Governo propõe aumento de 180 euros aos polícias

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

Atualmente o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.

O Governo apresentou esta quinta-feira uma nova proposta aos sindicatos da PSP, que passa por alterar o suplemento que já existe na vertente fixa de 100 para 280 euros, um aumento de 180 euros.

No final da reunião com os seis sindicatos da PSP, estas estruturas indicaram que a ministra da Administração Interna propôs que a vertente fixa do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança passe dos 100 para os 280 euros, mantendo a vertente variável de 20% do ordenado base.

Atualmente o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base. Esta é a terceira proposta que o Governo propõe aos sindicatos da PSP, deixando agora cair as percentagens por categoria profissional.

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Governo reafirmou ao presidente da Junta da Galiza compromisso na alta velocidade

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

Miguel Pinto Luz diz que ficou claro com "o governo da Junta da Galiza" a garantia de que "a prioridade que existia" do anterior Governo, de ligação em alta velocidade Lisboa-Vigo.

O ministro das Infraestruturas assegurou esta quinta-feira, após um breve encontro com o presidente do governo regional da Galiza, que o executivo mantém o compromisso da ligação ferroviária em alta velocidade entre Lisboa e Vigo, bem como a Madrid.

De acordo com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, ficou claro numa reunião de trabalho com “o governo da Junta da Galiza” a garantia de que “a prioridade que existia” do anterior Governo, de ligação em alta velocidade Lisboa-Vigo, “mantém-se”, e que tal como o executivo anunciou há dias somará a esse investimento a necessidade de começar “a ligação Lisboa-Madrid”.

“Essa prioridade está absolutamente clara para o Governo português […], que são as duas horas que preferencialmente irão ligar Lisboa a Vigo e, mais tarde, Lisboa-Madrid em três horas e, portanto, a Península Ibérica será com certeza um espaço mais coeso, mais próximo”, afirmou Pinto Luz. O governante português falava no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, após um breve encontro com Alfonso Rueda, presidente da Junta da Galiza (ou Xunta de Galicia, em galego).

“Mas, aqui uma menção especial para a Galiza, uma relação especial de facto, que o país tem com esta fronteira muito mais permeável a Norte”, frisou. O ministro salientou que as parcerias público-privadas (PPP) para a ligação em alta velocidade do lado português “estão calendarizadas”, desde o anterior Governo que “já estavam sinalizadas”, e o atual executivo (PSD/CDS-PP) liderado por Luís Montenegro reafirma “esse compromisso”, assumindo que tem que haver “esse caráter simbiótico dos dois lados”.

Alfonso Rueda e Miguel Pinto LuzLusa

“Temos condições para garantir que os dois lados estarão alinhados em prazos para não termos pronta a obra de um lado da fronteira e depois não temos pronta do outro lado e, portanto, tanto em Lisboa-Madrid, como Lisboa-Vigo estão os calendários absolutamente ligados”, assegurou Miguel Pinto Luz, notando que “são projetos para gerações”. Sobre a bitola ferroviária adotada na ligação de alta velocidade, o ministro assumiu que o Governo está tranquilo e que “Portugal e Espanha estão alinhados”.

“Estamos a fazer em bitola ibérica […], portanto, Espanha tem a obra a decorrer em bitola ibérica e Portugal fará na mesma bitola que Espanha”, respondeu Pinto Luz, acrescentando que os dois governos estão “absolutamente interligados na decisão e a seu tempo, toda a infraestrutura está a ser preparada para poder haver uma migração no tempo certo e isso está a ser negociado com a Comissão Europeia”.

Questionado acerca de eventuais melhorias na atual ligação ferroviária entre as duas capitais ibéricas, o governante frisou que “Lisboa-Madrid é um projeto faseado” e o TGV só estará operacional em 2034, mas até lá prometeu “melhorar toda a oferta de serviços”.

Teremos uma ligação cada vez melhor ao longo desta década para permitir essa ligação Lisboa-Madrid, portanto, não será só em 2034 que […] poderemos ir com qualidade entre Lisboa e Madrid, em 2034 poderemos ir mais rápido”, salientou Pinto Luz, sem avançar pormenores dos investimentos, mas garantindo que até lá se terá a “melhoria desse serviço” e que esse “é um processo gradativo e absolutamente fundamental”.

O presidente da Xunta de Galicia explicou que o encontro serviu para “conhecer em primeira mão com o responsável pelas Infraestruturas do Governo português” as “perspetivas em relação à execução de uma infraestrutura” que, para Portugal e certamente para a Galiza, “é absolutamente fundamental”, a ligação ferroviária de alta velocidade entre a Galiza e o Norte de Portugal. Perante o anúncio do Governo português de executar a ligação entre Lisboa e Madrid, sobre a qual a Galiza “não tem absolutamente nada a objetar”, Alfonso Rueda Valenzuela quis saber se poderia haver “um atraso, um adiamento da execução da infraestrutura que para a Galiza” é “absolutamente fundamental”.

