Abrantes no Centro do Futuro Digital: A Importância do Próximo Congresso da Segurança & Integridade Digital

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  • 17 Junho 2025

Miguel Silva, Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei, destaca a presença do Congresso da Segurança & Integridade Digital em Abrantes.

No próximo dia 26 de junho, Abrantes acolhe uma iniciativa de enorme relevância para o presente e, sobretudo, para o futuro do nosso país: o Congresso da Segurança & Integridade Digital. Esta será mais uma etapa de um percurso nacional que tem levado o debate sobre a transição digital, a cibersegurança e a integridade para vários pontos do território, reforçando a ideia de que o digital tem — e deve ter — expressão real e concreta em todo o território nacional, e não apenas nas grandes áreas metropolitanas.

A escolha de Abrantes para este Congresso tem um valor simbólico e estratégico. Simbólico porque demonstra que territórios médios e regiões do interior são protagonistas neste processo de modernização digital, muitas vezes ofuscadas pelos grandes centros urbanos. Estratégico porque coloca o debate e a capacitação técnica ao serviço das comunidades locais, dos seus decisores políticos, das empresas e dos cidadãos. A descentralização do conhecimento e da inovação é, afinal, um dos grandes desafios da coesão territorial em Portugal.

Este Congresso distingue-se por colocar em cima da mesa questões críticas para a sociedade contemporânea: a proteção de dados no contexto do RGPD, a prevenção da corrupção com o novo RGPC, a segurança no ciberespaço, a inteligência artificial e os seus impactos, os bairros comerciais digitais, a digitalização da administração pública, as aceleradoras tecnológicas e o futuro da governação digital. Cada um destes temas levanta desafios complexos, mas também oferece oportunidades concretas para melhorar o funcionamento das instituições, a competitividade económica e a confiança dos cidadãos.

Miguel Silva, Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei (ACE)

A realização deste evento em Abrantes é, também, um alerta para a necessidade de capacitação dos territórios fora dos grandes eixos tecnológicos. A transição digital não pode ser vista como um luxo ou uma tendência passageira. É uma condição essencial para o desenvolvimento económico sustentável, para a qualidade da democracia e para a resposta a ameaças reais no domínio da segurança. Os ciberataques a instituições públicas e privadas em Portugal mostram bem o quão urgente é proteger o nosso ecossistema digital — e isso só será possível com formação, sensibilização e planeamento estratégico a todos os níveis.

Importa sublinhar, ainda, a dimensão ética que o Congresso promove. A digitalização só será bem-sucedida se for acompanhada de uma cultura de integridade. Não basta ter sistemas tecnológicos avançados; é preciso garantir que esses sistemas respeitam direitos fundamentais, promovem a transparência e reforçam o papel do cidadão. Neste sentido, o cruzamento entre tecnologia e valores democráticos é um dos aspetos mais inovadores e diferenciadores desta iniciativa.

A ACE tem defendido, de forma clara, que a modernização digital deve ser uma prioridade na região — e que essa modernização deve ser feita com base em princípios sólidos de equidade, integridade e responsabilidade. É por isso que organizamos com entusiasmo a realização do Congresso da Segurança & Integridade Digital em Abrantes. Este evento é uma oportunidade para capacitar líderes locais, empresários, técnicos da administração e cidadãos. Mas é também um momento para pensar estrategicamente o futuro do território, à luz das transformações que o digital está a provocar em todas as áreas da vida.

Mais do que um evento técnico, este Congresso é um contributo relevante para a construção de um país mais preparado, mais seguro e mais justo. Que Abrantes possa ser, neste dia 26 de junho, o palco de um debate lúcido, participado e transformador. E que deste encontro resultem ideias, parcerias e caminhos concretos para colocar a tecnologia ao serviço de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável e inclusivo.

Miguel Silva, Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei (ACE)

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Educadores e coordenadores de programas sublinham que as novas metodologias revolucionam o ensino STEAM

  • Servimedia
  • 17 Junho 2025

Os professores sublinham que o jogo, a criatividade e a tecnologia estão a consolidar-se como ferramentas fundamentais para o desenvolvimento das competências futuras dos alunos.

A integração de abordagens pedagógicas inovadoras em atividades extracurriculares está a transformar a forma como os alunos se envolvem com a ciência, a tecnologia, a engenharia, a arte e a matemática (STEAM), promovendo a sua motivação e o desenvolvimento de competências essenciais do século XXI. Educadores e coordenadores de programas concordam com o impacto positivo destas metodologias na confiança, criatividade e capacidade de resolução de problemas dos alunos.

Ariadna Pedrero, educadora de Coding, Robotings & 3D & VR no IGNITE Serious Play, revela que ferramentas como o Minecraft Education, MakeCode Arcade, Tinkercad e CoSpaces são fundamentais para fomentar a criatividade, permitindo aos alunos criar ambientes virtuais interativos, reforçando assim as suas competências digitais. Para além disso, estas plataformas reforçam aprendizagens transversais como a lógica, a resolução de problemas, o trabalho colaborativo e a resiliência. Estas ferramentas “incentivam naturalmente a criatividade, permitindo aos alunos dar vida às suas ideias através da tecnologia”, afirma Ariadna Pedrero.

Os projetos são concebidos com um planeamento diferenciado por níveis, permitindo ajustar a complexidade técnica e o ritmo das sessões. “Há sempre espaço para personalizar os desafios, expandir ou simplificar as atividades e oferecer extensões para manter todos os alunos envolvidos”, acrescenta Pedrero. Em Espanha, a IGNITE Serious Play, uma empresa com mais de uma década de experiência em programas pós-escolares que integram o STEAM, oferece atividades como “MineCoders”, “Virtual Riders” ou “AI Project: Code your Partner”, um projeto que introduz os alunos do ensino primário a conceitos-chave de Inteligência Artificial, como o reconhecimento de padrões, árvores de decisão, automação e IA generativa.

