Jogos das meias-finais do Euro foram vistos por quase quatro milhões de telespectadores

  • + M
  • 11 Julho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

Os dois jogos das meias-finais, que ditaram a passagem da Espanha e da Inglaterra à final do Euro 2024, foram vistos por quase quatro (3,93) milhões de telespectadores.

De acordo com a análise elabora pela Dentsu/Carat para o +M, enquanto a transmissão na RTP1 e Sport TV do Espanha x França registou uma audiência média de 2 milhões e 76 mil telespectadores, o jogo entre a Holanda e Inglaterra, transmitido na SIC e Sport TV, foi acompanhado por uma média de 1 milhão e 860 mil telespectadores.

O confronto entre Portugal e a Eslovénia, a contar para os oitavos-de-final, mantém-se como o jogo mais visto do Euro até agora pelos portugueses, depois de ter sido acompanhado por 3,751 milhões de telespectadores. No top três de jogos mais vistos segue-se a partida entre Portugal e França, nos quartos-de-final, que foi acompanhado por 3,71 milhões de telespectadores, e o jogo de estreia de Portugal, frente à Chéquia, que foi seguido por 3,6 milhões de pessoas.

Os 21 dias de Campeonato Europeu que decorreram até agora foram acompanhados por um total de 43 milhões e 781 mil telespectadores. Já os jogos disputados por Portugal no Europeu, até ao seu afastamento nos quartos-de-final pela França, foram vistos por 17 milhões e 258 mil telespectadores.

Audiência Jogo a Jogo – Meias-finais

Audiência Jogo a Jogo e Audiência Acumulada

Audiência por seleção

Audiência Fase a Fase

Jogos e Resultados – Fase Final

Audiência por Marca

Espectadores por Estádio

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carregamentos de elétricos na Mobi.E disparam 67%

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

Foram mais de 2,6 milhões de carregamentos realizados no primeiro semestre por parte de 168 mil utilizadores junto da rede pública da Mobi.E.

O número de carregamentos de veículos elétricos efetuados na rede Mobi.E aumentou 67% no primeiro semestre face ao período homólogo. Foram mais de 2,6 milhões os carregamentos realizados na rede pública entre janeiro e junho, informou hoje a gestora da rede de mobilidade elétrica.

“Até 30 de junho de 2024, realizaram-se mais de 2 milhões e 671 mil carregamentos na rede Mobi.E, efetuados por mais de 168 mil utilizadores distintos, o que representa um aumento de 67%, em ambos os indicadores face ao primeiro semestre do ano passado”, anunciou a empresa, em comunicado.

Naquele período, foram consumidos um total de cerca de 53.600 megawatts-hora (MWh) de energia, o que representa uma subida de 85% em comparação com o mesmo período de 2023.

Só durante o mês de junho, registaram-se mais de 486 mil carregamentos na rede Mobi.E, que foram efetuados por mais de 83 mil utilizadores, acrescentou a gestora de rede de mobilidade elétrica.

O contínuo crescimento da rede é um dos principais fatores que contribui para estes resultados positivos, uma vez que tem vindo a acompanhar o incremento do parque de viaturas elétricas”, realçou.

Em 30 de junho, a rede Mobi.E contava com mais de 4.960 postos de acesso público, o que equivale a mais de 8.750 pontos de carregamento, dos quais 1.800 são de carregamento rápido ou ultrarrápido (36,6% do total da rede).

Assim, acrescentou, existem atualmente 76 tomadas, em média, por cada 100 quilómetros de rodovia e, por cada 100 mil habitantes, são disponibilizadas 103 tomadas, em média.

Já no que diz respeito aos postos de acesso privado, observou-se um crescimento de 40% no primeiro semestre deste ano, sendo já mais de 2.300 o número de postos ligados à rede Mobi.E por opção do Detentor de Ponto de Carregamento (DPC).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abanca fecha compra do Eurobic e torna-se no sétimo maior banco em Portugal

Quatro anos depois do Luanda Leaks, Abanca comprou finalmente o Eurobic, num negócio avaliado em mais de 300 milhões. Galegos tornam-se no sétimo maior banco em Portugal com mais de 300 mil clientes.

Fernando Telles (Eurobic), Juan Carlos Escotet (chairman do Abanca) e Francisco Botas (CEO do Abanca).

