Ranking Merco ESG: Sabseg e 5 seguradoras no top 100

  • ECO Seguros
  • 4 Fevereiro 2024

A corretora Sabseg foi a novidade seguradora no estudo merco ESG de 2023, juntando-se à Fidelidade, Ageas, Liberty, Mapfre e Generali como representante do setor num ranking de sustentabilidade.

A corretora de seguros Sabseg foi a única corretora a integrar o top 100 das marcas mais responsáveis em termos de ESG (Ambiental, Social e Governança) no mercado português, de acordo com o estudo anual Merco para 2023.

Fidelidade em 27º lugar, Ageas em 43º, Liberty em 49º, Mapfre em 50º, Generali em 80º foram as seguradoras que integraram esta lista mercoRESPONSABILIDADE ESG em 2023, num ranking liderado a nível nacional pela Delta, EDP e IKEA.

O Merco é, segundo os seus promotores, o primeiro monitor auditado no mundo, em que o acompanhamento e a verificação do seu processo de produção e resultados passam por uma revisão independente da auditora KPMG. Todos os critérios de ponderação são públicos ec os resultados de cada edição podem ser consultados no seu site.

O Merco – Monitor Empresarial de Reputação Corporativa – é um monitor corporativo de referência na América Latina avaliando a reputação das empresas desde 2000. É baseado numa metodologia multistakeholder composta por seis avaliações e mais de vinte fontes de informação, contando com a votação de diferentes stakeholders totalizando 1.153 inquéritos.

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Plataforma acusa MAI de precipitação e leviandade ao falar em insubordinação de polícias

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

O dirigente acusou o ministro José Luís Carneiro de "laivo persecutório" contra os polícias, que o Governo não demonstrou quando os médicos "se recusaram a fazer urgências para lá do razoável".

A plataforma sindical de polícias considerou domingo que houve “precipitação e alguma leviandade” do Governo em qualificar como insubordinados os agentes que entregaram baixas médicas e falharam o policiamento de um jogo de futebol.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da plataforma sindical e presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias, Bruno Pereira, considerou “um paradoxo as declarações do ministro [da Administração Interna]” de hoje, em conferência de imprensa.

O dirigente sindical afirmou que houve precipitação e desrespeito pelas regras do estado de direito ao afirmar que vai abrir inquéritos para averiguação de factos “ao mesmo tempo que assume preliminarmente que há responsabilidade e que há culpa por parte dos polícias, nomeadamente relativamente às baixas médicas“.

Bruno Pereira acusou o ministro José Luís Carneiro de “laivo persecutório” contra os polícias, que o Governo não demonstrou quando os médicos “se recusaram a fazer urgências para lá do razoável”.

Apelo pelo menos a alguma cautela na moderação das palavras para que não acicatemos ainda mais os ânimos, tendo em conta que eles já estão bastante acicatados e os polícias já estão num nível de intolerância máximo. (…) Não nos precipitemos também com alguma leviandade em qualificá-los como insubordinados. Não cai bem, não fica bem, e não é de modo algum respeitoso”, disse à Lusa o responsável sindical.

O ministro da Administração Interna este domingo que vai participar ao Ministério Público todos os novos indícios de incitamento à insubordinação, a sua prática e eventual ligação a movimentos extremistas, praticados pelas forças policiais.

José Luís Carneiro falava aos jornalistas à saída de uma reunião, que durou mais de quatro horas, com o comandante-geral da GNR e com o diretor nacional da PSP, na sequência do adiamento no sábado do jogo Famalicão-Sporting, devido à falta de condições de segurança, causadas pela falta de policiamento.

Para José Luís Carneiro, o direito à manifestação é legitimo e tem sido legitimamente exercido, mas não pode ser confundido com indisciplina e atos de insubordinação que coloquem em risco o estado de direito.

Bruno Pereira sublinhou que não viu nos incidentes de sábado em Famalicão qualquer extremismo por parte dos polícias, mas admite que o Governo possa ter razões para averiguar a existência desses movimentos dentro dos protestos dos polícias, mas afirma que é o executivo, com a recusa em ceder às reivindicações das forças de segurança, nomeadamente o subsídio de missão equiparado à Polícia Judiciaria, que está a “regar com gasolina” o crescimento de movimentos inorgânicos.

Há uma questão de urgência que impera e impõe uma correção de um problema que foi criado por este Governo, por muito que venham alegar que é uma impossibilidade político-legislativa. Não é verdade, a questão de urgência pode perfeitamente ser preenchida aqui sob pena de efetivamente andarmos a regar com gasolina a possibilidade de os movimentos inorgânicos poderem alastrar, poderem viralizar e poderem contaminar aquilo que tem sido um protesto extremamente sóbrio e feito com enorme elevação”, disse.

