Banco de Fomento já assinou todos os contratos do Programa de Venture Capital

“No programa de Venture Capital, neste momento, todos os contratos estão assinados e apenas um Regulamento de Gestão permanece por estabilizar”, avançou ao ECO fonte oficial do Banco de Fomento.

O Banco Português de Fomento já assinou todos os contratos no âmbito do programa de Venture Capital, avançou ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.

O Programa de Venture Capital, que tem uma dotação de 400 milhões de euros, só tem 4,94 milhões de euros investidos em empresas, ou seja 2%, mas já estão contratados 358,9 milhões de euros, sendo que os intermediários financeiros, as capitais de risco, já receberam 14,24 milhões de euros, de acordo com a última atualização dos dados publicada pelo Banco de Fomento a 3 de junho.

No programa de Venture Capital, neste momento, todos os contratos estão assinados e apenas um Regulamento de Gestão permanece por estabilizar”, avançou ao ECO fonte oficial do Banco de Fomento.

A diferença entre os 358 milhões contratados e os 400 milhões de dotação reside no facto de o programa ter ainda de superar duas etapas de verificação de metas de execução: uma este mês e a segunda em março de 2025. “O cumprimento dos objetivos definidos nestas metas permitirá aos fundos de capital de risco candidatarem-se a um reforço da comparticipação do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR)”, explicou fonte oficial da instituição. Assim, o programa precisa ter dotação “para acolher os possíveis reforços dos fundos”.

Razão pela qual o BPF também não equaciona para já a transferência de verbas para programas como o Consolidar, nos quais as capitais de risco apresentam pipelines fortes e que leva algumas a pedir um reforço de verbas, tal com o ECO escreveu, mas também porque há maior apetite dos investidores para apostar na consolidação de empresas em detrimento de startups.

Das 19 capitais de risco inicialmente escolhidas, três desistiram o que libertou 84,85 milhões de euros do FdCR e três já investiram em empresas: Indico, Alea e Oxy.

O investimento mais avultado é da Indico que apostou em três empresas, duas na área das TIC e uma do comércio eletrónico. O destaque vai para a Rows com um investimento total de 4,98 milhões de euros, na empresa do Porto, a que se somam mais 19,56 mil euros na Rows GmbH, sedeada em Berlim. Mas esta plataforma de folha de cálculo baseada em Inteligência Artificial conseguiu levantar oito milhões de euros na ronda concluída em maio, elevando para 30 milhões o capital já levantado, e que permitirá à empresa crescer em mercados como os EUA e a Europa (em particular Alemanha e Reino Unido), onde se gasta mais em software.

A Routinedisplay foi a empresa de e-commerce, criada há quatro anos em Braga, na qual a capital de risco de Stephan Morais apostou 1,5 milhões de euros.

Com um volume de investimento semelhante, a Alea Capital Partners entrou em fevereiro na Keeyns Portugal, uma empresa que nasceu no Porto em 2017 para ajudar as empresas a cumprir as suas obrigações fiscais de forma fácil e sem serem afetados pela natural rotatividade das consultoras. A solução desenvolvida por antigos partners fiscais de consultoras internacionais pretende servir empresas com receitas de cinco ou 500 milhões de euros.

a Oxy Capital foi a primeira a investir no âmbito deste programa ao injetar 625 mil euros na Crossing Answers em fevereiro deste ano, uma empresa dedicada ao desenvolvimento de software para operações não atendidas (como vending machines) e sistemas operativos para quiosques digitais e publicidade programática.

Os investimentos feitos pelas capitais de risco nas diversas empresas têm de estar concluídos pelos beneficiários finais até final de dezembro de 2025.

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Empregadores mais otimistas. Quase 4 em cada 10 querem contratar mais trabalhadores no próximo trimestre

Com verão à porta, cenário político mais estável e inflação a abrandar, empregadores nacionais estão agora mais otimistas. Transportes, logística e automóvel têm maiores intenções de contração.

Os empregadores portugueses estão mais abertos a contratar trabalhadores, agora que o verão se aproxima, a inflação está a abrandar e o país já não está tem um Governo em gestão corrente. De acordo com a análise da empresa de recursos humanos ManpowerGroup, a que o ECO teve acesso em primeira mão, 37% dos empregadores nacionais antecipam aumentar as suas equipas no próximo trimestre.

“No terceiro trimestre deste ano, as empresas portuguesas mantêm as intenções de contratação otimistas, com a projeção para a criação líquida de emprego a fixar-se nos 18%, um aumento de sete pontos percentuais face ao último trimestre”, explica o ManpowerGroup, no “Employment Outlook Survey”.