Esta abordagem pedagógica, que é definida como formação para o futuro, procura melhorar as competências essenciais, como a adaptação à mudança, a tomada de decisões, a gestão da complexidade e as competências STEAM. Ariadna Pedrero explica que esta metodologia lhe permite “educar de uma forma significativa e atual, abordando temas relevantes a partir de uma abordagem prática e motivadora”, e que é “muito gratificante ver como os alunos aprendem quase sem se aperceberem, desfrutando do processo enquanto desenvolvem competências-chave para o seu futuro”.

MODELOS

Verónica Jerónimo, Coordenadora de Enriquecimento da Hastings School Madrid, salienta que, antes de incorporar estas actividades extracurriculares, o principal desafio era “a falta de motivação e confiança dos alunos nas áreas STEAM”, bem como uma “falta de competências de colaboração e de utilização prática de ferramentas digitais”. A introdução destas metodologias conseguiu “transformar esse quadro, despertando a sua curiosidade e incentivando uma aprendizagem mais ativa e significativa”.

Na Hastings School, pioneira na utilização deste método, observou-se “uma melhoria notável nas competências tecnológicas dos alunos, especialmente em programação, robótica e pensamento computacional”, acrescenta Verónica Jerónimo. A nível pessoal, verificaram-se avanços notáveis na confiança, criatividade, capacidade de resolução de problemas e trabalho em equipa, com alunos mais motivados e que participam com maior iniciativa.

Esta metodologia complementa o currículo, reforçando conteúdos de ciências, matemática e tecnologia a partir de uma abordagem prática e experimental, alinhada com metodologias ativas como a aprendizagem baseada em projetos. “As atividades extracurriculares propostas pelo IGNITE Serious Play transformam a forma como os alunos se relacionam com a tecnologia, pois passam a vê-la como uma ferramenta criativa e acessível”, conclui Verónica Jerónimo.

Com mais de uma década de experiência, o IGNITE Serious Play destaca-se por ter oferecido programas pós-escolares que integram ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática. Estas atividades promovem competências críticas nos alunos, preparando-os para os desafios do século XXI. O IGNITE Serious Play encerrou o ano de 2024 com um volume de 8.150 alunos recorrentes por semana nas escolas ou online.

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Vermell, o restaurante do hotel Son Vell da Vestige Collection em Menorca, expande a sua oferta gastronómica com um novo “Menu de Degustação”

  • Servimedia
  • 17 Junho 2025

Liderado pelo premiado chef executivo Joan.

Son Vell, o primeiro hotel Vestige Collection em Menorca, está a reforçar a oferta gastronómica do seu restaurante Vermell com um novo “Menu de Degustação” disponível para os hóspedes, mas também para os não hóspedes do hotel.

Liderado pelo premiado chef executivo Joan Bagur, que em 2024 ganhou uma cobiçada entrada no Guia Repsol, a oferta gastronómica do Vermell é uma fusão da saborosa cozinha tradicional de Menorca com pratos deliciosos.

O menu do Vermell é concebido em torno de produtos locais com ingredientes frescos, todos escolhidos a dedo na horta orgânica cuidadosamente cuidada do Son Vell e acompanhados por produtos locais de qualidade da terra e do mar.

Para esta terceira temporada do Son Vell, Joan Bagur e Paula Florit conceberam o “Menu de Degustação VERMELL 25”, uma experiência gastronómica com pratos inspirados em receitas populares e tradicionais de Menorca, que presta homenagem aos ingredientes mais frescos e aos produtos artesanais da ilha.

O menu de degustação tem o preço de 80 euros por pessoa (bebidas não incluídas) e é composto pelos seguintes pratos: oliaigu sopa consommé da essência da cozinha de Menorca, com mousse do seu sofrito; salada de alcachofra holandesa de laranja, gel de laranja e salada de grelos; cocktail de carabinero tártaro de carabinero, espuma de salada, ananás em calda, laranja cristalizada e maionese de camarão; leitão de Ciutadella criado ao ar livre, assado e acompanhado de puré de maçã e canela; e leite assado com pólvora de Duke e alcaçuz.

Para terminar a temporada, Son Vell organizará um evento aberto ao público em Vermell, no dia 18 de outubro, onde poderá desfrutar deste menu de degustação com um desconto de 10%.

A oferta gastronómica do Son Vell completa-se com mais duas opções também sob a direção de Joan Bagur. Sa Clarisa, um restaurante aberto durante o dia que combina uma seleção de pratos leves e refrescantes à base de peixe e marisco, bem como saladas, massas e pratos de arroz saudáveis. E o Bar Son Vell, onde pode desfrutar de um aperitivo no terraço com vista para os jardins aromáticos, de um jantar ligeiro à base de tapas ou de um dos seus mocktails ou cocktails clássicos com um toque de Menorca, preparados pelos seus experientes mixologistas.

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Espanha terá de recrutar mais de 4 600 profissionais da segurança e da defesa para responder aos novos conflitos mundiais

  • Servimedia
  • 17 Junho 2025

De acordo com relatório “Previsiones ante un escenario de conflicto”, elaborado pelo Instituto de Ciencias del Empleo y las Relaciones Laborales (Instituto de Ciências do Emprego e Relações Laborais).

O recrudescimento dos conflitos armados na Europa Oriental e no Médio Oriente, associado a possíveis mudanças na política externa dos EUA, está a transformar profundamente o panorama internacional. Neste novo contexto, a segurança e a defesa tornaram-se centrais nas agendas políticas e económicas dos países europeus, obrigando as suas indústrias a reagir rápida e proativamente.

Isto reflete-se no relatório “Previsões num cenário de conflito”, elaborado pelo Instituto de Ciências do Emprego e Relações Laborais (ICER), que alerta para os profundos desafios que o setor da segurança e defesa em Espanha enfrenta neste ambiente em mudança. Ao mesmo tempo que se abrem novas oportunidades de participação em programas internacionais, intensificam-se as exigências regulamentares, tecnológicas e de qualificação dos talentos.

