Marques Mendes: “António Domingues fica na Caixa”
Marques Mendes garante que o presidente da Caixa já comunicou a sua decisão às Finanças. A equipa poderá perder até quatro elementos se o TC não aceitar manter a confidencialidade das declarações.
António Domingues vai manter-se em funções. A garantia foi dada esta noite por Marques Mendes no seu espaço semanal de comentário na Sic.
“António Domingues já tomou decisão e já a comunicou ao Ministério Finanças e até o terá feito por escrito”, disse Marques Mendes. “E os gestores da Caixa já decidiram que vão cumprir a lei “entregando as suas declarações de rendimentos e de património “e pedir, ao mesmo tempo, que haja confidencialidade”, acrescentou.
Mas mesmo que o Tribunal Constitucional não concorde “então os dirigentes, na sua maioria, vão decidir ficar em funções. A sair, no máximo serão três a quatro, sendo que dois serão os estrangeiros”, acrescentou, numa referência a Herbert Walter e Ángel Corcostegui.
Marques Mendes considera que “esta novela já dura a tempo demais e já ninguém tem paciência” e sublinha que o cerne da questão é que tenha existido um acordo entre o Governo e os gestores para não divulgarem as suas declarações de rendimentos e património. “O grave é que tenha existido acordo. Mais grave do que se o acordo foi ou não escrito, foi, além de o Governo ter feito o acordo, esconde-o, porque sabia que era um erro colossal”.
O comentador deixou ainda uma nota para os gestores: “Lei é lei”, ou seja, as declarações são para entregar sem “tentar provocar o poder político com atrasos e “a fazer ouvidos de mercador aos apelos de rapidez” na resolução da questão.
Marques Mendes deixou ainda uma nota para a “notícia positiva, excelente para o BCP e para a banca em geral”, a compra de 16,7% do capital do BCP por parte dos chineses da Fosun. O comentador relembrou que os chineses que já “detém vários investimentos em Portugal” e que são “um referencial de solidez” querem reforçar esta posição para os 30%, sendo de esperar que os angolanos da Sonangol façam o mesmo. “Uma prova de confiança no banco e de equilíbrio”, disse.
O comentar elogia “as circunstâncias em que foram feitas as negociações, que decorreram de forma consensual”.
E concluiu com outra novidade: no dia em que foi conhecida a entrada da Fosun no capital do BCP com 16,7% do capital, Mendes revelou que o banco liderado por Nuno Amado vai pagar, em fevereiro de 2017, os 750 milhões de euros que ainda deve ao Estado em CoCo’s (obrigações contingentes).
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