A projeção para a criação líquida de emprego é um indicador equivalente à diferença entre a percentagem de empregadores que planeiam contratar e aquelas que antecipam reduções dos níveis de pessoal.

De olhos no terceiro trimestre, 37% dos empregadores portugueses preveem aumentar as suas equipas e 19% estão a contar com uma redução, o que resulta na tal projeção de criação líquida de emprego de 18%.

Para o segundo trimestre, 33% tinham apontado para um aumento das contratações de pessoal, o que significa que, entretanto, houve um reforço das intenções de recrutamento.

A explicar essa evolução está, em primeiro lugar, a aproximação do verão, destaca o diretor-geral do ManpowerGroup Portugal. “A sazonalidade do turismo típica desta altura do ano tem um impacto significativo. Portugal continua a depender bastante das atividades de turismo, que são particularmente solicitadas durante este período, exigindo um reforço nas contratações“, explicita Rui Teixeira.

O responsável realça também que “muitas empresas têm em setembro o kick-off das suas atividades comerciais, já em preparação da época de final do ano, o que impacta também nas intenções de contratação para este trimestre”.

Ter um Governo definido traz uma sensação de maior segurança, tanto para os empresários como para os consumidores.

Rui Teixeira

Diretor-geral do ManpowerGroup Portugal

Mas o otimismo não é apenas causado pelo estio. Rui Teixeira salienta que outro fator “é o cenário atual de menor instabilidade política“, embora o país não esteja num momento de “estabilidade absoluta”. “Ter um Governo definido traz uma sensação de maior segurança, tanto para os empresários como para os consumidores”, sublinha o diretor-geral.

Além disso, a economia europeia, depois de um momento gerador de preocupações, está agora a dar “os primeiros indicadores positivos e sinais de recuperação“. “Ainda nesta linha, a evolução positiva da inflação já dava sinais de um possível um alívio na política monetária do Banco Central Europeu. Este, naturalmente, é um fator que também vem contribuir de forma relevante para um ambiente económico mais favorável e uma maior confiança nos empregadores”, assinala Rui Teixeira.

Transportes, logística e automóvel em destaque

Os empregadores nacionais estão mais otimistas, mas o sentimento não é exatamente o mesmo em todos os setores. De acordo com a análise do ManpowerGroup, são as empresas do setor dos transportes, logística e automóvel a apresentar as intenções de contratação mais otimistas, seguindo-se o setor dos bens e serviços de consumo.

Em contraste, os setores de tecnologias de informação e dos serviços de comunicação têm projeções de criação líquida de emprego menos otimistas.

O setor tecnológico, regra geral, brilha nas perspetivas de emprego, mas Rui Teixeira reconhece que é um facto que “tem vindo a abrandar o seu crescimento desde há dois trimestres”. “No entanto, este ainda apresenta uma projeção robusta, fixando-se nos 17%, com 42% dos empregadores deste setor a planear aumentar as suas equipas face a 25% a pretender reduzi-las”, realça o especialista em recursos humanos.

Há vários fatores a explicar este arrefecimento das tecnologias, segundo o diretor-geral. Primeiro, a necessidade de recalibrar as equipas, depois dos picos de recrutamento vividos durante a pandemia. Depois, o encarecimento do capital no setor tecnológico, com o aumento da inflação e das taxas de juro.

E, por fim, o impacto da automatização e da inteligência artificial. “As empresas estão a apoiar-se cada vez mais neste tipo de ferramentas e na automação para obter mais eficiência e inovação, o que tem resultado frequentemente numa redução ou numa redefinição das necessidades de talento“, observa Rui Teixeira.

Quanto à distribuição da projeção de criação líquida de emprego por regiões, o sul apresenta perspetivas mais fortes, seguindo-se o Grande Porto. “A região do Centro (+6%) revela um ligeiro abrandamento face ao segundo trimestre (menos um ponto percentual), sendo também a região com a maior descida face ao terceiro trimestre de 2023“, é realçado no estudo.

Portugal ainda abaixo da média global

No âmbito do “Employment Outlook Survey”, o ManpowerGroup não estuda apenas o mercado português — questiona 40.347 empregadores de 42 países. Em termos globais, os empregadores (à semelhança dos portugueses) estão também mais abertos a contratar no terceiro trimestre, do que estavam nos três meses anteriores.

No entanto, a média portuguesa continua abaixo da média global: 42% dos empregadores globais estão abertos a aumentar as equipas contra os tais 37% portugueses.

No contexto português, a verdade é que não somos um país suficientemente autónomo para estar constantemente à frente da aceleração e da desaceleração.