Sobre as declarações de sábado do presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL), Armando Pereira, que em entrevista à SIC Notícias admitiu eventuais impactos na realização das próximas eleições legislativas, Bruno Pereira disse não lhe caber “fazer a defesa da honra” do sindicalista, afirmando não ter visto qualquer ameaça nas declarações, mas sim um alerta, já reiterado em carta enviada ao primeiro-ministro, António Costa, com conhecimento de José Luís Carneiro, e que chama a atenção para o crescente descontentamento que pode vir a afetar várias atribuições das polícias, como a entrega de exames nacionais nas escolas, o controlo de fronteiras ou o policiamento de grandes eventos.

“Ainda que possam não ter alguém a controlar a caixa de correio 24 horas, o que é certo é que temos vindo a apelar a alguma descontenção, porque os polícias estão há quatro semanas em protesto permanente feito com maior elevação e sobriedade e a resposta do Governo é não assume o problema que criou, não quer procurar uma solução e não quer assumir uma posição que junto de um futuro Governo possa assegurar que esta situação é corrigida“, disse.

Na conferência de imprensa de domingo, o ministro da Administração Interna adiantou que as declarações do presidente do SINAPOL seriam participadas à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), e reiterou que o Governo de gestão não tem condições de assumir encargos financeiros permanentes.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança escreveu ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representam, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

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MAI anuncia participação ao Ministério Público de atos de insubordinação das forças policiais

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

O ministro disse que não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos, tendo já mandado instaurar processos de inquérito disciplinar.

O ministro da Administração Interna anunciou domingo que vai participar ao Ministério Público todos os novos indícios de incitamento à insubordinação, a sua prática e eventual ligação a movimentos extremistas, praticados pelas forças policiais.

José Luis Carneiro falava aos jornalistas à saída de uma reunião, que durou mais de quatro horas, com o comandante-geral da GNR e com o diretor nacional da PSP, na sequência do adiamento no sábado do jogo Famalicão-Sporting, devido à falta de condições de segurança, causadas pela falta de policiamento.

Para José Luis Carneiro, o direito à manifestação é legitimo e tem sido legitimamente exercido, mas não pode ser confundido com indisciplina e atos de insubordinação que coloquem em risco o estado de direito.

Nesse sentido, o ministro disse que não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos, tendo já mandado instaurar processos de inquérito disciplinar.

José Luis Carneiro garantiu que, “por intermédio” do comandante-geral da GNR e do diretor nacional da PSP, não permitirá “atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos”.

Além dos inquéritos em curso, o governante determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a instauração urgente de inquéritos relativos ao policiamento dos jogos Famalicão-Sporting e Leixões-Nacional da Madeira e às suas consequências e revelou que a PSP está a concluir a identificação dos autores dos desacatos e agressões em Famalicão, que irá participará ao Ministério Público.

O ministro avisou que todos os novos indícios que “possam estabelecer uma relação entre o incitamento à insubordinação, a sua prática e eventual ligação a movimentos extremistas” serão agora participados ao Ministério Público.

Da mesma forma, avisou que foram participadas à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) as declarações do presidente do SINAPOL “que ameaçaram colocar em causa a atividade da PSP durante os próximos atos eleitorais”.

Relativamente ao não atendimento das reivindicações das forças policiais, José Luis Carneiro voltou a recordar que o Governo está em gestão e não tem condições para assumir encargos financeiros permanentes em relação ao futuro.

Respondendo à comparação que tem sido feita pelas forças policiais com a situação dos agricultores, que viram as suas reivindicações atendidas, José Luis Carneiro explicou que neste caso se tratou de responder à seca e que está em causa um apoio excecional, que não se pode confundir com um direito remuneratório, responsabilidade que competirá ao próximo Governo.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança escreveu ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representam, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo.

Em ofício datado de sábado e enviado na sexta-feira, a Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) transmite a António Costa que “os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país”.

Manifestando “preocupação (…) quanto ao que poderá provir daqui em diante”, a plataforma, que, até aqui, “conseguiu manter a ação reivindicativa dentro dos limites da lei”, realça agora que “não tem condições de enquadrar” todas as formas de protesto, antecipando que estas “atingirão proporções indesejáveis”.

Recordando que todos os responsáveis “foram informados e devidamente alertados”, a plataforma considera que “nada do que possa acontecer poderá ser visto com surpresa pelo poder político”.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

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Governo em gestão não tem “legitimidade para assumir encargos financeiros, justifica José Luís Carneiro

  • ECO
  • 4 Fevereiro 2024

O ministro da Administração Interna justifica a não resposta aos pedidos da PSP e GNR com a falta de "legitimidade política para assumir esses encargos"

Um “Governo em gestão não tem legitimidade para assumir encargos financeiros permanentes e duradouros”. “Não tem legitimidade política para assumir esses encargos”. É assim que José Luís Carneiro justifica a falta de resposta às forças policiais, que pedem um suplemento de missão equiparado ao da PJ. Questionado sobre a dualidade de critérios que faz com que os pedidos dos agricultores tenham tido resposta, o ministro da Administração Interna falou em situações “excecionais” e num apoio que “não é permanente e duradouro”.