O banco espanhol Abanca concluiu esta quinta-feira a aquisição do Eurobic a Isabel dos Santos, Fernando Telles e outros acionistas angolanos, num negócio avaliado em mais de 300 milhões de euros. O negócio com os galegos coloca um ponto final na incerteza acionista em torno do banco português que dura há mais de quatro anos, mais concretamente quando rebentou o caso Luanda Leaks, em janeiro de 2020.

Com a aquisição de 100% do capital do Eurobic, anunciada em novembro mas que aguardava luz verde dos reguladores, o Abanca irá triplicar a sua presença no país e tornar-se no sétimo maior banco em Portugal, com mais de 300 mil clientes, 251 agências e cerca de 20 mil milhões de euros de volume de negócios.

“A aquisição do EuroBic tem um claro sentido estratégico para o Abanca, devido ao dinamismo do mercado português, a sua inter-relação económica com a Galiza e com Espanha, e as sinergias que proporciona ao nosso projeto”, afirmou Juan Carlos Escotet, presidente do Abanca, citado em comunicado, numa operação em que foi assessorado pela consultora Clearwater Portugal.

“É a operação corporativa mais significativa que desenvolvemos até à data, e a segunda em Portugal desde que inauguramos esta fase de crescimento internacional em 2018 com uma clara vocação de consolidação ibérica”, acrescentou o responsável.

Marca Eurobic desaparece no próximo ano

O banco vai operar sob a marca Eurobic Abanca até à conclusão do processo de integração tecnológica e operacional, previsto para ocorrer ao longo de 2025.

Numa fase mais imediata, durante este fim de semana e de forma gradual, serão realizados os trabalhos de implementação da nova imagem exterior e de remoção dos antigos elementos relacionados com a marca Eurobic.

Pedro Pimenta continuará a liderar o negócio em Portugal. O conselho de administração será presidido por Juan Carlos Escotet e contará com 12 administradores: Francisco Botas, Ana da Cunha Barros, Manuel López Figueroa, Pedro Azevedo Maia, Filomena Oliveira, Rita Lourenço, José Azevedo Pereira, Susana Nereu, Miguel Antunes, Rui Lopes e Alfonso Caruana.

Banca com lucros recorde

O negócio dá-se num ambiente favorável para o negócio bancário, com o setor a registar lucros históricos à boleia da subida das taxas de juro.

No caso do Abanca, com negócios que se estendem ao Vinho do Porto, à Pescanova e ao futebol, mais do que triplicou os resultados para 711 milhões de euros no ano passado. O Eurobic alcançou um lucro recorde de 104 milhões de euros, mais 160% em relação a 2022.

Desde janeiro de 2020 que se mantinha a indefinição na estrutura acionista do EuroBic, após ter rebentado o caso Luanda Leaks em janeiro de 2020, que forçou Isabel dos Santos a sair do banco português.

A empresária angolana detinha uma participação de 42,5% do Eurobic que se encontrava arrestada pelas autoridades na sequência do mega processo que enfrenta em Luanda, sendo que 37,5% estavam na posse de Fernando Teles, enquanto o restante capital pertencia a outros acionistas angolanos como Luís Cortez dos Santos, Manuel Pinheiro Fernandes e Sebastião Lavrador (cada um com 5%).

(Notícia atualizada às 13h32)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Criada plataforma de dados para impedir ilegalidades nos TVDE

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

A nova ferramenta, desenvolvida por IMT, Uber e Bolt estará disponível para qualquer outra plataforma e verificará se motoristas, operadores e veículos estão legalmente habilitados.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e as plataformas Uber e Bolt desenvolveram um portal de partilha de dados para “promover a integridade do setor” dos TVDE e impedir falsificações de documentos, divulgaram esta quinta-feira as entidades.

“Os objetivos desta ferramenta passam por promover a integridade do setor, impedindo a falsificação dos documentos legais necessários e afetos à atividade, assim como permitir um melhor conhecimento da dinâmica deste setor por parte do IMT”, pode ler-se num comunicado conjunto enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, “através do portal, as plataformas poderão confrontar os dados que detêm relativos a cartas de condução, aos certificados de motorista TVDE [transporte individual de passageiros em veículo descaracterizado], licenças de operador TVDE e características dos veículos com os dados que constam nas bases de dados do IMT”.