Rui Teixeira

Diretor-geral do ManpowerGroup Portugal

“No contexto português, a verdade é que não somos um país suficientemente autónomo para estar constantemente à frente da aceleração e da desaceleração. Portugal acaba por acompanhar, de uma maneira geral, o movimento das economias, fenómeno associado ao nosso conservadorismo e natural dependência dos mercados externos, tais como o resto da Europa e a América”, explica Rui Teixeira.

A nível global, o diretor-geral avisa que há também alertas aos quais dar atenção: as tensões geopolíticas na Ucrânia e no Médio Oriente continuam a exercer pressão sobre os custos e as cadeias de abastecimento, os custos laborais elevados pesam sobre as decisões dos empregadores, e muitas das grandes economias estão a abrandar.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 11 Junho 2024

Num dia em que a Fed sinaliza a trajetória da política monetária nos Estados Unidos, será lida a sentença de Donald Trump. Por cá, o Parlamento debate com urgência isenção do IMT e fundos europeus.

A instituição liderada por Jerome Powell começa a reunião de dois dias para decidir os próximos passos da política monetária nos EUA. Na frente política norte-americana, Donald Trump deve conhecer hoje a sentença depois de ter sido condenado por 34 acusações criminais. Em Portugal, os deputados discutem as propostas sobre isenção do IMT para jovens, uma das medidas do Governo para responder à crise na habitação.

Fed discute corte nos juros

Depois de o Banco Central Europeu, é a vez da Reserva Federal se reunir para discutir a política monetária nos Estados Unidos. O BCE avançou com o primeiro corte em cinco anos, mas não se espera que Jerome Powell acompanhe Christine Lagarde nesta decisão. O verídico será anunciado na quarta-feira, 12 de junho.

Parlamento discute isenção do IMT

A Assembleia da República discute esta tarde as propostas sobre isenção do IMT para jovens, uma das medidas tomadas pelo Governo para responder à crise na habitação, e ainda o “resgate” de 783 milhões de euros que estão retidos em Bruxelas, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Como evoluiu o índice de volume de negócios?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) prepara-se para fazer um ponto de situação sobre o índice de volume de negócios na indústria em Portugal. A última publicação, referente ao primeiro trimestre, indica que este indicador caiu 5,4% face ao período homólogo, isto depois de já ter caído 5,3% no trimestre anterior.

Navigator paga dividendo

Depois de ter anunciado uma quebra nos lucros de 30% para 275 milhões, a papeleira vai pagar aos acionistas, esta terça-feira, um dividendo bruto de 0,21 euros por ação. O valor líquido, já depois dos impostos, oscilará entre 0,152 e 0,158 euros, consoante seja aplicada a taxa liberatória de IRS de 28%, no caso de pessoas singulares, ou a taxa de IRC de 25%, no caso de pessoas coletivas.

Donald Trump conhece sentença

O ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi considerado culpado das 34 acusações criminais de que foi alvo em Manhattan, Nova Iorque, num caso relacionado com o pagamento pelo silêncio de uma antiga atriz de filmes pornográficos, Stormy Daniels. A sentença será conhecida esta tarde.

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“Aterragem suave” da economia global provoca explosão de emissões de obrigações

O Estado já emitiu 87% do objetivo anual e as empresas já emitiram quase o dobro do montante em igual período em 2023. O que está a impulsionar este boom no mercado de dívida em Portugal e na Europa?

As empresas têm recorrido em grande força ao mercado de capitais para captarem financiamento junto dos investidores neste início do ano. Há muito que não se assistia a valores desta ordem.

Segundo dados recolhidos pelo ECO junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), só até ao final da semana passada, com a conclusão da emissão de 60 milhões de euros do grupo CUF, foram angariados quase 2.400 milhões de euros através de emissões obrigacionistas por parte de empresas nacionais com capital aberto. Trata-se de um montante equivalente a quase o dobro do montante angariado em 2023 no mesmo período e quase tanto quando as emissões realizadas entre janeiro e maio de 2022 e 2023 somadas.

Entre as principais entidades emissoras de dívida estão os bancos Santander Totta, Banco BPI e Novobanco, que foram responsáveis por 86% das emissões de obrigações nos primeiros cinco meses do ano. Segue-se a emissão verde de 100 milhões de euros da Greenvolt, duas emissões de 60 milhões de euros realizados pela Vista Alegre e pela CUF, e ainda duas emissões de dívida de 50 milhões de euros pelas sociedades anónimas desportivas (SAD) do Sporting e do Benfica.

