Nuno Fonseca, fundador e CEO da Sound Particles, citado em comunicado.

O filme, uma adaptação do videojogo com o mesmo nome, tem superado as expectativas ao nível de vendas de bilheteira, tendo só nos Estados Unidos gerado 162,75 milhões de dólares de receitas, o melhor resultado no fim de semana de estreia do ano. A Comscore estimava que o filme, com Jack Black e Jason Mamoa, deveria gerar 157 milhões de dólares só no mercado doméstico, noticiou a CNN internacional.

Minecraft conta com a tecnologia de som da portuguesa Sound Particles. O software Sound Particles 2 alia “conceitos de computação gráfica ao áudio”, permitindo “criar sons tridimensionais complexos e realistas”.

A tecnologia da startup sedeada em Leiria já tinha sido usada em grandes produções, como Oppenheimer, Missão Impossível, Indiana Jones, Dune, Avatar II, Game of Thrones e Star Wars ou nas animações Frozen II e Super Mario.

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Afinal, número de imigrantes em Portugal subiu para 1,55 milhões em 2024. Eram cerca de 420 mil em 2017

Governo tem defendido "visão regulada e humanista" da imigração. Novo relatório mostra que, desde junho, fluxo de entradas de estrangeiros para obtenção de autorização de residência reduziu 59%.

O número de imigrantes a viver em Portugal subiu para quase 1,55 milhões no final de 2024, face aos 1,29 milhões no fim do ano anterior, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Este crescimento em 2024 foi verificado sobretudo no primeiro semestre do ano, enquanto se mantinha em vigor o mecanismo da manifestação de interesse, que foi extinto já por este Governo.

“A 31 de dezembro de 2024, Portugal registava, pelo menos, 1.546.521 cidadãos estrangeiros. Este número quase quadruplica o total de 421.785 cidadãos estrangeiros registado no final de 2017“, lê-se no relatório intercalar divulgado esta tarde.

Esse total relativo ao último ano deverá, porém, ser revisto em alta — “previsivelmente em mais 50 mil cidadãos estrangeiros”, detalha a AIMA –, quando for concluído o tratamento dos pedidos de regularização ao abrigo do regime transitório criado em meados de 2024.

“Estes cerca de 50 mil cidadãos já se encontravam em território nacional antes de 3 de junho de 2024 e já apresentaram pedido ao abrigo do regime transitório. Estima-se que, com esta revisão, o número de estrangeiros em Portugal em 2024 seja de cerca de 1.600.000“, esclarece a agência liderada por Pedro Portugal Gaspar.

Por outro lado, com base no trabalho que tem sido feito pela Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes, também os totais dos últimos anos já foram revistos em alta.

Para 2023, o número oficial anterior rondava os 1,044 milhões de imigrantes em Portugal. O número oficial agora é de cerca de 1,29 milhões de indivíduos. “Representa um aumento de 248.857 face ao número apresentado no Relatório de Migrações e Asilo relativo a 2023”, aponta o relatório intercalar.

A AIMA salienta, além disso, que, após o fim do regime da manifestação de interesse a 3 de junho de 2024, houve uma redução de 59% do fluxo de entradas de cidadãos estrangeiros em Portugal que tinham em vista a obtenção de uma autorização de residência.

No verão do ano passado, o Governo anunciou o fim das manifestações de interesse como parte de um pacote de medidas com vista a pôr um “ponto final” às “entradas sem regras” de imigrantes em Portugal.

O Executivo tem defendido uma visão “regulada e humanista” da imigração, salientando que, com as regras anteriormente em vigor, não estava a ser possível acolher bem essas pessoas, nem encaixá-las de forma adequada no mercado de trabalho.

Para resolver esse problema, além de ter acabado com as manifestações de interesse, o Governo criou canais tipo “via verde” para facilitar a atribuição de visto aos estrangeiros que as empresas recrutem lá fora. Em troca, os empregadores têm de garantir um contrato de trabalho, formação e acesso a “alojamento adequado”.

(Notícia atualizada às 18h25)

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Chega mais do que duplica orçamento, AD e PS esperam gastar menos. Os orçamentos dos partidos para a campanha

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

No total, os partidos estimam gastar 8,33 milhões de euros nesta campanha, um valor que fica abaixo dos 10,42 milhões gastos na campanha do ano passado.