A nova ferramenta de partilha e comunicação de dados estará disponível para “qualquer outra plataforma que venha a operar em Portugal”, e verificará “se motoristas, operadores e veículos estão legalmente habilitados a exercer atividade e garantir assim o cumprimento de todas as normas legais em vigor”.

“Após finalização da fase de implementação, o portal para partilha e comunicação de dados sobre motoristas, veículos e operadores TVDE a atuar em Portugal deverá entrar brevemente em funcionamento“, adianta também o comunicado, sem precisar uma data.

Citado no comunicado, o presidente do IMT, João Jesus Caetano, referiu que o portal “é um passo importante para o IMT exercer supervisão em tempo real em alternativa à regulamentação estática, garantindo, assim, uma melhor monitorização e conhecimento do setor”.

Já as plataformas Uber e Bolt dizem ser “absolutamente crucial assegurar que toda a operação decorre dentro dos parâmetros legais e que a segurança de todos os utilizadores da plataforma, sejam passageiros ou motoristas, são sempre salvaguardados”.

“Esta iniciativa conjunta entre operadores do setor e o regulador é um sinal de que os intervenientes do setor estão disponíveis e ativamente envolvidos rumo a um desenvolvimento colaborativo e sustentável da indústria em Portugal”, consideram.

O número de certificados de motoristas TVDE registados em Portugal é 77.441, segundo dados relativos a 6 de março, indica o IMT.

Há também 18.910 empresas operadoras de veículos TVDE, segundo a listagem disponível no site do IMT, com dados referentes a 22 de maio.

São 13 os operadores de plataforma eletrónica de TVDE licenciados em Portugal, mas apenas dois (Bolt e Uber) estão em atividade, sendo os restantes Its My Ride, Vemja, Tazzi, Chofer, Klibber, Mobiz, Tarine, Ixat, Leb, Plink e Just Easy Mob!.

A revisão da lei que regula o TVDE, prevista para 2022, ainda não avançou, cinco anos após a sua entrada em vigor, a 1 de novembro de 2018.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Salesforce muda equipa em Portugal para novo escritório

"A equipa em Portugal tem vindo a ser reforçada, nomeadamente nas áreas onde vemos maior potencial de crescimento", diz Fernando Braz, country leader da Salesforce Portugal, ao ECO.

A multinacional Salesforce mudou a equipa da operação em Portugal para um novo escritório em Lisboa. O novo espaço, com capacidade máxima até 56 postos de trabalho, reafirma “o nosso objetivo de apoiar as empresas locais na sua jornada de transformação digital”.

“Ter um local de trabalho no qual é possível viver o espírito de equipa da Salesforce é essencial, e este novo escritório permite-nos ter um espaço mais amplo e com uma organização que permite um maior contacto e colaboração entre as diferentes equipas”, começa por dizer Fernando Braz, country leader da Salesforce Portugal, ao ECO.

A localização, sendo no centro da cidade, na Avenida da República, junto ao Saldanha, facilita ainda mais a ligação e a colaboração com as empresas nossas clientes, reafirmando o nosso objetivo de apoiar as empresas locais na sua jornada de transformação digital”, refere ainda.

O novo escritório conta com cerca de 250 metros quadrados de área e uma capacidade máxima de até 56 postos de trabalho. Três salas de reunião e de trabalho de equipa, um espaço de formação e ainda espaços comuns como zona para refeições e uma área de colaboração são outras das valências. Tem “uma organização geral do espaço que segue as orientações da Salesforce a nível internacional, para melhorar a colaboração entre as diferentes equipas e receber empresas clientes com toda a nossa energia.”

Embora, muitas tecnológicas internacionais tenham avançado para um regresso mandatório ao escritório, por questões de produtividade ou quebras de inovação, o modelo de trabalho da companhia é híbrido.

“A Salesforce trabalha em modelo híbrido na maior parte dos mercados onde opera, nomeadamente em Portugal. Temos um escritório enquanto espaço de colaboração em equipa, de encontro entre colegas e para receber empresas clientes e parceiras. De resto, temos toda a flexibilidade para a equipa, que pode trabalhar no escritório, em casa ou onde quiser, permitindo que cada um consiga gerir o seu tempo e agenda da melhor forma possível, para o melhor equilíbrio entre a sua vida pessoal e profissional”, refere o country leader quando questionado sobre o modelo de trabalho na equipa.

