Lucros dos bancos dão salto olímpico: ganham 2,6 mil milhões até junho

Primeiro semestre superou as expectativas dos bancos. Margem financeira voltou a engordar e a puxar pelos lucros. Caixa e Santander Totta conquistam medalha de ouro dos resultados.

Os lucros dos maiores bancos em Portugal deram um salto olímpico na primeira metade do ano, com os resultados líquidos agregados a ascenderem a 2,6 mil milhões de euros, subindo 31% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O facto de o Banco Central Europeu (BCE) estar a manter as taxas de juro em níveis elevados durante mais tempo do que o previsto ajudou a construir um semestre que superou as expectativas dos banqueiros, levando alguns a esperar um ano de 2024 melhor do que 2023 em termos de resultados.

A chamada margem financeira – que resulta essencialmente da diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – voltou a engordar: atingiu os 4,77 mil milhões de euros, quase mais 13% em termos homólogos.

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Ainda assim, o pico da rentabilidade e da margem já ficou para trás perante a perspetiva de descida dos juros, caminho que o BCE iniciou em junho e deverá conhecer novos capítulos em setembro e dezembro e, posteriormente, em 2025.

Este cenário deixa agora os bancos à procura de formas de atenuar o impacto da baixa das taxas de juro, que deverá passar por um aumento da atividade e pelo controlo dos custos.

Caixa e Santander com medalha de ouro

Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Santander Totta ganharam a medalha de ouro no capítulo dos resultados. Pelo menos, foram os bancos que reportaram os níveis lucro e rentabilidade mais elevados entre os cinco principais do sistema.

O banco público lucrou 889 milhões de euros até junho, mais 46%, correspondendo a uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 18,7%. O bom desempenho levou Paulo Macedo a dar um dividendo extra de 300 milhões de euros ao acionista Estado. O lucro do banco dos espanhóis do Santander avançou 64,1% para 547,7 milhões de euros, com o ROE a aumentar para 25,3%.

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No BCP e BPI, os resultados cresceram 14,7% e 27,7%, respetivamente. No primeiro caso, os lucros de 485,3 milhões equivalem a um ROE de 15,4%. No segundo, alcançou um ROTE (return on tangible assets) de 19,0% após lucrar 327 milhões em seis meses.

O Novobanco foi o único a contrariar a tendência: o resultado caiu quase 1% para 370 milhões, uma evolução justificada com a provisão de 30 milhões para o processo de transformação e que baixou o ROTE para 17,4%.

Volumes voltam a aumentar

Há um ano, a margem financeira subia por conta dos juros elevados, apesar da redução dos stocks de crédito e depósitos. Agora, o crescimento desta rubrica está a ser acompanhado e suportado por um aumento dos volumes.

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A carteira de crédito aumentou 2,75% para 190 mil milhões de euros, ainda que o segmento da habitação esteja apenas agora a dar sinais de recuperação. Empresas e consumo estão a puxar por um mercado que tem sido dominado pelo tema do “cartel da banca”.

A base de depósitos subiu 4,5% para 222,4 mil milhões de euros, o que significa que os bancos já recuperaram da grande fuga de poupanças para os Certificados de Aforro verificada na primeira metade do ano passado.

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Rússia e EUA fecham acordo para troca de prisioneiros

  • Lusa
  • 1 Agosto 2024

O acordo, que parece ser um dos maiores desde a Guerra Fria, inclui também a libertação do ex-fuzileiro Paul Whelan e do jornalista Evan Gershkovich.

A Rússia e o Ocidente, nomeadamente os Estados Unidos, chegaram a acordo sobre uma importante troca de prisioneiros, que inclui a libertação de vários cidadãos norte-americanos como o jornalista Evan Gershkovich, avançaram esta quinta-feira os media norte-americanos.

O acordo, que parece ser um dos maiores desde a Guerra Fria, inclui também a libertação do ex-fuzileiro Paul Whelan, segundo a estação televisiva CNN, enquanto o canal ABC refere que outros países ocidentais estão envolvidos na troca. Acusado de espionagem, Evan Gershkovich, jornalista do The Wall Street Journal, está detido na Rússia desde março de 2023 e foi condenado em julho passado a 16 anos de prisão.

A Rússia há muito que está interessada em recuperar o seu cidadão Vadim Krasikov, que foi condenado na Alemanha em 2021 pelo assassinato de um antigo rebelde checheno num parque de Berlim, dois anos antes, aparentemente por ordem dos serviços de segurança de Moscovo.

Até ao momento, não houve qualquer confirmação por parte das autoridades norte-americanas e o Kremlin (presidência russa) recusou-se hoje a comentar o assunto. “Ainda não tenho qualquer comentário a fazer sobre este assunto”, disse o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov.

Durante as últimas semanas, aumentaram as especulações sobre a iminência de uma grande troca de prisioneiros, depois de vários prisioneiros detidos na Rússia terem desaparecido das colónias penais onde cumpriam as respetivas penas, o que não é habitual.

Se esta troca de prisioneiros se concretizar, será a primeira entre Moscovo e o Ocidente desde a libertação, em dezembro de 2022, da jogadora de basquetebol norte-americana Brittney Griner, detida na Rússia por acusações de tráfico de droga, em troca da libertação do famoso traficante de armas russo Viktor Bout, preso nos Estados Unidos.

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Peritos defendem aumentos intercalares nas pensões em períodos de inflação alta. Conheça as 18 recomendações

Medida seria aplicada quando a economia registasse uma variação do índice de preços acima de 5% e só as reformas mais baixas, até 1.018,52 euros, devem ter uma subida adicional.

