Penafiel torna-se o sétimo destino da neerlandesa Zeeman em Portugal

A concorrente da Primark prepara-se para abrir a sua sétima loja no mercado nacional. A multinacional soma 1.335 lojas, espalhadas por oito países. Em Portugal, já está em sete cidades.

Depois de abrir a primeira loja em Matosinhos no ano passado, a multinacional neerlandesa Zeeman, especializada em vestuário e produtos têxteis básicos, continua a apostar no Norte de Portugal. Desta vez, a concorrente da Primark escolheu Penafiel, mais concretamente o Penafiel Retail Park, para abrir a sétima loja.

A abertura da nova loja em Penafiel é mais um passo importante na nossa expansão” no país, afirmou a regional manager da Zeeman Portugal. “Esta é mais uma nova localidade para a Zeeman, na qual vamos, como sempre, fazer todos os possíveis para nos aproximarmos da comunidade e contribuir positivamente para a economia local, oferecendo produtos básicos de qualidade acessíveis a todos”, afirma Eunice Rodrigues, em comunicado.

A abertura da nova loja em Penafiel é mais um passo importante na nossa expansão em Portugal.

Eunice Rodrigues

Regional Manager da Zeeman Portugal

A inauguração está agendada para o dia 28 de novembro e vai contar com a presença de Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel. Em Portugal, a multinacional conhecida pelos preços baixos está presente em Matosinhos, Gaia, Porto, Paços de Ferreira, Braga, Póvoa de Varzim e agora Penafiel.

A multinacional neerlandesa dispõe de uma vasta gama de produtos, desde vestuário para adultos e crianças, collants e meias, têxteis de cama, banho e cozinha, roupa interior, lingerie e pijamas. Também comercializa produtos não têxteis, como acessórios domésticos e produtos de limpeza.

A Zeeman abriu portas em 1967 nos Países Baixos e hoje contabiliza 1.335 lojas espalhadas por oito países, onde assegura ter mais de 70 milhões de clientes. Além dos Países Baixos, está na Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo e, desde 2023, em Portugal.

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12% dos jovens portugueses acumulam estudos e trabalho. É menos do que a média da UE

Portugal tem a nona menor taxa da UE de jovens que acumulam estudos e trabalho. É nos Países Baixos que se encontram mais jovens nessa situação, a par da Dinamarca e Áustria.

Quase 12% dos jovens portugueses que estão a estudar têm também, em paralelo, um emprego. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, a taxa de trabalhadores estudantes registados em Portugal está abaixo da média comunitária, e muito longe dos campeões europeus. Nos Países Baixos, por exemplo, mais de sete em cada dez jovens estudantes também trabalham.

“Em 2023, 25,7% dos jovens europeus (com idades entre os 15 e os 29 anos) estavam empregados durante a sua educação formal. Enquanto 71,4% mantiveram-se fora da força de trabalho, 2,9% estavam disponíveis para trabalhar e a procurar ativamente um emprego (ou seja, estavam desempregados) enquanto estudavam”, informa o gabinete de estatísticas, numa nota.

Em comparação, em 2023, 11,7% dos jovens estudantes em Portugal tinham um emprego, enquanto 2,9% estavam desempregados e 85,4% estavam fora da força de trabalho. Ou seja, a taxa de trabalhadores estudantes registada em Portugal é inferior à média comunitária e é mesmo a nona mais baixa da União Europeia, conforme mostra o gráfico abaixo.

Ora, de acordo com o Eurostat, há diferenças significativas entre os Estados-membros. Nos Países Baixos, 74,5% dos jovens que estudam também trabalham, na Dinamarca 52,6% dos jovens estudantes estão nessa situação e na Áustria essa taxa é de 46,2%.

“Em contraste, a Roménia (2,3%), a Eslováquia (5,8%) e a Hungria (6,1%) registaram as fatias mais baixas, entre os países da União Europeia“, sublinha o Eurostat.

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25 de novembro foi “passo importante no caminho da liberdade e democracia”, diz Marcelo

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

A Assembleia da República assinalou, pela primeira vez, o 25 de novembro de 1974. Recorde as principais intervenções nas celebrações que decorreram esta segunda-feira no Parlamento.

