PRR

IP assina dois contratos de 88,5 milhões para construir variante de Évora e beneficiar IP8 até Beja

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

A empreitada de construção da Variante Nascente de Évora tem um valor de 54,9 milhões de euros. Já a obra de beneficiação do troço do IP8, com 22,5 km de extensão, atinge os 33,6 milhões.

A Infraestruturas de Portugal procedeu à contratação das empreitadas de construção da Variante Nascente de Évora e da Beneficiação do Itinerário Principal (IP) 8 entre Ferreira do Alentejo e Beja, que inclui uma variante em Beringel. Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal revelou que estes dois contratos de investimento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela União Europeia, envolvem um investimento global que ascende a 88,5 milhões de euros.

Segundo a empresa, a empreitada de construção da Variante Nascente de Évora, no valor de 54,9 milhões de euros, visa a construção de uma nova ligação rodoviária alternativa ao atual troço do IP2. Essa variante terá cerca de 12,8 quilómetros de extensão, fazendo a ligação entre o Nó de Évora Nascente da Autoestrada 6 (A6), “imediatamente após a praça de portagem”, e a conexão com o atual IP2, em S. Manços, no concelho de Évora.

Já a obra de beneficiação do troço do IP8, com 22,5 quilómetros de extensão, atinge o valor de cerca 33,6 milhões de euros, afirmou a empresa. O projeto vai ser construído entre a Rotunda com a Estrada Regional 2 (ER2) em Ferreira do Alentejo e a Rotunda com o IP2 em Beja.

O objetivo é “a reabilitação estrutural da via, promovendo a melhoria das condições de mobilidade, circulação e segurança no IP8”, indicou a Infraestruturas de Portugal, realçando que a empreitada “inclui ainda a construção de uma variante à localidade de Beringel, com 2,5 quilómetros de extensão”.

“Os contratos serão remetidos para avaliação do Tribunal de Contas a fim de obterem o necessário visto prévio”, disse a empresa. No que respeita à Variante Nascente de Évora, em junho de 2021, a Infraestruturas de Portugal (IP) já tinha anunciado um concurso público para a elaboração do projeto de execução da obra, que incluía uma análise à viabilidade do aproveitamento do traçado e das estruturas construídas no âmbito da empreitada de requalificação do IP2, incluída na então subconcessão Baixo Alentejo.

Durante a empreitada de requalificação, que acabou por ser suspensa em 2011, foram desenvolvidos trabalhos de terraplanagem e construídos viadutos, até hoje abandonados. A construção da variante tem sido reivindicada em Évora, nos últimos anos, para permitir desviar o trânsito da cidade, cujo centro histórico está classificado como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Em comunicados divulgados recentemente, as estruturas distritais de Évora do PSD e do PCP congratularam-se com a adjudicação da empreitada, o mesmo acontecendo com o deputado parlamentar do Chega eleito por Évora, Rui Cristina, que reclamou, contudo, outras obras complementares.

“É necessário incluir a requalificação do troço rodoviário de 22 quilómetros entre S. Manços até à cidade [de Évora] e do troço nascente até à A6, através da Estrada Nacional 114”, exigiu. Em 8 de julho, a IP anunciou a consignação de uma outra empreitada do IP8, para duplicar as faixas num troço entre Sines e a A2, num investimento de 45 milhões de euros, igualmente financiada pelo PRR.

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Operação Pretoriano: FC Porto abre processo disciplinar aos sócios acusados

O FC Porto vai abrir uma participação formal junto do Conselho Fiscal e Disciplinar relativamente a todos os seus associados acusados na Operação Pretoriano.

O Futebol Clube do Porto (FC Porto) vai abrir uma “participação formal” junto do Conselho Fiscal e Disciplinar relativamente a todos os seus associados acusados na Operação Pretoriano, lê-se na nota publicada no site do clube. Esta posição surge um dia depois do Ministério Público (MP) ter deduzido acusação contra Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão e os outros nove arguidos de vários crimes.

“A Direção do Futebol Clube do Porto informa que irá proceder à participação formal junto do Conselho Fiscal e Disciplinar relativamente a todos os seus associados acusados ao abrigo do referido processo com vista à instauração, instrução e decisão de competentes processos disciplinares”, lê-se no comunicado.

Assim, o FC Porto pretende apurar as “devidas responsabilidades” dos associados em questão e aplicadas as sanções disciplinares previstas nos Estatutos do Clube, tendo em conta a gravidade dos incidentes e comportamentos em causa.

