UE investiu 76 mil milhões de euros em proteção ambiental em 2024

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Junho 2025

A maioria dos investimentos em proteção ambiental destinou-se a serviços de gestão de águas residuais (38,2%) e de resíduos (24,8%).

Os países da União Europeia (UE) investiram cerca de 76 mil milhões de euros em ativos essenciais para a prestação de serviços de proteção ambiental em 2024, segundo estima o Eurostat. No entanto, o investimento nesta área representou apenas 2% do total de investimentos no último ano.

Os serviços em causa incluem estações de tratamento de águas residuais, veículos para o transporte de resíduos, aquisições de terrenos para criar reservas naturais e equipamento mais limpo para a produção.

Desse valor, quase 47 mil milhões de euros (61,4% do total dos investimentos em proteção ambiental) foram gastos pelas empresas na aquisição de tecnologias e equipamento para reduzir as pressões ambientais dos seus processos de produção — por exemplo, equipamento para reduzir as emissões atmosféricas.

As administrações públicas e o setor não lucrativo, por sua vez, foram responsáveis pelos restantes 38,6% dos investimentos, cerca de 29 mil milhões de euros.

O serviço estatístico da UE detalha ainda que a maioria dos investimentos em proteção ambiental destinou-se a serviços de gestão de águas residuais e de resíduos — 38,2% e 24,8% do total, respetivamente.

A proteção contra radiações, I&D e outras atividades de proteção ambiental representaram 14,0% e a proteção do ar e do clima 11,2%. Por sua vez, a proteção dos solos e das águas subterrâneas representou 5,6%, a proteção da biodiversidade e da paisagem 5,2% e a redução do ruído representou os restantes 1%.

Fonte: Eurostat

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Costa oferece camisola da Seleção Nacional assinada por Cristiano Ronaldo a Donald Trump

  • ECO
  • 17 Junho 2025

O ex-primeiro português encontrou-se com o líder da Casa Branca à margem da cimeira do G7, que decorre desde domingo no Canadá. Cristiano Ronaldo escreveu mensagem na camisola oferecida a Trump.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, ofereceu uma camisola da Seleção Nacional autografada por Cristiano Ronaldo ao Presidente norte-americano, Donald Trump.

Num vídeo publicado na rede social Instagram, o ex-primeiro-ministro português mostra o momento em que presenteia Trump com uma camisola da seleção portuguesa, com o número 7 e o nome de Cristiano Ronaldo nas costas.

A t-shirt é assinada pelo jogador português, que também deixou uma mensagem ao líder da Casa Branca. “Para o Presidente Donald J. Trump. A jogar pela paz“, escreveu.

O encontro entre os dois líderes ocorreu à margem da cimeira do G7, que se realiza no Canadá desde domingo.

Trump abandonou abruptamente a Cimeira do G7 em Kananaskis (Montanhas Rochosas canadianas) por causa do conflito armado entre Israel e o Irão e deu ordens ordens aos membros do Conselho de Segurança Nacional (NSC) para que se reunissem na sala de crise da Casa Branca.

O líder norte-americano recusou-se a falar aos jornalistas sobre a reunião. “Tenho de regressar cedo”, disse Trump, que evitou uma pergunta sobre a reunião do NSC.

O porta-voz da Casa Branca, Alex Pfeiffer, escreveu na rede social X que as forças norte-americanas “estão numa posição defensiva” no Médio Oriente “e isso não mudou”. “Defenderemos os interesses americanos” na região, acrescentou, quando o conflito entre Israel e o Irão entra na quinta noite consecutiva.

Na declaração conjunta, os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a “defender-se”, acusaram o Irão de ser a “principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região” e apelaram à “proteção dos civis”. No mesmo texto, assinado esta segunda-feira, afirmaram que têm “sido consistentemente claros quanto ao facto de o Irão nunca poder ter uma arma nuclear”.

“Exortamos a que a resolução da crise no Irão conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza”, escreveram ainda os líderes do G7.

De acordo com uma declaração conjunta, os sete países apelaram ainda que “a resolução da crise iraniana conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza”.

O grupo reitera o “compromisso com a paz e a estabilidade no Médio Oriente” e é nesse contexto que sublinha, não só que “Israel tem o direito de se defender”, como “reitera o apoio à segurança de Israel”.