Isto porque, sublinhou, a “Euro região Galiza-Norte de Portugal” é “de longe o território transfronteiriço entre Espanha e Portugal onde se realizam a maior parte dos intercâmbios de todo o tipo, de natureza económica, a circulação de trabalhadores”, e tudo o que “envolve uma relação muito fluida desde há muitos anos entre a Galiza e o Norte de Portugal”.

“Saio desta reunião muito calmo, muito satisfeito. O ministro confirmou-nos que o Governo português mantém a sua intenção de implementar esta infraestrutura, incluindo prazos muito específicos”, admitiu Alfonso Rueda, considerando, no entanto, que “cada mês que passa é essencial” para a data apontada pelo Governo português para chegar à fronteira com Espanha.

A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país numa hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria. O percurso Porto-Vigo está estimado em 50 minutos. A primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa assegurada via Linha do Norte.

O concurso público para o lote 1 (Porto-Oiã) da primeira fase foi lançado em janeiro, e o do lote dois (Oiã-Soure) deverá ser lançado em julho. A ligação a Lisboa avançará em 2026. Já a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), para depois de 2030, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

No total, segundo o anterior Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.

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Nuno Santana regressa à administração da Media Capital

  • + M
  • 23 Maio 2024

O empresário regressa assim às funções que desempenhou até setembro de 2022, altura em que foi substituído por Miguel Osório, seu sócio na Biz Partners. 

Nuno Santana vai regressar à administração da Media Capital. O acionista do grupo e dono da Niu regressa em substituição de Luís Osório, que renunciou ao cargo, segundo uma decisão comunicada esta quarta-feira à CMVM.

O empresário regressa assim às funções que desempenhou até setembro de 2022, altura em que foi substituído por Miguel Osório, seu sócio na Biz Partners, e que substituiu em junho de 2021 na administração do grupo dono da TVI.

Nuno Santana é dono e fundador da empresa de eventos Niu, produtora com a TVI do Wonderland Lisboa, e é sócio do Grupo Praia, proprietário dos restaurantes Praia no Parque, já presente em Lisboa, no Parque Eduardo VII, na Ericeira e na Comporta, em parceria com Philippe Starck.

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Lusíadas Monsanto lança campanha para combater estigma associado à saúde mental

  • + M
  • 23 Maio 2024

"Cuidar da saúde mental é normal. E merece dedicação total”, afirma o hospital, numa campanha com criatividade da McCann e planeamento de meios da Havas Media.

Ninguém escolhe ter cancro. Nem ter uma doença mental”; “Ninguém escolhe ter diabetes. Nem ter uma depressão”; “Ninguém escolhe ter epilepsia. Nem ter uma dependência”; “Ninguém escolhe ter um enfarte. Nem ter um burnout“, são os quatro headlines da campanha que o Hospital Lusíadas Monsanto vai lançar na próxima semana.

Alertar para a importância da saúde mental e para a necessidade de eliminar o estigma associado a estas doenças e ao seu tratamento é o objetivo, com a marca a afirmar que “Cuidar da saúde mental é normal. E merece dedicação total.”

Assinada pela McCann e com planeamento de meios da Havas Media, a campanha arranca seis meses após a aquisição do Hospital Monsanto, fundado em 1962, pelo Grupo Lusíadas Saúde e acompanha o anúncio de um projeto focado no bem-estar e saúde mental, explica o grupo.

“O Hospital Lusíadas Monsanto vai inspirar os portugueses a olharem para a sua saúde mental de uma forma mais atenta, sem medo e sem receio de procurarem ajuda para uma dor que não se vê, mas que se sente, e muito, e que precisa de ser tratada com a mesma prioridade e com a mesma atenção que uma dor física. E é, por isso, que a assinatura desta campanha é tão forte e, ao mesmo tempo, tão assertiva”, reforça Filipa Pinheiro Marques, administradora do Hospital Lusíadas Monsanto, citada em comunicado.

A campanha vai estar disponível numa rede de mupis séniores e standards com cerca de 200 pontos na Grande Lisboa, Amadora, Alfragide e Sintra e também em rádio, imprensa, digital e owned media.

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Acionistas da Martifer reconduzem Carlos Martins na presidência da empresa

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

Na assembleia-geral, os acionistas da Martifer aprovaram o conselho de administração para o período 2024-2026.

