Tupai ganha batalha judicial de 1,2 milhões à Autoridade Tributária

A decisão judicial já não admite recurso e anula integralmente a liquidação de IVA com base numa interpretação errada daquela regra que havia custado 1,2 milhões de impostos à empresa de Águeda.

A Tupai, empresa histórica de Águeda com atividade na área das ferragens de luxo, venceu o processo fiscal em que a Autoridade Tributária reclamava o pagamento de 1,2 milhões de euros.

Em causa estava uma decisão da Autoridade Tributária relativa a uma correção, em sede de IRC, referente ao método de valorização dos inventários, agora anulada. Na decisão, o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Aveiro concluiu que o Fisco tinha errado na forma como tinha apurado o valor dos inventários registados pela empresa na sua contabilidade, interpretando e aplicando erradamente a regra prevista no artigo 86.º do CIVA.

A decisão judicial, que já não admite recurso, anulou integralmente a liquidação de IVA com base numa interpretação errada daquela regra que havia liquidado 1,2 milhões de impostos à empresa de Águeda.

Pedro Marinho Falcão, sócio fundador da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, o advogado que representou a Tupai, referiu “que se tratou de um processo altamente complexo e técnico que convocou a realização de duas perícias, mas que foi possível demonstrar o equívoco da AT na forma como aplicou a presunção do art.º 86 do CIVA”.

Salientou ainda que “a decisão judicial tomada pelo TAF de Aveiro e que já transitou em julgado representa uma vitória expressiva para as empresas que têm sido objeto de fiscalização sob o tema da fixação dos inventários, mais declarando que este precedente vai exigir por parte da Inspeção Fiscal maior rigor na aplicação de normas que podem penalizar os empresários”.

Em novembro, o Banco Português de Investimento e a Flexdeal investiram quatro milhões de euros na recapitalização da Tupai.

O investimento na Tupai foi realizado no âmbito do Programa de Recapitalização Estratégica, que apoia empresas economicamente viáveis, e inclui 2,8 milhões de euros financiados pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), financiado pelo PRR, e 1,2 milhões de euros da Flexdeal SIMFE (Sociedade de Investimento Mobiliário para Fomento do Mercado), informa o BPF em comunicado.

“Acreditamos que esta parceria marca o início de uma nova etapa no crescimento da Tupai. Reforçaremos as nossas valências internas e consolidaremos a marca como referência europeia e mundial na indústria de ferragens”, afirma o administrador financeiro, Vítor Camarneiro, citado na nota enviada às redações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antiga fábrica Covina em Santa Iria de Azóia transformada em parque logístico pela Panattoni Ibéria

Panattoni Ibéria adquiriu a antiga fábrica de vidro nos arredores de Lisboa e inicia já em fevereiro obras de transformação num parque logístico com cinco edifícios e 21 hectares.

A antiga fábrica vidreira da Saint-Gobain Sekurit vai dar lugar a um parque logístico erguido pela Panattoni Ibéria. A empresa pertencente ao promotor logístico e industrial Panatoni fechou contrato com a Saint-Gobain, promovendo uma nova utilização para o espaço ocupado durante décadas pela Covina (Companhia Vidreira Nacional), em Santa Iria da Azóia – inaugurada em 1940 e berço do vidro de dezenas de modelos automóveis montados em Portugal na segunda metade do século passado, bem como de modelos da Autoeuropa, o seu mais importante cliente aquando do encerramento em 2021, devido a problemas financeiros.

O parque logístico Panattoni Park Lisbon-City atingirá uma área total de 212 mil metros quadrados, com cinco armazéns e 85 mil metros quadrados de área bruta locável. A reconversão da antiga fábrica de vidro Covina, privatizada no início dos anos 1990 e reconvertida em Saint-Gobain Sekurit, ocorrerá por fases, com a inicial, a desenvolver já a partir de fevereiro, a consistir em três edifícios logísticos com 11 metros de pé direito, painéis fotovoltaicos na cobertura, cais de carga e descarga e carregadores para veículos elétricos. Estes espaços, multi-inquilinos, serão fracionados em áreas entre seis mil e 52 mil metros quadrados, e deverão estar prontos para arrendamento em 2026.