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Os números do regulador do mercado de capitais mostram uma clara aposta este ano pelo mercado obrigacionista por parte das empresas nacionais. Mas não só. Também o Estado tem recorrido mais ao mercado de dívida neste começo de ano do que em anos anteriores.

Com a última operação, realizada a 22 de maio através de uma emissão de dívida sindicada a 30 anos pelo qual pagou 3,678%, o Tesouro já emitiu 13,9 mil milhões de euros em obrigações desde o início do ano. Significa que, segundo a atualização do Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2024 para o segundo trimestre, o IGCP já cumpriu 87% do objetivo de emissão anual previsto de obrigações do Tesouro.

Este fenómeno não se restringe ao território nacional. Na Europa, as emissões de obrigações atingiram a marca de 1 bilião de euros, ultrapassando na última semana de maio o recorde anterior estabelecido em 2020 em cerca de uma semana. Este valor inclui uma diversificação significativa, com quase metade da dívida a ser emitida por supranacionais — soberanos e agências.

A sustentar esta onda de emissões de dívida tem estado uma procura robusta por parte dos investidores, por conta de um ambiente económico marcado pelo diferencial crescente nas taxas de juro entre o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal dos EUA (Fed).

“Os emitentes têm-se mostrado interessados em obter financiamento com spreads relativamente baixos”, afirmou Marc Lewell, diretor pelas operações sindicadas para a região EMEA do JP Morgan, citado pela Bloomberg.

Segundo dados da S&P Global, a emissão de títulos com grau de investimento na Europa alcançou 311,4 mil milhões de euros no primeiro trimestre, cerca de 2,6 vezes mais do que no trimestre anterior e mais de 21% acima do primeiro trimestre de 2023. “O primeiro trimestre de 2024 marcou a maior emissão trimestral com grau de investimento desde 2010”, referem os técnicos do S&P Global no último relatório trimestral de emissões de dívida.

A sustentar esta onda de emissões de dívida tem estado uma procura robusta por parte dos investidores, por conta de um ambiente económico marcado pelo diferencial crescente nas taxas de juro entre o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal dos EUA (Fed), a que não foi indiferente o primeiro corte em quase cinco anos das taxas diretoras do BCE na última reunião do Conselho do BCE a 6 de junho.

Além disso, a procura por novos títulos de dívida tem sido alimentada pela expectativa de uma “aterragem suave” da economia global, com os mercados a mostrarem otimismo relativamente à queda da inflação e à resiliência económica, procurando neste momento uma última oportunidade para agarrarem elevadas yields das obrigações (lock in yields).

Esta combinação de fatores tem comprimido os spreads das obrigações para mínimos de vários anos, incentivando tanto empresas com elevada qualidade creditícia quanto aquelas de grau especulativo a refinanciarem-se no mercado de dívida.

No entanto, nenhum desses cenários afasta a enorme indefinição que se vislumbra pela frente, nomeadamente no que se refere ao controlo da inflação, como ficou espelhado pelos últimos números do Eurostat que mostraram uma subida do índice de preços na Zona Euro para os 2,6% em maio.

Foi sob essa prudência que, recentemente, Nicolas Trindade, gestor sénior de carteiras na Axa Investment Managers, alertou “os investidores a não serem gananciosos num ambiente como este”, devendo para isso privilegiar “as obrigações com grau de investimento, em que os fundamentos permanecem sólidos e o risco de incumprimento é muito menor, para captar oportunidades de rendimento atrativas.”

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Rayden atuou de surpresa em “La noche iluminada” na Feira do Livro de Madrid

  • Servimedia
  • 11 Junho 2024

A Feira do Livro de Madrid realizou esta sexta-feira à noite, e como novidade deste ano, um programa especial das 21h00 às 23h30 sob o nome de “La noche iluminada” (A noite iluminada).

A diretora da feira, Eva Orúe, abriu a noite e apresentou o concerto surpresa de Rayden, que reuniu um grande número de pessoas no parque El Retiro, onde o artista interpretou alguns dos seus maiores êxitos. Para além do cantor madrileno, que anunciou no ano passado a sua retirada dos palcos em 2024, “La noche iluminada” reuniu atuações surpresa de outros artistas emergentes, como Natalia Vega, El no de las niñas e Álvaro Sola, da empresa de experiências musicais imersivas Sofar Sounds, bem como atuações de microteatro de alunos da Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madrid (Resad).

A feira apostou nas energias renováveis para a iluminação dos três palcos desta primeira edição de atividades noturnas. Com a Repsol como fornecedor multi-energia, este ano o evento instalou painéis solares que permitiram acumular a energia necessária ao longo do dia para a iluminação noturna.