Finalmente, o G7 afirmou que se “mantém vigilante quanto às implicações para os mercados internacionais da energia”.

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Portugal consegue mais uma shortlist no Cannes Lions com trabalho da Dentsu Creative para o Canal História

Até agora, com oito trabalhos, Portugal já soma 18 entradas em shortlist, pela mão das agências Dentsu Creative (12), Uzina (quatro), Stream and Tough Guy (um) e Judas (um), e conquistou três bronzes.

O projeto “History Outnumbered“, da Dentsu Creative para o Canal História — que já ganhou um bronze em Outdoor e outro em Print –, deu entrada esta terça-feira na shortlist da categoria Film (na subcategoria Corporate Purpose & Social Responsibility) do Festival de Criatividade de Cannes.

No arranque do festival, esta segunda-feira, o projeto “History Outnumbered” já tinha também entrado em shortlist nas categorias Creative Data (na subcategoria Corporate Purpose & Social Responsibility), Print & Publishing (Corporate Purpose & Social Responsibility e Media/Entertainment), Outdoor (Media/Entertainment Posters e Media/Entertainment Billboards).

Até agora, Portugal já conseguiu, com oito trabalhos, 18 entradas em shortlist, pela mão das agências Dentsu Creative (12), Uzina (quatro), Stream and Tough Guy (um) e Judas (um).

Além dos dois bronzes conquistados com o projeto “History Outnumbered”, também a Stream and Tough Guy, com “Save Us From The USA“, para a Change the Ref, conquistou a mesma distinção na categoria de Outdoor.

Este ano são 137 os trabalhos que estão a representar Portugal na 72ª edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions. No total, o festival, que decorre até sexta-feira, recebeu 26.900 inscrições a nível mundial.

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Telles assessora Ageas na venda da Domus Vida

A equipa multidisciplinar da Telles envolvida nesta transação foi liderada pela sócia Mariana Ferreira Martins e coordenada pelo associado sénior José Maria Braga da Cruz.

A Telles assessorou a Ageas na venda de 30% do capital social da Sociedade Portuguesa de Serviços de Apoio e Assistência a Idosos (SPSI) à CUF, bem como na venda de 30% do capital social da Sociedade Portuguesa de Serviços Residenciais (SPSR) à José de Mello – Residências e Serviços.

A equipa multidisciplinar da Telles envolvida nesta transação foi liderada pela sócia Mariana Ferreira Martins e coordenada pelo associado sénior José Maria Braga da Cruz, ambos da área de Corporate, Transacional e Private Equity. A equipa integrou ainda José Pedroso de Melo, counsel da área de Fiscal, e Frederico Ferreira da Silva, associado da área de Corporate, Transacional e Private Equity.

A SPSI é uma sociedade que presta serviços de alojamento a idosos na Área Metropolitana de Lisboa, através da marca “Domus Vida”, enquanto a SPSR detém os imóveis onde se localizam estas unidades residenciais.

“A conclusão desta transação seguiu-se a uma decisão de não oposição por parte da Autoridade da Concorrência”, refere a firma em comunicado.

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Andersen reforça a prática de Corporate e M&A em Portugal com Luís Moreira Cortez e José Carlos Vasconcelos

A Andersen reforça o departamento de Comercial / M&A em Portugal com Luis Moreira Cortez como novo partner no escritório de Lisboa e José Carlos Vasconcelos como novo Local Partner do Porto.

A Andersen reforça o seu departamento de Comercial / M&A em Portugal com a incorporação de Luis Moreira Cortez como novo Partner no escritório de Lisboa e José Carlos Vasconcelos como novo Local Partner no escritório do Porto.

Luís Moreira Cortez tem mais de 25 anos de experiência. Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, tem uma pós-graduação, pela mesma universidade, em Prática Forense e Assessoria Jurídica da Empresa, e frequência na pós-graduação de Direito do Desporto pela Universidade de Coimbra. Ao longo da sua carreira, assessorou inúmeros clientes privados e grandes empresas nacionais e internacionais em setores como o direito mineiro e recursos naturais, financeiro e desportivo, entre outros.

José Carlos Vasconcelos é licenciado em Direito pela Universidade Católica do Porto, e tem um MBA em gestão para juristas pela mesma Universidade. Conta com mais de 25 anos de experiência em assessoria societária e transacional a clientes nacionais e internacionais, em especial nos setores da saúde, retalho e indústria, prestando também apoio em diversos contratos comerciais, incluindo franquia, distribuição e agência. Tem assessorado empresas multinacionais em processos de duediligence, negociação e M&A.

