Consumo de petróleo só abranda depois de 2040
Apesar de todas as promessas feitas no Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, o consumo de petróleo não vai abrandar até 2040. A culpa é, segundo a AIE, da falta de alternativas ao petróleo.
A procura global por petróleo não vai abrandar antes de 2040. O consumo da matéria-prima vai continuar a aumentar e a culpa é da atual falta de alternativas. Mas a Agência Internacional de Energia (AIE) alerta que o futuro sobre a energia global depende de um fator: das políticas dos governos.
“A era dos combustíveis fósseis parece estar longe de terminar”, diz Fatih Birol, o diretor executivo da AIE. A melhoria da eficácia nos motores movidos a gasolina e um aumento do número de veículos elétricos na estrada não são suficientes para parar este aumento do consumo de petróleo, acrescenta o responsável.
"A procura por petróleo vai continuar a aumentar porque há atualmente poucas alternativas para o transporte rodoviário, aviação e petroquímicos (…) A era dos combustíveis fósseis parece estar longe de terminar”
Apesar do Acordo de Paris, que entrou em vigor a 4 de novembro para se combater o aquecimento global, a falta de alternativas parece ser a culpada pelo aumento do consumo da matéria-prima. Fatih Birol explica que “há atualmente poucas alternativas ao petróleo para o transporte rodoviário, aviação e petroquímicos”.
O responsável nota que o maior investimento nas energias renováveis ainda não é suficiente. “As renováveis vão fazer progressos significativos nas próximas décadas, mas permanecem limitadas à geração de eletricidade”, explica o diretor executivo da AIE, acrescentando que o próximo obstáculo para estas energias será o “aumento da sua utilização nos setores industrial, construção e transportes, onde existe um enorme potencial de crescimento”.
A AIE deixa um alerta: o futuro sobre a energia global depende das políticas dos governos. “Vemos claros vencedores nos próximos 25 anos — o gás natural mas especialmente a energia solar e eólica — que vão substituir o vencedor dos últimos 25 anos, o carvão”, diz a agência. “Mas, na prática, as políticas dos governos vão determinar o que acontece daqui para a frente.”
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