A 83ª edição da Feira do Livro de Madrid procura ser cada vez mais neutra em termos de carbono. É por isso que, como parte do acordo com a Repsol, também está a fornecer energia aos cinco pavilhões da feira a partir de 4.000 litros de combustível renovável. Estima-se que esta ação evitará a emissão de 12 toneladas de CO2, reduzindo as emissões em 90% em relação ao combustível mineral que substitui, devido à menor intensidade de carbono das energias renováveis.

A Repsol também está a oferecer descontos para estes dias no seu serviço de mobilidade sustentável, Wible, para chegar ao Parque El Retiro, numa edição que se espera que volte a encher, superando os 1,2 milhões de pessoas do ano passado, entre visitantes, expositores e livreiros, e mais de 600.000 exemplares vendidos, o que significou um volume de vendas superior a 10 milhões de euros.

A Feira do Livro de Madrid junta-se a outros eventos culturais de referência nacional e internacional, como o Festival de Cinema de Málaga ou a Gala de Goya, onde a Repsol também promoveu a sustentabilidade através da sua oferta multi-energética de combustíveis feitos a partir de resíduos orgânicos, como os óleos vegetais usados.

 

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Portugal é o quarto país da UE onde há menos trabalhadores no setor financeiro e segurador

Quanto ao valor acrescentado, Portugal ocupa a 10.º posição com este setor a representar 9,9% da economia empresarial do país, segundo a Eurostat.

Portugal ocupa o quarto lugar entre os países da União Europeia (UE) com a menor percentagem (2,3%) de trabalhadores no setor de atividade financeira e segurador face ao total das pessoas empregues na economia empresarial interna em 2021. Segundo os dados divulgados pela Eurostat, Portugal partilha a posição com a Grécia e a Letónia.

A taxa portuguesa é menor do que a média da UE (3,1%) onde os Estados-membros somam 4,9 milhões de pessoas empregues nesse setor em 2021.

Importa salientar que na economia empresarial encontram-se atividades económicas como a industrial, construção e serviços. Estando excluído o setor público, a agricultura e a pesca, por exemplo.

A mesma nota dá conta que estavam ativas neste setor 759.159 empresas – representando 2,5% de todas as empresas ativas na economia empresarial da UE no mesmo ano.

Quanto ao volume de negócios líquido, este “ascendeu a 2,3 biliões de euros, enquanto o valor acrescentado foi de 1 bilião de euros.”, refere o órgão estatístico.

Este gráfico da Eurostat organiza os países da União Europeia desde aquele com maior taxa de trabalhadores no setor de atividades financeiras e de seguros na economia empresarial a começar no Luxemburgo até o que apresenta a menor percentagem (Lituânia). As barras amarelas correspondem à taxa de emprego e as azuis ao valor acrescentado. Também aparecem esses dados para a Noruega (barras mais à direita), Estado não-membro que integra o Espaço Económico Europeu e o Espaço Schengen e também os dados relativos à média da União Europeia (mais à esquerda)Eurostat

O país com maior percentagem de trabalhadores neste setor face a economia empresarial do país foi Luxemburgo com 12,1%, seguindo-lhe o Chipre com 5,7% e a Irlanda com 5,6%.

No sentido oposto, aqueles que registaram uma menor percentagem foi a Lituânia (1,8%), a Roménia (2,1%) e a Chéquia (2,2%).

Quanto ao valor acrescentado, Portugal ocupa a 10.º posição com este setor a representar 9,9% da economia empresarial do país. Neste indicador, a “percentagem mais elevada foi registada em Luxemburgo (34% da economia empresarial do país), nos Países Baixos (31,5%) e na Suécia (18,9%)”. Portugal encontra-se na 10.º posição 9,9% de valor acrescentado registado.

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Apple e OpenAI fazem acordo para integrar ChatGPT na Siri

  • ECO
  • 10 Junho 2024

A Apple vai integrar o chatGPT nos iPhones e computadores, um modelo que é designado de 'Apple Intelligence'.

A Apple e a OpenAI assinaram um acordo de parceria estratégica para levar o ChatGPT para a Siri. O anúncio foi feito no “Worldwide Developers Conference”, o encontro anual de programadores promovido pela empresa da maçã. Tim Cook, o presidente executivo da Apple, afirmou que o próximo grande passo da companhia será determinado pela Inteligência Artificial Generativa e os modelos de linguagem ‘LLM’.

