União da Janus e Henderson cria gigante de 285 mil milhões

O crescimento dos ativos sob gestão e dos lucros são as razões apontadas pelas duas gestoras de ativos para justificar a fusão das duas empresas.

O mercado foi surpreendido esta segunda-feira pelo anúncio do casamento entre o grupo britânico Henderson e a norte-americana Janus Capital. A fusão entre as duas empresas irá cria um gigante do setor de gestão de ativos de 285 mil milhões de euros (320 mil milhões de dólares), numa operação que visa fazer crescer os montantes de ativos geridos bem como os lucros. O acordo visa alcançar poupanças em custos anuais na ordem dos 110 milhões de dólares.

Esta fusão dará origem à Janus Henderson Global Investors, com um valor de mercado conjunto de cerca de cerca de 5,3 mil milhões de euros (cerca de 6 mil milhões de dólares), de acordo com uma declaração conjunta das duas empresas financeiras divulgada esta segunda-feira. No mesmo comunicado é anunciada ainda a intenção da seguradora japonesa em reforçar para, pelo menos 15%, a sua posição na empresa resultante da fusão.

As ações da britânica Henderson reagem esta manhã em forte alta ao anúncio deste negócio. O título segue a valorizar 15,43%, depois de ter chegado a disparar 20,2%, o que corresponde ao maior ganho desde janeiro de 2009.

Para este negócio está previsto que os investidores da Janus – a nova casa de Bill Gross – recebam 4.719 ações da nova empresa, por cada título que detenham da Janus. Já os investidores irão deter 57% do capital da nova companhia, com 43% da participação a ficar nas mãos dos acionistas da Janus, segundo refere o comunicado divulgado hoje.

"Esta é uma oportunidade para partilhar os benefícios do negócio global.”

Keith Baird

Analista da Cantor Fitzgerald Europe

De salientar que desde que Richard Weil assumiu o cargo de presidente executivo do Janus Capital, em 2010, a gestora de ativos norte-americana tem diversificado a sua atividade internacional, em especial na Ásia. Em 2014, Weil foi buscar o investidor Bill Gross à Pacific Investment Management, para gerir o Global Unconstrained Bond Fund, fundo que tem atualmente 1,4 mil milhões de ativos sob gestão.

“Esta é uma combinação transformacional para ambas as empresas”, afirmou Richard Weil no comunicado hoje divulgado. “A Janus traz uma grande plataforma nos mercados norte-americanos e japoneses que é complementada pela força da Henderson no Reino Unido e nos mercados europeus”, acrescentou.

Está previsto que o negócio entre as duas gestoras de ativos seja fechado no segundo trimestre de 2017. O negócio combinado terá residência fiscal no reino Unido e terá a sua estreia na bolsa de Nova Iorque.

 

 

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PSD quer esclarecimentos de Centeno no parlamento sobre execução orçamental e CGD

  • Lusa
  • 3 Outubro 2016

O PSD vai requerer a audição urgente do ministro das Finanças na comissão parlamentar de Orçamento, para Mário Centeno explicar os dados da execução orçamental e falar sobre a Caixa Geral de Depósitos

Num requerimento ao presidente da comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, que dará entrada esta manhã na Assembleia da República, os sociais-democratas consideram que os dados da execução orçamental divulgados na semana passada e as declarações posteriores de Mário Centeno, bem como a situação da Caixa Geral de Depósitos exigem a “presença imediata no parlamento” do ministro das Finanças.

Em declarações à Lusa, o deputado do PSD Duarte Pacheco adiantou que foram essas questões que “precipitaram o pedido” de audição parlamentar, que deverá ocorrer “no máximo no início da próxima semana”, já que não pode esperar pelo processo orçamental. O Orçamento do Estado para 2017 será apresentado, segundo o calendário da própria Assembleia da República, no dia 14 de outubro.

Recordando que na semana passada foram divulgados resultados da execução orçamental que mostram “uma quebra muito grande na receita fiscal e uma economia estagnada”, Duarte Pacheco disse não compreender “a inverdade de todo o tamanho” que Mário Centeno transmitiu sobre esses mesmos números.

“O ministro disse que os dados estavam em linha com o que estava no Orçamento, quer do lado da despesa, quer do lado da receita”, lembrou, considerando que Mário Centeno tem de explicar “o equívoco e corrigir as suas declarações”.

Relativamente à CGD, no requerimento o PSD fala na persistente “clara falta de rumo” sobre o plano de reestruturação – “não se percebendo quando vai ser realizado e qual o seu impacto” – e recorda as recentes declarações do presidente do banco público que referiu que o Governo não deu qualquer indicação à administração para proceder a uma auditoria independente e revelou que considera que tal auditoria não deveria ser da responsabilidade do banco, ao contrário do que determinou o Governo.

"Em junho o parlamento discutiu uma proposta do PSD no sentido de ser efetuada uma auditoria externa e independente à CGD, rejeitada pelos partidos da esquerda com o argumento de que o Governo deliberara incumbir a CGD de proceder a uma auditoria idêntica, que incidisse sobre os atos de gestão praticados a partir de 2000 – a qual, soube-se agora, o Governo não deu instruções à administração da CGD para realizar”

Requerimento do PSD

“Alguém não está a falar a verdade”, sublinhou Duarte Pacheco, defendendo que o ministro das Finanças tem de explicar “se pediu ou não a auditoria, se se esqueceu ou se mudou de ideias”.

No requerimento, os sociais-democratas indicam ainda dois outros temas sobre os quais gostariam de ter esclarecimentos de Mário Centeno: “os atrasos preocupantes na implementação da Lei de Enquadramento Orçamental e o ponto de situação do profundo reexame da despesa a todos os níveis da administração pública, com que o Governo português se comprometeu junto da Comissão Europeia”.