José Vicente Morote, managing partner da Andersen Ibéria, afirma que “a integração de Luís Moreira Cortez e José Carlos Vasconcelos reforça decisivamente a nossa prática de Corporate / M&A em Portugal. Ambos trazem consigo uma vasta experiência e um profundo conhecimento do sector, o que aumentará a nossa capacidade de resposta aos desafios cada vez mais complexos que os nossos clientes enfrentam e fará avançar o nosso posicionamento estratégico em Portugal”.

José Mota Soares, sócio da Andersen e responsável pela firma em Portugal, assinala ainda: “Estamos muito orgulhosos por termos dois profissionais com a qualidade e experiência do Luís e do José Carlos a juntarem-se ao projeto da Andersen em Portugal. Com a sua entrada na Firma, expandimos e reforçamos a nossa equipa de Corporate / M&A e continuamos a explorar as sinergias entre os nossos escritórios de Lisboa e Porto, e a nível ibérico, entre Portugal e Espanha”.

 

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Gasolineira espanhola low-cost investe 17 milhões em Portugal para abrir 15 postos até ao final do ano

Até ao final do ano a Plenergy vai chegar aos 15 postos de combustível low-cost em Portugal. Próximas aberturas na Trofa, Matosinhos, Abrantes, Loures e Póvoa de Varzim. 

A espanhola Plenergy está a apostar em Portugal e vai abrir cinco novos postos de combustível até setembro. A meta é chegar às 15 estações até ao final do ano. Com este plano de expansão, a marca low-cost vai investir 17 milhões em Portugal e criar 61 postos de trabalho. No próximo ano quer abrir mais 25 postos para chegar às 40 unidades.

A empresa prepara-se para abrir um novo posto na Trofa em julho, a sétima em território nacional, e já tem obras a iniciar em Matosinhos, Abrantes, Loures e Póvoa de Varzim.

“Chegar a Portugal deveu-se à proximidade geográfica e porque Portugal necessitava de um concorrente diferente com um preço mais baixo”, disse esta terça-feira, Tiago Preguiça, diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy.

Portugal necessitava de um concorrente diferente com um preço mais baixo.

Tiago Preguiça

Diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy

O gestor detalha que já o grupo já investiu dez milhões de euros nos sete postos de combustível, mas que o objetivo é chegar ao final do ano com 17 milhões de euros investidos.

Até ao momento, a espanhola já contratou 34 pessoas, sendo que o objetivo é chegar às 61 até ao final do ano. Tiago Preguiça nota que “sempre que abrem uma estação contratam três pessoas”.

No prazo de dois/três anos, o grupo espanhol ambiciona ter “pelo menos uma estação em cada um dos distritos de Portugal Continental”.

Gasolineiras automáticas oferecem o mesmo combustível a um preço mais reduzido

Abastecida pelos principais operadores petrolíferos ibéricos, o grupo espanhol garante um preço 10 a 15% do preço abaixo da média, isto significa que vende o litro de combustível entre 15 a 20 cêntimos mais barato em comparação com as gasolineiras mais conhecidas.

Tiago Preguiça explica que o preço reduzido deve-se ao facto de os “terrenos serem mais pequenos”, “não terem lojas de conveniência, nem turnos noturnos” e “controlarem toda a operação (atendimento ao cliente, sistemas informáticos”. O diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy destaca ainda que a velocidade de abastecimento também é uma vantagem — com uma permanência de três minutos.

Tiago Preguiça, diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy.

No final do ano passado, a Plenergy inaugurou na cidade da Guarda o primeiro posto de abastecimento. Neste momento, soma seis postos de combustível em território nacional (Viana do Castelo, Cartaxo, Paços de Ferreira e Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira).

Fundada em 2015 a Plenergy, antiga Plenoil, assume-se como “líder ibérico no setor das estações de serviço de baixo preço”. Soma 310 estações em Espanha e Portugal e prevê chegar às 500 estações até 2027.

Com uma média mensal de 3,5 milhões de clientes, o ano passado, o grupo faturou 1,550 milhões de euros e vendeu 1,385 milhões de litros de combustível.

