Ministra da Justiça recusa responder às críticas da PGR

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

A ministra da Justiça recusou responder às críticas feitas por Lucília Gago, que considerou graves as palavras de Rita Alarcão Júdice por apontar a necessidade de pôr "ordem na casa" no MP.

A ministra da Justiça recusou responder às críticas feitas pela procuradora-geral da República, Lucília Gago, que considerou graves as palavras de Rita Alarcão Júdice por apontar a necessidade de pôr “ordem na casa” no Ministério Público (MP).

Questionado pela Lusa logo após a entrevista de Lucília Gago à RTP1, a primeira desde que assumiu em 2018 a liderança da Procuradoria-Geral da República (PGR), o gabinete do Ministério da Justiça assegurou que “não vai haver nenhuma reação” de Rita Alarcão Júdice.

Lucília Gago admitiu que a entrevista recente da ministra da Justiça ao Observador foi uma “mola impulsionadora” para reagir publicamente e acusou Rita Alarcão Júdice de não lhe ter transmitido qualquer diagnóstico sobre o MP numa audiência que durou três horas.

“Ouvi as declarações e fiquei algo incrédula e perplexa. São indecifráveis e graves. Indecifráveis porque disse que o diagnóstico estava feito. E não mo disse numa audiência de três horas, seria uma ocasião ótima para o fazer. Graves porque diz que o MP tem uma situação de falta de liderança, de falta de capacidade de comunicação e que precisa de arrumar a casa. Rejeito essas críticas que imputam ao MP o exclusivo das coisas más que acontecem na Justiça”, disse.

A PGR denunciou ainda a existência de uma “campanha orquestrada” contra o MP, implicando as palavras da ministra da Justiça nesse contexto de ataque à sua magistratura. “É muito direto e incisivo, dizendo que nos últimos tempos houve perda de confiança imputável ao MP e à atual liderança que o PGR exerce. É uma declaração extraordinária, que imputa ao MP a responsabilidade pelas coisas más que acontecem no território da justiça, coisa que rejeito em absoluto”, concluiu Lucília Gago.

Na recente entrevista ao Observador, Rita Alarcão Júdice disse que era preciso mudar algo no MP para reforçar a credibilidade e que um “novo procurador-geral tem de pôr ordem na casa” e revelar capacidade de gestão e de liderança.

“Há um diagnóstico que está feito. Houve uma certa descredibilização e algum ruído à volta do MP. Está a ser muito atacado. O MP é muito importante, a sua capacidade e credibilidade é determinante para o bom funcionamento da Justiça. E, por isso, é essencial ter alguém que possa restituir essa confiança”, declarou a ministra numa entrevista publicada no passado dia 27 de junho.

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All4Integrity lança a 4ª edição do programa RedEscolas AntiCorrupção

A associação All4Integrity lançou a 4.ª edição do programa RedEscolas AntiCorrupção, um programa de literacia anticorrupção dedicado aos jovens. As inscrições abrem no próximo dia 9 de setembro.

A associação All4Integrity lançou a 4.ª edição do programa RedEscolas Anticorrupção, um programa escolar de literacia anticorrupção dedicado aos jovens. As inscrições estão abertas entre dia 9 de setembro e 25 de outubro e podem ser feitas através de um formulário online no site da associação.

Sobre o programa, a Associação explica que “visa, no quadro dos valores de uma democracia participativa, o desenvolvimento de uma cidadania esclarecida e ativa, o desenvolvimento de projetos escolares de âmbito transdisciplinar e interdisciplinar de promoção de uma cultura de integridade, assim como potenciar competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória“.

A RedEscolas AntiCorrupção é um programa de literacia anticorrupção que promove junto dos jovens o sentido de espaço público e bem comum, assim como a confiança e empatia por instituições locais, num processo de elevação de consciências e alteração de comportamentos que favoreçam a disseminação e aprofundamento de uma cultura de integridade em Portugal.

Este programa destina-se aos alunos entre o 7º e o 12º ano de escolaridade que frequentem qualquer sistema de ensino – nacional ou internacional – pública, privada, ensino regular, ensino profissional, tanto em território português como estrangeiro.