A integração do ChatGPT nos produtos Apple iPhone, iPad e Mac deverá entrar em testes já este ano, e uma das prioridades anunciadas por Tim Cook no desenvolvimento do chamado ‘Apple Intelligence’, o sistema personalizado de inteligência artificial, é mesmo a privacidade. O sistema estará “consciente dos seus dados pessoais sem recolher os seus dados pessoais”, garantiu Craig Federighi, vice-presidente da Apple.

Estes serviços estarão disponíveis em teste ainda este ano e algumas das ferramentas serão disponibilizadas em 2025.

O acordo da Apple com a OpenIA é uma resposta de Tim Cook aos avanços das ‘big tech’ na Inteligência Artificial.

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“No final deste ano, Portugal terá 4 milhões de seguros de saúde”

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, considera que a razão está na aceleração do ritmo de crescimento registado desde o período pós-pandémico.

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, prevê que “no final deste ano, Portugal terá 4 milhões de seguros de saúde”, afirmara-o na IV Cimeira Ibérica de Hospitais Privados.

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), prevê que até ao final do ano o número de beneficiários de seguro de saúde em Portugal alcance os 4 milhões.Hugo Amaral/ECO

O representante das seguradoras portuguesas nota que o ritmo de crescimento acelerou no pós-pandemia. Por isso, mantendo-se os ritmos atuais de crescimento, acredita que quatro milhões de pessoas irão usufruir de seguro de saúde, segundo indicou a APS ao ECOseguros.

Entre 2010 e 2020 o número de beneficiários de seguro de saúde subiu cerca de um milhão (de dois para três milhões). Mas nos três anos entre 2021 e 2023 registaram-se mais 561 mil beneficiários, segundo os dados da associação.

Importa salientar que a IV Cimeira Ibérica de Hospitais Privados foi organizada pela ASPE, entidade que representa prestadores privados de cuidados de saúde em Espanha e a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP). Realizou-se em Madrid, Espanha, entre os dias 5 e 6 de junho onde se debateu sobre “o futuro da hospitalização privada, com especial enfoque na escassez de profissionais e nas relações com o setor dos seguros”. José Galamba de Oliveira participou no painel “A relação entre os setores da Saúde e dos Seguros: há diferenças entre Portugal e Espanha?”.

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Produção global de seguros cresceu 13,6% para 3,5 mil milhões de euros

O crescimento foi sustentado pela subida de 18,8% da produção do ramo Vida e 9,9% dos ramos Não Vida. Os montantes pagos pelas produtoras de seguros cresceram 3,3%.

A produção global de seguro direto – venda direta de seguros aos clientes – cresceu 13,6% para mais de 3,5 mil milhões de euros em Portugal no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo.

O crescimento foi sustentado pela subida de 18,8% da produção do ramo Vida e 9,9% do ramo Não Vida, segundo o Relatório de Evolução da Atividade Seguradora 1.º Trimestre 2024 da Autoridade Supervisora de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Segundo a ASF, foi relevante para o acréscimo de produção de seguro direto do ramo Vida “o aumento verificado nos seguros de vida Não Ligados (35,4%), quer nos produtos PPR (33,7%), quer nos restantes seguros de vida Não Ligados (36,3%)”. Quanto aos ramos Não Vida, estes registaram crescimentos de “17,7% do ramo Doença e 11,2% da mobilidade Acidentes de Trabalho, cujo peso relativo na produção passou a ser de 24,3% e 19,1%, respetivamente”.

Relativamente aos montantes pagos pelas produtoras de seguros, estes cresceram 3,3% face a março do ano anterior, empurrado pelo aumento de 10,1% nos ramos Não Vida, visto que o ramo Vida “manteve o valor praticamente inalterado”.

As empresas nacionais registaram acréscimos de 14,9% e 11,1% no ramo Vida e no ramo Não Vida, respetivamente. Enquanto das sucursais da União Europeia a operar em Portugal (supervisionadas pela entidade reguladora do país onde estão sediadas) cresceram 79,7% no ramo Vida e 2,4% no ramo Não Vida.

A ASF revelou também que, no primeiro trimestre de 2024, “o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 50,5 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 0,3% face ao final do ano passado“, destacando que “na mesma data o volume de provisões técnicas foi de 42,6 mil milhões de euros”.

Por provisões técnicas entende-se o montante que as seguradoras devem manter para conseguir cobrir os compromissos assumidos com os clientes. Este cresceu 0,2% face ao final do ano passado.

Já o rácio de solvência do conjunto das empresas supervisionadas pela ASF fixou-se em 203% no final do primeiro trimestre de 2024, 1% acima do registado no final de 2023.