Não se pode confundir o direito de manifestação, a que legitimamente se tem vindo a assistir, com a prática de actos indisciplina e insubordinação”. O Governo, por intermédio dos responsáveis máximos da GNR e da PSD, “não permitirá actos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos”, garantiu o ministro da Administração Interna, à saída da reunião com os responsáveis das duas forças policiais este domingo.

Para além dos dois processos já em curso, o ministro determinou a instauração de inquéritos urgentes relativos ao Famalicão-Sporting e Leixões- Nacional da Madeira, os dois jogos cancelados nesta jornada por falta de policiamento.

“As forças de segurança, quer no quadro de sistema segurança interna quer na cooperação com a GNR, têm meios que, em quaisquer circunstâncias, serão mobilizados para garantir o estado de direito democrático, as garantias constitucionais e a segurança, nomeadamente de atos eleitorais”, garantiu sobre o risco de as eleições legislativas de 10 de março poderem estar em causa devido à falta de polícias para transporte de boletins e urnas de voto, como foi avançado pelo sindicato SINAPOL.

(em atualização)

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Profissionais da GNR lamentam que protestos só tenham tido atenção por causa do futebol

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

"Fomos milhares nas ruas, em capitais de distrito, a protestar, e o silêncio foi total. Entristece-nos que foi preciso um jogo de futebol para [o Governo] olhar para nós", desabafou dirigente.

Os profissionais da guarda lamentam que os protestos dos agentes só tenham tido atenção por causa de um jogo de futebol e esperam que a reunião dos responsáveis da PSP e GNR com a tutela resolva esta “luta justa”.

No sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, mandou abrir um inquérito urgente aos acontecimentos relacionados com o jogo de futebol Famalicão-Sporting, e convocou para hoje uma reunião com os responsáveis máximos da PSP e GNR.

Cerca de três centenas de polícias marcaram entretanto presença em frente ao Ministério da Administração Interna, durante a reunião, para prestar solidariedade e mostrarem que estão unidos “de forma coerente e determinada” nesta “luta justa”, como disse à Lusa José Miguel, vice-presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG-GNR).

Viemos mostrar que somos profissionais dignos e em luta quanto ao que nos propusemos. Esperamos que [o comandante-geral da GNR e o diretor nacional da PSP] saiam com a mesma atitude de profissionais determinados, com o fim desta luta justa“, afirmou.

José Miguel não entende por que razão os protestos dos agricultores foram tão prontamente atendidos, enquanto os das forças policiais, nomeadamente as tabelas remuneratórias que não são atualizadas desde 2009, não merecem a atenção do Governo.

Mandámos uma carta a avisar que estávamos a atingir um ponto de saturação. Fomos milhares nas ruas, em capitais de distrito, a protestar, e o silêncio foi total. Entristece-nos que foi preciso um jogo de futebol para [o Governo] olhar para nós“, desabafou.

No sábado, o jogo de futebol Famalicão-Sporting foi adiado por falta de condições de segurança, na sequência de generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias.

Este domingo, um novo jogo, Leixões-Nacional, também foi adiado por não reunir as necessárias condições de segurança, devido à falta de policiamento.

Questionado sobre a possibilidade de situações destas se repetirem, o responsável da APG respondeu: “Ninguém nos deu atenção, agora tudo pode acontecer daqui para frente, mas sempre de forma ordeira”.

Reportando-se a possíveis suspeições de que haja baixas fraudulentas, salientou que uma baixa nunca pode ser posta em causa, lembrando que os profissionais estão a passar por uma situação de “muito stress” que os pode fazer sentir não ter condições para cumprir o seu serviço”.

Além disso, acrescentou que as baixas não são prescritas pelos polícias, mas sim por médicos, cuja idoneidade não deve ser posta em causa.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança escreveu ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representam, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo.

Em ofício datado de sábado e enviado na sexta-feira, a Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) transmite a António Costa que “os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país”.

Manifestando “preocupação (…) quanto ao que poderá provir daqui em diante”, a plataforma, que, até aqui, “conseguiu manter a ação reivindicativa dentro dos limites da lei”, realça agora que “não tem condições de enquadrar” todas as formas de protesto, antecipando que estas “atingirão proporções indesejáveis”.

Recordando que todos os responsáveis “foram informados e devidamente alertados”, a plataforma considera que “nada do que possa acontecer poderá ser visto com surpresa pelo poder político”.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

Num esclarecimento sobe as ações de protesto por parte dos polícias, a direção nacional da PSP dá conta que em determinadas subunidades de diferentes Comandos Territoriais de Polícia existiram “algumas situações em que polícias, ao entrar de serviço, solicitaram para entregar a sua arma de serviço“, mas “tais ações não foram concretizadas”.