Nos últimos três anos o programa já contou com a participação de 126 escolas, 8.750 alunos e 294 professores espalhados por sete países e quatro continentes.

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Bruxelas propõe oficialmente procedimento por défice excessivo contra sete países da UE

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia ultrapassam os 3% de défice do PIB, o máximo definido nas regras da UE. Ministros das Finanças dos 27 discutem proposta na próxima semana.

A Comissão Europeia propôs oficialmente a abertura de procedimentos por défice excessivo contra Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia, com a decisão a caber agora ao Conselho a União Europeia (UE).

Após ter anunciado a intenção de o fazer em meados de junho, o Executivo comunitário divulga, então, esta terça-feira que “propôs ao Conselho [da UE] decisões […] que estabelecem a existência de défices excessivos” para os sete países.

O próximo passo é o Conselho decidir sobre a existência de um défice excessivo nestes Estados-membros e, na sequência de uma proposta da Comissão no âmbito do pacote de outono do Semestre Europeu, adotar a sua recomendação sobre a trajetória de ajustamento e o prazo para pôr termo à situação de défice excessivo“, refere Bruxelas.

O anúncio surge depois de, no âmbito do pacote da primavera do Semestre Europeu divulgado em meados de junho, a Comissão Europeia ter concluído que o défice das administrações públicas nestes sete países registou valores acima dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB), o teto estipulado pelos tratados da UE.

Na altura, a instituição divulgou que Portugal deixou, após vários anos de avisos da Comissão Europeia e de ter chegado a registar défice excessivo, de registar desequilíbrios macroeconómicos, atribuindo a mudança à “redução das vulnerabilidades” ao nível orçamental.

No relatório sobre Portugal, o Executivo comunitário considerou, então, que Portugal “deixou de registar desequilíbrios macroeconómicos”, principalmente por ter registado “progressos significativos na redução das vulnerabilidades relacionadas com a elevada dívida privada, pública e externa, que deverá continuar a diminuir”.

Portugal passou de um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para um excedente orçamental de 1,2% em 2023, enquanto a dívida das administrações públicas diminuiu de 112,4% do PIB no final de 2022 para 99,1% no final de 2023.

As projeções da primavera de 2024 da Comissão Europeia sobre Portugal preveem que o PIB português cresça 1,7% em 2024 e 1,9% em 2025 e que a inflação se situe em 2,3% em 2024 e em 1,9% em 2025.

O anúncio surgiu após Bruxelas ter colocado Portugal, por vários anos, na lista de Estados-membros com desequilíbrios macroeconómicos e de o país ter chegado a ser alvo de um procedimento por défice excessivo.

Na próxima semana, o caso dos sete países deverá ser discutido pelos ministros europeus das Finanças.

 

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Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Euribor continuam em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,708%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,668%) e da taxa a 12 meses (3,593%).

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a segunda-feira. Com as alterações de hoje, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,708%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,668%) e da taxa a 12 meses (3,593%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,668%, menos 0,007 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou hoje para 3,593%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,708%, mais 0,009 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho. Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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EDP estreia-se no solar descentralizado no Luxemburgo

A EDP vai instalar dois projetos solares nas instalações da The Goodyear Tire & Rubber Company, uma multinacional que produz pneus em Colmar-Berg, no Luxemburgo.

A EDP vai instalar, através da empresa Enerdeal, que a elétrica portuguesa adquiriu em 2023, dois projetos solares nas instalações da The Goodyear Tire & Rubber Company, uma multinacional que produz pneus em Colmar-Berg, no Luxemburgo.

Os painéis solares serão instalados no complexo industrial e de investigação e desenvolvimento da Goodyear, que é complementado por várias fábricas e instalações em Colmar-Berg, Bissen e Dudelange, informa a elétrica portuguesa, através de um comunicado.

O projeto inclui a instalação de cinco megawatts-pico (MWp) no telhado da fábrica e 2 MWp num sistema de carport. Estes projetos deverão gerar 6.500 megawatts-hora (MWh) de eletricidade renovável por ano, que será consumida nas instalações da Goodyear. Prevê-se que esta instalação evite aproximadamente três mil toneladas de emissões de CO2 por ano.

