PSD: Orçamento do Estado para 2017 é “sobrevivência política” a curto prazo
Este é um OE que "agrava a austeridade" e que cria "duas ilusões": uma nos portugueses na reposição dos rendimentos gradual e empurrada, outra em Bruxelas de "prudência orçamental".
O PSD atacou esta terça-feira o Orçamento do Estado para 2017 apresentado na passada sexta-feira, após uma avaliação da comissão permanente do partido. Maria Luís Albuquerque falou num OE2017 “a curto prazo” para garantir a “sobrevivência política” da esquerda.
Este é um Orçamento que “agrava a austeridade” e que cria “duas ilusões”: uma nos portugueses na reposição dos rendimentos gradual e empurrada para o final do ano, outra em Bruxelas de “prudência orçamental”. Maria Luís Albuquerque acusa ainda o Governo de “agravar os impostos em setores de recuperação económica”, citando o turismo e o imobiliário com o agravamento da taxa aplicada ao alojamento loca e com o imposto adicional ao IMI.
A ex-ministra das Finanças acusa os “donos da sensibilidade social” de não fazerem o aumento extraordinário de 10 euros para as pensões mais baixas, uma opção “incompreensível”. Maria Luís Albuquerque classifica mesmo de “vergonhoso” o argumento de que as pensões mínimas foram atualizadas no seu Governo, atacando o fim da contribuição extraordinária e solidariedade para as penões mais altas.
"Este é um Orçamento que agrava a austeridade e que cria duas ilusões: uma nos portugueses na reposição dos rendimentos gradual e outra em Bruxelas de prudência orçamental.”
O ataque alarga-se às previsões macroeconómicas e às contas públicas. Maria Luís Albuquerque argumenta que Mário Centeno não atualizou a receita fiscal para este ano, o que vai contra os relatórios de execução orçamental de agosto e setembro, que o Ministério das Finanças já conhecerá. “Uma ficção”, classificou a deputada do Partido Social Democrata.
“O modelo económico falhou”, sentenciou, e tal não se deveu ao enquadramento externo, argumentou, porque a Irlanda e Espanha estão a crescer mais do que Portugal. Para Albuquerque a causa é a “incerteza permanente”, uma consequência das políticas do Governo e o impacto que têm nas expectativas dos agentes económicos.
Editado por Paulo Moutinho
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