Por fim, o requisito de capital mínimo (MCR) registou um aumento de 92% no final do primeiro trimestre de 2024 face ao final de 2023 para 620%. O MCR corresponde ao montante “de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável”.

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Peso do setor segurador no sistema financeiro moçambicano cai para 0,39% do PIB

  • Lusa
  • 10 Junho 2024

"O setor de seguros continuou a apresentar uma margem de solvência confortável para absorver perdas não previstas", refere o relatório do Banco de Moçambique.

O setor dos seguros em Moçambique no sistema financeiro ascendeu em 2023 a 0,39% do Produto Interno Bruto (PIB), recuando face aos 0,47% em 2022, mas mantendo uma “tendência de estabilidade”, segundo um relatório do banco central.

“Dados preliminares indicam que, em 2023, a percentagem dos depósitos totais do setor de seguros no total dos seus investimentos se situou em torno de 30%, cifra próxima à observada em 2022″, refere-se no relatório de estabilidade financeira de 2023 do Banco de Moçambique, consultado esta segunda-feira pela Lusa.

“O desempenho do setor de seguros tem sido fortemente influenciado pela evolução da conjuntura macroeconómica e pelo desenvolvimento do setor bancário nacional. Em 2023, dados preliminares apontam que o setor de seguros continuou a apresentar uma margem de solvência confortável para absorver perdas não previstas e assim cumprir com as suas obrigações para com os seus clientes”, acrescenta.

“Em geral”, a taxa de cobertura da margem de solvência disponível no setor de seguros “manteve-se estável, sendo que a margem de solvência exigida representa em torno de um quarto da margem de solvência disponível nos últimos anos”, estando “bastante acima” dos limites exigidos.

“O setor de seguros exerce um papel importante na proteção do setor bancário, na medida em que configura uma forma de gestão de vulnerabilidades e riscos que ameaçam a estabilidade do sistema financeiro doméstico. Por outro lado, este setor está ligado ao mercado financeiro através das suas atividades de investimento, captação de fundos e emissão de dívida”, refere ainda.

Relativamente aos investimentos representativos das provisões técnicas, o Banco de Moçambique sublinha “uma tendência para redução dos depósitos a prazo” e, paralelamente, evidencia “o aumento dos investimentos do setor de seguros em títulos da dívida pública, em detrimento de aplicações no setor bancário, aumentando deste modo a sua exposição ao risco soberano e com potencial impacto na dinâmica do risco sistémico”.

Dados do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM) indicam que estão registadas em Moçambique 19 companhias de seguro, entre os setores vida e não vida.

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Safe-Crop lança Seguro Apícola “Está bem, abelha!”

  • ECO Seguros
  • 10 Junho 2024

Mais um nicho de mercado vai ser explorado pela Safe-Crop e pela Caravela. Parceria com associação apícola vai começar pretendendo atingir um mercado potencial de 50 milhões de euros em risco.

A Safe-Crop, em parceria com a FNAP – Federação Nacional dos Apicultores de Portugal, lançou esta segunda-feira, durante a Feira Nacional de Agricultura, um novo seguro destinado a apicultores. Este seguro abrange responsabilidade civil, riscos meteorológicos e doenças – é a solução “Está bem, Abelha!”, colocada em parceria com a seguradora Caravela.

Um bombeiro tenta salvar colmeias durante um incêndio que deflagrou ao início da tarde numa zona de mato em Rio de Mouro no concelho de Sintra em 2022. É um risco comum para os produtores apícolas. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSAJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Este Seguro de Responsabilidade Civil cobre lesões corporais e materiais causadas a terceiros, oferecendo uma proteção clássica, segundo Filipe Charters de Azevedo, responsável pela Safe-Crop. A cobertura ainda protege terceiros contra riscos decorrentes da atividade apícola.

“Mais diferenciadora é a proteção contra riscos meteorológicos, que cobre colmeias em casos de Incêndio, Queda de raio, tempestades e chuvas intensas, Golpes de calor e Queda de neve”, diz o Charters de Azevedo.

“Estamos aqui para proteger contra catástrofes, compensando o produtor quando as coisas dão errado”. Este tipo de seguro já existe em países tão diferentes como Espanha, Turquia e Reino Unido.

Além disso, o seguro também pode cobrir os riscos de doenças nas colmeias. “No Reino Unido, esta cobertura de doença já existe e acreditámos que poderia ser interessante para os nossos produtores”.

Empresa procura mais mediadores de seguros

“Para o sucesso deste novo modelo de negócio é necessário construir novas redes de distribuição. Continuamos à procura de mediadores e corretores em todo o país. Defendemos que mediadores e corretores precisam de um novo catálogo de produtos especializados. E, no que se refere à agricultura, pecuária e silvicultura, estamos aqui”, diz o CEO da empresa.