“Atendendo ao plasmado no Estatuto Disciplinar da PSP, os polícias têm que observar as normas legais e regulamentares e as instruções de serviço emanadas pelos superiores hierárquicos, bem como tomar conta de quaisquer ocorrências integradas na esfera da sua competência e utilizar com prudência todos os bens e equipamentos que lhes forem distribuídos ou confiados no exercício das suas funções ou por causa delas, pelo que tais ações não foram concretizadas”, precisa a PSP.

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Filme “Pobres Criaturas” e sardinha portuguesa unem-se em “parceria improvável”

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

Depois de Lisboa, dos pastéis de nata e do fado de Carminho, também a sardinha portuguesa passou a integrar o universo de "Pobres Criaturas"

“O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa” disponibilizará até ao final do mês, na loja de Nova Iorque, uma conserva de edição limitada fruto de umacolaboração improvável, mas muito feliz” com o filme “Pobres Criaturas”, anunciou a marca.

Depois de Lisboa, dos pastéis de nata e do fado de Carminho, também a sardinha portuguesa passou a integrar o universo de “Pobres Criaturas“, o novo filme de cineasta Yorgos Lanthimos, que conta com Emma Stone, Mark Ruffalo e Willem Dafoe no elenco principal e que já está em exibição nas salas de cinema portuguesas.

Em causa está uma colaboração da Searchlight Pictures, propriedade da 20th Century Studios, uma divisão da Walt Disney Studios, com a loja d’”O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa”, um conceito desenvolvido pel’O Valor do Tempo, grupo empresarial que detém a histórica conserveira Comur, fundada em 1942 na Murtosa.

Para celebrar em conjunto a “fantasia” que envolve os dois universos, “O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa” lançou uma lata de edição limitada disponível na loja de Nova Iorque, com Bella Baxter, a personagem principal do filme, em destaque na caixa da conserva.

No coração da Times Square, um dos mais visitados pontos turísticos norte-americanos e onde está localizada a loja, a conserva de edição limitada não tem passado despercebida a clientes e curiosos, que têm procurado saber mais sobre a parceria, conforme a Lusa conseguiu testemunhar no local.

De acordo com a marca portuguesa, será possível comprar esta conserva de edição limitada até ao dia 28 de fevereiro, poucos dias antes da cerimónia dos Óscares, na qual “Pobres Criaturas” disputará 11 categorias, incluindo a de “Melhor Filme” e “Melhor Atriz”, depois de já ter vencido o Leão de Ouro no festival de Veneza.

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Adiado jogo Leixões-Nacional por falta de policiamento

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

Terá sido a própria PSP a considerar não estarem reunidas as condições para que o jogo se realizasse.

O jogo Leixões-Nacional, da 20.ª jornada da II Liga portuguesa, marcado para domingo, às 11:00, foi adiado por falta de policiamento, disse à agência Lusa uma fonte da SAD da entidade leixonense.

A decisão foi tomada na reunião preparatória do encontro, uma hora antes do jogo, sensivelmente, no Estádio do Mar, em Matosinhos, perante a constatação de que havia policiamento insuficiente, adiantou a mesma fonte, explicando que os agentes presentes eram em número inferior ao necessário.

Terá sido a própria PSP a considerar, face àquela situação, não estarem reunidas as condições para que o jogo se realizasse, o que terá levado os responsáveis da Liga Portuguesa de Futebol Profissional presentes e os clubes envolvidos a acordar o adiamento do jogo.

Entretanto, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) confirmou o adiamento para “data a definir” do jogo Leixões-Nacional, da 20.ª jornada II Liga, que estava agendado para as 11:00, por falta de policiamento.

Em comunicado, a LPFP refere que o adiamento, acordado com os clubes, se deve ao facto de o organismo “ter recebido informações por parte do responsável pela força policial presente no Estádio do Mar de que não existem condições de segurança para a realização do mesmo, nem hoje, nem amanhã [segunda-feira]”.

Apesar de se considerar “alheia aos motivos que levaram ao adiamento”, a LPFP diz lamentar o transtorno causado às equipas e adeptos, e assegurou que “será sempre intransigente na defesa das garantias de segurança nas partidas das competições por si organizadas, de forma a assegurar a proteção de adeptos e intervenientes”.

O Leixões ocupa 17.º e penúltimo posto da classificação geral II Liga portuguesa de futebol, com 17 pontos, e o Nacional encontra-se no 3.º lugar, com 37 pontos.