Os pensionistas deviam ter direito a um aumento intercalar, a meio do ano, para compensar a perda do poder de compra, em períodos de elevada inflação, isto é, em que o Índice de Preços junto do Consumidor (IPC) sem habitação supere os 5%, defende a Comissão Independente que elaborou o Livro Verde sobre a Sustentabilidade do Sistema Previdencial da Segurança Social e a que o ECO teve acesso.

Na prática é verter na letra de lei o que o anterior Governo, de António Costa, aplicou de forma excecional, em 2022, quando deu o bónus de meia prestação.

Para além disso, só as reformas mais baixas, até 1.018,52 euros brutos mensais devem ter uma subida adicional, ao contrário do modelo de atualização em vigor que permite suplementos percentuais, de 1,25%, para prestações até 3.055,56 euros por mês, quando o país regista um crescimento do PIB superior a 3%.

Os peritos defendem ainda uma melhor adequação dos referenciais que são usados no modelo de revisão das prestações, usando por exemplo, mais de dois anos de variação do PIB ou mesmo substituir este indicador pela evolução do rácio entre receitas e despesas com o sistema previdencial. No total, são 18 as recomendações dos peritos que elaboraram o estudo.

1) Criar a Contribuição sobre o Valor Acrescentado Líquido e baixar a TSU

Com vista a reduzir a dependência do financiamento da Segurança Social em relação a taxação do fator trabalho, a comissão recomenda “a substituição na base de incidência contributiva de uma parte das receitas obtidas com a Taxa Contributiva Global”, anteriormente de designada de Taxa Social Única (TSU), que é paga pela entidade empregadora, “por receitas obtidas com uma Contribuição sobre o Valor Acrescentado Líquido (CVAL)”.

“As respetivas taxas” devem ser “calculadas de modo a atingir a neutralidade fiscal”. Par além disso, “a base contributiva da CVAL não poderá ser superior à base que resultar da aplicação de um valor máximo, a determinar, do rácio do VAL sobre a massa salarial”, lê-se no mesmo relatório. E, “em princípio, a CVAL só se aplicaria às sociedades que são sujeitos passivos de IRC”.

Os peritos aconselham que “a implementação desta medida deverá ser precedida pela realização de um estudo de avaliação de impacto ex ante e deveria ser introduzida de forma gradual num período de um período de cinco anos”.

Com a criação da CVAL, conjugada com a descida da taxa contributiva, “espera-se atingir vários efeitos benéficos: mais e melhor emprego, melhoria da rentabilidade de atividades trabalho-intensivas, maior neutralidade fiscal em relação a escolha de tecnologias”, segundo a recomendação do livro verde.

A Taxa Social Única (TSU), que, entretanto, passou a denominar-se oficialmente Taxa Contributiva Global (TCG), foi introduzida em 1986. Inicialmente, o seu valor foi fixado em 35,5%, cabendo 24,5% à entidade patronal (incluindo 0,5% de taxa destinada ao financiamento do risco de doença profissional) e 11% ao trabalhador.

Em 1995, a taxa baixou 0,75 pontos percentuais (p.p.) para 34,75%, tendo beneficiado as empresas, que passaram a suportar 23,75% das contribuições. O desconto dos trabalhadores manteve-se nos 11%. Em contrapartida, foi criado o IVA social, ou seja, foi aumentado em 1 p.p. a taxa normal para 23%, sendo a receita correspondente consignada ao sistema previdencial. Desde então a taxa manteve-se inalterada.

2) Convergir a base de incidência contributiva com a de incidência fiscal

Para reduzir o risco de perda de receitas contributivas, com isenções e exclusões e, a longo prazo, de direitos dos trabalhadores, “recomenda-se uma avaliação dos requisitos para o estabelecimento da base de incidência contributiva que constam do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social (Lei n.º 110/2009), de forma a aprofundar a convergência com a base de incidência fiscal”, segundo o livro verde.

O aprofundamento da convergência entre bases de incidência “poderá passar pela uniformização das declarações entregues mensalmente pelas empresas”, indicam os especialistas.

3) Revisão das taxas contributivas

Os custos com as diversas prestações sociais que são financiadas pelas contribuições sociais, como pensões ou subsídios de desemprego, não são revistos desde 2009. Por isso, a comissão independente considera que se deve realizar “a análise atuarial da taxa contributiva global e da respetiva desagregação pelas diversas eventualidades e parcelas que a compõem”.

Este estudo “será essencial para a reflexão sobre matérias críticas como a adequação do conjunto de riscos sociais atualmente coberto pelo sistema previdencial, a realocação de despesas ao sistema não-contributivo, a racionalização das taxas reduzidas e o financiamento do registo de remunerações por equivalência à entrada de contribuições”, lê-se no relatório.

4) Travar o acesso à reforma antecipada

“O aumento das taxas de participação no mercado de trabalho, nomeadamente no grupo de pessoas com mais de 45 anos, é essencial para garantir a sustentabilidade financeira do sistema previdencial. Importa, por isso, promover políticas que incentivem a participação no mercado de trabalho, e reduzir incentivos a um abandono precoce do mercado de trabalho“, de acordo com o livro verde.

Para a comissão, “este problema deve ser tratado através de políticas públicas específicas, que não sobrecarreguem o sistema previdencial da Segurança Social”, defendem os peritos.

Assim sendo, “recomenda-se a eliminação da possibilidade de acesso a partir dos 57 anos para quem ficou no desemprego aos 52 anos ou mais”, escrevem os autores do estudo. Manter-se-ia apenas o acesso a reforma antecipada para as pessoas com mais de 62 anos, que estejam desempregadas pelo menos desde os 57. “A transição para o novo regime seria feita ao longo de um período de cinco anos, ao longo do qual a idade mínima de acesso à reforma antecipada por desemprego de longa-duração seria aumentada um ano, mantendo-se a diferença de cinco anos em relação à idade de desemprego”, sugerem os peritos.