A segunda fase avançará em meados deste ano, com início de arrendamento após a primeira fase, e consistirá em dois edifícios com frações entre os cinco mil metros quadrados e a globalidade do espaço, de 33 mil metros quadrados.

Gustavo Cardozo, Managing Director/Partner da Panattoni Ibéria, afirma, em comunicado, que o Panattoni Park Lisbon-City “reafirma” o “compromisso” da empresa “com o mercado imobiliário logístico de Portugal, oferecendo a empresas de qualquer setor uma infraestrutura moderna e eficiente, concebida para impulsionar o seu crescimento e competitividade”.

O parque logístico está localizado no concelho de Loures, perto do nó da autoestrada do Norte e a cerca de dez quilómetros do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco Santander e Banco Europeu de Investimento unem-se para desbloquear 8 mil milhões de investimento em energia eólica

As garantias vão suportar investimentos de fabricantes de equipamentos de energia eólica e de conexões à rede, assim como empresas que produzam componentes chave para o setor.

O Banco Europeu de Investimento e o Santander uniram-se para ajudar a financiar projetos ligados à energia eólica a nível europeu. Uma aliança que terá a capacidade de desbloquear investimentos de até oito mil milhões de euros, afirmam as entidades.

O BEI vai fornecer uma garantia de 500 milhões de euros, permitindo ao Santander criar um portefólio de garantias bancárias de até mil milhões de euros, o que “é esperado que desbloqueie oito mil milhões de investimento para suportar os fabricantes de energia eólica europeus”, lê-se no comunicado.

As garantias vão suportar investimentos de fabricantes de equipamentos de energia eólica e de conexões à rede, assim como empresas que produzam componentes chave para o setor da energia eólica. “Isto vai permitir aos fabricantes receber pagamentos em avanço assim como fornecer garantias de desempenho quando avançam novos projetos“, lê-se no comunicado.

O acordo está integrado num pacote de cinco mil milhões de euros que o BEI lançou em 2023, direcionado para o setor eólico de forma a melhorar o acesso a financiamento por parte destas empresas e impulsionar a instalação de nova capacidade renovável.

“O BEI e o Santander estão a erguer instrumentos de diminuição do risco que permitirão aos fabricantes superar alguns dos desafios que impactam o setor como disrupções na cadeia de fornecimento, custos elevados e competição internacional intensa” afirma a diretora de Instituições Financeiras no BEI, Gemma Feliciani.

Por seu lado, Ricardo Gamazo, da equipa de Finanças Globais do Santander, acrescenta: “O programa foi muito bem recebido pelos clientes”, que querem acelerar na entrega de equipamentos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não há nenhuma sangria.” Ministra do Trabalho garante que “só exonerou sete pessoas”

Palma Ramalho explicou aos deputados que, em dez meses, houve 28 movimentos em nomeações e saídas de dirigentes superiores do Ministério do Trabalho, dos quais "só sete" foram exonerações.

Desde que o Governo de Luís Montenegro assumiu funções, houve 28 movimentos de nomeações e saídas de dirigentes superiores do Ministério do Trabalho, dos quais “só sete” foram exonerações. O balanço foi feito esta terça-feira, numa audição parlamentar, pela ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, que assegurou que “não há nenhuma sangria”.

“O Governo está em funções desde o dia 2 de abril [de 2024]. Neste tempo, ocorreram em nomeações e saídas de dirigentes superiores do MTSSS um total de 28 movimentos. Esse total corresponde à seguinte distribuição: 18 pessoas foram nomeadas sem terem sido exoneradas previamente as que vieram substituir; sete pessoas foram nomeadas após os antecessores terem sido exonerados pela tutela; e há ainda três que saíram e cujo cargo ainda se encontra vago”, adiantou a ministra da tutela, numa audição requerida pelo Chega.