Atualmente, a Goodyear tem energia solar em dez das suas instalações em todo o mundo, com uma capacidade total de 30 MWp. Esta instalação será a quinta na região Europa e Médio Oriente e a 11.ª a nível mundial.

A geração solar distribuída deverá representar cerca de 50% da nova capacidade solar que será adicionada globalmente nos próximos anos, sendo por isso um eixo estratégico de negócio para a EDP. A elétrica compromete-se a investir 2,5 mil milhões de euros para instalar mais quatro gigawatts-pico (GWp) em projetos solares para famílias e empresas, até 2026. A aquisição da Enerdeal, que opera na Bélgica e no Luxemburgo, veio reforçar a aposta da EDP neste segmento na região Benelux.

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Paramount vai fundir-se com a Skydance

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Se o negócio for aprovado, David Ellison (CEO da Skydance) será o presidente executivo da nova entidade que se vai chamar New Paramount. A nova empresa está avaliada em 28 mil milhões de dólares.

O conglomerado de entretenimento Paramount vai fundir-se com a Skydance, o que encerra um período de décadas em que foi gerido pela família Redstone, em Hollywood.

Desta forma, é injetado dinheiro num estúdio que está com dificuldades de adaptação a uma paisagem do entretenimento em mudança. O negócio também assinala a subida de um novo jogador, David Ellison, o fundador da Skydance e filho do multimilionário Larry Ellison, fundador da empresa de programação informática Oracle.

A National Amusements, de Shari Redstone, tem possuído mais de três quartos dos direitos de voto, e tem lutado para manter o controlo da empresa que possui a CBS, que está por trás de filmes como “Top Gun” e “The Godfather.”

A nova empresa está avaliada em 28 mil milhões de dólares.

A Skydance, baseada em Santa Mónica, no Estado da Califórnia, ajudou a produzir alguns dos sucessos da Paramount, incluindo filmes de Tom Cruise, como “Top Gun: Maverick” e partes das séries “Mission Impossible”.

A Skydance foi fundada em 2010 por David Ellison e rapidamente estabeleceu uma parceria com a Paramount nesse mesmo ano. Se o negócio for aprovado, Ellison vai ser o presidente executivo da nova entidade que se vai chamar New Paramount.

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Campeão aveirense dos autoclismos compra francesa Regiplast por 6,5 milhões

Com esta aquisição, a Oli pretende aumentar a influência no mercado francês, que hoje representa 8% das suas vendas globais de 73 milhões de euros.

No ano em que celebra 70 anos, a Oli, empresa industrial de Aveiro que produz autoclismos, anunciou que reforçou a presença em França através da aquisição da sociedade gaulesa Regiplast, uma operação financeira de 6,5 milhões de euros. O mercado francês representa 8% das vendas globais da empresa. A Oli fatura 73 milhões e exporta 76% da produção para mais de 80 países nos cinco continentes.

“Com esta operação, a Oli capitaliza a reputação da Regiplast no mercado francês e ambiciona manter esse legado, que consideramos estrutural para os planos de crescimento da marca junto de distribuidores, arquitetos, construtores, instaladores e consumidor final”, explica António Ricardo Oliveira, administrador da Oli, citado em comunicado.

A empresa aveirense detalha que a Regiplast, sediada em Périgueux, “é reconhecida por comercializar e fornecer várias marcas de referência a instaladores, entre as quais a OLI que representa desde 1993”. Com esta aquisição, o grupo que se assume como “maior produtora de autoclismos da Europa do Sul” pretende “ampliar a oferta de produtos e serviços, através de uma gama mais ampla e diversificada de soluções sanitárias, para responder às necessidades específicas e variadas dos clientes” e “melhorar o serviço de atendimento ao cliente, tornando-o mais eficiente e proativo”.

Este investimento em França representa um grande marco para a empresa, no ano em que celebra o seu 70º aniversário, sendo essencial para o seu plano de consolidação internacional, nomeadamente no eixo Portugal – Europa do Sul, onde detém filiais em Espanha, Itália e, agora, em França.