A empresa não adianta quantas pessoas trabalham em Portugal. “A nível internacional e sendo a Salesforce uma empresa global, há profissionais localizados noutras geografias e países onde a Salesforce está presente, e que trabalham também para o mercado português”, diz o responsável, mas adianta que têm reforçado. “A equipa em Portugal tem vindo a ser reforçada, nomeadamente nas áreas onde vemos maior potencial de crescimento.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Promotora de Gaia reforça investimento em Vilamoura com projeto de 50 milhões para habitação de luxo

Com participação do grupo brasileiro André Guimarães, a empresa da família Ferreira da Costa volta a apostar em Vilamoura. Empreendimentos Serenity e Lumare estão avaliados em 100 milhões de euros.

Quase um ano depois de participar no lançamento do Serenity, a promotora imobiliária Fercopor reforça a aposta em Vilamoura no segmento da habitação de luxo com o Lumare, um empreendimento com um total de 62 apartamentos, entre os quais seis penthouses. Os dois projetos no Algarve representam um investimento de 100 milhões de euros, dividido pelos dois projetos.

“O mercado imobiliário do Algarve sempre foi dinâmico, mas sente-se uma crescente procura nacional e internacional por projetos de habitação, em que os critérios são diferentes, como o conforto ou a dimensão das áreas. Por isso, a nossa aposta tem sido de criar empreendimentos para quem procura residir ou passar longas temporadas nesta região – um perfil diferenciado no Algarve e em que vemos enorme potencial de crescimento”, resume Mário Almeida, administrador da Fercopor.

Localizado nas imediações da marina de Vilamoura, o novo projeto contempla quatro edifícios com 62 apartamentos, entre os quais se destacam seis penthouses (duas T4 e quatro T3). Identificadas como Sky Residences, todas têm um amplo terraço e piscina com vista para o mar, em áreas exteriores que chegam aos 358 metros quadrados, descreve a empresa, em comunicado

Desses 62 apartamentos, 56 são de tipologia T1 a T3, que seguem dois conceitos de habitação distintos. As Garden Residences contam com jardins privativos no apartamento, enquanto as Essence Residences reforçam atenções na dimensão dos espaços interiores e exteriores.

Todas as frações têm acesso exclusivo a um leque de comodidades, incluindo sala de massagem, sauna, ginásio e lounge. Do terreno com um total de 7.794 metros quadrados, mais de 30% são dedicados a espaços verdes do condomínio, onde se destaca um jardim central com piscina exterior que unifica todos os edifícios.

O grupo da família Ferreira da Costa esclarece ao ECO/Local Online que o Lumare é um projeto liderado e desenvolvido pela Fercopor, mas conta com uma participação minoritária do grupo brasileiro André Guimarães (1,67%), num total de 23,33% de capital de outros parceiros internacionais.

Além do Lumare, a promotora prepara-se para, ainda este ano, concretizar dois novos lançamentos, também no segmento da habitação de luxo: um na Avenida da Boavista, junto ao Parque da Cidade do Porto, e outro em Vila do Conde.

Na Boavista, a Fercopor diz ter em construção três empreendimentos (Enlight, Pure e Prisma) e, em Vila do Conde, decorre a construção do projeto Casa Verde.

Criada em 1981 pela família de Alberto Ferreira da Costa, responsável também pela Rio Ave, no Brasil, a Fercopor desenvolve projetos de promoção imobiliária (habitação) e arrendamento (comércio, serviços e armazéns). A empresa tem sede em Vila Nova de Gaia e uma sucursal em Vila do Conde, liderando todas as fases em cada projeto, desde a seleção dos terrenos à construção e comercialização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Descida de impostos significa perder três mil milhões de receita, diz PNS

Pedro Nuno Santos criticou opção do Governo de deixar de fora do Orçamento as medidas fiscais, defendendo que o documento "vai refletir tudo aquilo que vai ser feito".