Nas restantes modalidades de reforma antecipada, a evolução da idade mínima de reforma antecipada deveria ser indexada à idade normal de reforma, garantindo sempre uma distância de cinco anos. Com esta regra, um trabalhador poderia, neste momento, aposentar-se com 61 anos e quatro meses e não aos 60 como a lei em vigor.

5) Indexar a idade máxima de trabalho em funções públicas à idade normal da reforma

Ainda no sentido de promover uma maior participação dos trabalhadores mais velhos no mercado de trabalho, recomenda-se que a evolução da idade máxima de trabalho em funções públicas, que atualmente se situa nos 70 anos, seja indexada à idade normal de reforma que, neste momento, está nos 66 anos e quatro meses.

6) Aumentar a rentabilidade do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social

A sustentabilidade do sistema previdencial depende da capacidade de o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) poder cobrir os défices que irão inevitavelmente surgir. Por isso, “é importante uma reforma do respetivo modelo de gestão do Fundo no sentido da adoção de uma estratégia de investimento que garanta níveis de rentabilidade mais elevados”, aconselham os peritos.

“Neste sentido, recomenda-se a realização de uma avaliação” sobre “o impacto potencial de um conjunto de alterações na política de gestão de ativos na rentabilidade do Fundo, nomeadamente:

a) a revisão do limite mínimo de dívida pública portuguesa;

b) as alterações dos limites de dívida de países da OCDE, incluindo Portugal;

c) o aumento do limite do investimento em ações;

d) o aumento da exposição não coberta do FEFSS a moedas não-Euro;

e) o ajuste dos limites de investimento em dívida privada, ações de empresas de menor dimensão (Small Caps) e em fundos de capital de risco.”, segundo o livro verde.

A comissão independente recomenda ainda o reforço dos recursos humanos afetos à gestão do Fundo.

7) Reformular o mecanismo de atualização das pensões

“O atual mecanismo de atualização das pensões tem-se mostrado incapaz de assegurar a manutenção do poder aquisitivo de uma parte importante dos pensionistas”, reconhecem os peritos. Para além disso, “a evidência existente aponta para uma deterioração da adequação das pensões nas próximas décadas”.

Assim, e “no sentido de evitar a degradação do poder aquisitivo das pensões e, ao mesmo tempo melhorar a equidade na forma como estas são atualizadas, recomenda-se que a atualização do valor das pensões tenha como base de cálculo o cúmulo das pensões recebidas por pessoa, e não o valor de cada pensão – como é prática corrente“, lê-se no estudo.

O mecanismo de atualização das pensões deve ser revisto de modo a garantir que todas as reformas são atualizadas pelo Índice de Preços junto do Consumidor (IPC) sem habitação, apurado em novembro do ano anterior. Neste momento, só as pensões do primeiro escalão, isto é, até 1.018,52 euros (2 IAS) beneficiam deste critério. Prestações entre 1.018,52 e 3.055,56 euros só são atualizadas à taxa de inflação quando o PIB cresce mais de 2% e reformas de valores superiores apenas sobem se a economia registar uma trajetória positiva acima de 3%.

Os peritos consideram que as prestações mais baixas, até 1.018,52 euros devem continuar a beneficiar um aumento adicional acima do IPC, mas apenas em “anos em que o referencial de sustentabilidade escolhido para esta medida exceda um determinado limiar”. Na lei em vigor, estas reformas têm direito a um acréscimo de 20% da média de crescimento do PIB dos últimos dois anos, quando a economia sobe mais de 2%.

Deve-se alargar “o intervalo adotado para o cálculo da taxa média de crescimento do PIB, enquanto referencial de sustentabilidade no mecanismo de atualização, para períodos superiores a dois anos” e estudar “a substituição da taxa média de crescimento do PIB, enquanto referencial de sustentabilidade, por outro tipo de indicadores (por exemplo, evolução do rácio entre receitas e despesas em pensões do sistema previdencial)”, de acordo com o livro verde.

Os especialistas defendem ainda “a introdução de aumentos intercalares das pensões em períodos em que a inflação seja superior a um determinado patamar – por exemplo, 5 %”.

8) Estimular a poupança para a reforma através de planos individuais

Ainda no sentido de reforçar a adequação dos rendimentos dos futuros pensionistas, a comissão independente considera que os Governos devem estimular “a poupança para a reforma através de planos individuais, com recurso a um conjunto abrangente de benefícios fiscais, em sede IRS, taxa contributiva global e/ou de IRC”.

9) Consignar uma parcela do IVA pago a uma conta individual de capitalização

Os peritos recomendam também a afetação ao contribuinte do valor equivalente a um ponto percentual do IVA pago nas faturas em que inseriu o seu NIF numa conta pública de capitalização (Certificado de reforma) ou a um instrumento privado de capitalização com um regime equivalente. Esta consignação estaria sujeita a um limite a definir.

“Os valores acumulados só poderão ser mobilizados à idade de reforma, sob a forma de um pagamento único ou de uma renda mensal vitalícia”, sugere o livro verde.

10) Promover a poupança para a reforma através de planos profissionais

Os autores do estudo sugerem ainda como medidas de poupança para a reforma a criação ou alteração de planos de pensões profissionais ao nível de empresa, de tipo contributivo, baseado no princípio de inscrição semiautomática com opção de saída de trabalhadores e empresas dentro de certas condições e num determinado prazo.

“Este modelo de referência deverá ainda prever as condições que permitam a portabilidade de possibilidade de transferência do capital para outro fundo de pensão em caso de cessação do contrato de trabalho”, de acordo com o estudo.