Os acionistas da Martifer aprovaram, em assembleia-geral (AG), um novo Conselho de Administração, reconduzindo Carlos Martins na presidência do grupo, adiantou esta quinta-feira a empresa. Em comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Martifer revelou que os detentores de títulos da empresa, elegeram os membros do Conselho de Administração para exercerem funções durante o triénio 2024-2026.

De acordo com a proposta, foi assim aprovado o Conselho de Administração liderado por Carlos Martins e composto por: Arnaldo Figueiredo, Jorge Martins (vice-presidentes) Pedro Miguel Rodrigues Duarte, Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira, Carlos Alberto Araújo da Costa, Filipe Belo Viegas Rosa, Maria Sílvia da Fonseca Vasconcelos da Mota, Mariana Nogueira Martins, Carla Maria de Araújo Viana Gonçalves Borges Norte e Susana Isabel Barreto de Miranda Sargento (vogais).

Foram também eleitos os membros da mesa da assembleia geral, o conselho fiscal, o revisor oficial de contas e os membros da comissão de fixação de vencimentos. Os acionistas da Martifer aprovaram ainda os documentos de prestação de contas referentes a 2023, a proposta de aplicação de resultados e realizaram a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade.

Na AG, foram também aprovadas alterações ao contrato de sociedade e a aquisição e alienação de ações próprias. A reunião magna da Martifer contou com a participação de 81,41% da totalidade do seu capital social, correspondente a 83,26% dos direitos de voto, revelou.

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Federação Europeia de Peritos Reguladores de Sinistros tem novo presidente

Foi aprovado por unanimidade pela assembleia geral a continuação do projeto sobre a identificação de soluções para o recrutamento de peritos para empresas da especialidade realizado pela Young Feudi.

Giuseppe Degradi presidente da associação italiana de peritos (AIPAI) passou formalmente a presidência da comité executiva da Federação Europeia de Peritos Reguladores de Sinistros (FEUDÍ) a Stavros Dimopoulos, presidente da associação grega de peritos (HALA), que irá dirigir a federação até maio de 2025. Segundo o comunicado da federação, Degradi finalizou o seu mandato dirigindo a Assembleia Geral de 2024 em Bavena, Itália, e a conferência que se seguiu centrada na temática “melhores práticas de peritagem na Europa”.

“Foi uma honra ter servido como presidente da comité executiva da FUEDÍ desde a minha eleição no Porto em maio de 2023 (cidade onde foi realizada a última assembleia geral). Orgulho-me que durante o meu mandato, FUEDÍ continuou a progredir”, disse Giuseppe Degradi.

“A nossa conferência sublinhou a importância do papel do perito de sinistros na resolução de sinistros quotidianos e dos que se seguem a catástrofes naturais.”, acrescentou o agora primeiro vice-presidente da comité executiva, Giuseppe Degradi.

Já o novo presidente reconheceu os impactos na HALA após esta se ter tornado membro de pleno de direito da federação em 2014. “Temos visto os benefícios da adesão à FUEDI, particularmente com o reconhecimento contínuo e a avaliação comparativa das qualificações e o foco no recrutamento da próxima geração de reguladores de sinistros.”, referiu Stavros Dimopoulos.

Aliás, os membros da Young Feudi (YF) participaram na assembleia geral e apresentaram um projeto sobre a identificação de soluções para o recrutamento de peritos para empresas da especialidade. A continuação desse projeto foi aprovada por unanimidade pela assembleia geral.

A assembleia teve como um dos seus principais objetivos realçar a “importância e os benefícios da existência da FUEDÍ, incluindo a sua cooperação com outros organismos europeus de relevo nesta área, o apoio às associações nacionais de peritagem, bem como destaca a defesa de padrões elevados a nível ético e profissional dos membros da federação.”

Importa salientar que a conferência contou com a presença dos 12 membros europeus (incluindo Portugal através da Câmara Nacional de Peritos Reguladores – CNPR), e com elementos de seguradoras como Omar El Idrissi da UnipolSai Assicurazioni, Marcella Accoto da Chubb European Group, Bruno Masseloux da Axa France e Antonio Venir, da General Global Corporate & Commercial Italy.

A FEUDÍ é reconhecida pela Comissão Europeia como o organismo representativo dos peritos reguladores no que se refere à peritagem profissional na Europa, englobando 12 associações nacionais de peritos especializadas na regulação de sinistros, cada representando os peritos dos seus países.

Peritos reúnem-se em assembleia geral ordinária neste sábado

Os membros da Câmara Nacional de Peritos Reguladores receberam uma convocatória para se reunirem em assembleia geral ordinária a realizar-se no próximo sábado (dia 25 de maio), pelas 10h00 no Turim Oporto Hotel, Porto.