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, acusou esta quinta-feira o Governo de implementar medidas que levam a uma perda de receita de dois mil milhões a três mil milhões de euros ao ano, e acusou o Executivo de “hipocrisia política” ao deixar de fora do Orçamento do Estado medidas fiscais, como a redução do IRC.

“Este Governo está a prescindir em poucos meses de milhares de milhões de euros de receita. Quando grande parte destas medidas estiverem a ser implementadas na totalidade, só de perda de receita fiscal estaremos a falar entre dois a três mil milhões de euros por ano”, criticou Pedro Nuno Santos durante uma visita ao Polo de Saúde de Carcavelos, em Cascais.

O líder socialista argumentou que a perda de receita leva a um desinvestimento em setores como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou educação. Em causa estão as medidas anunciadas pelo Executivo liderado por Luís Montenegro, como a redução gradual do IRC para 15% (estimada em 1,5 mil milhões de euros) ou a alteração ao regime de participation exemption, isto é a isenção de tributação das mais-valias e dividendos por sociedades em Portugal que tenham uma participação igual ou superior a 5% do capital social durante mais de um ano (100 milhões de euros).

À semelhança das declarações ao ECO da líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, Pedro Nuno Santos criticou a posição anunciada na quarta-feira pelo Executivo, de deixar de fora do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), medidas fiscais, como a redução gradual do IRC de 21% para 15%, que entrará como diploma de autorização legislativa no Parlamento.

“Temos de nos deixar de truques na política. O OE vai refletir tudo aquilo que for aprovado entretanto“, disse, acrescentando que “essa separação não existe”. Para o socialista, entrou-se “numa hipocrisia política”, em que “as questões fundamentais para Governo, são aprovadas com a Iniciativa Liberal e com o Chega, mas depois estão à espera que seja o PS a viabilizar uma governação que tem traves mestras com as quais discordamos profundamente”.

Pedro Nuno Santos reiterou que as opções que estão a ser feitas pelo Governo distanciam o PS, considerando que “não é serio, não é correto” e não é forma de respeitar “uma oposição”.

Escusando-se a comentar a entrevista do antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que afirmou que “não há nenhum drama se o Orçamento do Estado não for aprovado“, o socialista defendeu que a prioridade não deve passar por “especular sobre cenários sobre a ausência de aprovação” do documento.

“Devemos estar focados em discutir problemas e encontrar soluções”, disse, acrescentando que “há diferenças”, mas “obviamente há sempre disponibilidade” para negociar. No entanto, salientou que quando o partido é confrontado com aprovações e posições “sem cedência isso torna complicado qualquer construção em conjunto”.

“Não se está a tirar dinheiro [da gestão das empresas públicas] que não é do Estado”

Pedro Nuno Santos defendeu o legado de contas públicas do ex-ministro das Finanças (PS), Fernando Medina, quando questionado sobre a gestão da dívida, que levou o ex-presidente das Águas de Portugal, ao parlamento.

Uma troca de e-mails entre Fernando Medina e José Furtado, então presidente da Águas de Portugal, revelada pelo ECO na quarta-feira, por causa da transferência de dividendos extraordinários da empresa para os acionistas Parpública (81%) e CGD (19%), indica que o gestor público resistia a aceitar a ordem do ministro, Fernando Medina, para transferir 150 milhões de euros em dividendos extraordinários e propunha modelos alternativos.

“O verdadeiramente importante é reconhecermos que o Governo do PS deixou uma boa situação orçamental e financeira. Isso é que é um dado, que ninguém pode negar”, disse o líder socialista.

Pedro Nuno Santos argumentou que “as empresas públicas são do Estado”, pelo que “o Estado não está a tirar dinheiro que não é do Estado”. “O acionista é o Estado e quem gere o Estado são os governantes que foram eleitos para essas funções e tomam opções políticas. Verdadeiramente relevante é constatarmos o óbvio, que é teremos uma situação financeira suficientemente confortável”, vincou.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h58)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dstelecom vai levar 5G a 70 mil pessoas de zonas remotas do Alentejo até 2026

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

Projeto liderado pela empresa Dstelecom envolve um investimento de 5,3 milhões de euros, com cofinanciamento europeu de 75%.