O Chega prevê gastar nas legislativas de maio 1,6 milhões de euros, mais do dobro dos 700 mil orçamentados no ano passado, e AD e PS, somados, estimam gastar menos 1,9 milhões do que em 2024.

No total, os partidos estimam gastar 8,33 milhões de euros nesta campanha, um valor que, embora seja superior aos 7,98 milhões orçamentados em 2024, fica abaixo, em 2,09 milhões de euros, dos 10,42 milhões gastos na campanha do ano passado.

O partido liderado por André Ventura, que optou por não enviar à Lusa os dados discriminados que serão entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, prevê gastar em torno de 1,6 milhões de euros, adiantou fonte da candidatura. Esta previsão suplanta o orçamentado por este partido para legislativas de março de 2024, de 700 mil euros, que foram largamente ultrapassados na campanha, em que o Chega acabou por gastar cerca de 1,3 milhões de euros.

Depois de ter sido o partido com o maior crescimento nas últimas legislativas, o Chega é a única força política com representação parlamentar que prevê gastar mais do que nas legislativas antecipadas de 2024.

A AD, que passou da oposição para o Governo, supera este ano o PS na liderança da lista de despesas orçamentadas para esta campanha e estima gastar 2,55 milhões – menos 705 mil euros do que os 3,25 milhões de euros (755 mil acima do orçamentado) que acabou por gastar em 2024.

Deste valor, destaca-se o reforço da verba para a conceção da campanha, agências de comunicação e estudos eleitorais: em 2024 a coligação previu canalizar para esse campo 750 mil euros (e gastou apenas 728.272 euros), e quer agora investir um milhão de euros nesse campo para preparar as legislativas antecipadas de maio.

Sociais-democratas e centristas contam financiar a campanha quase na totalidade com uma subvenção estatal de 2,25 milhões de euros e cobrir a restante despesa (300 mil euros) com fundos próprios.

O PS é um dos partidos a acompanhar a tendência de redução de custos – no total, os partidos estimam gastar menos 2,1 milhões do que despenderam na campanha de 2024 –, com um orçamento de 2,25 milhões de euros, menos 1,2 milhões do que os socialistas gastaram na preparação da última ida às urnas para eleger a composição do parlamento.

Em comparação com as despesas do ano passado (que acabaram por ser quase 970 mil euros superiores às orçamentadas) o partido corta principalmente na estrutura de propaganda nas ruas como os cartazes e telas (onde gastou 624 mil euros em 2024 e estima agora uma despesa de 300 mil euros).

No entanto, o maior partido da oposição – que espera financiar a campanha totalmente a partir da subvenção estatal – aumenta o orçamento na propaganda digital e impressa, passando de 297,8 mil euros para 420 mil. De acordo com os dados comunicados ao Tribunal Constitucional em 2024, os socialistas acabaram, no ano passado, por gastar mais de 524 mil euros nesse tipo de propaganda e parecem ajustar as expectativas para esta campanha.

A Iniciativa Liberal, que não disponibilizou à Lusa os dados discriminados do orçamento da campanha, estima gastar 575 mil euros (menos 197.183 euros do os gastos em 2024) frisando apenas que as receitas estimadas “correspondem, essencialmente, à subvenção pública, ao qual se junta um complemento via angariações de fundos previstas”, segundo fonte da candidatura.

A CDU (PCP/PEV/ID) prevê gastar nesta campanha 595 mil euros: 441 mil oriundos da subvenção estatal, 144 mil do partido e 10 mil de angariação de fundos. Os comunistas também se contém nos gastos, depois de terem orçamentado 785 mil euros no ano passado e gastado apenas 656 mil.

O BE reduz orçamento de 508 mil euros em 2024 para pouco mais de 460 mil este ano, e conta financiar grande parte da campanha (386,4 mil euros) com a subvenção estatal, completando o “bolo” com 68,7 mil do próprio partido e cinco mil oriundos de angariações de fundos. Tal como a CDU, os bloquistas optam por não gastar dinheiro em estudos e estratégia de comunicação da campanha.

O Livre é o partido que mantém a expectativa de despesa mais próxima do que foi efetivamente gasto no ano passado, mas ainda assim prevê gastar menos 1.200 euros do em 2024, quando a campanha custou 151 mil euros. O PAN conta gastar 150 mil euros, totalmente financiados pela subvenção estatal, menos 23,5 mil do que em 2024.

