O estado da nação é um debate sobre um activo económico chamado Portugal. E ao balcão os portugueses sonham com paisagens exteriores que não existem.
O estado da nação é, afinal, um exercício ritual sobre a situação económica. Números para cima, quadros para baixo, o registo da contabilidade que funciona como um filme antigo numa matinée animada. Os autores da obra riem e festejam o sucesso dos actores políticos como heróis da pátria. Os críticos da obra anunciam o apocalipse e condenam os actores políticos à condição de amadores dramáticos. Tudo se passa em círculo fechado entre duas claques ensaiadas. O que falta então ao estado da nação? Falta sobretudo a nação. Este ritual da República é uma sessão de auto-ajuda para governo e oposição. O governo descreve a terapia que aplica ao país e que prova a legitimidade, a competência e o sucesso de uma governação socialista superlativa. A oposição no seu arco-íris inclusivo denuncia as más
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