O Parlamento comemorou esta segunda-feira os 49 anos do 25 de novembro de 1975, com uma sessão solene que seguiu o modelo da cerimónia dos 50 anos do 25 de Abril e que motivou críticas da esquerda.

A sessão solene contou com intervenções de todos os partidos com representação parlamentar, com exceção do PCP, que não marcou presença. Discursaram ainda o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, cabendo a intervenção final, à semelhança do que acontece na sessão solene do 25 de Abril, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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Contratos portuários existentes também podem alargar prazo até aos 75 anos

O alargamento do prazo máximo das concessões portuárias para 75 anos aplica-se tanto a novos contratos, como a contratos existentes. Contratos nunca podem ultrapassar 75 anos, mesmo com prorrogações.

O alargamento do prazo máximo das concessões portuárias de 30 para 75 anos vai incluir contratos em execução e novos contratos, sendo que a fixação do prazo será sempre determinada “em função do período de tempo necessário para amortização e remuneração” do investimento. Os contratos podem ser prorrogados, mas nunca podem ultrapassar o prazo máximo agora estabelecido, de 75 anos.

A alteração às concessões do serviço público de movimentação de cargas em áreas portuárias publicada esta segunda-feira em Diário da República, que vem alargar o prazo máximo das concessões, “é aplicável aos contratos de concessão portuárias, em execução ou a celebrar, e aos procedimentos de formação de contratos iniciados ou a iniciar”, clarifica o decreto-lei.

“O contrato de concessão é outorgado por prazo determinado estabelecido em função do período de tempo necessário para amortização e remuneração, em normais condições de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário, não podendo ser superior a 75 anos”, acrescenta o mesmo documento.

À semelhança do que acontece hoje, os contratos podem ser prorrogados, “com fundamento na necessidade de assegurar a amortização e remuneração, em normais condições de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário”, mas “o prazo inicial da concessão acrescido de eventuais prorrogações não pode ultrapassar o prazo máximo de 75 anos“.

O alargamento do prazo das concessões portuárias para 75 anos era um projeto que já vinha do anterior Executivo e que foi aprovado em conselho de ministros no passado dia 17 de outubro e recebeu luz verde do Presidente, já este mês.

O decreto-lei refere que esta alteração pretende equiparar o prazo máximo de duração das concessões dos terminais portuários de uso privativo com as concessões públicas, assim como permitir ao setor nacional competir “com regimes jurídicos externos e concorrenciais que permitem prazos de concessão mais adequados à captação de investimento“, refere o decreto-lei.

“É essencial proceder à harmonização das regras aplicáveis quanto ao prazo das concessões portuárias de serviço público, incentivando o investimento e a renovação das infraestruturas, possibilitando que o setor portuário nacional concorra em condições de igualdade no mercado internacional, com benefícios para as exportações e para o desenvolvimento do País”, remata o documento.

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Portugal é o 5º país da UE com menor aumento de despesas com prestações sociais

Despesas do Estado com prestações de proteção social aumentaram em todos os países da União Europeia entre 2022 e 2023. Portugal é dos que registou das menores subidas.

As despesas do Estado com prestações de proteção social aumentaram em todos os países da União Europeia (UE) entre 2022 e 2023, com Portugal a registar a quinta menor subida, de acordo com dados do Eurostat divulgados esta segunda-feira.

Os dados preliminares do organismo de estatística europeia indicam que, em 2023, a despesa total com prestações de proteção social na UE subiu 6,1% em comparação com 2022, para 4.583 mil milhões de euros.

Os maiores aumentos entre 2022 e 2023 foram registados na Eslováquia, com um aumento de 18,9%, a Polónia, com uma subida de 18,4%, e a Hungria, com um avanço de 15,2%, enquanto os menores aumentos foram registados na Dinamarca (+2,3%), Itália (+3,5%), Estónia (+3,8%).

Fonte: Eurostat

Entre os países da UE para os quais são publicadas estimativas de 2023, as despesas com prestações de proteção social em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) foram mais elevadas em França (31,3% do PIB), Finlândia (31,2%) e Áustria (29,7%), enquanto foram mais baixas na Irlanda (12 %), Malta (13,2%) e Estónia (15,3%).