O FC Porto e a SAD do clube constituíram-se assistentes do processo, desencadeado em 31 de janeiro último, tendo em conta a tentativa de a claque Super Dragões “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’, então liderada por Pinto da Costa.

Nesse dia, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o agora ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira –, no âmbito da investigação aos incidentes verificados na referida AG do clube.

Em causa estavam os crimes de ofensa à integridade física, no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação, de que agora são acusados pelo MP.

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CP alerta para “perturbações pontuais” na circulação entre 9 e 31 de agosto devido a greve

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

A CP chegou a acordo, no mês passado, com 11 sindicatos, tendo sido desconvocada uma greve prevista para essa altura, mas as duas estruturas sindicais não concordam com o que foi apresentado.

A CP – Comboios de Portugal alertou para a possibilidade de “perturbações pontuais na circulação”, devido a uma greve marcada por dois sindicatos, entre os dias 9 e 31 de agosto, com especial incidência no dia 15 de agosto.

“Informamos que, por motivo de greve convocada pelos sindicatos Sinfb [Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários] e Stmefe [Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários], entre os dias 09 e 31 de agosto de 2024, preveem-se perturbações pontuais na circulação, podendo ser mais acentuadas no dia 15 de agosto”, lê-se num aviso, no ‘site’ da transportadora.

A CP chegou a acordo, no mês passado, com 11 sindicatos, tendo sido desconvocada uma greve prevista para essa altura, mas as duas estruturas sindicais não concordam com o que foi apresentado. Em declarações à Lusa, António Pereira, do Sinfb, disse que o acordo que os restantes sindicatos assinaram “foi praticamente [igual ao] apresentado dois dias antes”, referiu, indicando que, se não tinham acordado antes, também não o iam fazer naquela data.

“Estamos a lutar pela majoração das carreiras. A empresa quer dar-nos mais trabalho com o mesmo dinheiro e nós não aceitamos de maneira nenhuma”, assegurou. A paralisação incide sobre o trabalho extraordinário entre 09 e 31 de agosto, com exceção do dia 15 de agosto, em que será de 24 horas e irá afetar o trabalho das oficinas da CP, explicou.

Segundo o sindicalista, a paralisação “vai pôr em causa os comboios porque a manutenção vai deixar de ser feita”. A greve dos trabalhadores da CP, no final de julho, foi suspensa depois de ter sido alcançado um acordo de princípio para aumentos salariais e regulamentação de carreiras, divulgou fonte sindical.

“Nos termos do acordo todos os índices salariais são atualizados em mais 1,5% a partir de 01 de agosto de 2024 e o valor do subsídio de refeição sobe para 9,20 euros”, pode ler-se num comunicado publicado pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), no dia 23 de julho.

Por sua vez, a CP deu conta, numa nota, que depois de uma reunião com representantes de vários sindicatos (ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINTTI, SIOFA, SNAQ, SNTSF e STF) foi possível alcançar um acordo. A operadora também já tinha fechado acordo com e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

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Kiev ordena retirada de 6.000 pessoas de região de Kursk

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

A ordem é para a evacuação obrigatória de 23 localidade, que envolverá cerca de 6.000 pessoas na região de Sumy,

A Ucrânia ordenou esta quarta-feira a retirada de cerca de 6.000 pessoas em zonas fronteiriças perto da região russa de Kursk, alvo de uma incursão ucraniana desde terça-feira. “A ordem que acabo de assinar prevê a evacuação obrigatória de 23 localidades. Isto envolverá cerca de 6.000 pessoas, incluindo 425 crianças”, na região de Sumy, disse o governador de Kursk, Volodymyr Artioukh, num discurso transmitido por televisão.

O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, informou que cerca de 1.000 soldados ucranianos participaram na incursão armada lançada na véspera na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia. “O avanço do inimigo nas profundezas do território foi travado por ataques aéreos e de artilharia”, assegurou Gerasimov, durante uma reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, que foi transmitida pela televisão russa.

O Exército russo informou que os combates continuam na região de Kursk, levando milhares de pessoas a abandonar a zona, que tem sido palco de uma incursão de tropas ucranianas desde terça-feira. Na noite de terça-feira, as defesas antiaéreas russas abateram um total de 11 ‘drones’ ucranianos de asa fixa sobre quatro regiões do país que faz fronteira com a Ucrânia, informou o Ministério da Defesa russo.

