Colapso da Corticeira em dia negro na bolsa

A praça lisboeta encerrou a semana, tal como começou: no vermelho. O PSI-20 desvalorizou esta sexta-feira 1,36%, para os 4.477,99 pontos, em mais um dia negro marcado pelo colapso da Corticeira Amorim. As ações da empresa liderada por António Rios Amorim tombaram 7,85%, para os 7,97 euros, mas chegaram a derrapar perto de 11%, depois de ontem ter sido divulgado que Américo Amorim vendeu uma participação de 10% na Corticeira através de uma venda privada a institucionais, operação que resultou num encaixe de 105 milhões de euros.

Ações da Corticeira na última semana

Contudo, foram os deslizes dos títulos do setor energético que mais contribuíram para a desvalorização do índice de referência nacional somaram ganhos num dia em que apenas três cotadas registaram ganhos. As ações da EDP perderam 2,03%, para os 2,85 euros, enquanto as da sua participada EDP Renováveis recuaram 1,71%, para os 6,37 euros, depois de ambas terem apresentado ontem uma quebra dos seus lucros, no final do terceiro trimestre. Já os títulos da Galp deslizaram 1,71%, para os 11,81 euros, em sintonia com as cotações do petróleo que seguem com fortes perdas nos mercados internacionais.

De salientar ainda o recuo de 2,69%, para os 1,16 euros, por parte das ações do BCP, no dia em que termina o prazo para a entrega de propostas para o Novo Banco. Já o concorrente BPI viu os seus títulos ficarem inalterados nos 1,13 euros.

Nota positiva, para a Mota-Engil (+1,25%), Pharol (+0,4%) e Sonae Capital (+0,29%).

O sentimento negativo que se assistiu esta sexta-feira na praça lisboeta ainda assim foi mais contido face às pares europeias. O Stoxx 600 recuou mais de 2%, pressionado pelos receios em torno das eleições presidenciais dos EUA na próxima terça-feira.