João Macedo Vitorino, sócio fundador da Macedo Vitorino e Associados, acredita que os setores da energia e das telecomunicações poderão ter mais movimento em 2021.
Com esperança que em 2021 assista a uma retoma do investimento imobiliário, João Macedo Vitorino, sócio fundador da Macedo Vitorino & Associados, acredita que os setores que poderão ter mais movimento em 2021 são o da energia e telecomunicações.
Segundo o líder da Macedo Vitorino, a bazuca financeira trará novas condições para investimentos em infraestruturas com lançamento já em 2021. Para o novo ano espera todo o tipo de operações, desde investimento direto estrangeiro a aquisições, aproveitando oportunidades em empresas em dificuldades por força de um mercado enfraquecido.
Que setores, tendo em conta o contexto atual, podem ter mais movimento em 2021?
Tendo em conta o que se passa, diria que são os setores não afetados pela pandemia, como podem ser o setor da energia e o setor das comunicações. O primeiro, impulsionado pelas adjudicações de capacidade em 2021, resultantes dos leilões de reserva de capacidade e da publicação dos chamados termos de referência que se espera a DGEG publique em breve. Também a economia digital, as vendas e serviços online tenderão a beneficiar dos hábitos de trabalho e de consumo adquiridos em 2020. O segundo, pelo leilão 5G que vai mexer no mercado das comunicações com a entrada de mais um operador móvel e, espera-se, uma dinamização da atividade MVNO. Considerando o que se deseja aconteça em 2021, com o progressivo abrandamento das restrições à liberdade de circulação e com o retomar da atividade turística, temos alguma esperança que se assista ao retomar do investimento imobiliário. Por outro lado, a bazuca financeira trará novas condições para investimentos em infraestruturas com lançamento já em 2021.
Os custos com o trabalho continuam competitivos e não é o aumento do salário mínimo que alterará isso na perspetiva dos investidores estrangeiros.
Que tipo de operações podem vir a acontecer?
De todo o tipo. Desde investimento direto estrangeiro a aquisições, aproveitando oportunidades em empresas em dificuldades por força de um mercado enfraquecido. Por este motivo, contamos que ocorram mais operações de fusão e reestruturação de empresas. O financiamento local continuará a ser um problema e um limite para os investidores portugueses.
Portugal continua a ser apetecível para os investidores?
Sim, continua, apesar do acréscimo da incerteza tributária e da carga fiscal geral e setorial a que temos assistido e que continuam em 2021. Os custos com o trabalho continuam competitivos e não é o aumento do salário mínimo que alterará isso na perspetiva dos investidores estrangeiros. O mesmo não se pode dizer para os empresários e PME locais, infelizmente. Aliás, uma economia fragilizada, quando se tem a expectativa que essa situação é temporária, pode ser um chamariz para investidores estrangeiros.
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“Bazuca financeira trará novas condições para investimentos em infraestruturas em 2021”, diz João Macedo Vitorino
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