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Salários do setor dos seguros e financeiro perdem poder de compra em 2024

Não obstante, os trabalhadores atividades financeiras e de seguros são os que têm as maiores remunerações convencionais, ganham em média 1.423,36 euros por mês.

Os salários dos trabalhadores do setor de atividades financeiras e de seguros perderam para a inflação, em média, 0,2% em 2024 face ao ano anterior. No extremo oposto, as remunerações reais do setor da construção subiram em média 9,2%, tendo a média das remunerações dos setores anualizadas ficado fixada em 2,7%.

Os dados constam no relatório sobre a regulamentação coletiva de trabalho referente a 2024 publicado pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). O documento tem em conta os trabalhadores por conta de outrem abrangidos por instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT). Foram analisadas as remunerações de 918.433 trabalhadores e, desses, 17.035 estão afetos ao setor das atividades financeiras e de seguros.

Os trabalhadores atividades financeiras e de seguros são os que têm as maiores remunerações médias convencionais, de 1.423,36 euros. A empresa de seguros que paga em média mais aos trabalhadores é a sucursal da AIG em Portugal, 1.919,46 euros. É também a empresa de seguros com a retribuição mínima mais baixa de 821,76 euros e está entre as que atribuem os salários mais altos, 3.228,56 euros, ficando atrás da Ageas e da Mútua dos Pescadores, estas com a remuneração convencional máxima de 3.440,14 euros e 3.343,00 euros, respetivamente.

Os trabalhadores do setor dos seguros abrangidos por instrumentos de regulamentação coletiva com a menor remuneração média são os abrangidos pelo contrato coletivo da APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros e o STAS com um ordenado médio de 1.191,63 euros.

Não obstante, a maioria (78%) dos trabalhadores no setor de atividades financeiras e de seguros receberam mais do que o salário mínimo nacional, de 820 euros.

O setor de atividades financeiras e de seguros é o quinto com remunerações convencionais mais elevadas, de 3.440,14 euros. Os valores das remunerações mais altas de todos os setores variam entre os 1.350,00 euros (construção) e os 7.785,58 euros (transportes e armazenamento).

Importa referir que apenas 6% dos trabalhadores do setor de atividades financeiras e de seguros abrangidos por IRCT não tiveram alterações salariais em 2024.

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União Europeia já admite comprar mais gás aos EUA

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

"É claramente uma possibilidade", disse o comissário europeu de Energia, Dan Jørgensen, antes de ressalvar que a UE não quer ficar "numa situação de dependência" energética.

O comissário europeu de Energia, Dan Jørgensen, colocou a hipótese de a União Europeia importar mais gás dos EUA, como sugeriu Donald Trump para reduzir as tarifas.

Questionado sobre se a UE irá comprar mais gás aos EUA no futuro, depois de Trump ter dito que poderia baixar as tarifas se a UE comprasse 350 mil milhões de dólares (cerca de 319,5 mil milhões de euros) em energia aos EUA, Jørgensen disse que “é claramente uma possibilidade”.

O comissário ressalvou, porém, que a UE não quer criar novas dependências e favoreceu a autossuficiência e a diversificação. “Não queremos estar nas mãos de ninguém que nos possa fechar o acesso à energia (…), não queremos continuar a estar numa situação de dependência como essa”, disse Jørgensen em relação às importações de gás russo pela UE antes da invasão da Ucrânia, durante o fórum Energy Summit 2025, realizado em Bruxelas.

O social-democrata dinamarquês acrescentou que a primeira coisa que a UE deve fazer é reduzir a dependência dos combustíveis fósseis através de um sistema de produção baseado na eletrificação e nas energias renováveis, bem como na melhoria da eficiência energética e das redes, o que poderia poupar à UE até 50 mil milhões de euros por ano.

“Mas, nos próximos anos, continuaremos a precisar de combustíveis fósseis e de gás, pelo que temos de diversificar”, acrescentou. Jørgensen sublinhou que a UE deve estar “grata, especialmente à Noruega, aos EUA e ao Qatar, pelo fornecimento de gás à UE desde que a Rússia invadiu a Ucrânia”.