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Diretor da PSP abre “célere averiguação” e pede aos polícias “sentido de missão à causa pública”

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

O diretor da PSP pede aos polícias para que continuem, "com todo o profissionalismo, dedicação e entrega à causa pública, a merecer a confiança dos cidadãos" que servem.

O diretor nacional da PSP anunciou domingo que determinou “uma célere averiguação” ao que aconteceu no policiamento do jogo de futebol Famalicão-Sporting e apelou aos polícias para manterem “o sentido de missão à causa pública”.

Face ao ocorrido no dia de ontem [sábado] relativamente ao policiamento do jogo Famalicão/Sporting Clube de Portugal, e ainda que tenha já sido determinada a abertura de um inquérito aos referidos acontecimentos (…) pelo ministro da Administração Interna, determinei também que se proceda a uma célere averiguação do sucedido, na medida em que a confiança dos cidadãos na sua Polícia de Segurança Pública nunca poderá ficar comprometida”, escreve José Barros Correia, num email enviado hoje de manhã a todo o efetivo da PSP.

Na missiva, a que a Lusa teve acesso, o diretor da PSP sublinha que acompanha “as preocupações” dos polícias, posição que já tinha manifestado anteriormente, mas apelou “ao profissionalismo, dedicação e sentido de missão à causa pública” que caracterizam e distinguem a Polícia desde 1867.

“Apesar das nossas próprias e legítimas preocupações como profissionais e como pessoas, temos de ter sempre presente que a nossa legitimidade e autoridade como profissionais de polícia, só serão reconhecidas e reforçadas, se soubermos, em todas as nossas atitudes e comportamentos, transmitir uma imagem que granjeie respeito, credibilidade, empatia e, mais do que nunca, compromisso e confiança aos cidadãos que servimos“, precisa José Barros Correia.

Nesse sentido, o diretor da PSP exorta os polícias para que continuem, “com todo o profissionalismo, dedicação e entrega à causa pública, a merecer a confiança dos cidadãos” que servem.

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Cerca de 300 polícias concentram-se em Lisboa e esperam “alguma luz” do encontro com Governo

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

"Acabam por vir só com ameaças, em vez de palavras de apoio. Já deixámos bem claro que não vamos parar enquanto não virmos a situação resolvida. As manifestações estão a aumentar", diz sindicalista.

Cerca de 300 polícias reuniram-se este domingo em frente ao Ministério da Administração Interna, em Lisboa, em apoio aos responsáveis da PSP e GNR que estão reunidos com o ministro esperando que deste encontro “saia alguma luz“.

Maioritariamente vestidos de negro e sem quaisquer cartazes, as cerca de três centenas de polícias concentraram-se, tranquilamente, no Terreiro do Paço, naquele que Humberto Alvão, do Sindicato Unificado da Polícia, classificou como um “movimento espontâneo”.

Estamos aqui em apoio ao comandante da GNR e ao diretor nacional da PSP. Espero que se faça luz e que saia daqui alguma coisa positiva. Não perspetivo nada de negativo porque não fizemos nada ilegal”, afirmou Humberto Alvão aos jornalistas.

De acordo com o sindicalista, a situação que os profissionais mais contestam em relação à atuação do Governo é a ausência de palavras por parte do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da administração Interna, José Luís Carneiro.

Acabam por vir só com ameaças, em vez de palavras de apoio. Já deixámos bem claro que não vamos parar enquanto não virmos a situação resolvida. As manifestações estão a aumentar, isso é claro. Torna-se difícil e incompreensível o silêncio do primeiro-ministro e do ministro da administração interna”, apontou.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança escreveu ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representam, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo.

Em ofício datado de sábado e enviado na sexta-feira, a Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) transmite a António Costa que “os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país”.

Manifestando “preocupação (…) quanto ao que poderá provir daqui em diante”, a plataforma, que, até aqui, “conseguiu manter a ação reivindicativa dentro dos limites da lei”, realça agora que “não tem condições de enquadrar” todas as formas de protesto, antecipando que estas “atingirão proporções indesejáveis”.

Recordando que todos os responsáveis “foram informados e devidamente alertados”, a plataforma considera que “nada do que possa acontecer poderá ser visto com surpresa pelo poder político”.

A PSP indicou, na sexta-feira, que polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto e avançou que existe “um número de baixas médicas superior ao habitual” entre os agentes.

Num esclarecimento sobe as ações de protesto por parte dos polícias, a direção nacional da PSP dá conta que em determinadas subunidades de diferentes Comandos Territoriais de Polícia existiram “algumas situações em que polícias, ao entrar de serviço, solicitaram para entregar a sua arma de serviço“, mas “tais ações não foram concretizadas”.

“Atendendo ao plasmado no Estatuto Disciplinar da PSP, os polícias têm que observar as normas legais e regulamentares e as instruções de serviço emanadas pelos superiores hierárquicos, bem como tomar conta de quaisquer ocorrências integradas na esfera da sua competência e utilizar com prudência todos os bens e equipamentos que lhes forem distribuídos ou confiados no exercício das suas funções ou por causa delas, pelo que tais ações não foram concretizadas”, precisa a PSP.