As prestações de velhice e de doença/cuidados de saúde representaram a maior fatia das prestações de proteção social em todos os países da UE.

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Clima empresarial na Alemanha piora em novembro

Os recentes dados do Ifo revelam um "cenário económico sombrio na Alemanha", com uma deterioração das expectativas nos setores da indústria, serviços e construção.

O ambiente económico na Alemanha continua pouco otimista. Os mais recentes dados do índice IFO, que mede o clima empresarial na Alemanha, revelam “um cenário mais sombrio para as empresas.”

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Ifo apontam para uma queda de 0,92% das expectativas dos empresários este mês, com o índice Ifo a passar de 86 pontos em outubro para os atuais 85,7 pontos, ficando inclusive abaixo das expectativas dos analistas, que apontavam para os 86 pontos, e para o valor mais baixo desde janeiro.

Esta queda é atribuída principalmente a uma avaliação mais negativa da situação atual das empresas, ao mesmo tempo que as expectativas para o futuro também sofreram uma ligeira deterioração. “A economia alemã está a debater-se com dificuldades”, refere Clement Fuest, presidente do instituto IFO em comunicado.

Fonte: Instituto Ifo.

Os números revelam que no setor industrial o clima empresarial piorou, com as empresas a expressarem ceticismo relativamente aos próximos meses, embora “mostrem estarem ligeiramente mais satisfeitas com a situação atual”, destaca Clement Fuest,

No setor de serviços, o clima empresarial caiu significativamente. “As empresas avaliam a situação atual como significativamente pior” e “as expectativas também foram mais pessimistas”, refere ainda o presidente do instituto Ifo.

No sentido contrário permanece o setor do comércio que, segundo o relatório, apresenta sinais ligeiramente mais positivos, com as empresas a avaliarem melhor a sua situação atual e a demonstrarem menos pessimismo quanto ao futuro, tanto no retalho como no comércio por grosso. No entanto, apesar desta melhoria relativa, “o sentimento das empresas continua longe de ser positivo”, sublinha Clement Fuest.

No setor da construção, “o clima empresarial deteriorou-se visivelmente”, destaca o relatório. Clement Fuest refere que as empresas mostraram-se menos satisfeitas com a atualidade do ambiente de negócios e as expectativas voltaram a ser mais céticas.

Este cenário geral reflete uma economia que enfrenta desafios significativos em vários setores, com um ambiente de negócios marcado por incertezas e dificuldades persistentes.

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Centeno considera que planos para abdicar das normas de Basileia “não vão resultar”

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

"Suspeito que uma decisão dos Estados Unidos de abandonar estas regras não vai resultar. A Europa não deveria estar numa situação dessas”, avisa o governador do Banco de Portugal.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, disse que qualquer tentativa dos Estados Unidos para pôr de lado o reforço das regras de capital bancário irá correr mal, apelando para que a Europa não arrisque seguir esse caminho.

A Europa deve implementar [o Acordo de] Basileia III, a menos que seja contraproducente”, afirmou o banqueiro, numa entrevista à Bloomberg (acesso pago) em Londres.

Centeno, que é também membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), suspeita que “uma decisão dos EUA de abandonar estas regras não vai resultar“. “A Europa não deveria estar numa situação dessas”, considerou.

As normas de Basileia III, introduzidas na sequência da crise financeira de 2008, têm como objetivo garantir que os bancos têm capital suficiente para cobrir os riscos que enfrentam e promover a transparência e práticas bancárias sólidas.

A aplicação das regras deveria acontecer em todos os países do mundo em simultâneo, mas alguns, como os EUA, estão a decidir os seus próprios prazos e alteraram algumas das medidas, o que levou os bancos a queixarem-se de potenciais desvantagens.

Na semana passada, o Financial Times revelou que alguns altos responsáveis políticos do BCE defendem a publicação de um estudo que mostra que os requisitos de capital para os grandes bancos da União Europeia aumentariam numa percentagem de dois dígitos se fossem sujeitos às normas regulamentares norte-americanas, de modo a contrariar as pressões do setor bancário no sentido de suavizar a aplicação das novas regras por Bruxelas.