Já a região russa de Kursk entrou em estado de emergência, depois da incursão das forças ucranianas na terça-feira, adiantou o governador interino deste território, que faz fronteira com a Ucrânia. “A situação operacional continua a ser difícil nas zonas fronteiriças. Para eliminar as consequências da entrada de forças inimigas, decidi estabelecer um estado de emergência”, destacou o governador Alexei Smirnov, numa mensagem na rede social Telegram.

Segundo o relatório militar, os engenhos não tripulados foram intercetados e destruídos nas regiões de Kursk (quatro), Belgorod (três), Voronezh (dois) e Rostov (dois). Os serviços médicos da região de Kursk, por seu lado, registaram cinco mortes entre a população civil devido à incursão das forças ucranianas, além de 27 feridos.

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PS questiona Governo se está prevista revisão do modelo de governação da Lusa

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

O presidente da Lusa já tinha defendido um modelo de governação com "separação de poderes", embora dizendo ser "prematuro" para falar sobre o que poderá ser o novo serviço público da agência.

O PS questionou o ministro dos Assuntos Parlamentares se está prevista uma revisão do modelo de governação da Lusa, na sequência do reforço da participação do Estado, e se pretende alterar o contrato de serviço público.

Em 31 de julho, o Estado comprou 45,71% da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa por 2,49 milhões de euros, passando a deter 95,86% do capital da agência de notícias portuguesa.

Na sequência desta operação, o PS enviou questões ao presidente da Assembleia da República tendo como destinatário o ministro dos Assuntos Parlamentares.

“Desde que foi estudado o reforço de participação do Estado na Lusa, pelo anterior governo, decorreu praticamente um ano”, começa por dizer o PS, questionando em seguida se, “sendo o Estado acionista maioritário antes da atual aquisição, foram agora ponderadas outras opções de intervenção na empresa, como seja um aumento de capital suportado pelo Estado“.

Em caso afirmativo, prossegue o PS, “o que suportou a decisão de aquisição em detrimento da solução de capitalização da empresa“, questionando se “foram assegurados os requisitos previstos no Artigo 11.º do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial, nomeadamente, o estudo de avaliação, o parecer da UTAM [Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial], o parecer favorável das tutelas (finanças e área setorial)” e se “foi precedida alguma revisão ou atualização em relação ao procedimento que o Governo já dispunha da anterior legislatura“.

Recordando que o regulamento europeu relativo à Liberdade dos Meios de Comunicação Social “incumbe os Estados-membros de garantir a independência editorial e funcional dos prestadores de serviço público de comunicação social, bem como de assegurar que os procedimentos de nomeação e exoneração dos órgãos de gestão garantem a autonomia daqueles prestadores”, o grupo parlamentar do PS questiona se “está prevista uma revisão do modelo de governação da Lusa que vise salvaguardar a autonomia da agência“.

Por último, o Partido Socialista quer saber se, depois desta operação de reforço, o Governo pretende “alterar o contrato de prestação de serviço noticioso e informativo de interesse público para introduzir a gratuitidade do serviço para órgãos de comunicação social, implementando assim um instrumento de apoio transversal ao setor, transparente e com impacto relevante, nomeadamente ao nível dos meios regionais e locais”.

Em 31 de julho, o presidente da Lusa defendeu um modelo de governação com “separação de poderes” dado o reforço da posição maioritária do Estado, mas disse que é “prematuro” falar sobre o que poderá ser o novo serviço público da agência.

O Estado ficou detentor de 95,86% do capital da agência noticiosa portuguesa, que tem as participações minoritárias da NP – Notícias de Portugal (2,72%), Público (1,38%), RTP (0,03%) e a Empresa do Diário do Minho, Lda, 0,01%.

A Global Media detinha uma participação de 23,36% da Lusa e a sua acionista Páginas Civilizadas 22,35%.

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Calor extremo de julho provocou “impactos devastadores”, avisa Organização Meteorológica Mundial

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

Organização Meteorológica Mundial visa que os dados de julho são mais uma indicação de como os gases com efeito de estufa provenientes das atividades humanas estão a alterar o clima.

O calor extremo de julho provocou “impactos devastadores” em centenas de milhões de pessoas, tendo-se registado o dia mais quente no mundo desde que há registos, destacou esta quarta-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Num balanço sobre as temperaturas do mês passado, que ainda não conclui se julho foi o mês mais quente de sempre (as temperaturas médias globais durante 13 meses consecutivos, até junho de 2024, foram todas recordes), a OMM avisa que os dados de julho são mais uma indicação de como os gases com efeito de estufa provenientes das atividades humanas estão a alterar o clima.