Os planos de pensões de empresas devem ser acompanhados por incentivos fiscais, nomeadamente: possibilidade de dedução à coleta em sede de IRS, tal como existe para os planos individuais; isenção, sujeita a limites, de IRS e TSU das contribuições patronais; e criação de um crédito fiscal majorado, em sede de IRC, para as contribuições patronais.

11) Aperfeiçoar a eficácia do Complemento Solidário para Idosos

A comissão entende que as medidas propostas para a melhoria da adequação das pensões e dos rendimentos dos futuros pensionistas devem também ser acompanhadas por um conjunto de intervenções que ajudem a proteger os pensionistas de menores rendimentos do risco de pobreza.

Para melhorar a eficácia do Complemento Solidário para idosos (CSI), recomenda-se “a adoção de um novo mecanismo de definição do valor de referência, aproximando-o dos valores do limiar de pobreza”. Os investigadores sugerem ainda “a simplificação progressiva do quadro prestacional neste domínio, em especial no que concerne à pensão social de velhice, ao complemento extraordinário de solidariedade e aos complementos sociais para garantia de valores mínimos de pensões, propondo a incorporação no CSI de um mecanismo de valorização da carreira contributiva”.

12) Monitorizar as transformações do mercado de trabalho

“Reconhecendo que o mercado de trabalho atravessa transformações profundas, que poderão ter impacto sobre a capacidade de certos grupos formarem carreiras contributivas estáveis (e longas), deverá ser promovido um trabalho de articulação entre as agências estatísticas e entidades do universo da Segurança Social, Emprego, Finanças e Migrações, no sentido de promover abordagens inovadoras de recolha e análise de dados (quantitativos e qualitativos) que permitam monitorizar a evolução destas tendências”, indica o relatórios.

Neste âmbito, deverá ser analisada com atenção como as novas formas de trabalho e as migrações impactam na carreira contributiva, logo na futura pensão.

13) Incorporar o risco de dependência no conjunto de eventualidades cobertas pelo sistema previdencial

Face ao aumento das necessidades na prestação de cuidados a pessoas em situação de dependência, os especialistas sobre sustentabilidade da Segurança Social recomendam “a incorporação do risco de dependência no conjunto de eventualidades cobertas pelo sistema previdencial”.

No entanto, deve ser realizado primeiro um estudo que permita “quantificar o custo desses riscos e as diferentes formas de o financiar”, lê-se no livro verde.

14) Proteger as carreiras contributivas de grupos vulneráveis

A comissão considera importante aprofundar a fiscalização dos falsos recibos verdes, tanto no setor privado, através da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) como no setor público, atribuindo para este efeito competências e meios de fiscalização à Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

“Recomenda-se ainda a introdução de critérios de qualidade de emprego na definição dos acordos de cooperação entre a Segurança Social e instituições sociais do setor social e solidário“, lê-se no relatório.

Os peritos propõem ainda uma “alteração do regime do seguro social voluntário, aplicável aos bolseiros de investigação, no sentido de indexar o escalão de contribuições a aplicar ao valor da bolsa”.

15) Melhorar a monitorização da sustentabilidade financeira da Segurança Social

A melhoria do modelo de monitorização e acompanhamento da sustentabilidade financeira da Segurança Social “deverá passar, em primeiro lugar, por um reforço do papel do Conselho de Finanças Públicas (CFP)” dos seguintes trabalhos:

a) realização, a cada cinco anos, de um estudo (de natureza atuarial) da sustentabilidade financeira dos sistemas contributivos da Segurança Social (sistema previdencial, regime de proteção social convergente e regimes especiais);

b) preparação de um parecer sobre o relatório de sustentabilidade da Segurança Social, que acompanha o Orçamento de Estado, tomando por base as suas próprias estimativas sobre a sustentabilidade financeira do sistema”.

“São ainda recomendadas melhorias à metodologia adotada na preparação no relatório de sustentabilidade da Segurança Social e do Orçamento da Segurança Social, bem como a harmonização dos tempos e termos de reporte relativos ao sistema previdencial, ao regime de proteção social convergente e aos diversos regimes especiais, permitindo uma visão de conjunto de todos os regimes contributivos“, indicam os autores do livro verde.

16) Disponibilizar dados abertos da Segurança Social e do emprego

Em paralelo com os esforços para melhorar a monitorização da sustentabilidade financeira da Segurança Social, e em respeito pelo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) os peritos recomendam “a disponibilização de dados abertos (anonimizados) da Segurança Social aos parceiros sociais, a investigadores credenciados e às próprias instituições da Segurança Social e do emprego”.

17) Melhorar a gestão da máquina da Segurança Social

A comissão acredita que “a introdução de medidas que promovam ganhos de eficácia e eficiência na forma como é gerida a máquina da Segurança Social produzirá ganhos significativos na confiança dos cidadãos relativamente à mesma”.

Neste sentido, os especialistas do livro verde aconselham “a introdução de um Código de Prestações Sociais, que permita agilizar o processo de decisão da atribuição de benefícios, se possível com recurso à utilização de ferramentas de inteligência artificial”.

Para agilizar os processos de atribuição de pensões unificadas – mas respeitando da autonomia do regime de proteção social convergente em termos de financiamento –, propõe-se que o Centro Nacional de Pensões da Segurança Social passe a assegurar a administração do regime de proteção dos funcionários públicos, que, neste momento, é gerido pela Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Quanto à organização dos serviços, recomenda-se a concentração das atividades associadas ao processo de gestão de remunerações, carreiras contributivas, contribuições e cobrança coerciva numa única entidade, a centralização da função financeira e de gestão dos recursos do sistema e o património imobiliário numa única entidade.