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Pedro Nuno Santos garante que PS vai chumbar todas as autorizações legislativas do Governo

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

Líder socialista diz que PS não vai dar nenhum cheque em branco ao Governo. “A matéria que é da competência da Assembleia da República tem de passar e ser decidida na Assembleia da República”, realça.

Pedro Nuno Santos assume que, “por uma questão de princípio”, o PS “chumbará todas as autorizações legislativas” que o Governo incluiu no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), entre as quais as mexidas nas férias, greves e mobilidade da Função Pública e a revisão da lei do IVA reduzido a aplicar às empreitadas de habitação a custos controlados.

Em entrevista conjunta ao Jornal de Negócios (acesso condicionado) e à Antena 1, o secretário-geral do partido sublinha que as autorizações legislativas “são um instrumento importante”, ao qual, admite, “o Governo anterior do Partido Socialista recorreu”. “Só que tinha uma maioria no Parlamento e essa maioria confiava no Governo para poder fazer o diploma que desejava fazer”, enquanto “hoje temos um Parlamento fragmentado” e “um Governo que teve 29% dos votos”, ressalva.

“Portanto, a matéria que é da competência da Assembleia da República tem de estar na Assembleia da República, tem de passar e ser decidida na Assembleia da República. Não vamos dar nenhum cheque em branco, nem vamos viabilizar nenhuma das autorizações legislativas que estão no Parlamento“, atira Pedro Nuno Santos, frisando que “o Governo, se quiser legislar, tem que legislar”.

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Podcast Advocatus. Entrevista a Carlos Rodrigues Lima e Rui Costa Pereira e a rubrica Quid Juris

  • ADVOCATUS
  • 25 Novembro 2024

Neste episódio o grande repórter do NOW Carlos Rodrigues Lima e o advogado da MFA Rui Costa Pereira foram os entrevistados. Na rubrica Quid Juris falamos sobre as novas regras do Alojamento Local.

No terceiro episódio do Podcast Advocatus, a diretora executiva Filipa Ambrósio de Sousa entrevistou Carlos Rodrigues Lima, grande repórter do NOW, e Rui Costa Pereira, associado coordenador da MFA Legal.

Na rubrica Quid Juris, um segmento que pretende clarificar situações jurídicas, atuais e diárias, e conduzida pelo jornalista Frederico Pedreira, analisamos as novas regras do Alojamento Local. Para falar sobre todos os contornos deste novo regime jurídico contamos com a participação de Bruno Sampaio, associado sénior da paxlegal.

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Veja aqui o vídeo.

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Italiano Unicredit surpreende com OPA de dez mil milhões ao Banco BPM

O UniCredit anunciou que a oferta de compra do Banco BPM era independente de sua proposta de investimento no Commerzbank.

O italiano Unicredit lançou, esta segunda-feira, uma oferta surpresa para a compra de todas as ações do rival Banco BPM, avança a Reuters. Uma operação avaliada em dez mil milhões de euros e que em nada afeta o interesse em negociar com o alemão Commerzbank.

O banco liderado por Andrea Orcel desde 2021, tido como um negociador veterano, já tinha preparado anteriormente uma oferta de compra do Banco BPM (antes do início da guerra na Ucrânia) antes de voltar o seu foco para a Alemanha, onde os seus avanços provocaram uma reação negativa devido à oposição política a uma aquisição por um credor italiano que levaria a cortes de posts de trabalho e exporia o Commerzbank ao risco soberano italiano.

A participação de quase 21% que o UniCredit construiu no Commerzbank, em parte com derivativos condicionados à aprovação do supervisor, “continua a ser um investimento importante com potencial de valorização substancial”, disse o UniCredit. O UniCredit anunciou assim que a oferta de compra do Banco BPM era independente de sua proposta de investimento no Commerzbank.

“Com a aquisição de um dos nossos alvos históricos, reforçamos a nossa posição em Itália”, disse Andrea Orcel, CEO do UniCredit.