Constam três pontos na ordem de trabalhos, nomeadamente, a leitura e votação das atas a última assembleia geral, a apreciação discussão e votação do Relatório de Atividade e Contas de 2023 e respetivo Parecer do Conselho Fiscal bem como Orçamento e Plano para o ano financeiro seguinte e a eleição dos órgãos sociais da CNPR para o próximo biénio de 2024-2026.

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“Estamos em condições de travar qualquer combate”, diz a CNN. Nova grelha estreia dia 3 de junho

A nova grelha surge pouco depois da apresentação do News Now, novo canal de informação da Medialivre (ex-Cofina), que é lançado no dia 17 de junho.

“Factos, análise, liberdade, sentido de oportunidade, rapidez na ação e coragem. São requisitos fundamentais para o nosso trabalho e continuaremos a apostar forte em tudo o que foi feito e arriscando na inovação“, afirmou José Eduardo Moniz no evento da CNN onde foi apresentada, ao fim da tarde desta quarta-feira, uma grelha de televisão renovada.

Sobre a coragem, o diretor-geral da TVI disse que esta era necessária para enfrentar novos desafios, mas também “para enfrentar quem cá está e quem se anuncia“. “Estamos em condições de travar qualquer combate, com o mesmo espírito de sempre: o de servir os espectadores com independência e rapidez“, acrescentou.

As novidades da CNN, que entram em vigor a partir de 3 de junho, surgem pouco depois da apresentação do News Now, novo canal de informação da Medialivre (ex-Cofina), que é lançado no próximo dia 17 de junho.

Questionado à margem do evento pelo +M, José Eduardo Moniz garantiu que esta renovação “não tem especificamente a ver com ninguém”. Nós pensamos em nós antes de pensarmos nos outros. E confiamos nas nossas capacidades. O que nós estamos aqui a anunciar e a mostrar foi o que fizemos ao longo destes dois anos e meio e aquilo que tencionamos fazer para prosseguir o caminho que havíamos definido“, afirmou.

Estamos sempre prontos a enfrentar qualquer desafio, seja de que natureza for, envolvendo quem cá está ou quem se anuncia que quer estar no mercado. Sempre foi assim na CNN nestes dois anos e meio, quer na TVI desde sempre“, concluiu.

Já Nuno Santos, diretor da CNN Portugal, diz encarar a chegada deste novo canal “com a expectativa, curiosidade e atenção que todos os players nos merecem“.

“Não falo por antecipação. Mas no nosso caso, estamos prontos. Quando chegámos há dois anos e meio, dissemos ao que vínhamos, ocupámos o nosso espaço, fizemos o nosso trabalho. E portanto, não olhamos para quem chega de soslaio, olhamos com a atenção que todos os players nos merecem“, reforça.

A escolha desta altura para apresentar as novidades surge tendo em conta que “este ano temos um verão bastante distinto daquilo que foram outros verões”, explicou Nuno Santos ao +M, à margem do evento.

Estamos à entrada de um verão que em termos informativos vai ser muito intenso, desde logo porque vamos ter um Campeonato Europeu de Futebol, vamos ter Jogos Olímpicos, as eleições europeias, vamos ter eleições no Reino Unido, portanto é um verão atípico do ponto de vista informativo, e nós alinhámos um conjunto de mudanças justamente para esta altura”, explicou.

Numa apresentação feita no evento em formato vídeo, Pedro Santos Guerreiro, diretor executivo da CNN Portugal, assegurou que os dois anos e meio de existência do canal “têm sido uma bela aventura”, com uma “grande fluidez entre o digital e a televisão“. Segue-se a intensificação desta relação, mas também novas rubricas, formatos, utilização e IA no apoio ao jornalismo. “O que prometemos é mais e melhor“, concluiu.

No mesmo vídeo, Nuno Santos afirmou que com esta renovação e novidades, a CNN vai ser “mais dinâmica, com mais informação gráfica, com maior diversidade de temas e com mais análise”.

Entre as novidades encontram-se um conjunto de novos programas ao final de semana, um novo jornal às 19h (horário mais importante, segundo Nuno Santos) e que se prolonga depois pelo prime time, bem como um novo programa ao sábado mais virado para a atualidade internacional e novos conteúdos “daquilo que chamamos soft news, que no fundo são programas que estão ligados ao lazer e tempos livres”.

O canal criou também um novo programa das 9h às 10h da manhã, o “CNN Top Story”. “É um programa onde vamos lançar os conteúdos do dia, onde vamos lançar o dia informativo. E vamos fazê-lo a partir do nosso novo estúdio do Porto, com uma equipa que trabalha a Norte”, adiantou Nuno Santos.