E sublinham também a urgência do apelo à ação sobre o calor extremo lançado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. “Ondas de calor generalizadas, intensas e prolongadas atingiram todos os continentes no ano passado. Pelo menos dez países registaram temperaturas diárias superiores a 50° C (graus celsius) em mais do que um local. Isto está a tornar-se demasiado quente para se aguentar”, afirmou a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

A organização da ONU está empenhada em responder ao apelo à ação de António Guterres, com melhores alertas precoces e planos de ação para a saúde devido ao calor, acrescentou. Alertas para 57 países podem salvar quase 100.000 vidas por ano, estima a OMM. “A adaptação às alterações climáticas, por si só, não é suficiente. Temos de atacar as causas profundas e levar a sério a redução dos níveis recorde de emissões de gases com efeito de estufa”, afirmou Celeste Saulo citada no comunicado.

Sobre o mês passado, a OMM recorda que globalmente o dia 22 foi o mais quente e o dia 23 foi praticamente um empate. Ainda que a variabilidade climática natural possa ter um papel importante, anomalias de temperatura tão elevadas, como superiores a 10.ºC na Antártida, são invulgares, realça a organização.

Por regiões, na Ásia, em julho, o Japão e a China tiveram a temperatura média mensal mais elevada de sempre, a Índia teve o segundo mês de julho mais quente de que há registo, e o Paquistão e o Irão sofreram ondas de calor repetidas. Em África, Marrocos suportou duas vagas de calor consecutivas e na Europa muitas zonas do Mediterrâneo e dos Balcãs também sofreram ondas de calor prolongadas. A vaga de calor que atingiu vários países, incluindo Portugal, não teria ocorrido sem as alterações climáticas induzidas pelo homem, segundo um estudo científico, citado pela OMM.

Vários países, incluindo a Grécia, a Hungria, a Eslovénia, a Croácia e a Bulgária, registaram o mês de julho mais quente de que há registo. Nos últimos quatro anos, a Grécia registou três dos quatro meses de julho mais quentes dos últimos 80 anos, pelo menos. Na América do Norte, os Estados Unidos também não escaparam a recordes de temperatura (mais de 80 recordes) e na América do Sul, onde é agora inverno, alguns países registaram temperaturas mais típicas de verão, acima dos 30 e 35ºC em partes da Bolívia, Paraguai, sul do Brasil, Uruguai e norte da Argentina.

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Vendas de diamantes angolanos ficaram 30 a 55% abaixo do esperado

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

"A situação do mercado dos diamantes não está muito satisfatória", adiante administrador da Endiama, que já antevê "algumas dificuldades até o final do ano" se os preços se mantiverem neste nível.

Os preços dos diamantes angolanos ficaram 30% a 55% abaixo do planificado no primeiro semestre de 2024, anunciou esta quarta-feira a administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA).

“De facto, a situação do mercado dos diamantes não está muito satisfatória. Hoje temos, praticamente, vendas abaixo de 30% a 55% do preço planificado. Se se mantiverem os níveis atuais dos preços provavelmente vamos experimentar algumas dificuldades até o final do ano”, disse o administrador executivo da Endiama, Laureano Receado Paulo.

O responsável, que falava hoje na abertura do workshop de balanço semestral de produção de diamantes neste ano e perspetivas para o futuro, sinalizou também um conjunto de desafios que atualmente o subsetor dos diamantes enfrenta. De acordo com o gestor, o segmento da produção dos diamantes em Angola só poderá melhorar com o conhecimento geológico para a descoberta de novas minas, realçando que já decorrem trabalhos para a melhoria do sistema de desmonte, carregamento, transporte e tratamento de diamantes.

“Continuamos também a dar ênfase à questão relacionada com questões económicas, teremos de trabalhar sempre no sentido de reduzir os custos ambientais e também constitui para nós uma grande missão a questão da responsabilidade social”, frisou. Apontou ainda a necessidade de aumentar a capacidade produtiva e investigativa a nível da mina de Catoca, uma das maiores minas do país, para a manutenção da sua produção até os próximos 20 anos, referindo que a mina do Luele está em fase de consolidação.