No que diz respeito aos cargos que passaram a ter novos ocupantes sem que os anteriores tenham sido exonerados, Palma Ramalho explicou que estão em causa, nomeadamente, três pessoas que assumiram outros projetos no mesmo ministério.

Além disso, nove dirigentes superiores já estavam em gestão (nalguns casos, nem podiam ser reconduzidos, disse a governante), pelo que foram substituídos. “Há mais seis pessoas que cessaram comissão de serviço, por iniciativa própria“, observou a ministra, referindo que, entre as quais, a presidente do Instituto de Segurança Social e o presidente do Instituto de Informática.

Quanto às situações de cessação da comissão por iniciativa da tutela, a líder do Ministério do Trabalho sublinhou que houve sete saídas deste tipo, das quais cinco na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Já no que diz respeito aos dirigentes intermédios, em dez meses houve 12 movimentos, mas a ministra garantiu que não houve exonerações.

Não há aqui nenhuma sangria. Não há aqui nada de especial. Só houve sete pessoas que este Governo exonerou e substituiu por outras. Só sete. E, dessas, cinco são da mesma instituição. As outras situações são normais: ou no final da comissão de serviço ou na sequência de concursos que até já estavam em marcha“, asseverou a governante.

Pensões sem “nenhuma alteração estratégia”

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, intervém na Assembleia da República, em LisboaANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

A audição era sobre as alterações nos cargos de dirigentes da Segurança Social, mas o Bloco de Esquerda aproveitou para questionar a ministra do Trabalho sobre o grupo de trabalho que foi criado recentemente para estudar o sistema de pensões.

“A tutela entendeu que devia designar um novo grupo de trabalho para estudar a reforma do sistema da Segurança Social. A sustentabilidade ocupa um lugar cimeiro. Havia pareceres e relatórios conflituantes entre si sobre a situação“, esclareceu Palma Ramalho, que garantiu que o novo grupo dará “continuidade ao trabalho feito anteriormente“.

Não voltar a estudar o tema seria irresponsabilidade. Não se trata de mais nada do que isso. Não vai ser feita nenhuma alteração estratégica no sistema de pensões nesta legislatura. Isto não está no programa do Governo”, afirmou, confirmando o que já tinha dito em ocasiões anteriores.

Entre as matérias que o novo grupo de trabalho vai estudar estão as reformas antecipadas, mas também a taxa contributiva da Segurança Social. O primeiro relatório (o intercalar) será apresentado dentro de seis meses, ou seja, no verão deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo português Ando Living compra empresa de apartamentos em Londres

Negócio significa a entrada da empresa nacional no Reino Unido, uma década depois de ter sido criada. Portefólio aumenta com 208 apartamentos em oito edifícios localizados na City londrina.

Lisboa, Porto, Istambul e agora Londres. O grupo português de apartamentos turísticos Ando Living anunciou esta terça-feira a aquisição da empresa britânica City Apartments, que explora casas destinadas a estadas para trabalho na capital do país.

A compra significa a entrada da empresa nacional no Reino Unido, uma década depois de ter sido criada, e um aumento do portefólio com mais 208 apartamentos em oito edifícios localizados na City, um dos centros financeiros mais importantes do mundo.

Na marca londrina, pouco muda. O nome City Apartments mantém-se e a equipa de gestão – com o CEO, Matthew Cookson, e o COO, Mark Winter – também, além dos 35 profissionais da área hoteleira. Porém, será “revitalizada” com a introdução de melhorias significativas nos próximos meses, nomeadamente ao nível do digital.

“Os hóspedes da City Apartments irão continuar a contar com o nível de serviço habitual”, mas agora com o conhecimento dos portugueses em tecnologia, design e branding para melhorar “a operação e a experiência dos hóspedes” e, consequentemente, a reputação da empresa.