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Oitavo cheque do PRR será pedido até ao final do ano, anuncia Castro Almeida

Na Assembleia da República debate-se o Programa do Governo desde manhã. Entretanto, o primeiro-ministro convocou o Chega e o PS para uma reunião em São Bento sobre investimento em Defesa. Siga aqui.

O XXV Governo Constitucional, liderado por Luís Montenegro, apresenta esta terça-feira o programa aos deputados eleitos nas legislativas antecipadas. A sessão arranca às 10h00 com a apresentação das medidas do Executivo nas várias áreas, seguida de pedidos de esclarecimento por parte da oposição. Às 15h00 arrancou o debate propriamente dito, com uma duração prevista de 287 minutos, ou seja, quase cinco horas. Acompanhe tudo no liveblog do ECO.

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“Mudança em curso oferece oportunidades para o euro ganhar destaque mundial”, diz Lagarde

Para que “o euro atinja o seu pleno potencial”, Lagarde diz que a Europa tem de “reforçar três pilares: a credibilidade geopolítica, a resiliência económica e a integridade jurídica e institucional".

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde quer euro como principal moeda mundial. Num artigo de opinião publicado esta terça-feira no Financial Times, a responsável defende que a Europa deve aproveitar a “profunda mudança” que se assiste na ordem mundial para “assumir um maior controlo do seu próprio destino e para o euro ganhar uma proeminência mundial”. Mas esta “oportunidade”, que teria “benefícios tangíveis”, “não acontecerá por defeito: tem de ser conquistada”.

“Os mercados abertos e as regras multilaterais estão a fragmentar-se, e até o papel dominante do dólar norte-americano, a pedra basilar do sistema, já não é garantido. O protecionismo, o pensamento de soma zero e os jogos de poder bilaterais estão a instalar-se. A incerteza está a prejudicar a economia europeia.” É assim que Lagarde faz o diagnóstico da situação atual.

Mas estas mudanças podem ajudar a Europa a conquistar um lugar de destaque para o euro. Lagarde recorda que “o euro é a segunda moeda mais utilizada no mundo, representando 20% das reservas cambiais globais, em comparação com 58% do dólar norte-americano”. Tal como no passado, as preocupações atuais com a moeda dominante “ainda não estão a desencadear uma mudança significativa em direção a alternativas. Refletem-se, antes, numa crescente procura de ouro”, sublinha a responsável, numa referência aos vários máximos históricos que o ouro bateu.

Assim, para que “o euro atinja o seu pleno potencial”, Lagarde sublinha a necessidade de a Europa “reforçar três pilares fundamentais: a credibilidade geopolítica, a resiliência económica e a integridade jurídica e institucional”.

“A UE é o maior parceiro comercial do mundo – é o parceiro número um de 72 países, representando quase 40% do PIB global. Isto reflete-se na participação do euro como moeda de faturação, que ronda os 40%. A UE deve usar esta posição a seu favor, forjando novos acordos comerciais”, defende a responsável.

Lagarde frisa que “a solidez económica é a espinha dorsal de qualquer moeda internacional” e por isso, a Europa tem de reunir três características: “crescimento forte, para atrair investimento; mercados de capitais profundos e líquidos, para suportar grandes transações; e uma ampla oferta de ativos seguros”.

Mas há “desafios estruturais” a superar porque o “crescimento continua persistentemente baixo, os mercados de capitais ainda estão fragmentados e — apesar de uma forte posição orçamental agregada, com um rácio dívida/PIB de 89%, em comparação com 124% nos EUA — a oferta de ativos seguros de elevada qualidade está atrasada”, alerta a presidente do BCE.

“Para que o euro ganhe estatuto, a Europa tem de tomar medidas decisivas”, vaticina e fornece o menu de ações a seguir: “concluir o mercado único, reduzir os encargos regulamentares e construir uma união robusta dos mercados de capitais”. “Os setores estratégicos, como as tecnologias verdes e a defesa, devem ser apoiados através de políticas coordenadas em toda a UE. O financiamento conjunto de bens públicos, como a defesa, poderia criar ativos mais seguros”, acrescenta.