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Açores vão hoje a votos para escolher novo parlamento regional

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

Estas eleições são disputadas por 11 forças políticas: oito partidos e três coligações.

Cerca de 230 mil eleitores são hoje chamados a votar para escolher os 57 deputados na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, naquelas que são as primeiras eleições regionais antecipadas na história da autonomia do arquipélago.

De acordo com os resultados das legislativas regionais, o representante da República nomeia depois o presidente do Governo Regional, que, por sua vez, propõe os membros do executivo.

Nas nove ilhas do arquipélago, há 291 secções de voto, segundo a Direção Regional da Organização, Planeamento e Emprego Público (DROPEP). As urnas abrem às 08:00 e fecham às 19:00 locais (mais uma hora em Lisboa).

Nos Açores, há 10 círculos eleitorais, nove coincidentes com cada uma das ilhas (Flores, Corvo, São Jorge, Faial, Pico, Graciosa, Terceira, São Miguel e Santa Maria) e outro de compensação (que junta os votos que não permitiram eleger deputados nos círculos de ilha).

Cada círculo eleitoral elege dois deputados e ainda deputados em número proporcional ao dos cidadãos eleitores nele inscritos, prevendo a lei também um círculo regional de compensação, que elege cinco parlamentares, para reforçar a proporcionalidade.

Estas eleições são disputadas por 11 forças políticas: oito partidos e três coligações.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM, que governou os Açores nos últimos três anos, concorre em todos os círculos, assim como PS, Chega, BE, CDU (PCP/PEV), PAN, Livre e ADN.

Já a Iniciativa Liberal concorre no Faial, Graciosa, Pico, Santa Maria, São Jorge, São Miguel, Terceira e no círculo de compensação, enquanto o JPP apresenta candidatura no Faial, Flores, Santa Maria, São Miguel, Terceira e no círculo de compensação.

A Alternativa 21 (MPT/Aliança) concorre apenas em Santa Maria, dado que nos restantes círculos as listas foram rejeitadas.

O círculo eleitoral de ilha que elege mais deputados para o parlamento regional é o de São Miguel (20), seguindo-se a Terceira (10). Faial e Pico elegem, cada um, quatro deputados.

Flores, Graciosa, São Jorge e Santa Maria têm, cada uma, três mandatos e o Corvo dois.

No último domingo, no voto antecipado em mobilidade, dos 3.528 eleitores inscritos, votaram 3.049, segundo informação enviada pelas câmaras municipais à DROPEP.

Quando o recenseamento eleitoral foi suspenso, em dezembro último, estavam inscritos 229.921 eleitores na região. À data de inalterabilidade dos cadernos eleitorais, no passado mês, os inscritos passaram a ser 229.830 os eleitores inscritos, de acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Desde 1976, ano em que os Açores passaram a ser uma região autónoma com órgãos de governo próprios, realizaram-se 12 eleições regionais.

Nas últimas, em 2020, o PS ganhou as eleições, mas perdeu a maioria absoluta, tendo surgido à direita uma maioria alternativa: PSD, CDS-PP e PPM acabaram por formar governo, com acordos de incidência parlamentar com Chega e IL.

Um dos deputados do Chega passou a independente meses depois, garantindo que mantinha o apoio ao executivo liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, mas retirou-o em março de 2023, no mesmo dia em que a IL anunciou ter rompido o seu acordo.

Em novembro, a abstenção do Chega e do PAN e os votos contra de PS, IL e BE levaram ao chumbo do Orçamento dos Açores para este ano e, no mês seguinte, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa e a marcação de eleições.

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MAI abre inquérito aos acontecimentos no Famalicão-Sporting e chama PSP e GNR

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2024

José Luís Carneiro está reunido com o Diretor Nacional da PSP e o Comandante-Geral da GNR no Ministério da Administração Interna.

O ministro da Administração Interna mandou abrir um inquérito urgente aos acontecimentos relacionados com o jogo de futebol Famalicão-Sporting, e convocou para domingo uma reunião com os responsáveis máximos da PSP e GNR, que já está a decorrer.

O ministro, José Luís Carneiro, determinou a abertura de um inquérito urgente, por parte da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI), aos acontecimentos que respeitam ao policiamento, pela PSP, do jogo Famalicão — Sporting, da Primeira Liga de futebol, “em especial dos que se reportam a generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias”.

A informação do Ministério surge na sequência do adiamento do encontro Famalicão-Sporting, depois de os responsáveis concluírem que não existiam condições de segurança.

A Direção Nacional da PSP explicou que houve um número anormal de agentes com baixa médica, pelo que o jogo teve de ser adiado.

