Taxas máximas de cartões de crédito para consumidores sobem em janeiro

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2024

No primeiro trimestre de 2025, as taxas máximas dos cartões de crédito e linhas de crédito foram fixadas em 19,2%, mais 0,1 pontos percentuais.

As taxas máximas dos cartões de crédito e linhas de crédito foram fixadas em 19,2% para o primeiro trimestre de 2025, mais 0,1 pontos percentuais do que no trimestre atual, anunciou esta quinta-feira o Banco de Portugal (BdP).

A informação é relativa à taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) e à taxa de juro anual nominal (TAN) e foi disponibilizada no portal do Cliente Bancário e diz respeito ao período entre janeiro e março, apresentando uma subida de 0,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Em causa estão cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, refere o banco central.

Já nos contratos de crédito para aquisição de automóveis novos a TAEG máxima desce de 6,8% para 6,4% no caso da locação financeira ou ALD e de 11,4% para 11,3% nos créditos com reserva de propriedade.

No caso dos veículos usados, a TAEG máxima sobe de 7,8% para 8,3% na locação financeira ou ALD, mas desce de 14,5% para 14,4% nas operações com reserva de propriedade e outros.

No que respeita às taxas para o crédito pessoal, quando a finalidade é educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, estas recuam de 9,3% para 9,0%, sendo que para outros créditos pessoais (sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades) sobem para 15,9%, contra 15,8%.

As taxas máximas para os diferentes tipos de crédito aos consumidores são determinadas e divulgadas trimestralmente pelo Banco de Portugal.

Segundo a legislação, as “taxas máximas correspondem às taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) médias praticadas pelas instituições de crédito no trimestre anterior, nos diferentes tipos de contratos, acrescidas de um quarto”, sendo que “nenhuma pode ainda ultrapassar em 50% a TAEG média da totalidade dos contratos de crédito aos consumidores celebrados no trimestre anterior”, sublinhou o BdP.

O regime de taxas máximas prevê ainda que a TAEG máxima dos contratos de facilidade de descoberto com obrigação de reembolso no prazo de um mês e que a taxa anual nominal (TAN) máxima das ultrapassagens de crédito sejam iguais à TAEG máxima definida para os contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto com prazo de reembolso superior a um mês.

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TAP admite subir preços para acomodar custo de combustíveis sustentáveis

CEO da TAP afirma que custo dos combustíveis sustentáveis é três a quatro vezes mais elevado. Tal como os concorrentes, a empresa admite aplicar uma nova taxa, mas só em voos internacionais.

A TAP vai refletir nos preços das passagens a incorporação de combustíveis sustentáveis, que começa a ser obrigatória a partir do próximo ano, afirmou o CEO, Luís Rodrigues.

A sustentabilidade é um tema “que temos que respeitar com toda a certeza, mas que tem custos que nós temos que gerir, nomeadamente o tema de produção de combustíveis alternativos, os famosos Sustainable Aviation Fuels (SAF)”, afirmou o presidente executivo da TAP.

Luís Rodrigues garantiu que “as companhias aéreas estão preparadas” e que “tecnicamente está provado” que estes combustíveis “são tão bons como outros quaisquer”. “Mas economicamente não estamos preparados, porque o custo que neste momento temos de enfrentar é 3 a 4 vezes mais alto que o custo do combustível normal”, sublinhou.

A TAP vai ter de refletir esse custo no preço das passagens, mas apenas nos voos internacionais. “Há uns meses atrás, já houve algumas companhias na Europa que anunciaram que iram ter que refletir isso nos presos. É difícil que não seja assim. A questão é sempre o montante. Já começamos a discutir fazê-lo nos preços que praticamos”, afirmou Luís Rodrigues.

“Temos claro para nós que os preços domésticos estarão sempre isentos disso. Não vamos cobrar por isso nas rotas entre Lisboa, Porto, Faro e ilhas”, garantiu o CEO.

Questionado sobre se o sobrecusto se traduziria numa sobretaxa adicional, Luís Rodrigues respondeu que “tipicamente é isso que acontece”.

A Lufthansa anunciou em junho que ia passar a cobrar um valor extra de entre 1 e 72 euros por bilhete para “cobrir parte dos custos adicionais crescentes devido aos requisitos ambientais regulatórios”.

O presidente executivo da TAP deixou críticas ao excesso de regulação decorrente das novas regras de sustentabilidade, que não se limita à utilização dos combustíveis sustentáveis.