A rede 5G vai chegar a 70 mil pessoas de zonas remotas do Alentejo, até 2026, graças a um projeto liderado pela empresa Dstelecom, envolvendo um investimento de 5,3 milhões de euros, com cofinanciamento europeu.

Denominado “5G.RURAL – 5G for rural smart communities of tomorrow”, o projeto resultou de um consórcio liderado pela Dstelecom, indicou a empresa (grossista no mercado das telecomunicações), num comunicado enviado à Lusa.

O consórcio “tem a ambição de garantir, até 2026, a implementação de uma panóplia de casos de uso assentes em 5G em zonas remotas do Alentejo, em áreas como a saúde, educação, energia, agricultura, turismo, arte e cultura”, adiantou.

Através deste projeto, realçou a Dstelecom, será fornecida “cobertura 5G a mais de 70 mil pessoas nesta região”, permitindo melhorar “a qualidade de vida e acessibilidade destas populações, com base na conectividade”.

A empresa referiu que o projeto “5G. RURAL” abrange até agora, na sua candidatura, seis concelhos, sem precisar quais, frisando que se pretende que o consórcio faça “o projeto chegar a outros municípios alentejanos”.

Segundo este grossista de telecomunicações, o projeto foi aprovado no âmbito do pilar Digital do mecanismo CEF (Connecting Europe Facility), na medida “5G for Smart Communities”, a par de outras nove propostas em território europeu.

Orçamentado em 5,3 milhões de euros, o projeto, cujo consórcio promotor integra, além da dstelecom, a Nos, a Innovation Point e a IrRadiare, conta com um cofinanciamento de 75% por parte da Comissão Europeia.

“Os trabalhos de construção e operacionalização da rede vão durar três anos”, assinalou, salientando que o consórcio “está já a trabalhar no desenvolvimento de várias soluções para implementação da rede 5G em neutral host“.

De acordo com a empresa, o objetivo passa por implementar “uma solução escalável que integre as antenas e restantes componentes necessários de uma forma sustentável e integrada na paisagem” urbana e rural.

Citado no comunicado, o diretor executivo da Dstelecom, Ricardo Salgado, afirmou que “estas soluções são concebidas para possibilitar a interação com as comunidades”. “Além disso, queremos, no futuro, expandir os serviços disponíveis nesta infraestrutura, como quiosques digitais, carregadores elétricos e outros recursos adicionais que promovam a ligação com as populações”, sublinhou.

Frisando que a Dstelecom consolidou-se “no mercado enquanto multioperador da rede fibra em zonas com maior carência ao nível digital”, o responsável admitiu que a empresa tem “a ambição de replicar o modelo de negócio neutro e de partilha no 5G e acelerar a sua implementação nas zonas rurais”.

Criada em 2008, a Dstelecom é uma empresa grossista no mercado das telecomunicações, que construiu e ainda opera “a primeira e maior rede multioperador de fibra ótica da Europa nas zonas onde existe uma maior carência ao nível digital em Portugal”.

Esta “autoestrada digital passa por mais de 145 municípios do território nacional e todos os operadores de telecomunicações a atuar no país disponibilizam os seus serviços ao consumidor final através desta rede de fibra ótica”, acrescentou. A Dstelecom fechou 2023 com uma cobertura de mais de 800 mil casas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal europeu condena Portugal por pagamentos em atraso

O Estado português foi condenado por não garantir que várias entidades públicas, como as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, cumprissem os prazos de pagamento previstos entre 2013 e 2022.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) condenou Portugal por não assegurar que as suas entidades públicas cumprem de forma efetiva os prazos de pagamento previstos na Diretiva 2011/7/UE, que visa combater os atrasos de pagamento nas transações comerciais.

A decisão, proferida esta quinta-feira, resulta de uma ação movida pela Comissão Europeia que acusou o Estado português de não garantir que várias entidades públicas, incluindo administrações locais, regionais e entidades de saúde, pagassem as suas dívidas comerciais dentro dos prazos estipulados.

A Comissão Europeia, ao instaurar a ação, argumentou que os atrasos de pagamento são uma violação contínua e sistemática dessa diretiva europeia, afetando negativamente a competitividade e a viabilidade das empresas.

O Tribunal de Justiça concluiu que, apesar das melhorias nos prazos de pagamento ao longo dos anos, Portugal não conseguiu assegurar o cumprimento efetivo dos prazos de pagamento.