“Se não o tivessem feito nos últimos dois anos, não teríamos conseguido reduzir tanto a dependência”, disse o comissário, que recordou que as importações de gás russo pela UE caíram de 45% para cerca de 13%, embora tenha sublinhado que é preciso fazer mais.

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Joaquim Aguiar é o novo diretor de subscrição Não Vida da Generali Tranquilidade

  • ECO Seguros
  • 8 Abril 2025

A direção de subscrição de riscos Não Vida da seguradora passa a ser liderada por Joaquim Aguiar. Sucede a João Amaral que se irá focar na Direção de Grandes Clientes e Corretores.

Há 33 anos no grupo Generali e com uma vasta experiência em seguros Não Vida, Joaquim Aguiar é o novo responsável pela área de subscrição Não vida da Generali Tranquilidade. Sucede a João Amaral, que acumulava a responsabilidade desta Direção de Subscrição com a da Direção de Grandes Clientes e Corretores da Generali Tranquilidade e passa agora a exercer em exclusividade esta última função, com o objetivo de reforçar o desenvolvimento sustentado do negócio no segmento de empresas.

Para além das funções na Generali Tranquilidade, Joaquim Aguiar é presidente da Direção do Gabinete Português de Carta Verde.

A sua atividade na indústria seguradora iniciou-se no ramo Automóvel na antiga Generali, em 1992, e durante a sua carreira, Joaquim Aguiar foi responsável pela direção técnica do ramo Automóvel, a direção técnica de Property & Casualty e a responsabilidade pela área de Atuariado Não Vida da Generali Companhia de Seguros SA.

Após a fusão da Generali com a Tranquilidade, em 2020 e até à data, esteve integrado na área de Produto e envolvido em projetos estratégicos da Companhia, como são exemplo a migração de carteiras e o desenvolvimento de um novo Core System para a Companhia. Durante este período teve também a responsabilidade pelo reporting interno na área dos produtos Não Vida.

Para além das atuais funções na Generali Seguros, é também o presidente da Direção do Gabinete Português de Carta Verde, cargo que exerce desde 2020.

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Arte que se saboreia (segundo a segundo)

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 8 Abril 2025

A Jaeger-LeCoultre junta-se ao chocolate sculptor Mathieu Davoine numa colaboração artística que celebra o tempo, a natureza e o savoir-faire suíço no âmbito do programa Made of Makers.

O tempo derrete na boca. Literalmente. A mais recente colaboração artística da Jaeger-LeCoultre — apresentada na semana passada durante a Watches & Wonders 2025 — convida-nos a saborear o tempo. Não em segundos, mas em intensos pedaços de chocolate esculpido, onde cada curva é uma ode ao savoir-faire. No universo relojoeiro o tempo também é feito de emoção, criatividade e uma pergunta que desafia séculos de convenções: poderá a relojoaria ser considerada uma forma de arte?

Foi com essa inquietação que nasceu o programa Made of Makers, há quatro anos. Uma iniciativa que procura criar pontes entre a relojoaria e outras expressões artísticas, explorando os seus pontos de contacto e redefinindo a noção de clássico. “Tudo começou com uma discussão em que formulámos uma pergunta: a relojoaria pode ser considerada uma arte?”, relembra a equipa da maison suíça. Com base na definição de arte como “expressão da criatividade humana, evocadora de emoção e sem utilidade funcional”, a resposta tornou-se evidente: sim. Afinal, desde a crise do quartzo, o relógio deixou de ser apenas um instrumento utilitário e passou a ser objeto de contemplação, de desejo — uma forma de expressão.

E se a arte desafia convenções, também o faz o conceito de “clássico”. Para a Jaeger-LeCoultre, ser clássico não é sinónimo de rigidez ou de tradição estagnada. “Clássico é algo em perpétuo movimento. A maioria das maisons que hoje consideramos clássicas foram, em tempos, profundamente disruptivas. Coco Chanel é o exemplo perfeito: nos anos 20 era revolucionária, hoje é um ícone do clássico.” O programa Made of Makers parte precisamente desta premissa: explorar novos territórios criativos que, hoje ousados, poderão ser os clássicos de amanhã.