Ao mesmo tempo desafiámos as nossas equipas de pivôs para no fundo serem colocadas perante novos desafios. Ou seja, ao fim de dois anos e meio, achámos que está na altura de olhar para as forças que temos em presença e trocá-las de horário, e portanto tirar o melhor de cada um, porque também achamos que ao fim de dois anos e meio as pessoas precisam de novos estímulos e novos desafios e de passarmos essa mensagem de força e de mudança para o espectador”, acrescenta.

Nos espaços de análise e comentário, o canal desta o regresso de Nuno Morais Sarmento e as estreias de José Luís Carneiro. Em modelo frente-a-frente vai-se assistir a confrontos entre João Galamba e Carlos Guimarães Pinto.

Mafalda Anjos e Rui Calafate são os responsáveis por inaugurar um novo espaço de análise, às segundas-feiras (19h), chamado “Sem Agenda”. Já aos fins de semana, André Carvalho Ramos passa a apresentar “CNN em Foco”. Naquele que pretende ser uma “espécie de termómetro global”, a CNN vai também avançar com o programa “G7”, com Pedro Bello Moraes.

“Todas as semanas teremos o comentário e análise à situação política de Pedro Costa e Francisco Rodrigues dos Santos”, refere ainda a CNN em comunicado.

Estas mudanças “são as mais visíveis e percetíveis para as pessoas, mas isso também é acompanhado por uma coisa que não é tão percetível mas que é uma dinâmica interna, de alteração e de mudança nas equipas de edição”, referiu o diretor-geral da CNN.

“Um canal de notícias é mais fácil de definir e de trabalhar do que um canal generalista”, disse o também diretor de informação da TVI. “Um canal de notícias é sempre um canal de notícias e a sua matriz é fazer notícias 24 horas, e isso era assim na abertura da CNN e é assim hoje. Essa matriz não se altera, é estar em direto, de forma dinâmica, em todo o lado, ao mesmo tempo“, acrescentou.

“Ao mesmo tempo temos de ter a capacidade de nos renovar, de surpreender o espectador, de apreender as novas ferramentas tecnológicas que estão sempre a entrar na indústria, de incorporar novos valores no jornalismo e de sermos capazes de, sendo iguais, sermos diferentes”, disse ainda Nuno Santos.

Recorde-se também que em 2022 a CNN perdeu dois milhões de euros, segundo a revelação feita por Pedro Morais Leitão, CEO do grupo Media Capital, no congresso da APDC do ano passado.

Questionado pelo +M sobre esta questão e se o canal de notícias da Media Capital já era rentável, Nuno Santos disse que a CNN “é um projeto que foi pensado desde o primeiro dia, no enquadramento geral daquilo que é a Media Capital, e portanto deve ser pensado e incorporado naquilo que é a nossa oferta informativa entre a CNN, a TVI e as outras marcas do grupo. É preciso olhar para a CNN no conjunto da informação que nós produzimos no grupo“. “Isto é, teríamos um jornalista na Ucrânia, se não tivéssemos a operação conjunta entre a TVI e CNN? A resposta é não. Uma realidade não existe sem a outra”, acrescentou.

Em outubro passado, a SIC Notícias também passou por uma “transformação”, para entrar numa “nova fase da informação”, apresentando um novo grafismo, site, app e grelha informativa.

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Mais de 70 chefes de Estado ou Governo na Conferência para a Paz na Ucrânia

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

No total, 160 Estados receberam um convite para participar no evento, no qual se admite a presença do Presidente dos EUA, Joe Biden.

Mais de 70 chefes de Estado e de Governo confirmaram presença na Conferência para a Paz na Ucrânia, que decorrerá entre 15 e 16 de junho, onde se incluem os principais líderes latino-americanos com a exceção do Brasil. Fontes oficiais da Suíça, que organiza o encontro, também precisaram que não se deslocam ao país helvético os Presidentes de Cuba, Venezuela ou Nicarágua, países da América latina considerados próximos da Rússia.

O Presidente ultraliberal argentino, Javier Milei, confirmou a presença no evento, que decorrerá em Bürgenstock (centro do país). No total, 160 Estados receberam um convite para participar no evento, no qual se admite a presença do Presidente dos EUA, Joe Biden, que nos dias anteriores estará na vizinha Itália para participar na cimeira do G7.

O Governo chinês, que recentemente reforçou as suas relações com a Rússia na sequência da visita do Presidente Vladimir Putin a Pequim, ainda não indicou se pretende participar na Conferência. O Governo russo não foi convidado, suscitando duras críticas do Governo de Putin. Moscovo tem assinalado que sem a sua participação não será possível qualquer avanço em direção a uma solução política da guerra na Ucrânia.