“Esta é, sem dúvida, uma evolução muito empolgante para a City Apartments, para a nossa extraordinária equipa e para os nossos prezados clientes corporativos, que beneficiarão diretamente do investimento que o grupo Ando Living prevê realizar nos nossos apartamentos, além dos planos para fazer crescer ainda mais o nosso portefólio de edifícios”, referiu Matt Cookson, CEO da City Apartments, em comunicado.

O negócio incluiu ainda a aquisição de um edifício com 32 unidades de alojamento localizado no nº 68 da Cannon Street, financiada pelo Prima Europe Fund, um fundo de investimento regulado pela Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM).

A transação, cujo valor não foi publicado, foi assessorada pela CMS Cameron McKenna, Opus Corporate Finance LLP e Savills no lado da venda e, no lado da compra, pela consultora Ernst & Young (EY), o escritório de advogados Knights e a firma de advisory imobiliário Allsop.

“Com esta aquisição, estabelecemos uma presença forte no Reino Unido para o nosso grupo e estamos confiantes de que a nossa experiência e o nosso historial no setor da hospitalidade, a par com o know-how da City Apartments, conduzirão ao sucesso de ambas as marcas”, sintetizou Charles Wanecq, cofundador da Ando Living.

Fundada cem 2015, a Ando Living detém as marcas Ando Living e LovelyStay. Os planos no médio prazo incluem aumentar o número de apartamentos para 6.000 até 2028. No ano passado, o grupo arrecadou 67 milhões de euros de capital do Prima Europe Fund, gerido pela Stag Asset Managers, para continuar o plano de expansão pela Europa.

Os últimos dados financeiros reportados apontam para um volume de negócios de 32 milhões de euros em 2023, o que representou uma subida de 94% em relação a 2022.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Capacidade solar ligada à rede duplica em 2024 e atinge maior fatia de sempre no consumo nacional

A energia fotovoltaica conseguiu ainda, em 2024, atingir a sua maior quota de sempre no consumo nacional de energia elétrica.

A capacidade solar ligada à Rede Nacional de Transporte (RNT) duplicou em 2024, em comparação com a capacidade que estava operacional no final de 2023, informa a REN -Redes Energéticas Nacionais em comunicado.

No ano passado, 776 megawatts (MW) de instalações fotovoltaicas foram ligadas a esta rede de alta tensão (a RNT), duplicando para 1555 MW a capacidade instalada, face aos 779 MW operacionais no final de 2023, lê-se na nota enviada pela REN às redações.

Somando a estes valores os 476 MW ligados no ano passado à Rede Nacional de Distribuição (RND), que tem um nível de tensão mais baixo e é aquela que chega efetivamente às casas, a capacidade instalada total sobe para 3872 MW. Este número exclui as Unidades de Produção para Autoconsumo que não vendem excedentes à rede pública.

A produção de origem solar em 2024 foi de 4899 gigawatts-hora (GWh), o que representou cerca de 10% do consumo total na rede pública (51,4 terawatts-hora), um aumento de 37% em comparação com 2023. Esta é a maior quota de sempre no consumo nacional de energia elétrica.

Foi logo a 5 de setembro do ano passado que a produção solar acumulada nesse ano igualou a totalidade da energia solar produzida durante todo o ano de 2023 em Portugal. Nos primeiros nove meses de 2024 foram gerados 3,99 TWh (entre energia injetada na RNT e na Rede Nacional de Distribuição), ultrapassando os 3,6 TWh produzidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023, tornando, já em setembro, 2024 um ano recorde em termos de produção solar em Portugal.

“Estes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, enquanto mantém os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço no Sistema Elétrico Nacional”, conclui a REN, no mesmo comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metro do Porto superou 9 milhões de quilómetros e renovou recorde de validações em 2024

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

Metro do Porto regista melhor ano de sempre em 2024 com 89,78 milhões de validações. Comparando com o nível pré-pandemia, crescimento já supera 25%.