Pólo, pólen e praliné
Este ano, o território eleito foi o do chocolate, com a colaboração do talentoso chocolatier francês Mathieu Davoine. A escolha não foi aleatória. “Ano após ano, exploramos diferentes universos da arte clássica. Este ano, queríamos algo inesperado, mas profundamente sensorial.” A seleção de Davoine seguiu três critérios: elevada competência sem fama excessiva, percurso não académico e uma personalidade alinhada com os valores da maison — autenticidade, humildade, paixão pelo trabalho manual.

Davoine recebeu o desafio: reinventar a experiência de degustação de chocolate com ingredientes do Vale do Joux e inspiração no mundo do pólo — o mesmo que motivou a criação do lendário modelo Reverso da Jaeger-LeCoultre, concebido nos anos 30 para resistir aos impactos daquele desporto. O resultado? Quatro criações escultóricas, efémeras, provocadoras, que desafiam tanto o paladar como a perceção visual.

Harmonie de Chocolat é o início da viagem de sabores (em que a Fora de Série teve o privilégio de embarcar no café 1931, no centro do stand da Jaeger-LeCoultre na Watches & Wonders), criada por Mathieu Davoine no âmbito desta parceria: uma sinfonia de texturas com mousse de chocolate negro, pérolas crocantes de cacau e ganache aveludada. Uma ode à riqueza sensorial do chocolate em todas as suas formas. A criação seguinte, Garou des Bois, apresenta-se em forma de bola de pólo, com uma combinação aparentemente clássica de baunilha e chocolate, mas que esconde cogumelos na sua composição — um convite à surpresa. Já Éclat de Caviar estimula a curiosidade, evocando a graxa das botas dos jogadores de pólo, numa pequena caixa onde se escondem micro-esferas de chocolate com tapenade de azeitona. O azeite no chocolate já não é novidade, mas a tapenade? Uma provocação deliciosa. Por fim, Douceur du Cavalier, inspirado no clássico Petit Écolier francês, mistura chocolate com pólen, numa evocação nostálgica à infância e aos sabores reconfortantes da memória do mestre chocolatier.

“O chocolate assume infinitas formas, desde a textura crocante à suavidade aveludada. Cada criação é um convite a uma viagem sensorial. No entanto, uma questão permanece. Existe realmente um limite para a criatividade? Quando a Jaeger-LeCoultre me pediu para reinventar a experiência de degustação de chocolate, vi uma oportunidade única de libertar a minha imaginação e ultrapassar os limites do sabor. Explorar a ligação entre o domínio técnico e a liberdade de expressão. Estar na intersecção do artesanato e da arte. Arte é desafiar expectativas. Azeitona, cogumelo, pólen. Imagino misturas inesperadas, combinações e sabores contrastantes para criar algo totalmente único. Praliné, trufa, fudge, desde um crocante crocante a um suave veludo. A inovação vai para além do sabor. O meu trabalho é também um jogo de texturas e contrastes para criar sensações em camadas. Microbolas, esculturas, trompe l’oeil, criando surpresas visuais através de ilusões de ótica”, conta Davoine.

Cada peça é mais do que um bombom: é uma escultura comestível, uma ilusão de ótica, uma experiência sensorial que teve a sua estreia na Watches & Wonders, mas que acompanhará os eventos Reverso da marca ao longo de todo este ano, desde pop-ups a ativações nas lojas, levando esta viagem de sabor e arte ao mundo.

“O chocolate tem algo de efémero e sensual. É uma matéria-prima viva, que reage ao toque, à temperatura, ao tempo. Tal como os relógios, exige um domínio técnico absoluto e um respeito profundo pela tradição. Para mim, o maior desafio criativo foi ousar”, confessa Mathieu Davoine. Ousadia, afinal, é a essência de toda a arte que perdura — e talvez, daqui a algumas décadas, estas esculturas efémeras de chocolate sejam lembradas como os clássicos de um tempo em que relojoaria e criatividade caminhavam lado a lado.

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J+Legal assessora a BrazFin, S.A., sociedade detida pela BlueCrow Capital

As duas transações foram coordenadas pelo associado sénior Lourenço Côrte-Real, que assessorou a BrazFin em todas as operações de negociação.

A J+Legal assessorou a BrazFin, S.A., sociedade detida pela BlueCrow Capital – Fundo de Capital de Risco português – em duas operações de venda de um conjunto de ativos imobiliários sitos em Alenquer e na Costa de Caparica a dois investidores institucionais, sendo o valor de ambas confidencial.