“A parte de legislação que estivemos a analisar, e que estamos obrigados a fazer por imposição regulatória — e não estou a falar da ANAC, estou a falar do geral — obriga a medir 260 critérios. É impensável medir 260 critérios com a mesma estrutura que temos hoje. Portanto, a equipa não produtiva, porque todo esse trabalho é não produtivo, não vende mais nem reduz custos, é algo que estamos obrigados a fazer, porque senão corremos o risco de de ser multados significativamente”, afirmou Luís Rodrigues.

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Caso BES. Mais um crime de Ricardo Salgado que prescreve

Segundo despacho do Juízo Central Criminal de Lisboa, julga-se "extinto, por prescrição, o procedimento criminal: quanto ao arguido Ricardo Salgado, pelo crime de falsificação de documento".

Mais um crime de Ricardo Salgado – no âmbito do caso BES – que prescreve. Desta vez é o de falsificação de documento, prescrito desde 24 de novembro de 2024.

Segundo despacho do Juízo Central Criminal de Lisboa, julga-se “extinto, por prescrição, o procedimento criminal: quanto ao arguido Ricardo Salgado, pelo crime de falsificação de documento, ocorrida no dia 24.11.2024. Quanto ao arguido Francisco Machado da Cruz, o de falsificação de documento (com início do prazo de prescrição em 28.2.2014), ocorrida no dia 24.11.2024 e quanto ao arguido Amílcar Morais Pires pelo crime de falsificação de documento, com início do prazo de prescrição em 28.2.2014), ocorrida no dia 24.11.2024″, pode ler-se no despacho, a que o ECO teve acesso.

Já em outubro, o Juízo Central Criminal de Lisboa declarou a prescrição de 11 crimes do processo BES/GES, dos quais três eram imputados pelo Ministério Público (MP) ao antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado. Segundo o despacho assinado pela juíza Helena Susano, o ex-banqueiro viu cair dois crimes de falsificação de documento e um de infidelidade da lista de 65 crimes pelos quais tinha sido acusado pelo MP em 2020.

Em causa estão um crime de falsificação referente a um documento entre o fim de 2013 e o início de 2014 com declaração imputada ao governo da entidade Fonden, outro de falsificação de um contrato entre a sociedade ES Tourism Europe e outra entidade, e um de infidelidade, por uso do BES em dezembro de 2013 em operações com o BES Londres.

O levantamento dos crimes em risco de prescrição feito recentemente pelo MP indica ainda que Salgado pode ver cair em 24 de novembro mais um crime de falsificação e outros dois no final de dezembro. Já no primeiro trimestre de 2025 prescrevem em janeiro mais três crimes de falsificação de documento, um de infidelidade no final de fevereiro e outros três de infidelidade até 28 de março.

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J+Legal assessora Futebol Clube do Porto na recente emissão de obrigações

A operação foi coordenada pelos sócios Jorge Brito Pereira e Diogo Leónidas Rocha, tendo integrado igualmente os advogados Francisca Lee e Tomás Pinto Castelo.

A J+Legal assessorou o Futebol Clube do Porto na recente emissão de obrigações com subscrição pública e cotação na Euronext, que terminou no dia 4 de dezembro.

A operação foi coordenada pelos sócios Jorge Brito Pereira e Diogo Leónidas Rocha, tendo integrado igualmente os advogados Francisca Lee e Tomás Pinto Castelo do departamento financeiro e de mercado de capitais da sociedade.

Já o Haitong Bank, coordenador global da emissão, foi assessorado pela Vieira de Almeida.

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Possível acordo com Mercosul é uma “luz de esperança”, dizem eurodeputados

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2024

“Não só vai criar mais oportunidades de exportação, como também vai alavancar as nossas relações político-económicas com os países do Mercosul”, diz o presidente da Comissão para o Comércio do PE.

A Comissão para o Comércio do Parlamento Europeu (PE) considerou esta quinta-feira que acordo entre a União e os países do Mercosul vai ser uma “luz de esperança” para o bloco comunitário, já que criará mais oportunidades de exportação.

Em comunicado, o eurodeputado Bernd Lange, socialista e presidente da Comissão para o Comércio Internacional do PE, considerou que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, esperado para sexta-feira, é “uma luz de esperança” para o bloco político-económico do qual Portugal faz parte. “Não só vai criar mais oportunidades de exportação, como também vai alavancar as nossas relações político-económicas com os países do Mercosul”, acrescentou.