O Metro do Porto teve em 2024 o melhor registo de sempre em termos de validações, com um crescimento de 13,3% face ao anterior recorde, as 79,14 milhões de validações verificadas um ano antes. De acordo com dados da Metro do Porto, revelados à Lusa, no ano passado registaram-se 89,78 milhões de validações, mais 10,64 milhões que em 2023, e realizaram-se 9,18 milhões de quilómetros, aumento de 9,8%.

“Em 2024, os clientes de assinatura representaram 33,7% do total de clientes e foram responsáveis por 76,5% do total de validações (68,71 milhões contra 21,06 milhões de validações de títulos ocasionais)”, de acordo com a empresa.

Em 2023, a Metro do Porto já tinha batido o recorde anual de validações, com 79 milhões, um aumento de 21,3% face aos 65,2 milhões registados em 2022 e aos 71,3 milhões de 2019.

Por linhas, em 2024 a mais frequentada foi o tronco comum (Estádio do Dragão – Senhora da Hora, por onde passam todas as linhas exceto a D), com 45,2 milhões de validações (50% do total), seguida da Amarela (Hospital São João – Vila d’Este), com 28,5 milhões (32% do total).

A linha Amarela, que inaugurou o troço entre Santo Ovídio e Vila d’Este no final de junho de 2024, registou um aumento de 17,26% de validações face aos 24,3 milhões de 2023.

Seguem-se a linha Vermelha (4,6 milhões de validações, 5% do total e um aumento de 16,31% face a 2023), Azul (4,5 milhões, 5% do total), Verde (3 milhões, 4% do total) e a Violeta, que serve o aeroporto, registou 1,24 milhões de validações, 1% do total.

Os meses que registaram mais validações foram, mais uma vez, maio, outubro e novembro, acima dos oito milhões de validações.

Em outubro de 2023, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, fixou os 150 milhões de validações anuais como objetivo para a empresa até ao final da década.

Atualmente, a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, aguardando-se a conclusão das obras da linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto) e da linha Rubi (Santo Ovídio – Casa da Música).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas canaliza 50 mil milhões de euros para investir em “inteligência artificial de confiança”

Somando aos 150 mil milhões de investimento privado da iniciativa EU AI Champions, a Comissão Europeia pretende mobilizar 200 mil milhões de euros para investir em inteligência artificial (IA).

A Comissão Europeia vai destinar 50 mil milhões de euros para investir em inteligência artificial (IA), pretendendo mobilizar até 200 mil milhões de euros de investimento público e privado nos próximos anos para ajudar a colocar a Europa na dianteira. O plano prevê a instalação de quatro “gigafábricas de IA” na União Europeia com um total de cerca de 100 mil chips de última geração para treinar modelos de IA avançados.

A presidente, Ursula Von der Leyen, fez o anúncio na cimeira global de IA que decorre em Paris, classificando esta iniciativa, batizada de InvestAI, como “a maior parceria público-privada do mundo para investimento no desenvolvimento de IA de confiança”.

No discurso, a presidente da Comissão Europeia explicou que, do montante global que a Comissão pretende mobilizar para IA, 150 mil milhões de euros correspondem ao compromisso anunciado esta semana pela iniciativa privada EU AI Champions Initiative.

Essa iniciativa, composta por mais de 60 empresas europeias, entre as quais a startup portuguesa Sword Health, foi lançada na segunda-feira e inclui o compromisso de investir até 150 mil milhões de euros em IA na Europa ao longo dos próximos cinco anos, “quando a Europa conseguir criar um enquadramento transparente e direcionado e promotor da competitividade” que torne “viáveis as oportunidades de investimento”.

Entre os investidores que contribuem para esse montante estão fundos como Balderton, Blackstone, CVC, DST Global, EQT, General Catalyst, Insight, KKR, Lightspeed e Warburg Pincus, segundo o anunciado na segunda-feira.