Uma das operações de venda respeita um conjunto de lotes de terreno para construção sitos na zona de Alenquer, estando já em curso as operações urbanísticas para início da respetiva construção e posterior comercialização de diversas frações destinadas a comércio, serviços e habitação.

As duas transações foram coordenadas pelo associado sénior Lourenço Côrte-Real, que assessorou a BrazFin em todas as operações de negociação, bem como de implementação das mesmas, incluindo negociação de garantias e mecanismos de pagamento do preço, até ao respetivo closing, que se deu no início desta semana.

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IVA zero do PS para um cabaz de alimentos essenciais deve custar 643 milhões de euros por ano

Socialistas não revelam o impacto. Mas a fatura poderá ultrapassar os 600 milhões, tendo por base a perda de receita em 550 milhões, em 2023, quando a medida foi implementada, e a subida dos preços.

O IVA zero, proposto pelo PS no programa eleitoral, para um cabaz de alimentos essenciais poderá custar 642,9 milhões de euros por ano, tendo em conta o impacto que a medida semelhante teve, entre abril e dezembro de 2023, de 550 milhões do lado da perda de receita, e a subida dos preços em 3,7%, entre o final de 2023 e a primeira semana de abril deste ano, calculada pela Deco Proteste. Os socialistas recusam revelar a fatura para o Estado nem indicam quantos e quais os produtos que estarão isentos de imposto.

António Mendonça Mendes, da cúpula do partido e autor do cenário macroeconómico do programa eleitoral, indicou apenas que os socialistas estimam gastar 730 milhões de euros com todas as propostas fiscais, desde o IVA zero na alimentação à redução do imposto para a taxa mínima, de 6%, para todo o consumo de eletricidade com potência contratada até 6,9 kVA, à descida do IUC em 20% para automóveis até média cilindrada, matriculados após 1 de julho de 2007 ou à criação do “ano zero” para o IRS Jovem. Significa que só o IVA zero nalguns bens poderá representar 90% da despesa com redução de impostos.

“Em vez de 1.750 milhões de euros, que é a proposta da AD de diminuição do IRC, aquilo que propomos é dar esses 1.750 milhões às famílias. Para ser mais concreto, 1.744 milhões de euros, divididos entre medidas fiscais (730 milhões), prestações e apoios (270 milhões), habitação e Serviço Nacional de Saúde (744 milhões)”, concretizou esta segunda-feira, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O regresso permanente do IVA zero para um cabaz de produtos alimentares essenciais é uma das principais medidas fiscais do programa com que o PS concorre às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio. Os socialistas não esclarecem, porém, que bens serão abrangidos, mas prometem uma monitorização permanente, que “assegure que as margens de lucro da distribuição não se apropriam dos ganhos para os consumidores”, sublinhou Mendonça Mendes.

Apesar de os socialistas não detalharem quais os produtos que estarão isentos de imposto nem indicarem o impacto para os cofres do Estado, do lado da perda de receita, é possível extrapolar a partir das estimativas feitas pelo anterior Governo socialista, de António Costa, quando implementou, de forma temporária, entre abril e dezembro de 2023, o IVA zero para um cabaz de 46 alimentos essenciais, uma medida para mitigar o efeito da inflação sobre os consumidores.

Estes foram os bens que beneficiaram da eliminação do imposto:

  • Cereais e derivados e tubérculos, como pão, batata, massa e arroz;
  • Legumes e hortaliças como cebola, tomate, couve-flor, alface, brócolos, cenoura, courgette, alho francês, abóbora, grelos, couve portuguesa, espinafres, nabo e ervilhas;
  • Frutas em estado natural, como a maçã, banana, laranja, pera e o melão;
  • Leguminosas em estado seco, especificamente o feijão vermelho e o feijão frade, bem como o grão (não inclui os produtos em frasco);
  • Laticínios, como leite de vaca “em natureza, esterilizado, pasteurizado, ultrapasteurizado, fermentado e em pó” e queijos, mas também iogurtes e bebidas vegetais;
  • Carne e miudezas comestíveis, frescas ou congeladas, como porco, frango, peru e vaca;
  • Peixe fresco, congelado, seco, salgado ou salmoura, como o bacalhau, sardinha, pescada, carapau, dourada e cavala (excluindo o peixe fumado e conserva);
  • Latas de atum em conserva;
  • Ovos (só de galinha);
  • Gorduras e óleos, nomeadamente o azeite, óleos alimentares e a manteiga;
  • Bebidas e iogurtes de base vegetal, sem leite e laticínios;
  • Produtos dietéticos destinados à nutrição entérica e produtos sem glúten