Uma das principais conclusões do relatório é que, nos próximos cinco anos, o setor necessitará de incorporar entre 3300 e 4650 novos profissionais. Destes, alguns terão de se especializar em disciplinas tecnológicas – como a cibersegurança ou a inteligência artificial -, bem como noutras áreas como a sustentabilidade, o cumprimento da regulamentação ou a gestão responsável das exportações estratégicas. Além disso, os perfis híbridos – que combinam conhecimentos técnicos com conhecimentos de regulamentação internacional – e os gestores de projetos internacionais, essenciais para a coordenação das exportações e das alianças multilaterais, são identificados como perfis críticos.

“A Espanha encontra-se num ponto de viragem. A nossa indústria de defesa tem a oportunidade de se consolidar como um ator chave no novo equilíbrio global, mas apenas se for capaz de responder com agilidade a um ambiente marcado pela pressão tecnológica, crescentes exigências regulamentares e intensa competição internacional por talentos”, afirma o ICER. “Com este relatório pretendemos alertar para os profundos desafios que o setor enfrenta neste novo cenário global. À medida que se abrem novas oportunidades de participação em programas internacionais, também se intensificam as exigências regulatórias, tecnológicas e de qualificação de talentos”, salientam.

Um dos desafios mais imediatos para o setor é o aumento das despesas de defesa dos países europeus. Em resposta à invasão da Ucrânia, foram ativados projetos colaborativos de grande escala, como o Future Combat Air System (FCAS) ou o Eurodrone, nos quais a Espanha pode desempenhar um papel relevante como fornecedor de capacidades-chave. No entanto, esta liderança só será viável se a indústria nacional for capaz de responder a uma procura tecnológica crescente, de acordo com o nível de sofisticação e competitividade exigido por estes programas.

O desafio é tão urgente quanto ambicioso. De acordo com o relatório, serão necessários entre 2.400 e 3.300 novos especialistas em áreas tecnológicas chave, com perfis altamente qualificados, dentro de três a cinco anos. Entre as disciplinas mais procuradas estão a cibersegurança, a inteligência artificial, os sistemas autónomos e a defesa aérea, entre outras. Um facto particularmente revelador é que 30-40% das vagas de cibersegurança são atualmente difíceis de preencher devido à escassez global de talentos em cibersegurança.

A esta necessidade junta-se o desafio da reconfiguração das cadeias de abastecimento. A União Europeia está a promover a sua autonomia estratégica e procura reduzir a sua dependência tecnológica de atores externos como os Estados Unidos e a China. Neste contexto, a Espanha pode ganhar peso se a sua indústria conseguir responder à procura de componentes críticos e alinhar-se com as normas europeias. No entanto, esta oportunidade também impõe uma pressão estrutural sobre a capacidade de produção e a adaptação regulamentar.

PROCURA E SUSTENTABILIDADE

Paralelamente, o reforço da relação transatlântica com os Estados Unidos pode posicionar a Espanha como uma base logística fundamental entre a Europa e o Norte de África. Este papel geoestratégico obriga as empresas a adaptarem-se às normas americanas de interoperabilidade, tecnologia e conformidade, especialmente no âmbito dos projetos conjuntos promovidos pela NATO.

Em Espanha, o governo autorizou recentemente aumentos no orçamento da defesa de quase 7 mil milhões de euros só este ano, uma decisão que foi autorizada pelo Conselho de Ministros e que aproxima o país dos compromissos internacionais em matéria de despesas militares e de defesa.

Outra frente geopolítica relevante é o Médio Oriente e o Norte de África, onde o aumento das tensões está a gerar uma procura crescente de equipamentos, tecnologia e sistemas de vigilância. A experiência acumulada pela indústria espanhola em missões internacionais pode permitir-lhe competir nestes mercados. No entanto, terá de o fazer no estrito cumprimento dos quadros éticos e legais da UE, que exigem a máxima rastreabilidade e transparência.

A sustentabilidade também surge como uma variável transversal neste novo ambiente. Cada vez mais, os contratos no setor da defesa serão condicionados por critérios ESG (ambientais, sociais e de governação). De acordo com o ICER, o setor terá de incorporar entre 300 e 450 novos profissionais especializados em sustentabilidade, conformidade regulamentar e gestão responsável das exportações estratégicas.

Neste cenário de transformação acelerada, a indústria da defesa espanhola deve não só adaptar-se, mas também antecipar-se. A sua capacidade para atrair talento qualificado, liderar a inovação tecnológica e alinhar-se com os padrões internacionais será decisiva para se posicionar como um parceiro fiável nos grandes programas europeus e mundiais. Mais do que uma necessidade circunstancial, esta é uma oportunidade estratégica para redefinir o papel de Espanha no novo mapa da segurança internacional.

Para além do desafio tecnológico e regulamentar, o setor da defesa e da segurança – que também inclui a segurança privada e os serviços auxiliares conexos – enfrenta uma intensa pressão salarial. Em 2025, o governo aprovou um aumento de 400 milhões de euros nos salários do pessoal militar, com aumentos médios de 200 euros por mês. Paralelamente, os salários em áreas tecnológicas como a cibersegurança e a inteligência artificial já ultrapassam os 66 000 euros brutos por ano em posições intermédias e atingem os 100 000 euros brutos por ano em perfis seniores altamente especializados.

A segurança privada também regista uma subida dos salários, impulsionada pelo reforço das infra-estruturas críticas, pelos eventos internacionais e pela digitalização do setor. Com uma previsão de crescimento anual de 7 % para a cibersegurança e o objetivo do governo de atingir 2 % do PIB em despesas de defesa até 2029, espera-se um aumento acumulado de até 12 % nas faixas salariais do setor no seu conjunto, reforçando a sua atratividade para novos perfis profissionais e empresas internacionais.

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Rocío Albert afirma que o êxito de Madrid reside no equilíbrio entre liberdade económica, qualidade de vida e excelentes serviços públicos

  • Servimedia
  • 17 Junho 2025

O livro destaca o desenvolvimento da região através de 18 ativos estratégicos que a tornaram numa referência internacional.