A PSP adianta que, “antes do início do policiamento ao evento, um número não habitual de polícias informaram que se encontravam doentes, comunicando baixa médica“.

“A PSP prontamente acionou meios policiais de outras unidades de polícia, meios esses que também vieram a comunicar situações de indisposição, com deslocação para unidades hospitalares”, lê-se num comunicado da força de segurança.

No comunicado do Ministério, enviado sábado à boite, informa-se também que o ministro determinou à IGAI a abertura de um inquérito sobre declarações de um responsável sindical relativas à atividade da PSP no contexto dos próximos atos eleitorais, nomeadamente a possibilidade de estar em causa o transporte de urnas de votos.

Numa entrevista à estação televisiva SIC Notícias o presidente do Sindicato Nacional da Polícia disse que não só os jogos de futebol estão em risco como também podem estar as eleições legislativas, porque são os polícias que transportam as urnas de voto.

Forças da PSP e da GNR têm participado em ações de protesto nas últimas semanas, exigindo melhores condições salariais.

José Luís Carneiro convocou o Diretor Nacional da PSP e o Comandante-Geral da GNR para uma reunião no domingo às 09:00 no Ministério da Administração Interna.

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Seguros de saúde versus planos de saúde. O que os une e o que os separa?

Associações que representam as seguradoras e os hospitais privados admitem que "continua a haver muita confusão" entre os dois produtos. Oscar Gaspar pede para acelerar regulação dos planos de saúde.

Numa altura em que se verificam constrangimentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) há cada vez mais cidadãos a recorrerem a seguros de saúde ou planos de saúde para terem acesso a cuidados de saúde. Mas afinal, quais são as diferenças?

Ao subscrever um plano de saúde o cidadão tem acesso a descontos numa rede de prestação de cuidados de saúde, como consultas, videoconsultas ou exames, bem como a condições de financiamento especiais, mediante o pagamento de uma mensalidade, que pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual.

Por sua vez, o seguro de saúde cobre riscos relacionados com a prestação de cuidados de saúde, consoante as coberturas previstas nas condições dos contratos e com limites neles fixados. Na prática, com o seguro de saúde o subscritor transfere para uma seguradora a responsabilidade pelo pagamento, total ou parcial, de um conjunto de despesas médicas e como contrapartida paga um prémio de seguro que varia consoante as características da pessoa detentora do seguro.

“Os planos de saúde são cartões de desconto que cobrem o ambulatório, mas fica-se por aí. Os seguros vão muito mais além. Cobrem uma componente de risco que tem que ver com a doença, com o internamento, com cirurgias…”, resume o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em declaração ao ECO.

https://videos.sapo.pt/eucza10jpkHZ542rv2zq

Regra geral, e ao contrário dos seguros de saúde, os planos de saúde não têm limite de idade, período de carência ou exclusão de doenças pré-existentes. Além disso, estão limitados a uma rede de prestadores pré-determinados e permite apenas aceder a um conjunto de cuidados de saúde, como consultas e exames a um preço reduzido. Neste âmbito, o pagamento é feito diretamente e na totalidade pelo cliente.

Já nos seguros de saúde o cidadão pode escolher livremente o prestador de cuidados de saúde, bem como um conjunto alargado de coberturas, como cirurgia, internamento, exames e consultas com um elevado valor de comparticipação. Deste modo, o cliente paga apenas o valor que não é comparticipado ou, em alternativa, a totalidade da despesa, mas é posteriormente reembolsado numa parte significativa.

Apesar de ser, segundo a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), uma “opção mais completa e mais protetora e, por isso, mais dispendiosa”, há situações que o seguro de saúde habitualmente não cobre, segundo uma nota informativa divulgada em 2021. São elas:

  • Doenças profissionais e acidentes de trabalho;
  • Perturbações nervosas e doenças do foro psiquiátrico;
  • Check-up e exames gerais de saúde;
  • Perturbações originadas por abuso de álcool ou drogas;
  • Acidentes ou doenças resultantes da participação em competições desportivas;
  • Tratamento ou cirurgia para emagrecimento;
  • Fertilização ou qualquer método de fecundação artificial.
  • Transplante de órgãos ou medula;
  • Tratamento ou cirurgia estética, plástica ou reconstrutiva e suas consequências (salvo se for necessário devido a doença ou acidente cobertos pelo seguro);
  • Estadias em estabelecimentos psiquiátricos, termais, casas de repouso, lares de terceira idade, centros de desintoxicação de alcoólicos ou toxicodependentes.

Planos de saúde e seguros de saúde devem ser entendidos, por isso, como duas coisas distintas: “tem de ser muito claro o que se está a adquirir, bem como as suas vantagens e inconvenientes”, nota ainda o regulador ao ECO, que assegura que tem vindo a trabalhar “na comunicação com o consumidor” sobre o tema.