“Neste contexto, saúdo a EU AI Champions Initiative que se compromete 150 mil milhões de euros de fornecedores, investidores e da indústria. E hoje posso anunciar que com a nossa iniciativa InvestAI iremos somar mais 50 mil milhões de euros, pelo que pretendemos mobilizar um total de 200 mil milhões de euros de investimento em IA na Europa”, disse Ursula Von der Leyen esta terça-feira, em Paris.

O discurso foi ouvido presencialmente por chefes de Estado e líderes de todo o mundo, incluindo o Presidente francês Emmanuel Macron; o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o secretário-geral das ONU, António Guterres; e o vice-presidente dos EUA, JD Vance. O Governo português encontra-se representado pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes.

Num comunicado divulgado após o discurso, a Comissão Europeia refere que os 200 mil milhões de euros que pretende mobilizar para investir em IA incluem 20 mil milhões de euros para “gigafábricas de IA”. “Estas grandes infraestruturas de IA são necessárias para possibilitar o desenvolvimento aberto e colaborativo dos modelos de IA mais complexos e para tornar a Europa num continente IA”, indica a mesma nota.

“Esta parceria público-privada única, semelhante a um CERN para IA, irá permitir aos nossos cientistas e empresas — não somente as maiores — desenvolverem os maiores modelos mais avançados para tornar a Europa num continente IA”, acrescenta Von der Leyen, citada na mesma nota. O CERN é uma organização intergovernamental para investigação nuclear.

O financiamento inicial da iniciativa InvestAI virá de programas europeus já existentes, como o Programa Europa Digital, o Horizonte Europa e o InvestEU. “Os Estados-membros poderão também contribuir através da programação de fundos dos seus envelopes de Coesão”, sublinha a Comissão.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h07)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caso BES. “Convenci-me de que se tratava de um caso de polícia”, diz Passos Coelho

  • ADVOCATUS
  • 11 Fevereiro 2025

O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho regressou esta terça-feira a tribunal para testemunhar no julgamento do colapso do BES/GES. Saiba o que disse o antigo governante.

Convenci-me de que se tratava de um caso de polícia, agora não me cabe a mim determinar se era ou não era. Uma vez que havia um acompanhamento do regulador, não me pareceu que o regulador tivesse andado a dormir”. Acrescentando que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa “foi uma pessoa com coragem, porque nunca ninguém tinha mandado uma carta para o BES a dar ordens para o que quer que fosse”. Pedro Passos Coelho regressou esta terça-feira a tribunal para testemunhar no julgamento do colapso do BES/GES, depois de, em 15 de janeiro, o depoimento ter sido adiado devido à greve dos oficiais de justiça.

Questionado se as perdas financeiras se relacionavam com as condições do mercado ou uma alegada má gestão do banco, o ex-primeiro-ministro não deu uma resposta direta. As contas revelavam um desequilíbrio financeiro que obrigava a consumir capital. O que está por detrás desses maus resultados não me diz respeito, cabe ao supervisor o acompanhamento dessas situações e os governos não têm intervenção — e bem — devido ao segredo bancário. Parece-me muito claro que esse desequilíbrio existia e surpreendeu o Banco de Portugal, com um brutal alargamento das imparidades”, afirmou.

“Uma vez ou outra, o doutor Ricardo Salgado, como outros, solicitava audiência. E recebi-o. Tal como a outros presidentes de bancos. Houve duas reuniões em 2014, em abril e maio. Na primeira, Ricardo Salgado mostrou desconforto pela forma como o Governador do Banco de Portugal estava a lidar com o BES e mostrou um documento, uma garantia bancária do banco angolano, para provar a solidez do BES. Mas insistia que o Governador estava a pressionar demais sobre a situação do BES”, resumiu.