Madrid consolidou a sua posição como um dos grandes motores de crescimento económico, social e cultural da Europa, como ficou claro durante a apresentação oficial de “Megativos: O modelo de crescimento bem sucedido de Madrid”.
O evento, que decorreu ontem no Hotel Santo Mauro, reuniu representantes institucionais, empresariais e académicos, e centrou-se no equilíbrio entre liberdade económica, qualidade de vida e modernização sustentada que tem caracterizado a Região de Madrid nas últimas duas décadas.

A apresentação incluiu um discurso de Rocío Albert López-Ibor, Ministra Regional da Economia, Finanças e Emprego da Comunidade de Madrid e autora do prólogo do livro, que salientou que o facto de “Madrid se ter tornado uma região de referência internacional é o resultado de políticas públicas mantidas ao longo do tempo que se baseiam sempre no mesmo, em reconhecer a capacidade de ação do indivíduo, em dizer que o Estado e a administração estão lá para ajudar, nunca para incomodar, e acreditamos na confiança das pessoas para crescer”. Albert sublinhou ainda que o sucesso de Madrid reside no “equilíbrio entre liberdade económica, qualidade de vida e excelentes serviços públicos”.

López Torrents foi acompanhado por executivos representantes de alguns dos “megacentros” analisados no livro, que partilharam as suas opiniões sobre o papel dos respetivos setores no desenvolvimento de Madrid.

Javier Arcos, diretor da Fundación Jiménez Díaz, sublinhou que “o êxito de centros como a Fundación Jiménez Díaz deve-se a uma combinação adequada de excelência clínica, colaboração público-privada e inovação médica”. Acrescentou que se trata de um hospital que, “graças a um trabalho intenso e a uma estratégia clara, que também apostou muito na saúde digital e nas ferramentas tecnológicas, nos levou a estar onde estamos: numa posição prioritária no panorama nacional”. Referindo-se às chaves do sucesso do centro, destacou também “a tradição e o respeito pelos pilares fundadores incutidos pelo Professor Jiménez Díaz, que se baseavam na investigação, na assistência e no ensino, combinados com a modernidade, com a inovação em todos os sentidos”.

Por seu lado, Miguel Hernández, Diretor de Estratégia do Crea Madrid Nuevo Norte, afirmou que “Madrid tem vindo a tecer uma rede de oportunidades pelas quais tem atraído o interesse do capital, do investimento e, sobretudo, das iniciativas”. Relativamente ao projeto que lidera, salientou que “acabará por ser uma oportunidade para esta cidade continuar a competir num ambiente internacional de atração e geração de talento”.

Publicado pela LID Editorial e assinado pelo jornalista económico Manuel López Torrents, o livro analisa algumas das principais alavancas que explicam a ascensão de Madrid. Da saúde e do urbanismo à cultura, ao turismo, ao capital financeiro, ao ecossistema jurídico, à mobilidade e à gastronomia, Megativos mostra como Madrid consolidou um modelo próprio que a distingue entre as grandes cidades globais, baseado na combinação de liberdade económica, excelência nos serviços e uma identidade aberta, dinâmica e competitiva.

TRANSFORMAR SEM PERDER A ESSÊNCIA

Sob o lema “Transformar Madrid, impulsionar o seu futuro”, a mesa redonda que decorreu durante a apresentação, moderada pela jornalista Ana Belén Roy, abordou a forma como estes “megaconstrutivos” estão a ajudar a redefinir a região sem renunciar à sua essência.

O autor do livro, Manuel López Torrents, salientou que “Madrid é uma cidade que gosta de liberdade e prosperidade e isso passou a fazer parte do ADN de uma região que também se encontra numa situação privilegiada, está perto de todo o lado, tem um pólo de crescimento e desenvolvimento económico, é o grande contribuinte para o fundo comum…”. Acrescentou ainda que “há uma vontade política de não espremer a região em termos fiscais. Não se estão a inventar impostos, apesar de ser um grande contribuinte líquido para os cofres do Estado, e há vontade de fazer coisas e de prosperar”.

Sebastián Albella, antigo presidente da CNMV e sócio da Linklaters, sublinhou que “é correto considerar as sociedades de advogados que trabalham em Madrid como um mega ativo de Madrid. Penso que os escritórios de advogados, o cluster de advogados de negócios que foi criado em Madrid, acabou por ser algo muito valioso.

Os quatro participantes concordaram em destacar o equilíbrio entre a tradição e a vanguarda como uma das chaves do “modelo de Madrid”, bem como a capacidade da região para atrair talento, investimento e projetos estratégicos sem perder o seu caráter aberto, inclusivo e competitivo.

MEGATIVIDADES

O livro oferece um olhar aprofundado sobre 18 “mega-ativos” que, juntamente com um ambiente aberto ao investimento, ao talento e à colaboração público-privada, reforçam a competitividade de Madrid, transformando a região e consolidando-a como um motor de crescimento e bem-estar a nível global.

Desde hospitais de referência e inovação científica e médica, como a Fundação Jiménez Díaz, a infra-estruturas emblemáticas como o Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas, o Metro de Madrid ou a Calle 30, a instalações desportivas e de lazer como a Cidade Desportiva do Atlético de Madrid ou o seu legado cultural com instituições como o Teatro Real ou o Museu do Prado, a região conseguiu integrar a tradição e a vanguarda para se consolidar como uma referência internacional.

 

 

 

 

 

 

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 17 Junho 2025

Esta terça começa a ser debatido na Assembleia da República o programa do XXV Governo Constitucional. Já o Conselho de Finanças Públicas vai divulgar a evolução orçamental das Administrações Públicas.

Esta terça começa a ser debatido na Assembleia da República o programa do XXV Governo Constitucional, o segundo do executivo PSD/CDS liderado por Luís Montenegro. Já o Conselho de Finanças Públicas vai divulgar a evolução orçamental das Administrações Públicas no ano de 2024. A marcar o dia está ainda a decisão do banco central do Japão sobre as taxas de juro, os dados do sentimento económico alemão ou a continuação do julgamento do caso BES/GES.