Na eventualidade de ser concluído entre a Comissão Europeia e os países daquela região do continente americano, o PE terá de “fazer uma avaliação do acordo e rever o documento à luz do compromisso com a sustentabilidade e direitos laborais”, disse Bernd Lange. Em simultâneo, o acordo tem de acautelar contributos para inverter a tendência de desflorestação e o agravamento das alterações climáticas.

“A razão deve prevalecer em relação à emoção”, advertiu o eurodeputado, reconhecendo que o acordo “pode não corresponder às ambições e expectativas de todos”, mas é melhor do que não haver acordo. Já o principal relator do PE para este acordo, Gabriel Mato, do centro-direita, considerou que a conclusão do acordo, a acontecer, “vai ser histórica, reforçando os laços entre as duas regiões”.

“Foi uma longa jornada que culminaria num acordo que teria consequências para mais de 700 milhões de pessoas e também demonstraria a capacidade da União Europeia de criar um comércio global sustentável e baseado em regras”, completou.

A remoção de cerca de 91% dos encargos alfandegários é uma “oportunidade sem precedentes” para a União Europeia, beneficiando os setores “automóvel, farmacêutico e a agricultura”, considerou Gabriel Mato.

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Publicações periódicas com 217,9 milhões de euros de receitas em 2023

A circulação total das 838 publicações periódicas difundidas em 2023 ascendeu a 789,4 milhões. 61,8% pertenceu a jornais e 38,2% a revistas.

As receitas das publicações periódicas atingiram os 217,9 milhões de euros em 2023, valor obtido maioritariamente através da circulação paga (59,5%), mas também da publicidade (37,8%). Já as despesas situaram-se nos 167,2 milhões de euros.

O total de 838 publicações periódicas difundidas no ano passado reparte-se de maneira quase igual entre revistas (431) e jornais (407), formatos que representam 51,4% e 48,6% das publicações periódicas, respetivamente. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Enquanto 42,9% destas publicações foram difundidas em papel e formato eletrónico simultaneamente, 42,1% encontraram o seu suporte de difusão apenas no papel e 15% só em formato eletrónico.

A circulação total das publicações periódicas — onde se inclui o total das vendas, assinaturas e ofertas dos títulos impressos e eletrónicos) ascendeu a 789,4 milhões em 2023. Destes, 61,8% pertenceu a jornais e 38,2% a revistas.

E ao cinema? Como correu 2023?

Foram mais de meio milhão (542.597) as sessões de cinema realizadas em 2023, que permitiram arrecadar um total de 72,9 milhões de euros em receitas de bilheteira. As sessões contaram com um total de 12,3 milhões de espectadores, o que dá uma média de 22,67 espectadores por sessão.

Comparando com o ano anterior (2022), foram realizadas mais 32.791 sessões (num crescimento de 6,4%), tendo-se verificado também um aumento de 2,7 milhões de espectadores (28%) e de 17,6 milhões de euros de receitas (31,7%).

Em 2023, os filmes norte-americanos continuaram a dominar as salas de cinema portuguesas, representando 53% das projeções, captando 54% de espectadores e recolhendo 55% de receitas de bilheteira.

Com 143 filmes portugueses exibidos em 2023, a produção nacional correspondeu a 2,7% das sessões, a 2,1% dos espectadores e a 1,7% das receitas.

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Governo responde a Marcelo. “Também vivemos felizes com as relações” com o Presidente

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2024

"O que é que o Governo diz das relações com o senhor Presidente da República? Excelentes. Também vivemos felizes com as relações com o senhor Presidente da República", disse Leitão Amaro.

O ministro da Presidência afirmou esta quinta-feira que o Governo “também vive feliz” com as “excelentes” relações com Marcelo Rebelo de Sousa, destacando a colaboração e solidariedade institucional “impecáveis” entre Governo e o Presidente da República.

“Eu acho que é bom vivermos num país em que todos fiquemos felizes com outros estarem felizes e ninguém procurar ver mal no que está bem. Não compreendo uma abordagem que procura ver e retirar da felicidade de alguém infelicidade de outros. Eu vivo feliz e o Governo vive feliz se os outros estiverem felizes”, afirmou António Leitão Amaro, na conferência de imprensa do Conselho de Ministro, questionado sobre declarações da véspera do Presidente da República.

Na quarta-feira, numa iniciativa do jornal Público sobre literacia mediática, a meio da sua intervenção, ao falar das mudanças constantes e da “reconstrução permanente da História”, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se ao tempo em que coabitou com António Costa, agora presidente do Conselho Europeu.

“Dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase oito anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos (…) Era tudo relativo, era uma felicidade relativa, mas, comparado com o que vinha por aí, era uma felicidade”, considerou o Presidente da República.

Esta quinta, questionado se tais declarações podem indicar que o chefe de Estado é menos feliz na coabitação com o atual executivo PSD/CDS-PP, o ministro da Presidência começou por recusar “comentar estados de alma e emocionais de nenhum dirigente político, muito menos de um órgão de soberania” pelo qual o Governo tem “maior respeito genuíno e um sentido de colaboração leal forte”.

No entanto, perante a insistência da comunicação social, o ministro Leitão Amaro fez questão de enaltecer as relações entre o Governo e o Presidente da República. “Mais importante, o que é que o Governo diz das relações com o senhor Presidente da República? Excelentes. Também vivemos felizes com as relações com o senhor Presidente da República”, assegurou.

Leitão Amaro destacou a “colaboração institucional e solidariedade institucional impecáveis”, o “diálogo construtivo” e até a presença de Marcelo Rebelo de Sousa “em momentos críticos da vida nacional”.

“Sinceramente, nós não temos nada a acrescentar que não seja elogiar muito as relações e mostrar felicidade também com as relações com o sr. Presidente da República e não perceber como é que se pode querer retirar da felicidade de alguns, infelicidade ou insatisfação de outros”, acrescentou.

Questionado se o Governo já escolheu o próximo Chefe do Estado-maior da Armada (CEMA), conhecida a indisponibilidade do almirante Gouveia e Melo para se manter no cargo, o ministro da Presidência limitou-se a dizer que o tema não foi tratado no Conselho de Ministros.

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CEO da Mota aproveita “tombo” de 11% das ações para reforçar no capital

Carlos Mota dos Santos informou que comprou um bloco de 15 mil ações da empresa, num investimento superior a 39 mil euros, no dia em que a construtora está sob forte pressão em bolsa.

O CEO da Mota-Engil, Carlos Mota Santos, aproveitou a forte queda registada pelas ações esta quinta-feira para reforçar a sua posição no capital da construtora. O líder da empresa comprou um bloco de 15 mil ações, num investimento superior a 39 mil euros, mostrando que continua confiante na evolução dos títulos, que afundaram mais de 11%, na pior sessão em mais de um ano.

Os títulos da Mota-Engil fechou a afundar 11,51% para 2,49 euros, naquela que é a pior sessão da empresa desde outubro de 2023, apesar de não ser conhecida nenhuma notícia que justifique esta queda. A correção ocorre após uma série de cinco sessões consecutivas de ganhos, um período no qual os títulos ganharam 10,4%.

Procurando dar uma mensagem positiva ao mercado, o líder da empresa esteve no mercado a reforçar a sua participação.

De acordo com um comunicado enviado à CMVM, o empresário comprou em bolsa, esta quinta-feira, dia 5 de dezembro, 15 mil ações, com um preço médio de 2,613 euros, o que perfaz um investimento total de 39.195 euros.

Após esta transação, Carlos Mota dos Santos passou a ser titular de 170.000 ações representativas do capital social da Mota-Engil, correspondentes a 0,06% do capital.

A Mota-Engil tem vindo a ser muito penalizada em bolsa, este ano. Os títulos acumulam, em 2024, uma desvalorização de 39,64%. Um comportamento que os gestores da empresa têm vindo a atribuir a movimentos especulativos.

Fomos este ano a vítima perfeita para um hedge fund ou para um fundo abutre. Fomos a ação que melhor desempenho teve em 2023, logo um alvo interessante para esses fundos”, adiantou na semana passada o CFO José Carlos Nogueira, em declarações exclusivas ao ECO. O administrador financeiro da empresa lembra que estes fundos especuladores identificam muitas vezes as empresas onde vão assumir posições através de algoritmos “e a Mota-Engil foi a ação que mais chamou a atenção”, após o disparo de 238,5% no último ano.

Conforme explica o administrador responsável pelo pelouro financeiro da empresa, “num mercado de capitais infelizmente bastante exíguo, e com um free float da empresa também relativamente tímido. Qualquer movimento especulativo cria um efeito muito significativo na performance da ação.