18) Melhorar a comunicação digital com contribuintes e beneficiários

A partir do desenvolvimento de experiências-piloto deve-se maximizar o potencial das ferramentas digitais para melhorar a comunicação com beneficiários e contribuintes, recomenda a comissão.

“Neste domínio, deve ser dada especial atenção à comunicação com os públicos que estão a entrar no mercado de trabalho (jovens, imigrantes), e com os trabalhadores que estão próximos da idade de reforma”, escrevem os peritos.

Para além disso, é proposta “a introdução de um mecanismo de notificação (no final de cada ano civil), que informe o trabalhador sobre o histórico (em sistema) de remunerações recebidas, permitindo assim a identificação atempada de lacunas na carreira contributiva – simplificando, por exemplo, o processo do cálculo de pensão aquando da passagem à reforma”.

Finalmente, os especialistas recomendam que “o simulador do cálculo de pensão da Segurança Social possa contemplar a simulação do valor de pensões de regimes complementares e de outros regimes”.

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Primeira legislação do mundo sobre inteligência artificial entra em vigor na UE

  • Lusa
  • 1 Agosto 2024

A legislação da União Europeia sobre inteligência artificial entrou em vigor, mas a maior parte da sua aplicação só vai começar a ser aplicada a partir de 02 de agosto de 2026.

A legislação da União Europeia (UE) sobre inteligência artificial entrou hoje em vigor, mas a maior parte da sua aplicação só vai começar a ser aplicada a partir de 02 de agosto de 2026.

Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou a entrada em vigor da legislação, que é a primeira no mundo para a inteligência artificial.

A lei tem como propósito fomentar o desenvolvimento da inteligência artificial, mas fazê-lo tendo em conta a defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos dos países da UE e a harmonização da utilização deste tecnologia. No entanto, a maioria das regras desta legislação só vai começar a ser aplicada daqui a dois anos, mas as proibições de sistemas de inteligência artificial que “representam um risco inaceitável” para os cidadãos “serão aplicáveis dentro de seis meses”.

As regras para aplicação de inteligência artificial de maneira generalizada têm de ser aplicadas daqui a 12 meses. Os Estados-membros têm até 2 de agosto de 2025 para designar as autoridades nacionais responsáveis pela implementação desta legislação e supervisão do seu cumprimento.

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Livro Verde recomenda criação de agência para a segurança no trabalho

  • Lusa
  • 1 Agosto 2024

Peritos propõem que agência para a segurança no trabalho agregue a prevenção dos riscos profissionais e elabore "com regularidade" informação sobre a legislação aplicável.

Os peritos encarregues de elaborar o Livro Verde recomendam ao Governo a criação da Agência Portuguesa para a Segurança, Saúde e Condições do Trabalho, recorrendo a recursos humanos, financeiros e materiais da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Esta é uma das 83 recomendações a implementar a curto e médio prazo, propostas pela comissão que elaborou o Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, a que a Lusa teve acesso.

Para os peritos, escolhidos em 2023 pelo Governo, a Agência Portuguesa para a Segurança, Saúde e Condições do Trabalho deverá ser criada “a partir dos recursos humanos, financeiros e materiais existentes na ACT e no programa nacional de saúde ocupacional da DGS [Direção-Geral da Saúde]”.

À semelhança do que se verifica em vários países da Europa, esta agência deverá agregar a prevenção dos riscos profissionais, estando dotada dos “meios necessários” para uma “atuação eficiente” no que diz respeito à segurança e saúde no trabalho. Conforme apontam os peritos, isto vai permitir evitar que a gestão pública da prevenção “esteja espartilhada e colocada em segundo plano”, à semelhança do que acontece nos dias de hoje. Verifica-se assim, atualmente, a perda de sinergias que “vão além da dispersão das políticas”.

A nova agência deverá ficar com o montante orçamentado “há largos anos” para as políticas públicas de promoção da segurança e saúde no trabalho, “por afetação de verba correspondente da Taxa Social Única”. Através desta agência deverá ser elaborada, “com regularidade”, informação sobre a legislação aplicável, de modo a que as empresas e os setores visados cumpram de forma eficaz as normas aplicáveis.

É igualmente proposta a dinamização da rede nacional de prevenção de riscos, que já existe há mais de três décadas, com recurso a uma “gestão mais eficiente” do sistema.

O Livro Verde recomenda ainda uma maior articulação entre a agência, as universidades e os parceiros sociais, de modo a que sejam definidas estratégias de prevenção, como as que integram os desafios decorrentes das alterações tecnológicas.

Ao nível das políticas públicas, é ainda sugerida a elaboração de um Código da Segurança e Saúde no Trabalho, que junte toda a legislação nesta matéria, devendo integrar as normas de proteção especial de alguns grupos de trabalhadores, bem como normas que permitam assegurar um maior grau de proteção, designadamente “em matérias de formas não convencionais de trabalho”, em que se inclui, por exemplo, o teletrabalho ou o trabalho em plataformas digitais.

O Livro Verde pede a revisão do regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil, em função da “realidade construtiva” e dos mecanismos de prevenção. A comissão defende também que seja incrementada a organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho na Administração Pública, dando continuidade ao trabalho da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), bem como o desenvolvimento de um plano de ação para esta área na administração pública.

A isto acresce o desenvolvimento da regulamentação sobre privacidade e proteção de dados, a definição de um plano para a introdução de conteúdos da segurança e saúde no trabalho no ensino secundário e a sensibilização das instituições de ensino superior para a necessidade de introduzir estas temáticas nos cursos de licenciatura e/ou mestrado.

Paralelamente, é proposta a atualização da lista de doenças profissionais com novos fatores de risco e o incremento de medidas “que consagrem a adaptação dos postos de trabalho aos trabalhadores, para lidar com o envelhecimento da força de trabalho, através de um ambiente de trabalho inclusivo e eficiente”. Neste último ponto incluem-se melhorias ao nível da limitação das tarefas com elevado grau de penosidade, de formação de atualização especializada e de programas de mentoria, permitindo a transferência de conhecimento para os mais jovens.