Debate do programa do Governo no Parlamento

Arranca esta manhã o debate de dois dias, na Assembleia da República, sobre o programa do XXV Governo Constitucional, o segundo do executivo PSD/CDS liderado por Luís Montenegro. O PCP já anunciou que irá apresentar uma moção de rejeição, mas a iniciativa dos comunistas tem chumbo certo, já que, além do PSD e CDS, também não terá o apoio do Chega e do PS. O segundo Governo liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro terá 16 ministérios, menos um do que o anterior, e vai manter treze dos 17 ministros do executivo cessante.

CFP divulga evolução orçamental das Administrações Públicas

O Conselho de Finanças Públicas vai divulgar a evolução orçamental das Administrações Públicas no ano de 2024. No ano anterior, a inflação ajudou a explicar “mais de metade da redução do rácio da dívida”. A dívida pública fixou-se em 99,1% do PIB no ano passado, número que pode ainda ser revisto em baixa.

Banco do Japão decide sobre taxas de juro

Esta terça-feira realiza-se a reunião de política monetária do banco central do Japão para decidirem sobre as taxas de juro. Em maio, o banco central do Japão cortou para metade a previsão para o crescimento da economia do país para o ano fiscal de 2025, devido ao impacto da guerra comercial lançada pelos Estados Unidos. No relatório trimestral sobre as perspetivas económicas, o banco reduziu para 0,5% as expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) nipónico, face à estimativa anterior, publicada em janeiro, que previa um crescimento de 1,1%.

Qual é o sentimento económico na Alemanha?

O ZEW Economic Sentiment Index vai revelar os dados de junho sobre a economia alemã, considerada o motor da Europa. Em maio, a confiança dos investidores da Alemanha aumentou mais do que o esperado, recuperando da queda acentuada no mês anterior. O índice de sentimento económico subiu para 25,2 pontos, de -14,0 pontos em abril.

Prossegue julgamento do processo BES/GES

Esta terça-feira prossegue o julgamento do processo BES no Campus de Justiça. O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014. Entre os crimes imputados contam-se um de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documentos. Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Instituto AP entra no “top 5” das escolas de assuntos públicos da Europa

  • Servimedia
  • 17 Junho 2025

Um relatório do Instituto Coordenadas aponta-a como “uma escola pioneira em Espanha, com uma liderança reconhecida, um gabinete executivo de excelência e um corpo docente de referência”.

O Instituto AP foi reconhecido como uma das cinco melhores escolas de formação em assuntos públicos da Europa, de acordo com um relatório publicado pelo Coordinates Institute of Governance and Applied Economics, que avalia a qualidade académica, a experiência do corpo docente e a capacidade de impacto das instituições especializadas em política, regulação e estratégia de influência.

O “top 5” do relatório é completado por algumas das escolas mais prestigiadas do continente: Colégio da Europa (Bruges), Sciences Po (Paris), London School of Economics (Londres) e Universidade de Oxford, Blavatnik School of Government (Oxford).

O Instituto Coordenas assinala que a inclusão do Instituto AP neste grupo de elite responde a uma proposta “sem precedentes” em Espanha: “uma escola dedicada exclusivamente aos assuntos públicos, que combina a excelência académica com o conhecimento aplicado, o pensamento político e a visão estratégica”.

Explica que, presidido por Joan Navarro, considerado o pai dos assuntos públicos a nível profissional em Espanha, o Instituto AP tem um gabinete executivo de alto nível e um corpo docente de referência composto por altos funcionários públicos, gestores de empresas, académicos e consultores estratégicos.

“Há uma década, falar de profissionalização dos assuntos públicos em Espanha parecia uma raridade. Hoje, estar ao nível de Oxford, Sciences Po ou do Colégio da Europa é o reconhecimento de uma geração que trabalhou com rigor e convicção para consolidar este setor. O Instituto AP é a casa comum de todos aqueles que acreditam que influenciar a agenda pública exige formação, ética e visão estratégica”, afirmou Joan Navarro.

“Este reconhecimento consolida o Instituto AP como uma instituição de referência para aqueles que pretendem reforçar a sua liderança política e profissional, antecipar mudanças regulatórias e exercer influência numa perspetiva ética, rigorosa e transformadora”, acrescentou. Entre a sua oferta académica encontra-se o Executive Master’s in Public Affairs, um programa universitário destinado a profissionais ativos na esfera política, institucional, empresarial ou associativa.

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Comissão da Carteira de Jornalista está sem presidente desde fevereiro. Empate nas votações leva a impasse na eleição

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista está sem liderança desde fevereiro por não conseguir eleger um dos dois candidatos para a presidência. Empates constantes na votação levam a impasse.

O empate nas votações para a nomeação do presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) tem feito com que o processo de eleição se venha a arrastar desde fevereiro. O problema parece não ter uma solução à vista, tendo em conta que a legislação em vigor não prevê mecanismos para a resolução deste tipo de situações, mas a CCPJ indica que os seus órgãos “têm funcionado regularmente, embora com as normais limitações decorrentes da ausência de presidente“.

Depois de terminado o mandato de Licínia Girão, o processo de cooptação do novo presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) teve início a 19 de fevereiro, com a entrada em funções do novo Plenário, tendo-se seguido um período para apresentação de candidatos. Foram então apresentados dois nomes à votação, que dividiram por igual o número de votantes, não conseguindo nenhum deles obter a maioria prevista na lei. O processo tem-se arrastado desde então.

Sublinhe-se que o presidente da CCPJ tem de ser “um jurista de reconhecido mérito e experiência na área da comunicação social, cooptado, por maioria absoluta, pelos oito jornalistas que compõem a CCPJ”, lê-se no Regime de Organização e Funcionamento da CCPJ e da Acreditação Profissional dos Jornalistas. A jornalista e jurista Luísa Meireles e o advogado Henrique Pires Teixeira são os candidatos indicados e que têm ido a votos.

Formada em direito, Luísa Meireles é a atual diretora de informação da agência Lusa, cargo que ocupa desde 2018. Antes disso foi jornalista do Expresso durante quase três décadas.

