Editorial

O (des)pudor absoluto*premium

Mário Centeno saiu das Finanças para o Banco de Portugal, João Leão saiu das Finanças para o ISCTE para liderar um projeto financiado... pelas Finanças. Não há pudor, ou há um (des)pudor absoluto.

Quando Mário Centeno passou diretamente do Ministério das Finanças para a cadeira de governador do Banco de Portugal, o conflito de interesses era evidente, como veio de resto a confirmar-se com a discussão sobre o Novobanco. Mas a verdade é que passou, com a cumplicidade do Presidente da República e sem a necessária indignação que pudesse travar essa porta-giratória entre a política e uma entidade supervisora. Agora, quem se surpreende com a passagem do seu sucessor, João Leão, das Finanças para vice-reitor do ISCTE, para liderar um projeto que o próprio financiou? Um país sem respeito pelas instituições não tem respeito por si próprio e não pode senão ambicionar a distribuição de tachos e benesses e o empobrecimento remediado de todos os que não se sentam à mesa do orçamento. O caso é

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