Segundo o acórdão, “ao não assegurar que as suas entidades públicas cumprem de forma efetiva os prazos de pagamento previstos no artigo 4.°, n.° 3, e n.° 4, alínea b), da Diretiva 2011/7/UE, a República Portuguesa não cumpriu as obrigações que lhe incumbem por força destas disposições“.

A Diretiva europeia que serviu de base para a acusação da Comissão Europeia estabelece que os Estados-Membros devem garantir que as entidades públicas paguem as suas dívidas comerciais dentro de 30 dias, podendo este prazo ser estendido até 60 dias para entidades públicas prestadoras de cuidados de saúde, desde que devidamente justificadas.

No entanto, entre 2013 e 2022, várias entidades públicas portuguesas, incluindo a administração local, entidades de saúde, e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, não cumpriram consistentemente com os prazos de pagamento estabelecidos.

O procedimento pré-contencioso começou em 2017, quando a Comissão Europeia notificou Portugal sobre a violação das obrigações da Diretiva 2011/7/UE. O Estado respondeu indicando o conjunto de medidas adotadas, mas a Comissão Europeia considerou-as insuficientes e emitiu um parecer fundamentado em outubro de 2017.

A pedido de Portugal, o procedimento foi suspenso entre 2018 e 2020 para permitir a implementação de novas medidas. Durante este período, Portugal enviou vários relatórios à Comissão, mas os atrasos persistiram.

O Tribunal de Justiça concluiu que, apesar das melhorias nos prazos de pagamento ao longo dos anos, Portugal não conseguiu assegurar o cumprimento efetivo dos prazos de pagamento. “A circunstância de a situação dos atrasos de pagamento das entidades públicas nas transações comerciais abrangidas pela Diretiva 2011/7 estar a melhorar não pode impedir o Tribunal de Justiça de declarar que um Estado-Membro não cumpriu as obrigações que lhe incumbem por força do direito da União”, lê-se no acórdão.

Portugal foi condenado a pagar as despesas do processo, conforme solicitado pela Comissão Europeia. Esta decisão sublinha a importância de cumprir rigorosamente os prazos de pagamento nas transações comerciais, especialmente por parte das entidades públicas.

A condenação poderá levar a uma revisão das práticas de pagamento das entidades públicas em Portugal, promovendo uma maior transparência e eficiência nos processos financeiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxas do crédito da casa descem em todos os prazos

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

As Euribor, que são usadas como base no cálculo da prestação da casa, baixaram a três, seis e 12 meses, encontrando-se todas abaixo dos 3,7%.

As Euribor, que são usadas no cálculo da prestação da casa nos contratos de empréstimo com taxa variável, baixaram a três, seis e 12 meses, encontrando-se todas abaixo dos 3,7%.

  • A taxa Euribor a seis meses baixou para 3,676%, menos 0,007 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou para 3,595%, menos 0,007 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu para 3,685%, menos 0,019 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo de Portugal cria equipas de compliance, gestão de clientes, sustentabilidade e marca

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Julho 2024

Entidade pública criou novas equipas para fazer a gestão de clientes, desenvolver projetos de valorização do território, gerir a marca Destino Portugal e fomentar o cumprimento das normas internas.

O Turismo de Portugal vai contar com quatro novas equipas “multidisciplinares”, pelo menos até ao final deste ano, nomeadamente nas áreas de “compliance“, “marca e campanhas”, “gestão de cliente” e “sustentabilidade da oferta, ambiente e património”, de acordo com um conjunto de avisos publicados esta quinta-feira no Diário da República.

A equipa multidisciplinar de sustentabilidade da oferta, ambiente e património nasce no seio da Direção de Recursos da Oferta do Turismo de Portugal. Segundo o aviso emitido pelo Ministério da Economia, será responsável pelo desenvolvimento de projetos que visem a “valorização do território”, no âmbito “da sustentabilidade, ambiente, alterações climáticas” e outras matérias, bem como a “gestão e internacionalização do programa REVIVE”.

Por sua vez, a equipa criada para assegurar a gestão de clientes do Turismo de Portugal irá “prestar um serviço de informação, de aconselhamento e de resolução de problemas, antecipando as necessidades dos clientes, propondo novos serviços a desenvolver e promovendo a melhoria contínua da qualidade do serviço”, lê-se no respetivo aviso.