António Ricardo Oliveira

Administrador da Oli

“Este investimento em França representa um grande marco para a empresa, no ano em que celebra o seu 70.º aniversário, sendo essencial para o seu plano de consolidação internacional, nomeadamente no eixo Portugal – Europa do Sul, onde detém filiais em Espanha, Itália e, agora, em França“, destaca António Ricardo Oliveira, administrador da Oli.

A fábrica da Oli em Aveiro trabalha ininterruptamente 24 horas por dia, sete dias por semana, e tem uma produção anual de dois milhões de autoclismos e três milhões mecanismos.

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Governo oficializa atendimento presencial sem marcação prévia nos serviços públicos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Julho 2024

Resolução que estabelece que os serviços públicos permitam o atendimento presencial sem marcação prévia foi publicada esta terça-feira no Diário da República.

A Resolução do Conselho de Ministros que determina que todos os serviços públicos passem a garantir atendimento presencial sem marcação prévia, e que disponibilizem informação em tempo real sobre a sua capacidade e o tempo de espera, foi publicada esta terça-feira em Diário da República.

Como anunciado no final de junho, o Governo determina que “todos os serviços e entidades da Administração Pública que prestem atendimento presencial ao público”, independentemente de se encontrarem ou não integrados numa Loja do Cidadão, passem a assegurar um horário de atendimento “sem necessidade de marcação prévia, com frequência diária”. Entregar um documento com emissão de um meio simplificado também deixa de ter necessidade de agendamento prévio.

Simultaneamente, os serviços públicos terão de passar a divulgar informação em português e inglês sobre esse atendimento de forma “adequada, completa e atualizada”, quer nos respetivos sites na internet, quer nos locais físicos, além de terem de indicar “em tempo real” o tempo de espera até ao atendimento. O Serviço de Tradução Telefónica deve ser divulgado através da Linha de Apoio a Migrantes da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Para os cidadãos com deficiência ou incapacidade, pessoas idosas, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo, passam a ser disponibilizadas senhas para atendimento prioritário, devendo os serviços sob a tutela do Estado resolver eventuais “constrangimentos de acessibilidade física”.

Na Resolução, o Governo também pede que cada entidade elabore um estudo, a ser entregue “no prazo de 180 dias”, que inclua o “levantamento da quantidade e adequação formativa dos recursos humanos dos serviços para as funções de atendimento ao público, bem como as eventuais melhorias necessárias nas instalações físicas onde [este] se preste”; a “identificação dos serviços exclusivamente prestados presencialmente, justificando tal necessidade ou a suscetibilidade da respetiva desmaterialização”; e a “avaliação dos impactos do regime de teletrabalho pelos trabalhadores dos serviços” para o cumprimento do atendimento presencial.

O Executivo de Luís Montenegro deixa ainda uma recomendação dirigida aos órgãos próprios das regiões autónomas da Madeira e dos Açores e as autarquias locais, bem como às entidades da administração regional e local, para que adotem estas regras de forma a que “sejam aplicadas uniformemente” no país.

Já a Agência para a Modernização Administrativa, sob a tutela da ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, fica responsável por estabelecer as parcerias necessárias para a expansão da rede das Lojas de Cidadão e dos Espaços Cidadão, uma iniciativa que partiu do anterior Governo e que recorre a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Estas medidas fazem parte da reforma da Administração Pública levada a cabo pelo Governo de Luís Montenegro, sendo que um dos seus pilares é o atendimento ao público. Outras mudanças incluem, por exemplo, a concentração dos ministérios na antiga sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o reforço da capacidade de planeamento das políticas públicas e a promoção do trabalho em rede. O plano permitirá uma poupança de 23 milhões de euros por ano.

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Venda de casas na União Europeia cai em 2023. Portugal está a meio da tabela

A maioria dos países reporta descidas no número de transações. A maior queda regista-se no Luxemburgo e o maior aumento no Chipre. Em Portugal, o volume de transações recuou 19,8% face a 2022.