O evento foi coordenado com o Governo da Ucrânia, que solicitou à Suíça para organizar a iniciativa e no seguimento da primeira conferência internacional em meados de 2022 sobre a reconstrução da Ucrânia após o final da guerra. O complexo hoteleiro de Bürgenstock fica situado num promontório, uma zona com acesso através de uma única estrada e fácil de isolar no âmbito das estritas medidas de segurança que vão ser adotadas.

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Lucro do Grupo Ramada cai 43,8% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

As receitas totais do grupo Ramada ascenderam a 36,058 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, apresentando um decréscimo de 11,7% face ao msmo período do ano anterior.

O lucro do Grupo Ramada caiu 43,8% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período do ano passado, para 1,9 milhões de euros, de acordo com a informação comunicada esta quinta-feira ao mercado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as receitas totais do grupo Ramada ascenderam a 36,058 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, apresentando um decréscimo de 11,7% face às registadas em igual período de 2023.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 32,5%, para 4,063 milhões de euros, tendo a margem EBITDA ascendido a 11,3%, traduzindo uma redução de 3,4 pontos percentuais (pp.) face ao mesmo período do ano anterior.

Os custos totais recuaram 8% para 31,996 milhões de euros e os resultados financeiros, “no montante de 632 milhares de euros negativos, registaram uma variação de 5,0% face ao mesmo período do ano anterior”, refere o grupo.

A Ramada Investimentos é a sociedade-mãe de um conjunto de empresas que, no seu conjunto, exploram negócios na área da indústria (inclui aços especiais e trefilaria) e na área imobiliária (gestão de ativos imobiliários).

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Regulador moçambicano considera normal saída da Galp da bacia do Rovuma

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

"Não é algo extraordinário, as concessionárias estão livres de fazer negociação direta ou indireta" sobre as suas participações em consórcios, afirmou o presidente do INP.

O Instituto Nacional de Petróleo (INP, regulador moçambicano do setor) considerou esta quinta-feira normal a saída da Galp do consórcio que pesquisa gás natural no Rovuma, avançando que a petrolífera portuguesa ainda terá de comunicar formalmente a decisão às autoridades. “Não é algo extraordinário, as concessionárias estão livres de fazer negociação direta ou indireta” sobre as suas participações em consórcios, afirmou o presidente do INP, Nazário Bangalane.

Bangalane falava em conferência de imprensa, após a assinatura de contratos de concessão para pesquisa e produção petrolífera entre o Governo de Moçambique e a multinacional China National Corporation (CNOC). “Nas reuniões que temos tido com a Galp, houve essa pretensão. Contudo, tem procedimentos. A companhia portuguesa vai submeter oficialmente o processo, para ser analisado ao nível do Governo e aí vamos saber os reais valores” envolvidos na operação, prosseguiu.

A Galp chegou a acordo com a petrolífera dos Emirados Árabes Unidos ADNOC para a venda da sua posição no consórcio que pesquisa gás natural na bacia de Rovuma, em Moçambique, por quase 600 milhões de euros. Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp anunciou que vai alienar a sua participação de 10% na Área 4 em Moçambique, uma operação que deverá estar concluída até ao final do ano, dando seguimento à estratégia “disciplinada” de investimento.

“A Área 4 inclui o Coral Sul FLNG [sigla em inglês que identifica a plataforma flutuante], a operar desde 2022, bem como os desenvolvimentos ‘onshore’ nos prospetivos Coral Norte FLNG e Rovuma LNG, ambos com previsão de aprovação em 2024/2025″, refere o documento. A empresa deverá receber 650 milhões de dólares (cerca de 599 milhões de euros) pelas suas ações e empréstimos de acionistas, já líquidos de impostos sobre os ganhos de capital.

O acordo prevê ainda “pagamentos contingentes adicionais de 100 milhões de dólares (92 milhões de euros) e 400 milhões de dólares (369 milhões de euros) com a decisão final de investimento do Coral North e do Rovuma LNG, respetivamente”. A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.

A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a ENH – Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participação de 10%.

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M Public Relations reforça equipa

  • + M
  • 23 Maio 2024

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli ou Heineken são os principais clientes da agência.

A M Public Relations reforçou a sua equipa de consultoria de comunicação e gestão de redes sociais.

Inês Torrã, até agora coordenadora da área digital e e-commerce da Fitapreta Vinhos, é a nova gestora de redes sociais. A profissional iniciou o seu percurso na SIC em gestão e criação de conteúdos online e trabalhou em agências como a Milenar Influence Media e Pepper – Brand Taste.

Para a área de consultoria de comunicação, entrou Sílvia Abreu, jornalista que passou por meios como o Notícias ao Minuto, o Novo Semanário e o Jornal de Negócios.

