Com a OPEP em desacordo, petróleo cai mais de 3%
Os preços do petróleo estão a derrapar mais de 3% nos mercados internacionais. O barril negoceia-se abaixo dos 50 dólares por barril, numa altura em que um acordo da OPEP parece cada vez mais longe.
O preço do petróleo nos mercados internacionais continua a cair e está abaixo da linha dos 50 dólares, numa altura em que volta a haver dúvidas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegue a um acordo para cortar na produção da matéria-prima. Falta menos de uma semana para a reunião do cartel, que deverá acontecer a 30 de novembro, em Viena (Áustria).
Neste contexto, e face à expectativa, as quedas no preço do petróleo ultrapassam os três pontos percentuais: em Londres, o preço do barril cai 3,24% para 47,41 dólares, enquanto em Nova Iorque, o barril de crude para entrega em janeiro negoceia-se a 46,35 dólares, uma derrapagem de 3,36%. Ainda assim, esta semana, os preços registaram já subidas de aproximadamente 3% e de 2% nos contratos de Brent e WTI, respetivamente. É a segunda semana consecutiva de valorização, apesar das perdas desta quinta-feira.
Preços do petróleo estão a afundar mais de 3%
De acordo com a agência Bloomberg, Noureddine Boutarfa, ministro da Energia da Argélia, vai viajar este sábado a Teerão, capital do Irão, numa tentativa de ajudar ajudar a desbloquear um possível acordo na reunião da OPEP da próxima quarta-feira. No entanto, as esperanças têm vindo a esvair-se, depois da Arábia Saudita adiar para segunda-feira as conversações com os produtores fora da organização. Segundo a agência, o cartel ainda não chegou internamente a um acordo sobre como aplicar os cortes na produção, medida que, a verificar-se, fará subir os preços do crude.
Bob Yawger, responsável da Mizuho Securities, disse à Bloomberg que “o mercado está cético quanto a capacidade da OPEP de chegar a um acordo. Já faltam poucos dias para a reunião [dos países produtores] e os preços não estão a ir na direção que os membros da OPEP gostariam. Ainda espero que cheguem a um qualquer acordo fraco, o que fará pouco, mas poderão nem sequer ser capazes de fazer isso”, defendeu.
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