Por sua vez, Henrique Pires Teixeira, que já chegou a ser presidente da CCPJ durante o triénio 2015/2018, é advogado desde 1982. Foi também diretor do jornal “A Comarca”, entre 1991 e 2013, e docente do módulo de “os meios de comunicação social e o enquadramento legislativo” na pós-graduação em imprensa regional da Faculdade de Letras de Coimbra (2008/2009).

Desde 1998 e durante vários anos foi ainda membro da direção da Associação Portuguesa de Imprensa, em representação da qual presidiu à assembleia geral da APCT (Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação). Colaborou também com o jornal “Comarca de Figueiró” (entre 1975 e 1983) e com o jornal moçambicano “Notícias da Beira” (1969 e 1974).

Os votantes, que se têm repartido em número igual, são os quatro membros eleitos pelos jornalistas (Cláudia Alexandra Correia Mendes, Paulo Jorge Gonçalves Agostinho, Mariana Esteves de Oliveira e Isabel Alexandra Meias Inácio) e outros quatro membros designados pelos operadores do setor (Cláudia Marisa Ferreira Maia, Paulo Alexandre Ribeiro da Silva, Luís Alberto Loureiro Mendonça e Albérico Coelho Fernandes).

Mas, a não ser que uma das partes ceda, não se antevê que um destes nomes seja eleito e que se consiga encerrar o processo. É que “a legislação em vigor não prevê mecanismos para resolução de situações de empate na votação, apenas exigindo que a cooptação seja efetuada por maioria absoluta dos membros, pelo que terá de se manter a negociação em curso“, refere a CCPJ ao +M.

Plenário a 27 de junho

O processo de cooptação do novo presidente e as negociações subsequentes serão novamente retomadas no próximo Plenário, a 27 de junho, “onde o assunto será, novamente, objeto de apreciação”.

Perante a falta de liderança — visível até pelo espaço vazio na página “Mensagem da Presidente”, no site da CCPJ — os órgãos desta entidade (ou seja, o Plenário, Secretariado e Secção Disciplinar) “têm funcionado regularmente, embora com as normais limitações decorrentes da ausência de presidente“, refere ainda a CCPJ. “Apenas o Plenário e o Secretariado não se encontram, ainda, completamente constituídos, na sequência dessa ausência. A gestão corrente da CCPJ tem sido assegurada pelo órgão executivo (Secretariado)“, acrescenta.

Tendo em conta os relatos, por parte de alguns jornalistas, de atrasos nos processos de renovação da carteira profissional, a CCPJ concede que “com a entrada em funções dos novos jornalistas que compõem os órgãos da CCPJ, foi necessário redistribuir as tarefas, entre elas a de analisar os processos de emissão, renovação, suspensão e cassação dos títulos profissionais”, função que está a ser exercida por dois membros.

No entanto, está previsto, “a muito curto prazo, o reforço desta área de atuação por dois outros jornalistas da CCPJ“, adianta esta entidade.

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Já se conhecem todos os nomes que vão mandar na Generali em Portugal. Saiba quem faz o quê na nova equipa de gestão

A comissão executiva liderada por Pedro Carvalho está completa e a administração reforça as relações com a casa-mãe em Itália. Saiba quem faz o quê na nova equipa de gestão.

A equipa da gestão da Generali em Portugal para os próximos três anos já está definida, depois de confirmados os administradores e recomposta a comissão executiva liderada por Pedro Carvalho desde 2020. Nesse ano, a Generali integrou a Seguradoras Unidas e, em 2023, numa compra europeia, o grupo ficou com as operações da Liberty Mutual num processo de fusão que ainda hoje continua.

Pedro Carvalho, CEO desde 2020, já tem equipas completas na administração e na comissão executiva.

Apenas se sabe que a Liberty já é Generali em Portugal e que os negócios, colaboradores e ativos estão a transitar entre companhias. Também a parte laboral está negociada com os sindicatos e um acordo de empresa foi assinado já prevendo novidades como uso de IA e decisões algorítmicas.

Neste caminho de crescimento, a Generali tomou 8,71% do capital do Banco CTT, alargando também aos próprios Correios a distribuição preferencial de seguros, principalmente no ramo Vida — em que, enquanto Tranquilidade, a companhia nunca desenvolveu muito por falta de canal bancário. Já em 2024, as vendas de seguros de vida da Generali Tranquilidade cresceram 81% para 225 milhões de euros. Subiu três lugares no ranking do segmento (para 8º) e melhorou a quota de mercado para 3,2%.

‘Estado maior’ está completo

Já em 2025 foi relançada a administração da Generali nomeada até 2027, coincidindo com o novo ciclo estratégico “Lifetime Partner 27: Driving Excellence”, que inclui objetivos de maior rentabilidade operacional do negócio seguros Vida e Não Vida, com ajuda de IA para ajudar na melhoria da conta técnica.

Na equipa executiva destaque para Natasha Revez, do General Counsel, Ana Rita Loução, como Chief People & Sustainability Officer (CPSO) e Joana Pina Pereira que passa a Chief Commercial Officer integrando as áreas de Marketing e Grandes Clientes e Corretores.

À frente da comissão executiva desde 2020, o CEO Pedro Carvalho está a liderar a transformação. Entrando nos seguros apenas em 2015, esteve 14 anos na consultora McKinsey, tendo depois sido responsável pelo marketing e vendas do grupo Sonae até chegar à então Tranquilidade. Para além da comissão executiva, é ainda vogal no conselho de administração, a par com Stefano Flori.

Flori é Chief Financial Officer (CFO), cargo que ocupa desde 2016 e lidera as funções de planeamento estratégico, controlo financeiro e análise de negócios e tem sido uma figura chave em iniciativas de transformação digital e adaptação a novos standards contabilísticos, como o IFRS17, na operação portuguesa da Generali.

Na administração e na comissão executiva está Stefano Flori. Apenas na CE, estão Tiago Tavares Rodrigues como CSO (Chief Service Officer), João Barata, Chief Insurance Officer (CINSO) e Andrea Fiorani, Chief Operations Officer.