“O crescimento sustentado da M Public Relations, fruto da confiança dos nossos clientes, tem permitido aumentar a equipa e reforçar competências em mais áreas de atividade. A Inês e a Sílvia vão acompanhar, nas suas áreas, clientes já existentes e instituições que recentemente começaram a trabalhar connosco”, afirma citado em Daniel Vaz, CEO da agência.

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli ou Heineken são os principais clientes da M Public Relations.

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Prova dos 9: Quem ganha 1.500 a 2.500 euros líquidos não merece ter os impostos reduzidos como os outros?

Hugo Soares diz que PS não quer reduzir imposto dos salários entre 1.500 e 2.500 euros como o dos escalões inferiores, mas o PS também propõe redução da taxa do 6º escalão. O ECO fez a Prova dos 9.

O presidente do grupo parlamentar do PSD, Hugo Soares, acusou o PS de não querer reduzir tanto o IRS dos ordenados da classe média em comparação com o alívio fiscal que os socialistas propõem para patamares de mais baixos rendimentos. O deputado referia-se, em concreto, a salários entre 1.500 e 2.500 euros mensais líquidos, portanto, salários já depois do pagamento do imposto e das contribuições sociais. Será mesmo assim?

“O PS entende que quem ganha entre 1.500 a 2.500 euros líquidos, em Portugal é rico. Estamos a falar de professores, médicos, da classe media, trabalhadores independentes”, afirmou esta quarta-feira, no Parlamento, depois de os socialistas terem invocado o direito potestativo para forçarem o adiamento da discussão e votação da admissão do projeto de PSD e CDS (AD) que substitui a proposta de lei do Governo.

O texto de substituição da AD propõe reduzir a tributação até ao 8.º escalão, isto é, até 81.199 euros de rendimento coletável, o que corresponde a ordenados brutos até cerca de 6.500 euros ou de 3.700 euros líquidos, sem contar com o subsídio de refeição.

os socialistas querem baixar as taxas até ao 6.º patamar de rendimentos, ou seja, até 39.791 euros coletáveis, ou seja, até cerca de 3.000 euros brutos mensais ou 2.000 euros líquidos, mas com uma redução de taxa progressivamente inferior.

Hugo Soares, presidente do grupo parlamentar do PSDLusa

 

A frase

“Não vamos permitir que a classe média não tenha um alívio fiscal. O PS quer votar contra, que vote contra, assuma perante os portugueses que acha que quem ganha 1.500 a 2.500 euros líquidos não merece ter os impostos reduzidos como os outros”, afirmou, esta quarta-feira, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, no Parlamento.

Os factos

A última proposta que o PS enviou aos grupos parlamentares para negociar um texto comum mantém o teto da redução do imposto até ao 6º escalão de IRS, mas fez um esforço de aproximação à AD, baixando mais as taxas do 5.º e 6.º patamares de rendimentos.

Assim, e neste novo diploma, os socialistas comprometem-se a reduzir em 0,5 pontos percentuais (p.p.), face à proposta anterior, o 5.º escalão, que passará de uma taxa de 32,5% para 32%. Desta forma, o grupo parlamentar do PS iguala a proposta do PSD. Isto representa um alívio fiscal de três p.p. face à taxa, de 35%, de 2023.

Além disso, o partido liderado por Pedro Nuno Santos quer reduzir o imposto do 6.º escalão em mais 0,5 p.p., passando de uma taxa de 36%, que estava na proposta inicial do PS, para 35,5%. Neste ponto, o projeto do PSD é mais ambicioso, apontando para um alívio fiscal maior, ao sugerir uma taxa de 35%. Assim, os socialistas defendem uma redução de 1,5 p.p. face à taxa de 37% do ano passado, enquanto os sociais-democratas propõem uma descida maior, de 2 p.p..

Que rendimentos mensais líquidos estão aqui em causa? Os fiscalistas Luís Nascimento, da consultora Ilya, e João Espanha, da Broseta, fizeram as contas para o ECO. Na realidade, salários líquidos mensais entre 1.492 e 2.015 euros, sem contar com o subsídio de refeição, também terão um alívio fiscal caso seja aprovado o projeto dos socialistas. Ainda assim, e no que diz respeito a ordenados de cerca de 2.000 euros, a descida já terá um impacto claramente inferior, e cai no 7º escalão. Um salário mensal líquido de 2.500 do agregado familiar é, grosso modo, o valor base do 8º escalão, e ambos os escalões não têm qualquer redução de taxa.

