Crédito à habitação encolhe. Consumo acelera
O crédito continua a encolher, apesar do ritmo de quebra estar a desacelerar. Tanto para a empresas como para famílias, os saldos reduziram-se novamente em novembro. Só o crédito ao consumo cresce.
O crédito está barato, mas é pouco… e cada vez menos. Apesar do crescimento expressivo das novas operações este ano, o saldo do crédito concedido pela banca à economia continua a encolher. Tanto nas empresas como na famílias o valor total dos empréstimos vivos continua a cair, sendo a exceção o crédito para o consumo.
O valor total em crédito para empresas e famílias caiu para 197.485 milhões em novembro. Este montante representa uma quebra de 0,13% face ao mês anterior, ainda assim a menor quebra mensal desde junho, de acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE). Esta redução é justificada com maior expressão pela quebra nas empresas (-0,2%) que nas famílias (-0,08%).
Os empréstimos vivos concedidos a empresas cifraram-se, em novembro, nos 79.043 milhões, já os das famílias estão em 118.442 milhões, com o crédito para a habitação a representar a maior “fatia” apesar de também continuarem em queda.
Mesmo com o forte crescimento dos novos empréstimos para a habitação, o saldo encolheu em 0,17% para 95.541 milhões. Esta evolução reflete o facto de os juros historicamente baixos associados aos créditos para a compra de casa estarem a permitir acelerar a amortização dos valores em dívida a um ritmo ainda mais rápido do que aquele a que estão a ser concedidos novos financiamentos.
Entre as famílias, só mesmo o crédito ao consumo cresce. De acordo com os dados do BCE, o valor dos empréstimos destinados ao consumo está em 13.920 milhões de euros, um crescimento de 0,37% face a outubro. Esta tendência de aumento verifica-se há oito meses, sendo esta evolução explicada essencialmente pelo maior recurso a este financiamento para a compra de automóveis.
Enquanto nos restantes créditos destinados às famílias, o saldo prepara-se para registar mais uma quebra anual, no caso dos empréstimos ao consumo deverá verificar-se um crescimento de 13,89% para o valor mais elevado em cerca de três anos e meio. Este aumento é bastante mais expressivo do que aquele que já se tinha registado em 2015: 0,75%.
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