A comissão executiva para os próximos anos está bastante descentralizada. Joana Pina Pereira passou a Chief Commercial Officer integrando as áreas de Marketing e Grandes Clientes e Corretores, para garantir “uma visão integrada das áreas de distribuição e do marketing”. João Barata, atuário com 30 anos de Tranquilidade continua como Chief Insurance Officer (CINSO).

Foram criados dois novos pelouros com o objetivo de “fortalecer áreas-chave para o crescimento”. Assim, Ana Rita Loução, atual diretora de Pessoas & Organização passa a Chief People & Sustainability Officer (CPSO), um movimento que, segundo fonte da seguradora, “reflete a importância estratégica que atribuímos às nossas Pessoas e à Sustentabilidade como pilares fundamentais do nosso sucesso futuro”.

Outro novo pelouro é representado por Natasha Revez, do General Counsel, que passa agora a ser membro da Comissão Executiva. Esta alteração pretende “assegurar uma posição mais robusta e eficaz da Generali Tranquilidade junto das entidades reguladoras e fortalecer a gestão de matérias legais, nomeadamente o nosso papel ativo no combate ao Crime Financeiro”, diz fonte da empresa.

Como desde janeiro 2023, o Chief Operations Officer é Andrea Fiorani , antes foi administrador da Advance Care e ainda antes esteve na Europ Assistance – empresa pertencente ao grupo Generali – em Itália e França. Tiago Tavares Rodrigues, um ex-Mckinsey com quase cinco anos de Generali em Portugal continua CSO (Chief Service Officer).

Administração influente também é necessária

Para o sucesso da Generali em Portugal, a administração conta com Jaime Anchústegui como presidente. É também deputy CEO Insurance do grupo a nível mundial e após uma reorganização corporativa de 2024. Responde diretamente a Giulio Terzariol, CEO da Divisão de Seguro. Este coordena e supervisiona todas as operações de seguros reportando diretamente a Phillipe Donnet, CEO global da Generali.

Jaime Anchustegui preside à administração e é também deputy CEO Insurance do grupo a nível mundial e após uma reorganização corporativa de 2024.

Na administração está como vice-presidente João Vieira de Almeida, advogado Senior Partner da VdA, bem como Santiago Villa Ramos, Chief Insurance Business Performance Officer do grupo. Patrícia Espírito Santo, que não tem qualquer relação com a família banqueira, foi indicada para a administração portuguesa, mas mantém- se como Group Head of People & Organization na Áustria, Suíça, Espanha e também Portugal.

Entre os administradores Não executivos a Generali em Portugal conta com Santiago Villa Ramos, Chief Insurance Business Performance Officer do grupo, João Vieira de Almeida, advogado Senior Partner da VdA, Patrícia Espírito Santo e Valentina Sarrocco.

A italiana Valentina Sarrocco combina papéis estratégicos, na Generali Tranquilidade, colabora como administradora não executiva na governança e consolidação das operações portuguesas, no panorama global do Grupo é reconhecida pela sua atuação como conselheira jurídica sénior em fusões e aquisições.

O que significa Portugal para a Generali?

Em Portugal, embora a Generali seja o terceiro maior grupo segurador e o segundo nos ramos Não Vida, o negócio significou apenas 1,9% do total de prémios globais do grupo. Foram cerca de 1.809 milhões de euros em 2024, já incluindo os negócios da Liberty em Portugal em adição aos da própria Generali Seguros – a sociedade que utiliza no mercado as marcas Generali Tranquilidade, Açoreana e LOGO.

No mundo, onde está em 55 países, a Generali obteve receitas de 95.190 milhões de euros em 2024, com Itália a representar 34% do negócio, França 20% e Alemanha 16%. A Ásia representa 8% e os países da Europa Central e do Leste 5%.

No entanto, Portugal e os seus 1,9% de peso, tal como a Suíça, merece referência individualizada na listagem do relatório e contas da companhia. Os negócios portugueses cresceram 33%, enquanto o global da Generali ficou-se pelos 13%. Os resultados operacionais em Portugal foram 1,8% de um total de 7.295 milhões de euros conquistados em todo o mundo.

A estratégia Grow or Go (crescer ou sair do mercado), por vezes falada pelo CEO Pedro Carvalho, parece definida no sentido do crescimento. No final de 2024, a Generali tinha em Portugal 413 milhões de euros de capitais próprios o que significa 1,34% do total mundial consolidado de 30.389 milhões de euros. Com 46,2 milhões de euros de lucros, a rentabilidade líquida dos capitais próprios foi em Portugal de 11,1% enquanto o consolidado pela sede em Trieste foi de 12,2%. Proporcionalmente a operação portuguesa está alinhada, o contributo para o grupo está estável e as armas estão alinhadas para a Generali crescer, não para sair.

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Grupo Openbook ‘projeta’ nova sede da CGD e dois hospitais para a Luz Saúde

Fundada por três arquitetos e um financeiro em 2007, o Grupo Openbook emprega 100 pessoas, fatura cerca de dez milhões de euros e tem escritório em Lisboa e São Paulo.

O Grupo Openbook, referência em arquitetura, design e consultoria imobiliária, está a projetar a nova sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa e dois hospitais para o grupo Luz Saúde localizados no Porto e Setúbal.

“Vai arrancar este mês a obra do projeto de arquitetura de interiores da Caixa Geral de Depósitos que tem uma área de 30 mil metros quadrados“, adianta ao ECO Paulo Jervell, partner do Openbook. A obra estará concluída em dentro de um ano.

O Hospital da Luz localizado na Invicta ainda está a aguardar a aprovação da autarquia portuense, já a obra de construção do Hospital de Setúbal vai arrancar no próximo ano. “Os hospitais são um projeto de arquitetura dos edifícios, já na CGD é um projeto de arquitetura de interiores”, detalha o arquiteto Paulo Jervell.