Constituída no seio da Direção de Marketing e Mercados, a equipa de marca e campanhas será responsável, segundo o aviso publicado, por “gerir a marca Destino Portugal em todas as suas dimensões e canais”, o que inclui “criar, programar e implementar as campanhas de publicidade nos mercados interno e externos, dirigidas ao consumidor final; produzir conteúdos necessários para a comunicação e promoção da marca; criar e implementar ativações de marca nos mercados; e produzir projetos de conteúdo em território nacional e gerir a comunicação em meios digitais”.

Por fim, a equipa de compliance, que fica sob a tutela direta do presidente do conselho diretivo, irá “fomentar o cumprimento de leis, regulamentos, normas internas e outros normativos” e “promover a conduta ética e a integridade no Turismo de Portugal”. De acordo com o respetivo aviso, terá ainda de “implementar políticas, processos e controles para garantir a conformidade e prevenção de riscos”, bem como “identificar os riscos e setores mais vulneráveis, com vista à criação e atualização de normas de conduta”, e “coordenar o canal de denúncia, avaliando o conteúdo dos relatos com vista à eventual implementação dos procedimentos subsequentes”.

Todas as equipas iniciaram funções em 1 de fevereiro e irão acompanhar as respetivas matérias até 31 de dezembro de 2024, “sem prejuízo de eventual prorrogação, caso tal venha a ser deliberado como necessário em função do projeto em curso”.

As quatro equipas foram criadas por deliberação do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal ao abrigo dos novos estatutos da entidade, aprovados no final de 2023, que preveem a criação de até 15 equipas multidisciplinares “para o desenvolvimento e acompanhamento de projetos e ações temporárias de caráter tático e estratégico, em função de objetivos que envolvam um caráter transversal às diversas áreas de atuação do Turismo de Portugal”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proteção de Dados envia processo da Worldcoin para Alemanha

Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) revela que Worldcoin lhe enviou documentos que mostram que tem sede na Alemanha. Por isso, reconheceu a autoridade do Estado da Baviera como responsável.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) decidiu enviar o processo da Worldcoin para a Alemanha, depois de ter concluído que a empresa responsável pelo projeto está sedeada no estado da Baviera, anunciou esta quarta-feira num comunicado.

Em março, a CNPD obrigou a Worldcoin a suspender, no território nacional, pelo período de 90 dias, a recolha de dados biométricos da íris, dos olhos e do rosto, “com vista a salvaguardar o direito fundamental à proteção de dados pessoais, em especial dos menores”.

“Apenas depois desta deliberação da CNPD, a WorldCoin Foundation juntou ao processo documentos que vieram demonstrar que esta empresa tem estabelecimento na União Europeia, em concreto, a ZipCode GmbH, em Erlangen, no estado da Baviera, na Alemanha. Este facto determina que a Autoridade de Controlo competente, a título principal, para a análise e prosseguimento dos autos, passa a ser a Autoridade bávara”, entende a CNPD, que reconheceu “que estamos perante o incidente de competência”.

Não significa isto que a CNPD deixará de supervisionar a Worldcoin. “A CNPD, enquanto Autoridade de Controlo Interessada, exercendo os poderes inerentes a esta qualidade, manter-se-á atenta a todos os desenvolvimentos deste processo”, frisa no comunicado.

Na semana passada, o diretor regional em Portugal, Ricardo Macieira, disse à Lusa que a suspensão da recolha de dados biométricos tinha terminado, mas a empresa decidiu “proativamente não voltar às operações” até ter “algum feedback da CNPD sobre este processo”. “Ainda não tivemos”, acrescentou.

A Worldcoin pretende criar uma rede global de verificação da “humanidade” para facilitar a autenticação em plataformas digitais, permitindo a qualquer pessoa, mantendo-se anónima, provar que é um humano e não um robô. Como tal, a empresa começou no ano passado, em diversos países, a fazer imagens digitais da íris de pessoas que voluntariamente se submetessem a esse registo em troca de uma compensação em criptomoedas (uma moeda virtual usada na internet).

Os dados biométricos são dados especialmente sensíveis à luz do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.