Nuno Amado: “Temos que ter a CGD pública”
o presidente do BCP mudou de opinião. Se há alguns anos defendia a CGD privada, agora defende que deve ser do Estado. É "para não sermos ingénuos", diz.
O presidente do BCP, Nuno Amado, destacou hoje a importância de Portugal manter a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como um banco público, considerando que a nova realidade do setor bancário não permite outra opção.
“Hoje sou defensor da existência de um banco público em Portugal. Não pensava assim há três, quatro ou cinco anos, achava até que era um erro para o país. Mas hoje acho que temos que ter a CGD pública para não sermos ingénuos“, afirmou o líder do maior banco privado português.
Nuno Amado participava num debate promovido pelo Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), em Lisboa, tendo admitido que as alterações no setor nos últimos anos, e a própria evolução na realidade do bloco de países que partilham a moeda única europeia, o levaram a alterar o modo como olha para a CGD.
“Eu estou cada vez mais radical e acho que o Estado não deve estar na economia, deve regular a economia“, lançou, apontando para setores como o do cimento, do papel e das telecomunicações, mas abrindo uma exceção para a banca.
“No enquadramento que hoje temos, acho que devemos manter um banco público. Não era este o meu entendimento, mas agora é“, reforçou.
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