A venda de casas na União Europeia voltou a cair em 2023 face ao ano anterior, com Portugal a fixar-se a meio da tabela com um recuo de 19,8%, informou esta terça-feira o Eurostat.

Segundo os dados do organismo de estatística europeu, em 2023, o número de transações de imóveis diminuiu em 13 dos 16 países da União Europeia para os quais existem dados disponíveis, face a 2022. A evolução marca o segundo ano consecutivo em que a maioria dos países reporta descidas no número de vendas.

As maiores descidas no número de transações, em 2023 registaram-se no Luxemburgo (-43,3%), Áustria (-26,4%), Hungria e Finlândia (ambos -24,5%). Por outro lado, os maiores aumentos verificaram-se no Chipre (+31%), na Polónia (+3,9%) e na Irlanda (+0,6%).

Fonte: Eurostat

No ano anterior, em 2022, 10 dos 16 países que reportaram dados registaram quedas no número de vendas. As maiores diminuições foram registadas na Dinamarca (-24,8%), enquanto o maior aumento no número de vendas foi no Chipre (+27,4%).

O Eurostat revela ainda que em 2020 o mercado imobiliário foi influenciado pela pandemia Covid-19, que levou a uma queda generalizada no número de transações no âmbito das medidas de confinamento, com apenas quatro dos 16 países a registarem aumentos nas vendas. Este cenário foi invertido em 2021, quando a venda de imóveis aumentou em 14 países.

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Inflação na OCDE acelera para 5,9% em maio com disparo dos preços da energia

Os preços dos bens energéticos disparam 2,5% entre os 34 países da OCDE durante o mês de maio. Foi a maior subida homóloga desde fevereiro de 2023.

A inflação tem sido um tema central nas discussões económicas globais, e os mais recentes dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revelam que está longe de estar controlada, muito por conta do comportamento dos preços dos bens energéticos.

De acordo com um relatório da OCDE publicado esta terça-feira, a taxa de inflação homóloga média dos 38 países que fazem parte desta comunidade foi de 5,9% em maio de 2024, ficando assim ligeiramente acima dos 5,7% registados em abril.

Segundo dados da OCDE, esta aceleração deve-se, em grande parte, à subida dos preços da energia, que registaram um aumento anual de 2,5%, depois de em abril terem apresentado uma contração anual de 0,1%. “É o valor mais elevado desde fevereiro de 2023, com 24 países da OCDE a registarem um aumento dos preços”, refere a OCDE em comunicado.

Os maiores aumentos de preços da energia foram registados na Turquia, Dinamarca e Japão. “Os preços da energia na Turquia duplicaram em relação ao mesmo mês do ano anterior, devido a um efeito de base relacionado com um subsídio temporário para o gás em maio de 2023”, justificam os técnicos da OCDE.

Em Portugal, os preços dos bens energéticos registaram uma taxa homóloga de 7,8% em maio, que compara com uma subida de 7,9% contabilizados no mês anterior e com a ligeira subida de 0,3% contabilizados pela média dos 20 países da Zona Euro também em maio. Este comportamento atirou a taxa de inflação para 3,1% em maio, mais 0,9 pontos percentuais face aos 2,2% registados em abril — mas os dados mais recentes, referentes a junho, mostram uma desaceleração dos preços, com a taxa de inflação homóloga a situar-se nos 2,8%.

Os dados da OCDE mostram ainda que a inflação subjacente (excluindo energia e os bens alimentares) se manteve estável nos 6,1% entres os Estados-membros da OCDE, enquanto a inflação dos alimentos continuou a abrandar, fixando-se nos 4,8%.

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Comissão de acompanhamento dos fundos europeus no Parlamento vai produzir relatório final

Hugo Soares justificou proposta de criação da comissão com "grande preocupação sobre a execução quer do PRR quer do PT2030" e com o facto de Portugal não se poder "dar ao luxo de desperdiçar" fundos.

A Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Programa Portugal 2030 (PT2030), proposta pelo PSD e CDS, vai funcionar até ao final da legislatura e, no final do seu mandato, terá de apresentar um relatório final da sua atividade.