Acresce a criação de uma linha de financiamento para o desenvolvimento de investigação, em articulação com o Ministério da Ciência e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho encontra-se em discussão com os parceiros sociais, em sede de concertação social. A versão final do documento só deverá ser conhecida após terminada a discussão.

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Oeiras passa a cobrar taxa turística de um euro a partir de 15 de agosto

  • Lusa
  • 1 Agosto 2024

Já a partir desta quinta, está disponível para os operadores turísticos a plataforma tecnológica de suporte à cobrança da taxa.

O município de Oeiras vai passar a cobrar um euro de taxa turística de dormida a partir de 15 de agosto, esperando arrecadar uma receita de cerca de 200 mil euros por ano, anunciou esta quinta-feira a câmara.

Em comunicado, a autarquia adianta que, à semelhança do que já se faz em outros concelhos vizinhos, Oeiras vai passar a cobrar uma taxa turística, no âmbito do Regulamento de Permissões Administrativas, Taxas e Outras Receitas (RAPTOR) do município, aprovado em assembleia municipal e publicado em Diário da Republica. A taxa será aplicada sobre as dormidas remuneradas em empreendimentos hoteleiros e estabelecimentos de alojamento local do concelho de Oeiras, no distrito de Lisboa.

Com a taxa, refere a câmara, pretende-se “assegurar uma contrapartida da fruição de um conjunto de atividades e investimentos promovidos pelo município de Oeiras, relacionados com a atividade turística”, nomeadamente a salvaguarda do comércio tradicional, criação de polos de dinamização cultural e recreativa, gestão do espaço público, prestação de serviços municipais de informação e apoio a turistas, vigilância, segurança e proteção civil no concelho.

Já a partir desta quinta, está disponível para os operadores turísticos a plataforma tecnológica de suporte à cobrança da taxa em https://taxaturistica.oeiras.pt/.

No dia 14 de agosto será realizada uma sessão de esclarecimentos, para preparar os operadores para a aplicação da taxa turística, no Templo da Poesia no Parque dos Poetas, entre as 12:00 e as 13:00. A sesão também será transmitida nas redes sociais do município.

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OTIIMA e IPCA lançam formação inovadora em Industrialização e Serralharia Digital

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  • 1 Agosto 2024

A Academia e a Indústria unem esforços na tentativa de formar talento que responda às cada vez mais exigentes necessidades do mercado, nomeadamente, no universo da metalomecânica e construção.

A OTIIMA Industries, em parceria com o IPCA (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave), lançam um curso inovador de Industrialização e Serralharia Digital, com equivalência CTESP. Este novo curso pretende formar um grupo de 15 jovens, proporcionando-lhes experiência formativa diversificada e com uma forte componente prática, preparando-os para um contexto futuro de trabalho completamente ajustado às necessidades reais da Indústria.

Em entrevista ao ECO, João Simões, CEO OTIIMA apresenta esta iniciativa pioneira, contextualizando todos os aspetos que fazem deste curso uma oportunidade diferenciada, dentro da oferta formativa já existente.

O que motivou a OTIIMA a potenciar a criação deste curso de Industrialização e Serralharia Digital?

O mercado da Indústria e Construção está em constante evolução, especialmente com a integração de tecnologias avançadas relacionadas com robótica e automação. Identificamos uma necessidade crescente de profissionais qualificados que possam atuar nesse novo cenário. Esta parceria com o IPCA visa formar esses profissionais, removendo o estigma de que a área da serralharia possa ter perdido importância. Esta, à semelhança de várias outras, terá de se adaptar a novas especificidades, nomeadamente tecnológicas. Mas ressalvo que este curso tem uma abrangência bastante mais transversal dentro do universo da Indústria, nomeadamente no setor da Construção, com foco para a área que nos é mais próxima – a caixilharia minimalista.

Seguindo a tónica da abrangência deste curso, quais serão então as áreas de formação contempladas?

O objetivo é que um aluno que termine este curso sinta a capacidade de ter autonomia e destreza naquilo que são as várias fases pelas quais passa o processo de construção de uma janela. O curso contempla formação na área de desenho técnico, investigação e desenvolvimento, gestão de projeto, operar máquinas CNC, entre outros. Estas formações correspondem, na prática, a um conjunto de departamentos que existem dentro das empresas, na nossa e em várias do setor, onde depois o aluno terá capacidades para desempenhar funções, também de acordo com as áreas onde se sentir mais capaz de aportar valor.

Quais são os critérios de elegibilidade para concorrer a este curso e os benefícios que apresentam aos candidatos?

Voltando a salientar esta vertente formativa 360 dentro do que são as etapas que envolvem o processo de construção de uma janela, nomeadamente as especificidades e necessidades de trabalhar estritamente com as ideias e pedidos dos arquitetos, este curso prevê a atribuição de uma bolsa de estágio, no valor de três mil euros, e o pagamento integral das propinas, por parte da OTIIMA. A garantia de empregabilidade após curso é extremamente elevada, podendo até arriscar dizer que estará 100% assegurada. Além disso, todos os alunos terminarão com o diploma técnico superior profissional, que representa a possibilidade de continuidade no Ensino Superior.

A oportunidade de ingressar nesta formação está aberta a qualquer pessoa que tenha o 12º ano de escolaridade concluído. Desenvolvemos este curso com o IPCA por ser, do lado da academia, uma instituição com provas dadas na qualidade da formação que promove – sólida e reconhecida. Portanto, com esta parceria sentimos que estávamos preparados para apresentar ao mercado uma tão necessária resposta à escassez de talento, altamente qualificado, que possa contribuir para a inovação e eficiência no setor da construção.