As ações do Commerzbank chegaram a cair 7% no início das negociações em Frankfurt, enquanto em Milão as ações do UniCredit caíram cerca de 1,5% e as ações do BPM subiram quase 5%.

A oferta surge depois que o Banco BPM ter comprado este mês 5% do resgatado Monte dei Paschi, o que pode ser visto como uma potencial abertura de caminho para uma eventual fusão com o banco mais antigo do mundo à medida que o Estado sai totalmente do Monte dei Paschi. E à oferta de compra de 1,6 mil milhão de euros que o Banco BPM lançou este mês para obter o controlo total da gestora de ativos Anima Holding.

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“Ainda há um desafio muito grande para trazer os portugueses a comprar mais produtos de território nacional” no digital

A Wise Pirates partilhou algumas das tendências para a peak season deste ano, fase de vendas na qual o digital tem cada vez mais impacto e que tem sido crítica para o crescimento do e-commerce.

Ainda há um desafio muito grande para trazer os portugueses a comprar mais produtos de território nacional [no digital]“, entende Daniela Cunha, chief operating officer (COO) da Wise Pirates, que considera que os players internacionais com grandes orçamentos dificultam a superação deste desafio.

Apesar da expectativa de que em 2025 já houvesse uma aproximação dos 50%, a verdade é que “infelizmente o país ainda apresenta uma percentagem muito elevada de compras feitas em sites internacionais”, na ordem dos 67% em relação a 33% realizadas em sites nacionais, sublinha.

As ideias e dados foram apresentados no webinar Peak Season 2024 da Wise Pirates, onde a agência antecipou as tendências para os grandes momentos de consumo deste ano (como a Black Friday e o Natal), apresentando estratégias destinadas aos gestores de marcas para maximização de vendas e potencialização dos diferentes canais e experiências do cliente.

Conforme apresentado, o digital tem tido cada vez mais impacto em todos os canais de venda, mesmo em interligação com as lojas físicas, sendo que em média 80% dos novos clientes e 64% dos clientes existentes interagiram com um touchpoint digital durante a sua jornada de compra.

E isto acontece numa altura em que os compradores online em Portugal têm vindo a aumentar, embora continuem sem se aproximar da média europeia. Este ano, a percentagem de portugueses que fazem compras online situa-se nos 64%, enquanto a média europeia se fixa em 76%. A estimativa para 2027 é que a média europeia (85%) continue, de forma significativa, acima da portuguesa (71%).

Uma certeza apresentada no webinar é que a peak season tem sido crítica para o crescimento do e-commerce, servindo esta fase de grande consumo como “ferramenta para alavancar as compras online e trazer pessoas para este tipo de vendas“, explicou Daniela Cunha. No ano passado, a peak season apresentou um crescimento de vendas de 12%, sendo que um dos destaques foi a crescente preferência por compras online que representaram 24% dos gastos dos portugueses, num aumento de 2% face a 2022.

Este ano, o período compreendido entre a Black Friday e o Natal é mais curto do que nos anos anteriores: são só 26 dias em relação aos 31 registados em 2023, ou aos 30 de 2022, por exemplo. Isto pode representar uma “janela de oportunidade“, porque há “uma mesma disponibilidade financeira para menos dias, pelo que é esperado que haja um maior número de compras em cada dia. Mas isto também significa que cada dia que não se vende é uma perda de oportunidade maior do que seria no ano passado”, alerta a COO da Wise Pirates.

Dezembro, como seria de esperar, é um período muito importante para os retalhistas, sendo notório um “aumento significativo de procura”. No ano passado, por exemplo, houve um aumento de 16,4% em relação ao ano anterior de vendas em loja, crescimento que foi ainda mais significativo nas vendas online, tendo sido ligeiramente superior a 30%.

No webinar foram também abordados os novos métodos de pesquisa dos utilizadores. Para facilitar a conversão de visitantes em compradores, as marcas devem conseguir corresponder às tendências de pesquisa dos clientes, que cada vez mais querem fazer pesquisa por imagem ou voz, em vez de texto. No caso da pesquisa por voz, 24% dos utilizadores diz já ter usado esta ferramenta.