Esta comissão, cuja criação esteve envolta em críticas, tem por objetivos “garantir a transparência ao nível da informação partilhada” e criar uma análise “rigorosa da execução, da monitorização e da fiscalização dos dois programas, envolvendo todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República”, lê-se na Resolução da Assembleia da República, publicada esta terça-feira, mas que tem data de 21 de junho.

Como todas as comissões parlamentares, esta também poderá realizar, “sempre que os seus membros entendam por conveniente”, audições a membros do Governo, especialistas e entidades com responsabilidade efetiva na execução do PRR e do PT2030.

O líder da bancada social-democrata, Hugo Soares, justificou a proposta de criação desta comissão com “a grande preocupação sobre a execução quer do PRR quer do PT2030″ e com o facto de Portugal não se poder “dar ao luxo de desperdiçar uma capacidade de financiamento nunca antes existente”.

O PS estava contra a criação desta comissão por considerar que não dará mais relevância ao acompanhamento da execução dos fundos comunitários. “Cabe ao atual Governo continuar o trabalho que recebeu do anterior Governo do Partido Socialista e executar proativamente os fundos atribuídos a Portugal”, disse na altura o deputado do PS, Jorge Botelho. Todos os propósitos citados para justificar a criação desta comissão podem ser assegurados pela comissão do Poder Local e Coesão Territorial, disse.

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Governo espera acordo com forças de segurança. De seguida, quer negociar com Forças Armadas

  • Lusa e ECO
  • 9 Julho 2024

Luís Montenegro disse que ainda espera que seja possível chegar a acordo com as forças de segurança e, de seguida, promete sentar-se à mesa das negociações com as Forças Armadas.

O primeiro-ministro afirmou na segunda-feira que o Governo ainda espera alcançar um acordo com os sindicatos e associações representativas das forças de segurança e que a seguir quer negociar com as Forças Armadas. Luís Montenegro falava num hotel de Lisboa, perante o Conselho Nacional do PSD, numa intervenção aberta à comunicação social.

Sobre as negociações das condições salariais das forças de segurança disse: “Ainda tenho a esperança que [esse acordo] possa ser alcançado, assim os sindicatos e as associações socioprofissionais façam a sua ponderação e reflexão finais“.

“Estamos a pensar — naturalmente, depois desta situação resolvida — promover outras negociações com outros setores da Administração Pública. Não temos capacidade para ir a todos ao mesmo tempo, mas temos que ir estabelecendo prioridades”, acrescentou. A prioridade seguinte será negociar com as Forças Armadas.

Antes destas declarações de Luís Montenegro, foi tornado público que o Conselho Superior de Defesa Nacional deu parecer favorável às propostas de ajustamentos das forças nacionais destacadas em 2024, “após ponderar a respetiva adequabilidade militar e exequibilidade financeira”. A decisão, tomada por unanimidade, consta de uma nota colocada no portal da Presidência da República na Internet.

Já esta terça-feira, o Público (acesso pago) noticia que as verbas destinadas à Defesa em cada Orçamento do Estado, que têm aumentado de ano para ano, não têm sido empregues na sua totalidade, sendo que Portugal ainda está longe de cumprir a meta da NATO de alocar 2% do PIB ao setor. Numa análise aos orçamentos para a Defesa na última década, verifica-se que, em 2023, ficaram por gastar 521 milhões de euros e, em 2020, 526 milhões. A partir da consulta da Conta Geral do Estado referente ao período entre 2014 e 2023, depreende-se que, em média, ficam por gastar 317 milhões de euros em cada ano.

Ao mesmo tempo, Bruxelas põe em cima da mesa a emissão de mais dívida comum para adicionar 500 mil milhões de euros ao investimento em Defesa da União Europeia (UE) na próxima década, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). A proposta, que começou a ser discutida na reunião do Conselho Europeu do final de junho, será o necessário para reforçar lacunas já identificadas nas capacidades militares críticas, mas também para avançar no eventual financiamento comum de um escudo antimíssil à dimensão do bloco comunitário, sugerida pela Polónia e a Grécia — uma ideia que, contudo, não reúne consenso entre os 27 Estados-membros.

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