Esta parceria entre a OTIIMA e o IPCA promete abrir oportunidades para jovens que tenham terminado o 12º ano e procurem o seu lugar no meio profissional ou atribuir a pessoas já no mercado de trabalho outras possibilidades de progressão e evolução de carreira, oferecendo formação e oportunidades reais de desenvolvimento profissional.

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Prime Video já permite alugar filmes em Portugal. Pode fazê-lo por menos de um euro (até 25 de agosto)

  • + M
  • 1 Agosto 2024

O serviço está disponível tanto para quem é subscritor como não. A Prime Video dispõe de um preço reduzido até 25 de agosto, sendo possível o aluguer de um filme por 99 cêntimos.

Já é possível alugar ou comprar filmes através da Prime Video em Portugal. Com esta nova funcionalidade lançada pela plataforma de streaming da Amazon, os portugueses podem adicionar de filmes à sua biblioteca, quer sejam ou não subscritores do serviço, diz a marca.

De forma a marcar o lançamento desta nova ferramenta, a Prime Video dispõe de um preço reduzido, pelo que é possível alugar mais de dois mil títulos selecionados por 99 cêntimos até 25 de agosto.

Entre os filmes disponíveis estão aqueles produzidos por alguns dos principais estúdios, onde se incluem a Disney, Warner Bros., NBCUniversal e Sony. Na lista constam títulos como Barbie, Oppenheimer, O Panda do King Fu 4, Dune Parte 2, The Equalizer 3 ou Avatar: O Caminho da Água.

Para alugarem ou comprarem um filme, os clientes devem procurar o título pretendido no catálogo da Prime Video, sendo que “o conteúdo que necessita de compra adicional está marcado com um ícone de saco de compras amarelo na página inicial ‘carrosséis'”.

A Prime Video chama a atenção para o facto de que a compra de um título “adiciona-o a ‘A minha coleção’ e, regra geral, torna-o disponível para o utilizador transferir ou fazer stream. Contudo, pode ficar indisponível devido a restrições de licenciamento ou por outros motivos limitados. Alugar um título irá adicioná-lo aqui durante um período de tempo limitado”.

“Os títulos alugados permanecem na secção ‘As minhas compras e alugueres’ durante 30 dias a contar da data do aluguer. No entanto, a partir do momento em que prime reproduzir no título alugado, dispõe de um mínimo de 48 horas para acabar de o ver. Alguns títulos dispõem de períodos de visualização mais longos”, alerta-se no site da Amazon Prime Video.

Este novo serviço vem complementar a oferta já oferecida pela subscrição da Prime Video, que coloca ao dispor dos assinantes diversos séries e filmes internacionais como Saltburn, O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder, The Boys ou AIR, bem como produções nacionais como Morangos com Açúcar, O Clube ou Sr. Rui.

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“Provavelmente somos o banco mais bem capitalizado do país”, diz CEO do Novobanco

Mark Bourke, CEO do Novobanco, destaca ainda o contexto macroeconómico de Portugal, descrevendo-o como "muito positivo" com “um nível de quase pleno emprego".

Depois de serem conhecidos os resultados do Novobanco nos primeiros seis meses do ano, o CEO, Mark Bourke, apresentou alguns dos grandes números esta quinta-feira aos analistas, sublinhando que o banco “continua a cumprir praticamente todas as rubricas da demonstração de resultados, estando ao nível ou acima do esperado”, e que, “em termos de capital e liquidez, estamos fortes”.

O Novobanco registou lucros de 370 milhões de euros no primeiro semestre (menos 0,8% face ao alcançado no primeiro semestre de 2023), que se traduz num retorno sobre o capital tangível (RoTE) de 17,4% e num rácio de capital CET1 fully loaded de 19,9%, que contribuiu para um rácio de capital total de 22,7%. Para Bourke, estes rácios, “provavelmente, fazem de nós o banco mais bem capitalizado desta economia neste momento”.

Os resultados do banco revelaram também uma subida homóloga de 14% da margem financeira para 595 milhões de euros e uma taxa da margem financeira de 2,83%, que compara com 2,75% em dezembro de 2023. Embora a taxa da margem financeira tenha tido uma ligeira diminuição no segundo semestre, Bourke afirmou que “não tanto quanto esperávamos dada a curva”, evidenciando um desempenho resiliente das operações do banco entre janeiro e junho.

O banqueiro destacou ainda o aumento de 10,9% das receitas geradas com comissões para 161,2 milhões de euros, sublinhando que “começámos a ver a concretização dos nossos planos para expandir as nossas comissões em aproximadamente 20% num período de três anos”, salientando que o banco está 11% acima dos 861 milhões pretendidos.

Bourke também abordou o contexto macroeconómico de Portugal, descrevendo-o como “muito positivo” para um banco de retalho e empresarial. O líder do Novobanco mencionou que “o crescimento do PIB tem sido consistentemente superior à média da União Europeia” e que “espera-se que continue assim”, notando ainda que a inflação, atualmente a 2,3%, está dentro da meta de 2% e que “os números do desemprego continuam a ser impressionantes em termos de estabilidade”, com a economia nacional a apresentar “um nível de quase pleno emprego, com uma taxa de desemprego de 6,4%.”

No que diz respeito à estratégia do banco, Bourke enfatizou quatro pilares principais: centralidade no cliente, eficiência operacional, atração e retenção de talentos, e sustentabilidade. O banqueiro notou que o banco tem investido numa oferta omnicanal, melhorando a experiência do cliente através de canais digitais e uma rede de agências remodelada.