A entrada, no início de setembro, do hedge fund norte-americano Muddy Waters Capital Domino Master Fund no capital da empresa, com uma posição curta, à data, de 0,65% precipitou a queda das ações da empresa, atirando as cotações abaixo dos 3 euros. O hedge fund reduziu, entretanto, a posição curta na empresa para 0,57%, de acordo com a informação divulgada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

À imagem do CFO, em setembro passado, o CEO da construtora, Carlos Mota dos Santos, já tinha adiantado ao ECO que “a queda dos títulos da Mota-Engil é um movimento especulativo que não reflete a atividade operacional, nem os resultados da empresa e que está em contraciclo com a performance da empresa nos últimos anos”.

O líder da empresa tem aproveitado os momentos de fraqueza dos títulos para reforçar no capital. Desde o início do ano, já comprou 40 mil ações, tendo investido perto de 129 mil euros.

(Notícia atualizada com valores de fecho da ação)

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Supremo Tribunal recusa pedido de escusa de juíza do caso EDP

O STJ recusou o pedido de escusa da juíza que vai julgar o recurso da condenação de Manuel Pinho e Ricardo Salgado no âmbito do caso EDP. A magistrada foi casada com o procurador do MP.

O Supremo Tribunal de Justiça recusou o pedido de escusa da juíza Alexandra Veiga que vai julgar o recurso da condenação de Manuel Pinho e Ricardo Salgado no âmbito do caso EDP. A magistrada foi casada com o procurador do Ministério Público do julgamento realizado em primeira instância e por esse facto pediu o afastamento do caso.

“No incidente de escusa suscitado pela Juíza Desembargadora que integra, como 2.ª adjunta, o coletivo de juízes da Relação de Lisboa que deverá julgar os recursos interpostos no processo n.º 184/12.5TELSB.L1, decidiu o Supremo Tribunal de Justiça indeferir o pedido de escusa por entender que as circunstâncias invocadas pela magistrada não constituem motivo sério e grave que possa gerar desconfiança sobre a sua imparcialidade”, refere o STJ numa nota enviada.

As defesas de Manuel Pinho e Alexandra Pinho alegavam que o problema estava na aparência de objetividade que “deve ser salvaguardada”. “Uma situação que, em tese, é adequada a poder gerar desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado que se encontre nessa situação“, referiram.

Manuel Pinho foi condenado a 10 anos de prisão efetiva por corrupção, fraude fiscal e branqueamento e Ricardo Salgado condenado a seis anos e três meses por corrupção e branqueamento. Já Alexandra Pinho condenada a quatro anos e oito meses de prisão. A magistrada decidiu penas superiores às pedidas pelo Ministério Público (nove anos para Pinho e seis anos para Salgado) numa decisão que já ficou marcada por ser a primeira em que um ex-governante é condenado pelo crime de corrupção.

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Todos os arguidos da Operação Pretoriano vão a julgamento nos termos da acusação

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2024

O Tribunal de Instrução do Porto decidiu levar a julgamento nos exatos termos da acusação os arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira.

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decidiu levar esta quinta-feira a julgamento nos exatos termos da acusação os arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira e a mulher Sandra Madureira.

Durante a leitura da decisão instrutória, a juíza explicou que manteve na íntegra a acusação do Ministério Público (MP) porque a prova documental, testemunhal e pericial é forte.

A abertura de instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, foi requerida por alguns dos 12 arguidos.

A decisão instrutória tinha de ser conhecida até 7 de dezembro, quando se completam 10 meses desde a aplicação do regime de prisão preventiva a Fernando Madureira.

A acusação do MP dá conta de uma eventual tentativa de os Super Dragões “criarem um clima de intimidação e medo” numa Assembleia Geral do FC Porto para que fosse aprovada uma revisão estatutária “do interesse da direção” do clube, então liderada por Pinto da Costa.

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, esposa do antigo líder da claque, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, igualmente com ligações aos Super Dragões.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.

Hugo Carneiro também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos entre um e cinco anos.

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Generali e Fundação Champalimaud lançam centro de rastreio de cancro da pele

  • ECO Seguros
  • 5 Dezembro 2024

Um novo centro está equipado com tecnologias para "mapeamento completo de todos os sinais e lesões da pele, identificando e prevenindo os diferentes níveis de risco oncológico".

A Generali Tranquilidade e a Fundação Champalimaud acabam de lançar um novo centro de rastreio do cancro da pele – o ‘skin screening center Generali Tranquilidade | Champalimaud’.

O CEO Pedro Carvalho descreve mais um passo conjunto da Generali Tranquilidade e da Fundação Champalimaud na área da oncologia.