Tal como o ECO revelou, a ASF compromete-se a apresentar um diploma para regular os planos de saúde ainda este semestre, dado que as fronteiras entre o que diferencia estes planos e os seguros de saúde ainda não estão bem definidas. “O inconveniente mais evidente para os consumidores são os potenciais conflitos com a entidade comercializadora na eventualidade de um diferendo relativamente ao objeto do contrato“, sinalizou o regulador, ao ECO.

Falta de informação causa insatisfação para os consumidores

Um estudo divulgado pela ERS, em 2014, apontava já para “falhas no mercado e riscos de adesão” a estes planos, nomeadamente “dificuldades na rescisão dos contratos celebrados e na devolução dos valores pagos a título de mensalidade, veiculação de uma informação deficitária a propósito dos benefícios associados e fácil confundibilidade com os seguros de saúde“.

A “confusão” entre os dois produtos e que leva a uma “insatisfação” por parte dos consumidores, resultando “muitas vezes em reclamações” é sinalizada, quer pela associação que representa as seguradoras, quer por parte da associação que representa os hospitais privados. “Continua a haver muita confusão na sociedade e no mercado sobre planos de saúde e seguros de saúde”, denota o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), sublinhando que “são produtos “totalmente diferentes”.

Por outro lado, José Galamba de Oliveira adianta que esta “confusão” resulta do facto de “as pessoas quando estão a comprar não estão a ser suficientemente informadas ou, pelo menos, quem está a vender não explica claramente qual é diferença entre um seguro e um plano de saúde“. “É um produto que está um bocadinho em terra de ninguém”, atira.

Nesse sentido, apesar de sublinharem que a proposta de regulamentação dos planos de saúde é “bem-vinda” e de aplaudirem a iniciativa, ambos consideram que “vem tarde”. “Valia a pena acelerar o processo [para haver] maior clarificação, nomeadamente porque os planos de saúde não estando sujeitos, até agora, a um acompanhamento estrito por parte da ASF. E a verdade é que acabam por ter mais liberdade, por exemplo, em termos de marketing, nomeadamente em termos de spots de televisão, que, porventura, se o produto fosse mais regulado teria que passar por outro crivo em termos da informação disponível”, admite Oscar Gaspar, em declarações ao ECO.

Tanto Oscar Gaspar como José Galamba de Oliveira realçam que “há espaço para os dois produtos”, dado que estes respondem a “necessidades de saúde” e objetivos diferentes”, mas consideram fundamental regular os planos de saúde e apostar na literacia.

“Mesmo no seguro também é importante que as pessoas tenham a noção exata do que estamos a falar porque, por vezes, faz diferença ter uma cobertura em termos de internamento de 10 mil euros ou de 50 mil euros. Pode fazer a diferença, por exemplo, entre a pessoa ter uma cobertura para um problema oncológico ou não ter“, sublinha Oscar Gaspar.

Com SNS sob pressão, procura por seguros de saúde tem disparado

Numa altura em que o SNS enfrenta constrangimentos e que há mais de 1,7 milhões de portugueses sem médico de família atribuído, a procura por seguros de saúde tem disparado nos últimos anos. “É uma tendência que tem vindo a manifestar-se de forma mais intensa desde 2019, mesmo antes da Covid“, realça, o presidente da associação que representa os hospitais privados e que têm como “principais clientes” esta franja da população.

De acordo com o Observatório dos Seguros de Saúde, em 2022 havia cerca de 3,7 milhões de pessoas em Portugal com seguro de saúde, enquanto os subsistemas públicos abrangiam 1,6 milhões de cidadãos. Na prática, isto significa que cerca 37% da população portuguesa tem seguro de saúde.

O valor médio das apólices de grupo (empresariais) era, nesse ano, de 303 euros por pessoa. Já um estudo da Aon, divulgado pelo Expresso, aponta que este ano as empresas deverão pagar, em média, mais 10% pelos planos de saúde dos seus trabalhadores.

Entre as principais razões apontadas pelos consumidores para adquirir um seguro de saúde, segundo o Observatório, é a dificuldade de acesso a serviços do SNS (43%), bem como a redução do tempo de espera na marcação de consultas, exames ou tratamentos (quase 26%). Por outro lado, os cidadãos valorizam ainda a liberdade de escolha na hora de decidirem o médico pelo qual querem ser tratados ou observados (20,1%).

“Isto faz uma diferença muito grande entre uma ida ao SNS — em que por norma a pessoa é atendida pelo médico que esteja — ou ter um seguro de saúde e fazer a marcação direta com o clínico que pretende”, nota Oscar Gaspar. Além disso, 23,6% dos inquiridos apontam ainda a “maior qualidade dos serviços prestados no privado”, dado que o setor aposta numa tecnologia mais inovadora.

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