Era sabido que, na altura, o BdP estava empenhado em garantir uma substituição da administração do BES. O Governador chegou a manifestar diretamente a preocupação com uma recomposição do BES, para que elementos da família não ocupassem lugares de responsabilidade no banco”, disse o antigo líder social-democrata.

Passos Coelho revelou ainda que Ricardo Salgado foi acompanhado por José Manuel Espírito Santo e José Honório. E que Salgado, numa segunda reunião, “solicitou ajuda do Governo para salvar o banco BES e para, junto da Caixa Geral de Depósitos, haver um plano de apoio financeiro ao GES”.

O antigo primeiro-ministro afirma ainda que “Salgado alegou que seria a altura do Estado ajudar o Grupo de forma a retribuir o que o GES já tinha feito pelo país” e que o “crédito que propuseram seria de dois mil milhões de euros”. Passos Coelho diz que teve uma reação prática e afirmou que o plano não teria qualquer intervenção do Governo porque “não faria sentido nem seria razoável importar um risco para a CGD”.

Pedro Passos Coelho era chefe de Governo à data da resolução do Banco Espírito Santo (BES), no verão de 2014, e esta é a terceira vez que a inquirição é agendada. Em 15 de janeiro, o antigo primeiro-ministro considerou, à entrada do Tribunal Central Criminal de Lisboa, que em causa está uma matéria “mais do que requentada” e que a sua intervenção no caso está “razoavelmente esclarecida”.

O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer. Ricardo Salgado responde por cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada.

O ex-primeiro-ministro lembrou ainda que, antes da resolução do BES, havia outra possibilidade: nacionalização do banco. “Mas eu não equacionava essa solução da nacionalização do banco. A nacionalização estava fora de questão. Se houvesse necessidade de recapitalização pública, isso teria de ser visto, mas seria pouco provável que os acionistas solicitassem essa recapitalização pública, porque isso equivaleria a perder o controlo do banco. Sempre achei muito natural que os acionistas não solicitassem a intervenção do Estado e que fizeram tudo para tentar manter a posição que tinham no banco”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governos locais da China começam a utilizar DeepSeek para aumentar eficiência

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

Grandes cidades como Shenzhen, Cantão ou Suzhou aderiram já ao novo grande modelo de linguagem chinês para ajudar nas tarefas administrativas.

Vários governos locais na China começaram a incorporar o modelo de inteligência artificial (IA) DeepSeek para ajudar nas tarefas administrativas e melhorar a assistência às necessidades públicas, informou esta terça-feira a imprensa local.

Grandes cidades como Shenzhen, Cantão ou Suzhou aderiram já ao novo grande modelo de linguagem chinês, segundo o jornal oficial Global Times.

O distrito de Longgang, em Shenzhen, instalou o modelo Deepseek-R1 na sua rede externa com acesso a todos os departamentos, enquanto Suzhou, na província de Jiangsu, junto a Xangai, incorporou este modelo e também o Deepseek-V3 na sua plataforma de tecnologias de informação de serviço público.

“O objetivo é fazer da IA um assistente eficiente para as tarefas do governo e transformar a forma como as suas operações são conduzidas, tornando-a mais inteligente, colaborativa e orientada para os dados”, disse o diretor do Gabinete de Gestão de Dados e Serviços Governamentais de Shenzhen, Xi Wei, citado pelo portal Shenzhen News.

No caso de Suzhou, o modelo será aplicado para pesquisa e geração de imagens, entre outros fins.

A incorporação desta ferramenta pelas instituições chinesas contrasta com a resposta recebida pelo DeepSeek em países da Ásia, Europa, América e Oceânia, que decidiram bloquear a utilização da aplicação chinesa, especialmente entre os funcionários públicos.

A razão invocada é a suspeita de que o sistema de recolha de dados – armazenados na China – possa divulgar informações sensíveis ou “distribuir software malicioso e infetar dispositivos”, como defenderam os Estados Unidos.