Inicialmente, a isenção do imposto era para vigorar entre meados de abril e outubro e teve um impacto de 410 milhões de euros, segundo as contas do então ministro das Finanças, Fernando Medina. Com o alargamento da medida para o final de dezembro, o Executivo de então indicou que a fatura iria subir mais 140 milhões de euros, ou seja, 70 euros por cada mês, o que gerou uma despesa global de 550 milhões de euros. Se o IVA zero tivesse sido aplicado ao longo dos 12 meses do ano, o custo seria os 620 milhões, aos preços de 2023.

Tendo em conta a atualização que é feita semanalmente pela Deco Proteste, um cabaz de 62 bens alimentares essenciais custava 230,1 euros, a 27 de dezembro de 2023. Na primeira semana de abril, o mesmo conjunto de produtos já pesava mais 8,4 euros nos bolsos das famílias, com a fatura a chegar aos 238,5 euros. Trata-se de uma subida de 3,7%. Aplicando este aumento dos preços ao custo final do IVA zero, de 620 milhões de euros, dá uma perda de receita adicional de 22,94 euros, elevando o impacto para 642,9 milhões de euros por ano.

De salientar, no entanto, que a monitorização da Deco é feita tendo em conta os preços mais de 60 alimentos e que a medida do Governo de maioria absoluta socialista, de António Costa, dirigiu-se a um conjunto de produtos mais restrito: 46.

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Musk insulta publicamente conselheiro de Comércio de Donald Trump

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

O conselheiro para o de Comércio da Casa Branca considera que o responsável da Tesla "não é um fabricante de automóveis", mas apenas um "montador" que trabalha com peças importadas da Ásia.

O CEO da empresa automóvel Tesla, Elon Musk, insultou esta terça-feira o consultor de Comércio de Donald Trump, Peter Navarro, chamando-lhe “idiota” e “mais burro que um saco de tijolos” em mensagens na sua rede social.

Musk – que é considerado o homem mais rico do mundo e que está a liderar uma missão para reduzir radicalmente as despesas públicas dos Estados Unidos – escreveu em duas mensagens, divulgadas na rede social X, que Peter Navarro era um “idiota” e que era “mais burro que um saco de tijolos”, na tradução literal da expressão que utilizou.

O empresário – que tem sido aliado próximo do Presidente Donald Trump, e que financiou generosamente a sua campanha eleitoral – escreveu estes comentários sobre um vídeo em que o consultor de Comércio da Casa Branca considera que o responsável da Tesla “não é um fabricante de automóveis”, mas apenas um “montador” que trabalha com peças importadas da Ásia.

“O que queremos, e é aqui que temos visões diferentes de Elon, é que os pneus sejam feitos” nos Estados Unidos, assim como as transmissões e os motores, explica Peter Navarro neste vídeo, retirado de uma entrevista à cadeia televisiva CNBC. “Navarro é um completo idiota. O que ele está a dizer aqui é falso e facilmente comprovado”, reagiu Musk.

Musk voltou à carga numa terceira mensagem furiosa, acrescentando que, de todos os fabricantes de automóveis, a Tesla tinha “o conteúdo mais americano”.

Elon Musk já tinha sinalizado, mas de forma mais discreta, a sua oposição à política radicalmente protecionista de que Peter Navarro é um dos principais arquitetos e que resultou na semana passada no anúncio de taxas alfandegárias, algumas astronómicas, contra os parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Os meios de comunicação social norte-americanos já tinham relatado tensões entre o empresário e outros membros do Governo de Trump sobre o desmantelamento de grandes setores da burocracia federal por Musk. Donald Trump manteve o seu apoio a Musk até agora, mas recentemente sinalizou várias vezes que a missão do empresário hiperativo dentro do seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) não durará para sempre.

Nas últimas semanas, outros grandes nomes do mundo empresarial, muito menos próximos do Presidente norte-americano, também manifestaram, embora com cautela, as suas dúvidas sobre a política comercial da Casa Branca.