Na área corporativa, somos, sem dúvida, a entidade de referência no mercado”, diz o partner do grupo, destacando que “todos os projetos mais emblemáticos dos últimos anos têm vindo a ser feitos pela Openbook“.

O Grupo Openbook, que acaba de ser eleito vencedor global do Popular Choice Award na categoria de Best Commercial Firm na 13.ª edição dos prestigiados Architizer A+Awards, um dos maiores e mais respeitados programas internacionais de celebração da arquitetura contemporânea, foi o responsável pelo projeto de arquitetura da nova sede da Galp (2024) em Lisboa, do novo hub do BNP Paribas (2024) do campus do Novo Banco (2024) na capital e do premiado Ritz Pool Bar no Hotel Ritz Four Seasons Lisboa (2021), que arrecadou em 2024 o o prémio Architizer A+Awards na categoria de Bares e Adegas.

A Openbook foi criada em 2007 por três arquitetos (Paulo Jervell, Rodrigo Sampaio, João Cortes) e um financeiro (Pedro Pires) que se juntaram para criar uma empresa de arquitetura, a Openbook. 15 anos depois, criaram o Grupo Openbook, que junta outras valências como o design e a consultoria imobiliária.

“A ideia foi criar uma oferta de serviços multidisciplinares e transversais ao mercado imobiliário que agregam cinco novas empresas (OpenbookArchitecture, Openbook Design, OpenbookStudio, Openbook Real Estate e OpenbookEngineering) — e que partilham sinergias entre elas e oferecem ao cliente final e ao mercado, uma oferta mais completa e com um valor acrescentado”, explica Paulo Jervell, partner do Openbook.

O segmento comercial (arquitetura relacionada com escritórios e retalho) representa cerca de 40% da faturação do grupo, sendo que os restantes 60% dividem-se entre a área residencial e o segmento hospitalar. Paulo Jervell contabiliza que 50% dos clientes são estrangeiros, lamentando que em “Portugal a arquitetura não seja valorizada em termos de honorários”.

Paulo Jervell, partner do OpenbookHugo Amaral/ECO

O Grupo Openbook abriu uma nova delegação no Dubai em dezembro do ano passado, com o objetivo de “responder a oportunidades no Médio Oriente”.

Com uma equipa de 100 colaboradores e uma faturação de cerca de 10 milhões de euros, o Grupo Openbook, com escritório em Lisboa e no Brasil, em São Paulo, quer continuar a consolidar a sua presença em mercados estratégicos, incluindo Portugal, França, Espanha, Angola, Vietname, Indonésia e agora, o Dubai. Até ao final do ano está nos planos do Grupo Openbook contratar mais 15 pessoas.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 17 de junho

  • ECO
  • 17 Junho 2025

Ao longo desta terça-feira, 17 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Concentração da banca portuguesa diminui pelo terceiro ano para valor mais baixo em dez anos

Venda do Novobanco a franceses eliminou risco de aumento de concentração do mercado português. Cinco maiores bancos em Portugal estão a perder quota para os mais pequenos há três anos consecutivos.

A venda do Novobanco a franceses eliminou o risco de aumento de concentração do mercado bancário português. Mas nos últimos anos a tendência até tem sido inversa. Os cinco maiores bancos em Portugal estão a perder sistematicamente quota para os mais pequenos desde 2021, depois de duas décadas de concentração. No final do ano passado, o peso de Caixa, BCP, Santander, Novobanco e BPI no mercado era o mais baixo dos últimos dez anos.

O processo de venda do Novobanco reacendeu os receios quanto aos efeitos negativos na concorrência que poderiam surgir caso o banco liderado por Mark Bourke fosse vendido pela Lone Star a um concorrente direto.

E esse risco – para o qual Governo e Banco de Portugal alertaram — foi real na medida em que o dono do BPI – o Caixabank – esteve na corrida até ao final e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP admitiram interesse, apesar de terem ficado de fora do concurso por considerarem que seria complexo separar os negócios do banco rival.

O desfecho acabou por ser outro: o fundo norte-americano decidiu vender o Novobanco aos franceses do Groupe BPCE por 6,4 mil milhões de euros, transação que deverá ficar concluída no próximo ano.

Ou seja, o Novobanco muda de mãos americanas para mãos francesas, mas a estrutura do mercado bancário português permanecerá tal como está e como esteve nas últimas duas décadas: com cinco grandes bancos a operarem num mercado altamente bancarizado, maduro e já apresentando um elevado grau de concentração.

Mercado inverte após duas décadas de concentração

Os dados mais recentes do Banco Central Europeu (BCE) mostram que o mercado bancário português tem vindo a ‘desconcentrar’ nos últimos três anos, depois de duas décadas de concentração dos ativos nas cinco principais instituições financeiras.

Em 2021, ano em que se atingiu o valor mais elevado da história, os big 5 controlavam quase três quartos (73,9%) do mercado, quando duas décadas antes tinham menos de metade – Portugal foi o segundo país da União Europeia onde o grau de concentração mais aumentou entre 1999 e 2021, apenas atrás da Grécia.

Banca menos concentrada

Fonte: BCE

O processo de concentração no mercado português deu-se praticamente na primeira década do milénio, através de um processo de várias fusões e aquisições que tiveram lugar naquele período.

Esta dinâmica abrandou após a crise de 2008 e ganhou nova expressão em 2015, ano da queda do Banif, absorvido pelo Santander. E, após um período de alguma estabilização entre 2015 e 2021, o mercado tem vindo a descentralizar desde então.

No final do ano passado, a percentagem de ativos detidos pelo cinco principais bancos reduziu-se para 70,6%, tratando-se do valor mais baixo desde 2014 (69,2%), de acordo com os dados que o BCE atualizou na semana passada.

Os grandes bancos estão a perder quota para os mais pequenos ou, visto de outra forma, os pequenos estão a tirar negócio aos grandes.

Apesar de o grau de concentração ter recuado, Portugal mantém-se no lugar 14 dos mercados mais concentrados da UE, onde a Grécia apresenta o mercado mais concentrado (96%) e o Luxemburgo o menos concentrado (34%).

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