Quanto à Vespa Asiática, Charters de Azevedo, refere que se trata de “uma praga que tem de ser combatida de outra forma – riscos certos não podem ser segurados”.

A Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), fundada em 1996, é uma organização socioprofissional com 46 organizações de apicultores filiadas, entre cooperativas, associações e agrupamentos de produtores, oriundas de todo o país e regiões autónomas.

A produção de mel é considerada um “emprego verde” pela União Europeia, na medida em que é uma atividade económica capaz de explorar recursos silvestres, preservando-os e contribuindo de forma positiva para a sua manutenção e renovação. A produção nacional de mel atingiu em 2022 as 11.465 toneladas, das quais cerca de 20% são exportadas. Existem em Portugal 11.471 explorações apícolas e um efetivo de 667.685 colmeias registadas. O valor do setor apícola na economia portuguesa (REL – Rendimento Empresarial Líquido) está avaliado em mais de 15 milhões de euros. O consumo nacional de mel per capita é de 0,7kg/ano.

A Safe-Crop, segundo o seu CEO, está a apostar no crescimento da fileira apícola, uma vez que Portugal é o quinto país da UE que mais importa mel. Em 2021, Portugal importou 7.100 toneladas de mel, representando 4% das importações da UE. Portugal tem cerca de 11,5 mil produtores, dos quais apenas uma pequena parte possui mais de 150 colmeias. “Espera-se que este novo produto ajude a estabilizar o rendimento e aumentar o número de colmeias por produtor, dinamizando a produção efectiva”, acredita o CEO,

Se todos os produtores tivessem seguro, e toda a produção estivesse coberta, o capital em risco seria em torno dos 50 milhões. Charters de Azevedo reconhece que é um produto de nicho: “É impossível ter uma taxa de penetração alvo, tanto mais que é um produto novo e não temos grande tradição de seguros na agricultura, mas queremos estar junto dos nossos produtores. Aliás, de todos os produtores”, conclui.

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Sánchez e Scholz serão negociadores do Partido Socialista para renovação de cargos na UE

  • Lusa
  • 10 Junho 2024

Os socialistas europeu nomearam Pedro Sánchez e o chanceler alemão Olaf Scholz como os negociadores de altos cargos nas instituições da União Europeia para os próximos cinco anos.

O Partido Socialista Europeu nomeou esta segunda-feira o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, como os negociadores no processo de renovação de altos cargos nas instituições da União Europeia para os próximos cinco anos.

Fontes do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) afirmaram que os resultados destas eleições, nas quais os sociais-democratas europeus obtiveram 135 lugares, consolidam como segunda força no Parlamento Europeu e dão “um sólido poder de negociação” para a distribuição das presidências da Comissão Europeia, Conselho e Parlamento Europeu, assim como do representante da União Europeia (UE) para a política externa.

Os socialistas e democratas reiteram a sua vontade de dialogar e negociar com todas as forças políticas à exceção da extrema-direita”, asseguraram as fontes.

O Partido Popular Europeu, por sua vez, terá como negociadores o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e o grego, Kyriakos Mitsotakis.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão reunir-se informalmente no dia 17 de junho num jantar em Bruxelas para discutir a divisão e irão realizar nos dias 27 e 28 de junho uma cimeira com o objetivo de chegar a acordo.

O PPE venceu as eleições para o Parlamento Europeu nos 27 países da União Europeia (UE), com 185 eurodeputados, mais 48 do que os socialistas do S&D.

Segundo a atualização mais recente dos resultados provisórios, o S&D (de que faz parte o PS) tem 137 eleitos.

Os liberais do Renovar a Europa (que a IL vai integrar com dois eleitos) conquistaram 80 lugares no hemiciclo, mais sete dos que Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), com 73 eurodeputados.

Juntos, o centro-direita, os socialistas e os liberais conseguem 402 lugares, acima dos necessários 361 (metade dos eurodeputados mais um) para uma maioria parlamentar absoluta e estável.

Ainda segundo os resultados provisórios, a extrema-direita do Identidade e Democracia (ID), de que vai fazer parte o Chega com dois eurodeputados, conseguiu eleger 58 representantes e os Verdes 52.

A Esquerda no PE alcançou 36 eurodeputados (incluindo os eleitos pelo BE e CDU, um cada).

Os resultados provisórios indicam que há 46 eurodeputados não-inscritos, 36 que entraram e que tendencialmente estão alinhados à esquerda e 53 com alinhamento à direita.

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