A DeepSeek causou uma grande agitação no setor global da IA após o lançamento, há algumas semanas, do seu modelo V3, que terá levado apenas dois meses a desenvolver e custou menos de seis milhões de dólares (5,8 mil milhões de euros).

Lançado em 2023 pelo fundo de investimento chinês High-Flyer Quant, o DeepSeek é de código aberto e oferece serviços mais baratos do que o modelo o1 da OpenAI.

No entanto, a enorme atenção que gerou – foi líder em descargas para dispositivos Apple nos EUA – também se traduziu em críticas, uma vez que a aplicação se recusa a comentar questões afetadas pela censura na China, como o massacre de Tiananmen de 1989 ou o estatuto de Taiwan.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa apoia decisão da Comissão de responder a taxas alfandegárias dos EUA

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

O presidente do Conselho Europeu diz que apoia “plenamente" a Comissão Europeia "na garantia de uma resposta firme e proporcionada" a taxas aduaneiras que considera “injustificadas".

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, manifestou esta terça-feira o seu total apoio à decisão do Executivo comunitário de responder às tarifas alfandegárias de 25% impostas por Washington às importações de alumínio e aço.

Apoio plenamente a Comissão Europeia na garantia de uma resposta firme e proporcionada a taxas aduaneiras injustificadas“, divulgou Costa, na rede social Bluesky.

O presidente do Conselho Europeu sublinhou ainda que a União Europeia “está unida na defesa dos interesses das suas empresas, trabalhadores e cidadãos”, garantindo que o bloco é “um parceiro fiável e previsível”.

O Executivo comunitário anunciou esta terça-feira que irá responder com contrapropostas às tarifas alfandegárias de 25% impostas pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio, que considera “más para as empresas e piores para os consumidores”.

“As tarifas são impostos, más para as empresas, piores para os consumidores”, sublinhou o comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França. “Estamos a analisar o alcance e responderemos proporcionalmente com contramedidas”, acrescentou.

As taxas anunciadas por Washington entram em vigor em 12 de março para todas as exportações de alumínio e aço de países terceiros para os EUA.

A presidente da Comissão Europeia também condenou a decisão da Casa Branca, em comunicado. Ursula von der Leyen terá esta terça-feira, em Paris, à margem de uma cimeira sobre Inteligência Artificial, o seu primeiro encontro com o vice-presidente dos Estados Unidos, James David Vance.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou duas ordens executivas para impor tarifas de 25% às importações de alumínio e aço.

Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo o Canadá, o México, a Austrália e o Brasil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SPCB Legal nomeia Sofia Veloso como advogada associada

Sofia Veloso irá integrar a área de prática de Direito Publico, designadamente Administrativo e Contencioso Fiscal.

A SPCB Legal acaba de anunciar o reforço da sua equipa de associados com a integração de Sofia Veloso.

Segundo Luís Couto, Sócio Fundador da SPCB Legal: “Após conclusão do seu estágio e aprovação no exame de agregação à Ordem dos Advogados, a Sofia aceitou o convite que lhe endereçámos, de reforçar a nossa equipa”. E acrescenta: “Estamos muito satisfeitos por poder continuar a contar com o contributo da Sofia. Esta é uma merecida celebração do empenho e qualidade técnica que pautou todo o seu trabalho, ao longo do estágio, bem como uma aposta no crescimento orgânico da nossa equipa de Associados”. Luís Couto, termina, sublinhando que: “Desejamos, à Sofia, o maior sucesso nesta nova fase da sua vida profissional!”.

Sofia Veloso irá integrar a área de prática de Direito Publico, designadamente Administrativo e Contencioso Fiscal. É licenciada em Direito e mestranda em Ciências Jurídico-Forenses, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. A SPCB Legal, fundada em 2023, é uma sociedade de advogados com sede no Porto, que conta, atualmente, com uma equipa multidisciplinar composta por 7 sócios e 6 associados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.