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Bolsa de Lisboa segue Europa e sobe 2,8% na melhor sessão em um ano

PSI teve melhor desempenho desde abril de 2024, com Mota-Engil a recuperar 8%. Cenário semelhante na Europa, ainda que o sentimento permaneça frágil, a horas de entrarem em vigor as tarifas dos EUA.

A bolsa de Lisboa registou esta terça-feira a maior subida percentual em um ano, num dia marcado pela recuperação dos principais índices mundiais, depois de perdas avultadas nas três sessões anteriores. O sentimento dos investidores mantém-se frágil, enquanto aguardam clareza sobre as novas tarifas recíprocas dos EUA que deverão entrar em vigor nesta madrugada.

O PSI fechou a somar 2,8%, para 6.437,75 pontos, alinhado com a subida de 2,72% do índice de referência europeu Stoxx 600. As restantes praças da Europa assistiram a subidas equivalentes nesta sessão, mas continuam em níveis inferiores aos registados antes do anúncio das “tarifas recíprocas” pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, no passado dia 2 de abril.

Em Lisboa, o dia foi positivo para praticamente todas as cotadas, com a Mota-Engil à cabeça (ver gráfico). A construtora avançou 8,02%, para 3,15 euros por ação, depois de na segunda-feira ter sido uma das cotadas mais penalizadas durante a turbulência que se instalou nos mercados financeiros.

Evolução da Mota-Engil na bolsa de Lisboa:

Já a EDP Renováveis, uma das cotadas portuguesas mais expostas aos EUA, valorizou 4,79%, para 7,215 euros, depois de ter afundado mais de 15% nas duas sessões anteriores. No entanto, a EDP Renováveis continua a ser o membro do PSI com o pior desempenho desde o início do ano, vendo os seus títulos perderem mais de 30% do respetivo valor.

Na banca, as ações do BCP recuperaram 3,64% e fecharam nos 49,32 cêntimos, com a empresa liderada por Miguel Maya a quebrar um ciclo de cinco sessões consecutivas de perdas, em que acumulou uma queda de cerca de 16%. No entanto, o banco continua a negociar abaixo do valor de referência de 50 cêntimos por ação.

Das ações para as matérias-primas, o barril de petróleo negoceia com perdas ligeiras, com o Brent a cair 0,36% e a valer menos de 64 dólares em Londres, enquanto o WTI descia 0,33% em Nova Iorque, para 60,5 dólares.

Entretanto, o preço spot do ouro, o ativo de refúgio de eleição dos investidores, avançava 0,75%, para 3.005 dólares a onça.

Mercados aguardam tarifas

As novas tarifas recíprocas dos EUA contra alguns dos seus principais parceiros comerciais deverão entrar em vigor esta madrugada, quando forem 5h01 em Lisboa. Os novos direitos aduaneiros afetam também as importações de bens oriundas da União Europeia (UE), que ficarão sujeitas a uma taxa adicional de 20%.

Ainda assim, alguns investidores mantêm a esperança de que eventuais negociações entre os EUA e os vários países afetados possam chegar a bom porto. Segundo a Bloomberg, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, irá deslocar-se aos EUA na próxima semana para tentar extrair diretamente de Donald Trump concessões para a UE.

Apesar da abertura para negociar, a Comissão Europeia entregou esta segunda-feira à noite aos Estados-membros uma longa lista de produtos norte-americanos que poderão ser alvo de novas tarifas aduaneiras, como forma de retaliação, noticiou o ECO esta terça-feira. A lista será votada pela Comissão Europeia na quarta-feira, com as primeiras taxas previstas para entrarem em vigor no dia 16 de maio, de acordo com um documento preliminar a que o ECO teve acesso.

As atenções estão particularmente voltadas para a China, que já retaliou contra os EUA ao imitar a tarifa adicional de 34% anunciada por Trump na semana passada. A decisão de Pequim levou Donald Trump a ameaçar, na segunda-feira, impor um novo adicional 50% já a partir desta madrugada, caso o regime chinês não recue nessa decisão. A confirmar-se, o imposto aduaneiro sobre as importações chinesas dos EUA poderá ascender aos 104%.

(Notícia atualizada às 17h25 com mais informação)

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