“Neste momento temos em fase muito avançada dois projetos da Endiama que é o Chambacanda e o Luaximba, que poderão, num futuro breve, aumentar o ciclo produtivo a nível do subsetor dos diamantes”, concluiu.

Segundo o portal Minas de Angola, pelo menos 4,2 milhões de quilates de diamantes foram produzidos nos primeiros cinco meses de 2024 em Angola, período em que o país arrecadou 288 milhões de dólares. As minas de Catoca e Luele produziram a maior parte dos diamantes neste período, nomeadamente 88% da produção retirados de depósitos primários e 12% dos depósitos secundários.

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Setúbal vai cobrar taxa turística a partir de setembro

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

A autarquia justificou a criação da taxa com o aumento considerável da atividade turística e com a necessidade de assegurar novas fontes de financiamento.

A Câmara de Setúbal começa a cobrar, a partir de setembro, uma taxa turística de dois euros por hóspede maior de idade, por noite, medida que deverá render “cerca de 400 mil euros por ano” ao município. O regulamento de criação da taxa foi aprovado em junho na Assembleia Municipal de Setúbal e publicado em Diário da República a 2 de agosto.

A Câmara de Setúbal justificou a criação da taxa com o aumento considerável da atividade turística e com a necessidade de assegurar novas fontes de financiamento, de acordo com o “princípio da justa repartição dos encargos públicos”. Segundo a autarquia sadina, com base em dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, a atividade turística no concelho de Setúbal atingiu um total de 372.482 dormidas em 2022.

“Verifica-se assim um forte aumento da pressão em infraestruturas e equipamentos públicos, na via pública e no espaço urbano em geral do concelho”, refere no preâmbulo do regulamento.

Perante a procura quotidiana de muitos milhares de turistas que acrescem à população local, o município depara-se com “a necessidade de reforçar substancialmente, com caráter estrutural, o investimento e a despesa pública na prestação de serviços e utilidades inerentes à atividade turística, em diversos domínios das respetivas atribuições, de modo a garantir as necessárias condições de sustentabilidade e atratividade de Setúbal a todos os que a visitam”, sem pôr em causa o equilíbrio e qualidade de vida urbana dos seus munícipes.

Em causa estão despesas acrescidas ao nível da segurança de pessoas e bens, da manutenção e qualificação urbanística, patrimonial, territorial e ambiental do espaço público, além da oferta turística, cultural, artística e de lazer.

O executivo liderado por André Martins (PEV, eleito pela CDU) explica também que ponderou as diferentes opções já adotadas nacional e internacionalmente sobre esta matéria, tendo optado por uma taxa que incide exclusivamente sobre as dormidas em empreendimentos turísticos, estabelecimentos de alojamento local e parques de campismo localizados no município, até ao máximo de cinco noites de dormidas do turista, de forma a garantir que o pagamento seja proporcional à efetiva utilização da cidade.

A aplicação da taxa não acarreta “qualquer acréscimo de custos para o município para além dos emergentes da prestação do serviço de liquidação e cobrança da taxa aos detentores de empreendimentos turísticos ou estabelecimentos de alojamento local”.

Estes empreendimentos e alojamentos receberão uma comissão de cobrança de 2,5% da receita da taxa turística, cujo valor global anual a autarquia estima em 400 mil euros.

 

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Fim do apoio aos combustíveis? Petrolíferas pedem “cuidado” para não fragilizar economia face a Espanha

Associação que representa as petrolíferas pede "cuidado" caso Governo decida levantar o alívio fiscal sobre os combustíveis. Deco Proteste estima que impostos por litro de combustível atinjam os 60%.

Ao fim de dois anos e de menos três mil milhões de euros nos cofres do Estado, o Governo estará a avaliar por um ponto final nos apoios aos combustíveis. A notícia não chegou com agrado aos revendedores de combustíveis que consideram a eventual decisão como “negativa” para o setor. Por seu turno, a associação que representa as empresas petrolíferas e a associação de defesa dos consumidores pedem “cuidado” no levantamento destas medidas, não só para não fragilizar a economia face a Espanha, mas também os consumidores que poderão voltar a sentir uma carga fiscal na ordem dos 60% por cada litro de combustível.

Ao ECO, a Empresas Portuguesas de Combustíveis e Lubrificantes (EPCOL), anteriormente conhecida como Associação Portuguesa de Empresas Petrolífera (Apetro) afirma que “o Governo tem total legitimidade para tomar decisões em termos de matéria fiscal“, no entanto, não se coíbe de alertar para eventuais “consequências”.