A indisponibilidade de produtos é muitas vezes um dos maiores bloqueios à compra online, pelo que deve ser assegurada a existência de stock neste período bem como a capacidade de apresentar produtos que sejam verdadeiras alternativas caso não haja stock, alerta-se. As entregas rápidas são também muito valorizadas, pelo que “é importante tentar garantir que a logística está preparada para estes dias de maior tráfego“, alerta Daniela Cunha.

A maioria dos consumidores, aponta, diz que bastam três más experiências para abandonar uma marca para sempre, pelo que “tem de haver um extra cuidado nesta fase de vendas”, aconselha.

Além disso, os consumidores continuam a procurar por fontes adicionais de confiança nas suas compras online, pelo que as marcas devem garantir um reforço da sua estratégia em termos de reviews de produtos, convidando os clientes a partilhar opinião ou dando ofertas especiais àqueles que as fizerem, por exemplo.

Entre as principais razões para comprar online encontram-se a entrega gratuita (71%), os cupões e descontos (50%), a entrega no dia seguinte e a política de devolução fácil (ambos com 36%). Segue-se os pontos de fidelidade e checkout simples (34%), os comentários de clientes (25%), click and collect (22%) e gostos e comentários em redes sociais (19%).

Já no que toca às principais razões que levam os clientes a não comprar online está a falta de segurança e confiança (30%), a preferência pela experiência presencial (28%), a demora nos prazos de entrega (28%) e processos de checkout complicados (17%).

Numa questão relacionada, o que mais motiva os clientes a abandonarem os seus carrinhos de compras online são, de forma expressiva, os custos extra, como taxas ou custos de envio não indicados à partida (47%), seguindo-se a necessidade de criação de uma conta (25%) ou a demora na entrega (24%). É ainda apontada a falta de confiança no site em termos de informações para o pagamento com cartão de crédito (19%) e os processos de checkout complicados (18%).

No entanto, emails de carrinho abandonado conseguem recuperar entre 10% a 30% das vendas, sendo que oferecer descontos ou incentivos para completar a compra podem ser bons estímulos, explicou-se no webinar.

O envio de mensagens SMS pode também ser um bom aliado nas compras em lojas físicas. Na verdade, 50% dos consumidores que recebem ofertas via SMS utilizam-nas em loja física e 78% afirmam ficar mais propenso a visitar uma loja física após receber uma mensagem.

Entre as tendências para a comunicação das marcas nesta peak season, encontra-se a predictive AI, enquanto ferramenta que permite às marcas antever o comportamento do consumidor e fazer a recomendação de produtos com maior precisão. Esta capacidade pode otimizar as campanhas das marcas e melhorar a segmentação, aumentando as conversões.

Os formatos de vídeo curto (short video) são os tipos de conteúdos preferidos dos utilizadores para descobrirem produtos, pelo que a integração de campanhas de vídeos curtos durante a peak season pode aumentar a conversão e a visibilidade das marcas.

Outra tendência crescente tem sido a de social commerce, que permite aos consumidores descobrir e comprar produtos diretamente nas plataformas, como no Instagram ou TikTok. Estima-se que o social commerce atinja receitas de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,107 mil milhões de euros) em 2024, referiu-se no webinar.

A personalização continua a ser importante também em anúncios. As marcas devem apostar em espaços de publicidade premium – esta fase do ano é boa para tal – nomeadamente em grandes formatos dinâmicos e impactantes. No sentido das tendências de consumo de meios dos utilizadores, há cada vez mais espaço para o áudio (principalmente num sentido de complementaridade entre rádio e um placement digital), sendo que o digital out-of-home também pode ser uma boa aposta (com controlo de audiência e métricas digitais), referiu Daniela Cunha.

Na comunicação das marcas para esta fase do ano é também importante apostar numa diversidade de ativos, procurando ter sempre versões em vídeos e múltiplas versões em imagem para cada campanha, disse a COO da Wise Pirates.

Os clientes compradores da peak season de outros anos tendem a repetir a sua compra, formando uma audiência de alta rentabilidade. Esta audiência, referiu-se no webinar, deve ser explorada com outras segmentações de remarketing, como seja através da categoria comprada por exemplo.