O novo centro combina serviços de prevenção do cancro da pele ao programa de avaliação e gestão do risco oncológico da Fundação Champalimaud. A iniciativa visa analisar e gerir o risco de cada pessoa ter cancro com o objetivo de proporcionar um mecanismo de proteção integrado ao longo da vida.

Segundo comunicado pelas organizações, o centro está equipado com tecnologias que permite em poucos minutos “o mapeamento completo de todos os sinais e lesões da pele, identificando e prevenindo os diferentes níveis de risco oncológico.”. O novo equipamento representou um investimento de 500 mil euros, doados pela seguradora.

O novo equipamento do centro foi doado à Fundação Champalimaud pela Generali Tranquilidade que procurou demonstrar preocupação de responsabilidade social e filantrópica, reforçando o compromisso com a prevenção da doença oncológica.

Cada vez mais estamos focados na prevenção e na proteção das pessoas e das suas famílias, empregando todos os meios e ferramentas à nossa disposição. Enquanto seguradora responsável e cidadã responsável, na Generali Tranquilidade trabalhamos para ajudar a construir um futuro sustentável para todos”, assinala Pedro Carvalho, CEO da Generali Tranquilidade.

Pedro Carvalho realça também o fortalecimento da parceria com a fundação “a criação do centro com a Fundação Champalimaud é mais um passo na nossa importante parceria e um forte investimento na prevenção da doença oncológica”. Há dois anos as duas organizações juntaram-se para criar o Programa de Avaliação e Gestão de Risco Oncológico, que aposta no conhecimento da história clínica da pessoa e dos seus hábitos para avaliação do risco oncológico.

De acordo com o último Registo Oncológico Nacional (RON), o cancro foi a segunda causa de morte em Portugal, tendo registado 28.323 mortes em 2020. Em 2022, Portugal registou cerca de 66.600 novos casos de cancro, segundo o relatório da OCDE ‘Portugal:Perfil de saúde do país 2023.

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130 sucursais do BCP “entram” nas comunidades de energia da EDP e reforçam energia verde

Toda a energia dos serviços centrais do banco já tem origem em fontes renováveis, o que agora também acontecerá com 30% das suas sucursais.

Mais de 130 sucursais do BCP serão integradas nas comunidades de energia que a EDP está a desenvolver por todo o país, informa a empresa de energia num comunicado enviado esta quinta-feira às redações.

Este projeto de descarbonização junta-se às centrais solares que já estão em operação no principal centro de coordenação do BCP, também instaladas pela EDP. Para as mais de mais de 130 sucursais do banco que não têm capacidade exterior para instalar painéis solares para autoconsumo, que representam 30% do total, vão ser integradas em comunidades de energia que estão a ser desenvolvidas pela energética.

Os produtores da energia das comunidades solares são pequenas e médias empresas que terão uma poupança de até 60% na energia que consumirem destes projetos. Também as sucursais do BCP podem desta forma contribuir para a transição energética do país e ter uma poupança no consumo mensal de eletricidade.

“Toda a energia dos serviços centrais do banco já tem origem em fontes renováveis, sendo uma grande parte gerada pelas centrais fotovoltaicas instaladas nas nossas instalações do TagusPark. Através desta parceria com a EDP acrescentamos mais de 130 sucursais que não podem ter painéis solares próprios, reforçando o contributo do banco no propósito comum de descarbonização,” salienta Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do BCP, citado no comunicado.

Prevê-se que estas comunidades de energia forneçam anualmente cerca de 1,8 gigawatts-hora (GWh) de energia solar às agências do BCP e que esta energia seja suficiente para abastecer o consumo de praticamente todos os locais abrangidos por esta parceria, durante as horas de sol. Esta energia limpa vai permitir evitar a emissão de mais de 648 toneladas de CO2 por ano, que seriam emitidas para produzir a mesma quantidade de eletricidade a partir de fontes poluentes.

“A colaboração é essencial para o nosso sucesso coletivo na construção de um futuro mais sustentável, onde todos têm um papel e benefício direto no combate às alterações climáticas”, destaca, por seu lado, Vera Pinto Pereira, administradora da EDP e CEO da EDP Comercial.

A EDP, que cria comunidades desde 2020, tem cerca de 4.440 comunidades já contratadas com clientes, com um potencial de adicionarem mais de 150 megawatts-pico de capacidade solar a Portugal e de partilharem benefícios com até 110 mil vizinhos.

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