Finalmente, o terceiro ponto é a confiança dos investidores numa moeda estar “ligada à solidez das instituições que a suportam”. Por isso, Largarde diz que é chegado o momento de “reformar a estrutura institucional da Europa”. “Um veto único já não deve ser um obstáculo aos interesses coletivos dos outros 26 Estados-membros. Mais votações por maioria qualificada em zonas críticas permitiriam à Europa falar a uma só voz”, sublinha, reconhecendo que “o respeito pelo Estado de direito e a independência de instituições-chave, como o BCE, são vantagens comparativas cruciais que a UE deve aproveitar”.

Para o aproveitar e reforçar o papel do euro no sistema monetário internacional, devemos agir decisivamente como uma Europa unida, assumindo um maior controlo do seu próprio destino”, remata.

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EUA e Reino Unido assinam acordo comercial que Trump considera justo

  • Lusa
  • 17 Junho 2025

Acordo, que Keir Starmer garante estar "na fase final de implementação”, não inclui tarifas sobre o aço, produto sobre o qual ainda estão em curso negociações sobre se as taxas serão reduzidas a zero.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, assinaram na segunda-feira um acordo comercial que reduzirá as tarifas sobre os produtos de ambos os países. O acordo não inclui tarifas sobre o aço, um produto especialmente importante do comércio bilateral.

Ainda estão em curso negociações sobre se as tarifas sobre o aço serão reduzidas a zero, como planeado no acordo provisório, noticiou a agência Associated Press (AP).

A assinatura do acordo foi anunciada à margem da cimeira do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, que decorre na estância de montanha de Kananaskis, no sudeste do Canadá, país que Trump sugeriu várias vezes que fosse anexado pelos EUA.

Decorre também enquanto o magnata republicano trava uma guerra comercial com os aliados de longa data dos Estados Unidos.

Trump e Starmer anunciaram em maio que tinham assinado um acordo que reduziria as tarifas de importação dos EUA sobre os automóveis, aço e alumínio britânicos em troca de um maior acesso ao mercado britânico para produtos americanos, incluindo carne de bovino e etanol.

Mas o acordo não entrou imediatamente em vigor, deixando as empresas britânicas incertas sobre se o Reino Unido poderia ser exposto a quaisquer aumentos surpresa de Trump.

As empresas britânicas e o Governo do Reino Unido foram apanhados de surpresa no início deste mês, quando Trump duplicou as tarifas sobre os metais para países de todo o mundo para 50%. Mais tarde, esclareceu que o nível se manteria nos 25% para o Reino Unido.

Starmer garantiu nesta segunda-feira que o acordo comercial está “na fase final de implementação” e que espera que “esteja concluído muito em breve”.

Trump, por sua vez, frisou que o acordo “vai gerar muitos empregos e muitos rendimentos”.

Donald Trump e Keir StarmerLusa

O Secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, referiu na semana passada que os EUA podem estender a pausa nas tarifas recíprocas, prevista para terminar em 9 de julho.

Donald Trump anunciou no início de abril a implementação de tarifas recíprocas, que tributariam os produtos de um determinado país com base no défice comercial dos EUA com esse país. Este anúncio causou considerável agitação política e uma quebra nos mercados financeiros.

Pouco depois, Trump suspendeu as tarifas por 90 dias, dando tempo para negociar acordos comerciais com os vários países. A suspensão aplica-se a todas as tarifas acima de uma sobretaxa de 10% recentemente imposta, que a administração Trump considera um nível mínimo para os produtos que entram nos Estados Unidos (com algumas exceções).

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“Portugal será, dentro da UE, o país com maior grau de litigância em ações coletivas”

O sócio da SRS Legal, Gonçalo Anastácio, aponta que a inexistência de custas judiciais para este tipo de ações coletivas pode constituir um incentivo para esta dinâmica.

Na 8.ª edição da Advocatus Summit o sócio da SRS Legal, Gonçalo Anastácio, explicou que tanto o direito da concorrência como o do consumo e a parte da macroestrutura relativa aos litígios nestas áreas decorre “em larga medida” do direito da União Europeia. “Há aqui uma influência externa, mas de uma ordem jurídica que também acaba por ser a nossa, do direito da União Europeia e, portanto, é uma área que tem vindo a desenvolver muito do ponto de vista normativo nas últimas décadas”, assume.

O advogado sublinha que o que é mais recente e uma alteração “muito significativa” ao sistema, tendo um impacto “muito grande” nos tribunais e na prática da advocacia, é o incremento da litigância e de grandes ações nestas duas áreas, “quer na vertente de recursos de impugnação das decisões das entidades administrativas, quer agora mais recentemente do chamado private enforcement”.