Recordando que a Comissão Europeia tem vindo a pedir o fim das medidas extraordinárias de mitigação dos preços dos combustíveis, fonte oficial da EPCOL diz ao ECO que atendendo à elevada carga fiscal de Portugal face à média europeia, o fim dos apoios em causa “deverá ser visto com muito cuidado”, de forma evitar uma fragilização da economia “relativamente a outros países da União Europeia, particularmente de Espanha”.

JOSÉ SENA GOULÃO / LUSAJOSÉ SENA GOULÃO / LUSA

A Deco Proteste também pede que caso este alívio fiscal se concretize, que seja feito de forma “controlada ou mediada pelo Estado” por forma a “não deixar para trás os consumidores sem capacidade para comprar ou carregar um automóvel elétrico“.

Segundo a associação de defesa do consumidor, atualmente, os automobilistas pagam 44% em impostos por cada litro de gasóleo, valor que ascende os 50% no caso de cada litro de gasolina. Caso o Governo avance com um fim dos apoios em causa, a Deco Proteste prevê um retorno dos níveis de carga fiscal de cerca de 60%, “o que será incomportável para o consumidor num cenário previsível de aumento do custo dos combustíveis a nível europeu devido à transição energética”, alerta.

Defendemos a descarbonização, mas também que esta ocorra de forma justa e sustentada do ponto de vista económico e social. Penalizar, pela via fiscal, as famílias que estão comprometidas com a transição energética está completamente desalinhado da estratégia nacional e europeia neste campo.

Deco Proteste

Por seu turno, fonte oficial da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) diz que não assume, para já, uma posição em relação à possibilidade de o Governo reverter o apoio aos combustíveis, no entanto, ressalva que “a elevada carga fiscal que incide sobre os combustíveis foi sempre uma preocupação da associação, pelo que qualquer aumento de impostos é negativo para o setor“.

Argumentando que o fim destes apoios “prejudicará os revendedores dos postos de abastecimento de combustíveis que se encontram nas zonas fronteiriças, atendendo à diferença da carga fiscal em relação a Espanha”, a ANAREC solicitou, em maio, “uma reunião à Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais para abordagem deste e outros assuntos relacionados com o setor”, mas até ao momento ainda não obteve resposta.

Embora ainda não tenha sido comunicada nenhuma decisão formal nesse sentido, certo é que o Governo tem vindo a ser alertado pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu para pôr um fim aos apoios aos combustíveis para as famílias e empresas desde o ano passado.

Recorde-se que, em janeiro de 2022, o Executivo de António Costa adotou três medidas de apoio aos consumidores através de uma redução nos impostos sobre os combustíveis: o mecanismo aplicável no ISP equivalente a uma descida da taxa do IVA de 23% para 13%; o mecanismo de compensação por via de redução do ISP da receita adicional do IVA, decorrente de variações dos preços dos combustíveis; e a suspensão da atualização da taxa de carbono que em maio do ano passado iniciou um processo de descongelamento gradual dos valores que se mantinham desde 2021.

Segundo o Jornal de Negócios, os custos acumulados com estas medidas extraordinárias já ultrapassam os três mil milhões de euros, após perdas de receita de 1.490 milhões de euros em 2022, de 1.041 milhões de euros em 2023 e 505 milhões de euros este ano.

Desde que assumiu funções, em abril, o Governo apenas tomou duas decisões na área dos combustíveis: o prolongamento, até final de agosto, do mecanismo de gasóleo profissional extraordinário para o transporte de mercadorias, e o fim da isenção em ISP para biocombustíveis avançados que vigorava desde 2021.

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ERC abre procedimento administrativo sobre alteração de domínio da rádio da Global Media

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

"A efetivação de alterações de domínio sem autorização prévia é suscetível de acarretar consequências legais, o que terá de ser determinado no procedimento em curso", avisa o regulador.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) determinou a abertura de um procedimento administrativo para averiguar a alteração do domínio não autorizado dos operadores de rádio da esfera da Global Media, disse esta quarta-feira fonte oficial.

