Coentrão e Pepe também esconderam lucros em paraísos fiscais
Os internacionais portugueses terão mantido mais de 7 milhões de euros, oriundos de direitos de imagem, em paraísos fiscais.
As revelações do “Football Leaks“, a maior fuga de informação da história do desporto, não têm parado. Desta vez os envolvidos são Fábio Coentrão e Pepe. Os internacionais portugueses terão usado paraísos fiscais para esconder as receitas relativas aos seus direitos de imagem, que totalizam mais de sete milhões de euros. A informação é avançada pelo Expresso, jornal que faz parte do consórcio de jornalistas European Investigative Collaborations, responsável por esta investigação massiva que já indicou os nomes de Cristiano Ronaldo e José Mourinho como utilizadores de offshores.
Coentrão serviu-se da empresa Rodinn, sediada no Panamá, para canalizar os direitos de imagem que iria auferir com a transferência para o Real Madrid, em 2011. Nesse ano, o jogador ainda era considerado residente fiscal em Portugal; contudo não declarou os 3,5 milhões de euros dos direitos de imagem, tendo estes seguido diretamente para o paraíso fiscal.
Vendo-se sob investigação da Agência Tributária Espanhola por estar ligado à Gestifute, Fábio Coentrão decidiu, por sua iniciativa, declarar às autoridades portuguesas esse valor, tendo pago posteriormente a taxa de 28% que é aplicada a estes rendimentos e os juros pelo atraso na declaração. Neste momento, o defesa português tem esta situação regularizada.
Por sua vez, Pepe ganhou 3,77 milhões de euros com os seus diretos de imagem. Contudo, estes não foram pagos diretamente ao jogador, tendo passado pela sua empresa, a Weltex Capital Limited. Esta foi criada em julho de 2007 e tem sede nas Ilhas Virgens Britânicas. Ao contrário da situação de Coentrão, ainda não se sabe se Pepe declarou estes rendimento e pagou os encargos.
O consórcio de jornalistas tinha já divulgado o envolvimento de Cristiano Ronaldo e de José Mourinho em casos semelhantes, tendo sido garantido pela Gestifute que ambos têm as obrigações fiscais em dia. Por outro lado, o Real Madrid, clube dos três jogadores portugueses, negou quaisquer incumprimentos fiscais.
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