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Sobre o boom de ações coletivas, o sócio da SRS assume que não era evidente que Portugal “saltasse” para um lugar de elevado protagonismo. “Neste momento Portugal será, dentro da União Europeia, o país com maior grau de litigância nestas matérias”, refere. Apesar de não assumir a responsabilidade apenas pela legislação, o advogado considera que existem um conjunto de fatores mais de contexto e de capacidade empreendedora de alguns promotores deste tipo de iniciativas.

Em termos do direito da concorrência, Gonçalo Anastácio considera que o país tem uma grande vantagem que é o facto de o legislador ter escolhido centralizar este tipo de ações num tribunal único especializado, o Tribunal da Concorrência, em Santarém. “A maior parte dos países não têm essa centralização, inclusive há muitos que não têm para as próprias ações de concorrência e no caso de Portugal têm duplamente para o public enforcement, para os recursos das decisões da autoridade da concorrência e cumulativamente também para ações”, disse.

Gonçalo Anastácio, sócio da SRS LegalHugo Amaral/ECO

O advogado aponta ainda que a inexistência de custas judiciais para este tipo de ações pode constituir um incentivo para esta dinâmica. E aponta: “o Tribunal da Concorrência é uma criação relativamente recente ainda e não é o exemplo de um tribunal que esteja atolado de processos, embora também seja importante referir, que para além do direito da concorrência têm muitos outros processos”.

A head of the competition and consumer policies branch da UNCTAD, Teresa Moreira, defende que tem existido uma grande evolução em termos de proteção da concorrência e dos consumidores e que o fenómeno da globalização e da digitalização levou muitos países a perceberem que tinham que ter um quadro “estável” e “previsível” para atrair investimentos estrangeiros e para que houvesse um level playing field para as suas próprias empresas e a importância do regime da concorrência.

“A proteção do consumidor, na minha perspetiva, é um bocadinho diferente, porque todos nós somos consumidores, portanto está muito ligada à cidadania”, disse.

Gonçalo Anastácio, sócio da SRS Legal, Teresa Moreira, head of teh competition and consumer policies branch da UNCTAD,e Manuel Rocha, associado da SRS LegalHugo Amaral/ECO

Sobre o exemplo do Reino Unido, o associado da SRS Manuel Rocha considera que já tinham alguma legislação de proteção do consumidor mas agora aproximam o tipo de práticas proibidas ao rol de práticas proibidas na União Europeia, dando o exemplo das fake reviews.

“O Reino Unido deu um passo que, por exemplo, Portugal não tomou, que é um sistema de punição extremamente grave para estas empresas infratoras. A coima por infração ao direito, normas do direito de consumo, no Reino Unido pode ir até a 10% do volume de negócios anual de uma empresa”, refere.

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Bright Pixel da Sonae investe na tecnológica americana FlowFuse

Ronda de 7,2 milhões de dólares vai permitir à tecnológica"acelerar o desenvolvimento da sua plataforma low-code que ajuda empresas a ligar operações industriais aos sistemas digitais empresariais".

A Bright Pixel participou na ronda de investimento de 7,2 milhões de dólares (cerca de 6,2 milhões de euros) da FlowFuse, que vai permitir à tecnológica norte-americana “acelerar o desenvolvimento da sua plataforma low-code que ajuda empresas a ligar operações industriais aos sistemas digitais empresariais”.

“A FlowFuse tem ajudado muito as organizações a otimizar os fluxos de trabalho através do desenvolvimento de aplicações baseadas em dados industriais relevantes, contribuindo para agilizar a sua transformação digital. Estamos orgulhosos em apoiar o seu crescimento, procurando ajudá-los a desenvolver novos produtos e a escalar as suas soluções no mercado de modo a tornar os dados industriais ainda mais acessíveis e acionáveis para as empresas”, afirma Pedro Pinheiro, principal na Bright Pixel, citado em comunicado.

Liderada pela Senovo, com a participação dos investidores Uncorrelated, Westwave e Open Core Ventures, bem como com o braço de investimento da Sonae, esta ronda permitirá à startup “acelerar o desenvolvimento do seu produto, simplificando a extração, transformação e utilização de dados industriais, possibilitando às organizações desenvolver aplicações robustas e integradas para a sua transformação digital”.