O negócio da venda do Jornal de Notícias (JN), TSF, entre outros títulos da Global Media Group (GMG) à Notícias Ilimitadas (NI) ficou fechado em 30 de julho, tendo também nessa data ficado concluída a compra da posição que o fundo WOF tinha na Páginas Civilizadas.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do regulador dos media adiantou que, “a 29 de julho de 2024, a ERC foi informada pela administração da Global Notícias – Media Group, SA, sobre a celebração, no dia seguinte, do ‘contrato definitivo’ para venda de marcas do grupo à sociedade Notícias Ilimitadas, não tendo sido feita qualquer outra comunicação formal até à presente data a respeito desta transação”.

Assim, “o Conselho Regulador da ERC, em reunião extraordinária, no dia 5 de agosto, determinou a abertura de um procedimento administrativo para averiguação da alteração do domínio não autorizada dos operadores de rádio da esfera do grupo Global Media“, referiu fonte oficial.

A entidade reguladora explicou que “a efetivação de alterações de domínio sem autorização prévia é suscetível de acarretar consequências legais, o que terá de ser determinado no procedimento em curso“.

Até à data, a ERC “não foi notificada da alienação da participação de 51% do World Opportunity Fund Ltd no capital social da sociedade Páginas Civilizadas, Lda”, que é acionista da Global Media.

Além do JN e TSF, o negócio envolveu a compra pela NI do Jornal de Notícias História, os sites NTV e Delas, Notícias Magazine, O Jogo, Volta ao Mundo e Evasões.

Em 5 de junho, a Autoridade da Concorrência (AdC) considerou que a compra de títulos da Global Media Group (GMG) pela Notícias Ilimitadas não constituía uma operação de concentração.

A Notícias Ilimitadas é detida pela Verbos Imaculados, que se dedica à produção, edição, venda e distribuição de jornais e revistas a outros meios de comunicação social.

A Verbos Imaculados, que é a empresa-mãe, tem como acionistas a Ilíria, do empresário Alexandre Bobone, que passou a deter 35% depois de a OTI Investimentos, controlada pela família do empresário Diogo Freitas, ter desinvestido nos media e vendido a sua participação de 25%. A Parsoc tem 30%, Domingos Andrade 20% e a Mesosystem 15%.

A empresa-mãe detém 70% da Notícias Ilimitadas, sendo que dentro desta participação 9% é de uma cooperativa de jornalistas. A GMG fica com 30% da NI.

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Municípios vão integrar órgão que decide Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

“Vamos fazer esta alteração este mês e [esse órgão] vai começar a reunir-se em setembro”, declarou a ministra Margarida Balseiro Lopes.

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, anunciou esta quarta-feira que os municípios vão integrar o órgão que decide e acompanha a implementação da Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes (ENTI).

A estratégia, como estava a ser desenhada, colocava os municípios num órgão consultivo que nem sequer tinha sido ainda criado e para este Governo é essencial – porque esta é uma estratégia para o território, não uma estratégia do Governo – colocar os municípios num órgão que decide e que acompanha a implementação da estratégia, ou seja, o órgão de coordenação estratégica”, afirmou à agência Lusa Margarida Balseiro Lopes.

A ministra falava no final de uma reunião, em Leiria, que juntou, presencialmente e via Internet, representantes das comunidades intermunicipais, áreas metropolitanas e regiões autónomas, a quem apresentou as novas orientações da ENTI. Segundo a governante, o órgão de coordenação estratégica “era apenas constituído por membros do Governo e vai ser também constituído por municípios”.

Margarida Balseiro Lopes adiantou que a semana passada se reuniu com a direção da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), à qual transmitiu as alterações em curso, sendo que a primeira tem a ver com o modelo de governo. “Vamos fazer esta alteração este mês e [esse órgão] vai começar a reunir-se em setembro”, declarou, referindo que quando o executivo assumiu funções “nunca tinha sido ativado”.

A ministra da Juventude e modernização acrescentou que a ENTI “estava a ser desenhada no sentido de haver uma grande plataforma de gestão urbana em todo o país”, mas “a forma como isto estava a ser implementado contrariava, desde logo, a resolução do Conselho de Ministros de Dezembro de 2023”.

Esta resolução aprovou a Estratégia Nacional para os Territórios Inteligentes e respetivo Plano de Ação e Arquitetura de Referência para Plataformas de Gestão Urbana. Notando que “em momento algum se fala de uma grande plataforma”, mas plataformas de gestão urbana, Margarida Balseiro Lopes assegurou que vai haver “várias plataformas de gestão urbana”, mas tem de ser garantida a sua interoperabilidade e que “estão todas integradas”.

