O PSD vai a votos este sábado. Cerca de 40.500 militantes escolhem o novo presidente do partido através de eleições diretas. Rio, Montenegro e Pinto Luz estão na corrida.
O ECO enviou para os três candidatos à liderança do PSD um email onde colocava as mesmas cinco perguntas. Nas respostas, o atual presidente social-democrata defende que a prioridade no próximo mandato são as eleições autárquicas de 2021. Rui Rui diz considera ainda ter uma posição próxima da de Marcelo Rebelo de Sousa quanto ao papel da oposição.
O que o mais o distingue dos outros dois candidatos à liderança do PSD?
Não sou a pessoa mais indicada para fazer essa análise, mas penso que aquilo que mais me distingue dos meus adversários é a postura e o percurso político. Tal como tenho dito, candidato-me para servir o país, com total desprendimento, mas disponível para preparar o partido para ser a alternativa ao PS e para fazer as reformas de que Portugal tanto precisa. Nomeadamente na área da Segurança Social, da Justiça, da descentralização ou da reforma do sistema político, entre outras. Entendo ainda que o partido tem urgentemente de se reformar para se aproximar da sociedade e poder recuperar os seus valores identitários e, assim, voltar a ser o partido que melhor representa os portugueses.
O Presidente da República pediu uma oposição forte na mensagem de Ano Novo. O que é uma oposição forte? Uma oposição forte exclui de todo qualquer entendimento com o Governo ou pode haver temas que são exceção?
Uma oposição forte é uma oposição credível, que seja capaz de criticar, denunciar e apresentar alternativas credíveis. Penso que o Sr. Presidente da República fez um discurso muito próximo daquilo que tenho vindo a fazer, ao defender uma oposição forte, mas capaz de colocar o interesse do país à frente dos taticismos políticos e interesses exclusivamente partidários.
Se vencer as diretas do PSD qual a primeira medida que toma?
Não há uma primeira medida. Aquilo que é prioritário, e que tenho vindo a defender nas intervenções que tenho feito em todo o país, é a aposta nas eleições autárquicas de 2021. O principal objetivo é recuperar o maior número possível de mandatos autárquicos e, consequentemente conquistar mais câmaras em todo o país, invertendo a tendência que se regista desde 2009, com destaque para 2017. As outras prioridades prendem-se com a abertura à sociedade e a capacidade de fazer uma oposição construtiva.
Aquilo que é prioritário é a aposta nas eleições autárquicas de 2021. O principal objetivo é recuperar o maior número possível de mandatos autárquicos.
O que faria com um excedente orçamental?
Um excedente orçamental só serve para abater a dívida, caso contrário deixa de o ser.
Qual a medida prioritária para que a economia portuguesa cresça mais?
Alterar o modelo de crescimento económico, apostando no crescimento pelas exportações e pelo investimento. Isto significa levar a cabo políticas públicas que apostem no apoio às PME e numa estratégia de reforço da poupança nacional. Temos um endividamento externo demasiado elevado e, por isso, temos de voltar a conseguir um saldo externo positivo.
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“Aquilo que mais me distingue dos meus adversários é a postura e o percurso político”, diz Rui Rio
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