“Tivemos um crescimento excecional num setor tradicionalmente lento, com um crescimento de 4,5 vezes no nosso volume de receitas recorrentes anuais (ARR) entre 2023 e 2024, e estamos no bom caminho para repetir esse feito este ano,” diz Zeger-Jan van de Weg. “Esta trajetória valida a necessidade crítica de uma plataforma que torne os dados industriais acessíveis e acionáveis, e estamos entusiasmados por poder acelerar ainda mais o nosso impacto”, diz o CEO da FlowFuse e cofundador, com Nick O’Leary, citado em comunicado.

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Hoje nas notícias: IMI, cativações e reguladores

  • ECO
  • 17 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A atualização trienal de imóveis, em 2024, fez disparar o valor patrimonial tributário para efeito de pagamento do IMI em 2025, o que se traduziu num aumento deste imposto em 10%. Entre janeiro e março, foram libertadas quase metade das cativações, num total de quase 900 milhões de euros. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Fisco aumenta IMI em 10%

Os donos de imóveis que tiveram o Valor Patrimonial Tributário (VPT) revisto em 2024 têm um aumento no IMI de cerca de 10%. A subida do imposto resulta da atualização automática que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) faz aos imóveis de três em três anos, sendo que em 2024 foi feita com base no coeficiente de desvalorização da moeda de 1,13, em 2021. O aumento apreciável do VPT e respetivo IMI, em 2024, estará relacionado com a taxa de inflação elevada registada em 2022.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Quase metade das cativações já foram libertas

No primeiro trimestre do ano, 42,3% das cativações foram já utilizadas, num total de 859,8 milhões de euros dos 2.029,3 milhões cativados à administração central este ano, segundo os dados mais recentes da Execução Orçamental. O ritmo de descativação entre janeiro e março é o segundo mais elevado desde 2017 e mantém uma tendência que vem do ano passado, quando no mesmo período foram executados 46% do total que tinha ficado cativado. Estes dois anos destoam dos valores de libertação até então, que, em média, rondavam os 8%.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Reguladores vão a concurso, administrações terão pelo menos um estrangeiro

No programa entregue no sábado na Assembleia da República e que será discutido a partir desta terça-feira, o Governo de Luís Montenegro propõe uma mudança nas regras de designação para os órgãos de administração das autoridades reguladoras, de modo a passar a incluir um “procedimento concursal internacional, potencialmente prevendo a nomeação de pelo menos um membro que seja cidadão estrangeiro não residente em Portugal”. Esta medida já estava inscrita no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD), mas a intervenção do Presidente da República, que era uma hipótese em aberto, já não está em cima da mesa.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Pedro Proença e a sua equipa receberam 346 mil euros por férias não gozadas

Quando Pedro Proença e a sua equipa deixaram a Liga Portugal, na sequência da eleição do antigo árbitro para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), receberam 346 mil euros do organismo por férias não gozadas. Segundo o relatório de balanço da época 2024/2025, só “as rescisões contratuais do presidente, da direção executiva e do chefe de gabinete custaram 282.920,72 euros em férias não gozadas”. No entanto, o total do custo com férias não gozadas para a Liga Portugal, agora liderada por Reinaldo Teixeira, foi de 346.012,04 euros. Estas quantias, de acordo com o organismo, “advêm de meros cálculos aritméticos, em cumprimento de disposições legais imperativas que estabelecem direitos laborais, que não foram sequer solicitados pelos colaboradores cessantes, mas sim apurados e validados pelos serviços competentes da Liga Portugal”.

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Medina acusa AD de ceder ao Chega: “Saída de imigrantes terá impacto penoso”

Fernando Medina acusa a Aliança Democrática (AD) de ceder ao Chega “num ponto central”, ao focar-se na “restrição e não na integração” de imigrantes. Em declarações ao programa “Conversa de Eleição” na Rádio Renascença, o socialista considera que o Governo “está mal e profundamente errado”, defendendo que a solução para os desafios da imigração passa apenas pela boa “integração”. “Se não for feita a integração, numa próxima recessão económica, a saída dos imigrantes terá um impacto extraordinariamente penoso para o país”, afirmou o ex-ministro das Finanças, sublinhando que são estes trabalhadores que asseguram áreas fundamentais da economia.

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