A governante esclareceu que para as autarquias que não têm plataformas de gestão urbana “haverá financiamento para passarem a ter” e, para “quem tem, haverá financiamento para melhorar e reforçar as ferramentas que existem”. “Houve uma alteração da forma como a estratégia vai ser executada, não vai haver uma plataforma geral, nós vamos financiar os municípios, associações de municípios, comunidades intermunicipais, áreas metropolitanas para terem plataformas”, precisou, mas “numa lógica descentralizada”.

A governante reconheceu que as alterações visam dar mais autonomia às autarquias. “A autonomia do poder local está inscrita na Constituição e deve ser respeitada em tudo, nomeadamente neste tipo de projetos, porque este é um projeto para o território”, defendeu.

A ENTI tem financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência de cerca de 60 milhões de euros e “tem como objetivo tornar o território mais inteligente, mais conectado, tirando partido, nomeadamente, dos dados que hoje existem e fazendo dessa forma também uma gestão mais eficiente e mais inteligente do território”, referiu.

Em fevereiro, a ANMP exigiu a sua participação na estrutura de coordenação estratégica criada pelo Governo para os territórios inteligentes. “Não podemos concordar com uma decisão que nos afasta deste órgão de decisão”, disse então a presidente do conselho diretivo da ANMP, Luísa Salgueiro, apelando ao então governo liderado pelo socialista António Costa para “rever a sua decisão”.

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TVI reconquista liderança nas audiências em julho

A CMTV mantém-se como líder no cabo. Já a CNN Portugal continua assim a ser o canal mais visto de informação, ao que se segue SIC Notícias e RTP3. Now não entra nos 20 canais mais vistos do país.

A TVI recuperou em julho o estatuto de canal mais visto do país. O canal da Media Capital conseguiu voltar à posição que ocupava desde fevereiro, mas que tinha perdido em junho para a SIC.

Enquanto a TVI obteve um share 15,7% e uma audiência média de 312,9 mil telespectadores, a estação da Impresa registou um share de 15,2% e foi vista, em média, por 303,8 mil telespectadores.

A RTP1 fechou o mês com um share de 11,7% e uma audiência média de 233,4 mil telespectadores e a RTP2 foi vista em média por 37,4 mil pessoas e obteve um share de 1,9%.

O total cabo, por seu turno, foi acompanhado em média por 765,2 mil espetadores, revela o relatório preparado pela Denstu/Carat para o +M.

Analisando por faixas horárias, a TVI reconquistou a liderança à RTP das 7h30 às 12h. A SIC mantém-se como o canal mais visto entre as 12h e as 14h e a TVI lidera das 14h às 18h. O comando passa novamente para a SIC das 18h até às 20h, regressando à estação da Media Capital entre as 20h e as 24h. Daí até às 2h30 a SIC volta a ser líder, título que perde para a TVI no período entre as 2h30 e as 7h30.

A CMTV mantém-se como líder no cabo, registando um share de 5,8%, mais três décimas do que em junho. Segue-se a CNN Portugal, que continua assim a ser o canal mais visto de informação – mantendo os 2,4% registados no mês anterior.

Ainda entre os canais de informação, a SIC Notícias situou-se nos 1,7% (menos duas décimas) e a RTP3 nos 0,8%. O Now, o canal de informação lançado recentemente pela MediaLivre, não integra a lista dos 20 canais mais vistos do país elaborada pela Dentsu, com base em dados GFK/Caem e que tem como target os adultos com mais de 15 anos.

Hollywood, Star Channel, SIC Mulher, Globo, Star Movies, TVI Reality, TVI Ficção, Star Life, Eurosport 1, AXN e Canal 11 estão também entre os 20 canais mais vistos no cabo.

No ranking dos programas mais vistos, encabeçado pelo Portugal X Eslovénia transmitido na RTP1, os cinco primeiros programas são relativos ao Euro 2024. Por canais, tanto a RTP1 como a TVI ocupam seis posições, enquanto três são preenchidas pela SIC. No cabo, 13 das 15 posições são preenchidas pela CMTV, sendo as restantes duas ocupadas pela SIC Mulher.

Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de sete dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
Share Aud.: Percentagem de tempo que é despendido a ver um dado canal relativamente ao tempo total de visão do meio (televisão) num determinado período.

Top produzido para programas “Net” (TeleReport), com duração superior a três minutos. Audiência corresponde à média ponderada das partes do programa. Não são considerados como programas: Sorteios e Tempo de Antena.

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