É preciso corresponder ao diferentes mindsets dos consumidores

Também presente no webinar, Rita Mendes, strategic agency manager na Google para a região ibérica, alertou que para a construção de campanhas eficazes que levem à compra nesta fase é preciso conseguir entender os diferentes mindsets dos consumidores ao longo da peak season, que se dividem entre deliberate, deal-seker, determined e devoted.

No caso do deliberate, este corresponde aos consumidores que procuram, exploram e tomam decisões com calma (entre outubro e novembro), enquanto no deal-seker o foco é muito forte em ofertas e descontos com os consumidores muitas vezes a decidirem comprar por impulso devido à promoção (na semana da Black Friday). Determined é um mindset caraterístico de dezembro, quando a urgência cresce e os utilizadores estão mais focados em concluir as listas de compras da forma mais eficiente possível, ao que se segue o devoted, que são as compras que acontecem logo após o período da peak season, num mindset marcado por uma maior lealdade às marcas.

É digno de nota que grande parte do orçamento dos consumidores – ligeiramente mais de metade (52%) – é gasta através do mindset deliberate. “Portanto se não investirmos e não estivermos conscientes desta grande oportunidade corremos o risco de não capturar esta fatia significativa de orçamento”, refere Rita Mendes, acrescentando que as compras podem até ser finalizadas posteriormente mas que a decisão já foi tomada nessa altura.

As marcas devem assim apostar em diferentes estratégias para se adaptarem aos diferentes mindsets dos consumidores ao longo das várias fases da peak season.

Segundo o que foi apresentado no webinar, para os deliberate, as marcas devem definir as suas metas de ROAS (retorno sobre o investimento em publicidade), reduzindo-as gradualmente para atingirem os objetivos de rentabilidade a cada semana, focando-se em categorias de produtos-chave.

No caso dos deal-seker, a Wise Pirates recomenda ousadia às marcas, para impulsionarem as suas promoções de peak season, destacando as suas melhores ofertas e promoções em momentos-chave através de soluções premium.

Para o mindset determined, o conselho é que as marcas apostem numa estratégia omnicanal e que pensem de forma holística, através de experiências integradas online e offline mas também fomentando a visibilidade do inventário físico e local.

Para a fase pós-venda, pensando no mindset devoted, a Wise Pirates aconselha a que se recompense os clientes fiéis com promoções, enquanto se mantém a marca em destaque através de campanhas contínuas.

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Banca ameaça com fim de taxa fixa ou mista se não puder cobrar por reembolso antecipado do crédito da casa

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

Caso não haja prorrogação da medida ou se não for aprovada uma nova, amortizações antecipadas de créditos à habitação com taxa variável voltam a pagar comissão máxima de 0,5% sobre capital reembolsado

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) enviou um parecer ao Parlamento a alertar que limitar ou proibir as comissões que as instituições financeiras cobram pelo reembolso antecipado dos créditos à habitação poderá levar a banca a deixar de conceder empréstimos com taxa fixa ou mista — modalidade que, atualmente, representa a larga maioria dos novos créditos, avança esta segunda-feira o Público (acesso condicionado).

O alerta surge em antecipação da discussão do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na qual vão ser votadas duas propostas legislativas sobre este tema: uma do PS, que se for aprovada vai eliminar as comissões pelo reembolso antecipado de todos os créditos à habitação, independentemente de estarem indexados a taxa variável ou fixa; e outra do Chega, tendo em vista limitar estas comissões através da criação de um teto máximo de 0,5% sobre o capital amortizado, seja nos empréstimos com taxa variável ou nos contratos com taxa fixa.

Até ao final deste ano, está em vigor um decreto-lei que impede a cobrança de qualquer comissão em caso de amortização antecipada de créditos à habitação, mas só se aplica aos contratos com taxa variável. Caso não haja uma prorrogação da medida, implementada pelo Governo de António Costa para mitigar o impacto da subida das taxas de juro, ou se não for aprovada uma medida nova, a legislação volta à formulação inicial. Ou seja, este tipo de reembolsos está sujeito a uma comissão máxima de 0,5% sobre o capital reembolsado.

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