Por exemplo, um trabalhador que aufira 2.116 euros brutos mensais terá um rendimento anual de 29.624 euros, o que corresponde a 25.520 euros de matéria coletável, depois de aplicada a dedução específica de 4.104 euros que abate aos ganhos anuais. Ou seja, este contribuinte está enquadrado no 5.º escalão de IRS, que vai de 21.321 a 27.146 euros. Se, às retribuições brutas anuais de 29.624 euros, descontarmos 5.477,43 euros para IRS e 3.258,64 euros para a Segurança Social, obtemos um ordenado líquido mensal (considerando 14 meses) de 1.492 euros. Se, a este valor, somarmos o subsídio de refeição, de seis euros por dia, que é o limite para a isenção do imposto caso seja pago por transferência bancária, o ordenado líquido poderá subir para 1.624 euros.

Assim, para rendimentos líquidos na ordem dos 1.500 a 1.600 euros mensais, tanto o projeto da AD como o do PS propõem uma redução da taxa de imposto de 3 pontos percentuais, que passará de 35% para 32%. Ou seja o alívio fiscal será igual quer seja aprovado o diploma da AD como o dos socialistas.

No caso de um ordenado bruto mensal de 3.080 euros, o rendimento anual será de 43.120 euros, o que corresponde a matéria coletável de 38.376,8 euros, já depois de terem sido deduzidos 4.743,2 euros, que, aqui, correspondem ao valor das contribuições sociais, porque são de montante superior à dedução específica de 4.104 euros. Ou seja, este trabalhador está no 6.º escalão, que vai de 27.156 a 39.791 euros anuais. Descontando 10.165,34 euros de IRS e 4.743,2 euros para a Segurança Social, este trabalhador tem um ordenado mensal líquido de 2.015 euros. Se somarmos o subsídio de refeição, de 132 euros, dá um vencimento de 2.147 euros.

Como o PS também propõe reduzir a taxa do 6.º escalão, para 35,50%, significa que salários líquidos de 2.000 euros também terão um alívio fiscal. De salientar, contudo, que o projeto da AD vai mais além na redução do imposto deste patamar de tributação, defendendo que a taxa deve baixar para 35%. Face à taxa de 2023, de 37%, o PS defende uma descida de 1,5 pontos e a AD de 2 pontos.

Certo é que rendimentos líquidos acima dos 2.000 ou 2.100 euros só terão uma maior redução do imposto na proposta da AD, que quer descer as taxas dos 7.º e 8.º escalões. Pelo contrário, o PS rejeita diminuir a tributação desses níveis remuneratórios. Ainda assim, é preciso não esquecer que, como o imposto é progressivo, mesmo não baixando o imposto do 7.º e 8.º escalões, os trabalhadores enquadrados nestes patamares beneficiam sempre do alívio fiscal dos escalões inferiores.

Então que salários líquidos estão abrangidos pelo 7.º e 8.º escalões? Por exemplo, um ordenado bruto mensal de 3.210,27 euros, que corresponde a um ganho anual 44.943,82 euros tem matéria tributável de 40.000 euros, depois de deduzidas as contribuições sociais, de 4.943,82 euros. Ou seja, este trabalhador está no 7.º escalão, que abarca rendimentos coletáveis entre 39.791 e 51.997 euros. Descontados 10.779,51 euros para IRS e 4.943,82 euros para a Segurança Social, temos um ordenado líquido mensal de 2.087 euros. Se contabilizarmos o subsídio de refeição, de 132 euros, aquele valor sobe para 2.219 euros.

No caso do 8º escalão, que vai de 51.997 euros a 81.199 euros anuais, estão rendimentos brutos mensais que podem atingir os 6.500 euros, o que dá um ganho, no conjunto do ano, de 91.000 euros e matéria tributável de 80.990 euros. Subtraindo a fatura de 29.045,06 euros para o IRS e de 10.010 euros para a Segurança Social, chegamos a um vencimento líquido mensal de 3.710 euros. Com o subsídio de refeição, dá 3.842 euros.

Prova dos 9

A afirmação do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, está parcialmente correta. É certo que o PS propõe baixar mais as taxas do 5.º do que do 6.º escalão, que abrangem salários líquidos mensais entre 1.500 e cerca de 2.200 euros.

Mas Hugo Soares refere que esse alívio fiscal não é tão substancial quando comparado com a redução do imposto dos “outros” escalões mais baixos. Por exemplo, no 2.º e 3.º escalões, a descida, proposta pelo PS, é de 4,5 pontos. No 4.º patamar de rendimentos, a diminuição é de 3,5 pontos. Já no 5.º e 6.º escalões, o alívio é menor: de 3 e 1,5 pontos, respetivamente.

Já em relação a ordenados líquidos de 2.500 euros, e que já estão enquadrados no 7.º escalão, é verdade que o PS não apresenta qualquer descida da taxa, que está nos 43,50%. Enquanto os sociais-democratas defendem uma redução de 0,50 pontos para 43%.

Prova dos nove classificação

(Notícia atualizada com novos dados sobre os escalões de IRS e correspondência com salários líquidos mensais)

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