“Estamos no início de obter o benefício do investimento na recuperação”, afirmou Bourke, referindo-se ao crédito líquido a clientes e à melhoria da margem de juro líquida e rentabilidade. “O nosso foco agora está na execução dos resultados”, concluiu.

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Solar atinge peso histórico de 15% no consumo mensal de eletricidade

A produção solar atingiu em julho, pela primeira vez, 15% do consumo mensal de eletricidade. Mais de metade da energia consumida teve origem renovável.

A produção de energia renovável abasteceu 53% do consumo de eletricidade em Portugal no mês de julho, tendo a produção solar atingido, pela primeira vez, 15% do consumo mensal. A produção hídrica foi responsável por 14%, a eólica 18% e a biomassa pelos restantes 6%, indica a REN num comunicado.

Em julho, o consumo de energia elétrica abastecido a partir da rede pública registou uma variação homóloga de 3,6%, ou 2,6% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Nos primeiros sete meses do ano, o consumo subiu 1,9% face ao mesmo período do ano anterior, ou 2,5% com correção da temperatura e dias úteis.

O índice de produtibilidade hidroelétrico registou em julho 1,32 (média histórica igual a 1). O regime solar ficou praticamente em linha com os valores médios, com um índice de 1,01, enquanto o eólico registou 0,89. No período de janeiro a julho o índice de produtibilidade hidroelétrica atingiu 1,33, o de produtibilidade eólica 1,04 e o de produtibilidade solar 0,95.

A produção renovável abasteceu 78% do consumo, repartidos pela hidroelétrica com 36%, eólica com 27%, fotovoltaica com 9% e biomassa com 6%. A produção a gás natural abasteceu 8% do consumo enquanto os restantes 14% corresponderam à energia importada.

Já o consumo de gás em julho registou uma contração homóloga 33%, com quebras de 76% no segmento de produção de energia elétrica e 1,3% no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores. Nos primeiros sete meses do ano, o consumo acumulado anual de gás registou uma evolução global negativa de 21%, resultado de um crescimento de 2,7% no segmento convencional e de uma quebra de 68% no mercado elétrico.

O abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de gás natural liquefeito de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar um saldo exportador equivalente a 44% do consumo nacional.

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Rússia liberta jornalista norte-americano Evan Gershkovich. Esteve preso mais de um ano

  • + M e Lusa
  • 1 Agosto 2024

O jornalista de 32 anos do The Wall Street Journal encontrava-se detido desde março de 2023 em Ecaterimburgo, a capital dos Urais. A sua libertação foi incluída num acordo de troca de prisioneiros.

A justiça russa aceitou libertar o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, que estava acusado de espionagem por alegadamente ter acedido a informação secreta sobre a indústria militar do país.

Recorde-se que no passado dia 19 de julho, a justiça russa havia condenado Gershkovich a 16 anos de prisão, num julgamento realizado à porta fechada. A sua libertação acontece agora, englobada numa troca de prisioneiros entre a Rússia e países ocidentais, refere a Bloomberg.

Nascido nos Estados Unidos e filho de imigrantes da antiga União Soviética, o jornalista de 32 anos do The Wall Street Journal, detido em março de 2023 em Ecaterimburgo, a capital dos Urais, é o primeiro jornalista ocidental detido e condenado sob a acusação de espionagem na Rússia pós-soviética.

O Ministério Público russo tinha pedido uma pena de 18 anos de prisão “numa colónia penal de segurança máxima”. No julgamento de 19 de julho, as autoridades russas terão alegado, sem apresentar provas, que Gershkovich estava a “recolher informações secretas” para a agência de espionagem norte-americana CIA.

Em concreto, foi acusado de obter informações sobre a Uralvagonzavod, uma fábrica situada 150 quilómetros a norte de Ecaterimburgo que produz e repara tanques e outro equipamento militar. As acusações foram rejeitadas pelo próprio jornalista, pelos seus mais próximos e pelo Governo dos Estados Unidos.

O jornalista deve regressar aos EUA provavelmente ainda esta quinta-feira.

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Mitsubishi junta-se a aliança Nissan e Honda para veículos elétricos

  • Lusa
  • 1 Agosto 2024

Uma aliança entre a Nissan, a Honda e a Mitsubishi criará uma coligação de vendas de mais de 8 milhões de veículos, que tem como concorrente japonês o Grupo Toyota.

A Mitsubishi Motors juntou-se às negociações entre a Nissan e a Honda para uma aliança nos veículos elétricos e outras áreas, que reconfigura a indústria automóvel japonesa em dois blocos, esta parceria e o grupo Toyota.

Segundo a agência de notícias EFE, o anúncio foi feito hoje durante uma conferência de imprensa dos presidentes da Nissan e da Honda, Makoto Uchida e Toshihiro Mibe, para falar sobre os progressos desta nova aliança, na qual identificaram cinco áreas sinérgicas de colaboração que incluem a partilha de ‘software’ para veículos e o desenvolvimento conjunto de sistemas de propulsão para modelos elétricos.

O objetivo da associação é aumentar a competitividade dos fabricantes japoneses numa altura de expansão do mercado.

“Se olharmos para o clima empresarial atual, os mercados estão a fragmentar-se. Neste cenário, se queremos aumentar a nossa competitividade, temos de aumentar os nossos parceiros“, disse o presidente da Nissan.

Já o presidente da Honda apontou que “a eletrificação está a trazer novos intervenientes para o setor” e que a velocidade da transformação está a ser maior do que esperado.

Uma aliança entre a Nissan, a Honda e a Mitsubishi criará uma coligação de vendas de mais de 8 milhões de veículos, que tem como concorrente japonês o Grupo Toyota, atual líder mundial no volume de vendas da indústria automóvel.

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