“Esta desorientação e falta de seriedade do Governo exigem, desde já, esclarecimentos cabais que tornam indispensável a audição urgente do ministro das Finanças, independente do processo orçamental que se avizinha”, salientam os sociais-democratas no requerimento.

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Como convencer Wall Street a parar de trabalhar

  • Bloomberg
  • 3 Outubro 2016

Desde que saiu de Wall Street, Khemaridh Hy começa seu dia às 5:15 com um selfie no Snapchat e a mensagem “Momento da prática diária. Esteja presente no agora!”.

Após 20 minutos de meditação, ele dirige-se ao elevador e posta no Twitter uma frase do filósofo Lao Tzu, aquela que começa assim: “Pare de partir e você chegará”. Sai para tomar café e escreve no blog sobre “o número” — a quantia que uma pessoa precisa de guardar para sair do mercado financeiro.

“Se o número permite que você viva um perfil como o dos títulos, lembre-se que você também é uma opção de venda a descoberto”, escreve Hy em seu Macbook. “Na jornada da vida, não queremos ser opções de compra a descoberto?”

Talvez tudo isso venha com a roupagem dos novos tempos, tingida por jargões financeiros enigmáticos e possivelmente indecifráveis para a maioria dos mortais, mas os devotos de Hy leem cada palavra. Eles acreditam que Hy conhece o segredo. Afinal, ele deixou a BlackRock aos 35 anos, quando atuava como chefe de pesquisa em Nova Iorque de um fundo da instituição com uma carteira de 19,5 mil milhões de euros (22 mil milhões de dólares).

Na jornada da vida, não queremos ser opções de compra a descoberto?

Khemaridh Hy

Isso foi há 17 meses. Agora, Hy é o pastor de alguns e seu credo tem a ver, como ele diz, com “ser seu eu mais autêntico”. Ele posta incansavelmente sobre assuntos diversos, distribuindo conselhos — desde banho gelado em prol da resistência mental até a ingestão de apenas quatro sobremesas por semana — e escrevendo interpretações sobre, entre outras coisas, por que os skaters acabam por ser bons funcionários.

Com meros 2.000 seguidores, você poderia pensar que ele estaria envergonhado. Mas por trás dos números há pelo menos uma pessoa de cada um dos 60 principais hedge funds do mundo, representando aproximadamente 675 mil milhões de dólares em ativos.

Entre os seguidores dele estão Ross Garon, ex-diretor-gerente da SAC Capital Advisors que dirige a área de investimento quantitativo da Point72 Asset Management, e Mark Godvin, sócio da HBK Capital Management. Brad Katsuyama, fundador da mais recente operadora de bolsa de valores dos EUA, a IEX Group, recomenda que seus funcionários leiam o site de Hy, RadReads, para expandirem a mente. “Autorreflexão ou autoconhecimento”, diz Katsuyama, “é extremamente importante.”

Os seus textos mais recentes tocaram em tópicos como a prática exigida para alcançar a paz interior e o que ele descreveu como “encontrar a alegria na Introspeção Incómoda”. Ele prega sobre a sua descoberta de que fazer o que gosta e trabalhar no mercado financeiro não precisam de ser ideias excludentes. Ele está ligeiramente obcecado com o medo da morte e com o que as pessoas podem aprender com isso.

Ao mesmo tempo, ele tem uma preocupação mais mundana, a respeito do que vai fazer da vida. Hy tem muitos aspetos já decididos, mas reconhece que, em algum momento, terá de ganhar dinheiro novamente, monetizando de alguma forma seu website RadReads, criando um negócio ou aceitando um emprego. Ele ainda está a tentar harmonizar “o número”.

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Benfica aposta no mercado… dos vestidos de noiva

O clube de futebol vai apresentar a sua coleção de vestidos de noiva na próxima quinta-feira e diz que o objetivo é atingir um mercado de luxo.

O Benfica vai entrar no mercado de luxo dos vestidos de noiva. O clube diz que há muitos casais à procura deste tipo de produto para terem o Benfica presente num dia importante das suas vidas. A apresentação da coleção será na próxima quinta-feira.

O diretor de merchandising e licenciamento do clube explicou à TSF que “tínhamos vários pedidos de noivas que queriam um ou outro elemento que as ligue ao Benfica”. José Simão recorda que o Benfica já vendeu edições especiais de relógios e que fez uma parceria com uma agência funerária.

Design e criação dos vestidos fica a cargo da estilista Micaela Oliveira e vão fazer parte da lista de produtos oficiais do clube.
Design e criação dos vestidos fica a cargo da estilista Micaela Oliveira e vão fazer parte da lista de produtos oficiais do clube.

Os vestidos de noiva poderão ser personalizados, com alguns modelos em branco mas também com tons de vermelho. O diretor de merchandising diz mesmo que há um modelo que terá “elementos distintivos da águia como penas que o ligam ao imaginário Benfica“.

Ao todo, as noivas podem escolher entre 24 modelos e os preços variam entre os cinco e os oito mil euros.

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Ministro da Economia alemão critica gestão do Deutsche Bank

Entre o riso e o choro, Sigmar Gabriel sugeriu a ironia da situação do banco alemão. O ministro da Economia alemão não poupou críticas ao Deutsche Bank.

A situação do Deutsche Bank é irónica. Quem o diz é o vice-chanceler alemão que atacou a incongruência da gestão do banco de apoiar-se e, ao mesmo tempo, culpar a “forte especulação” em torno do banco alemão.

"Eu não sei se ria ou se fique zangado que, o banco que fez da especulação o seu modelo de negócio, agora se declare uma vítima dos especuladores.”

Sigmar Gabriel

Citado pela Bloomberg num avião a caminho do Irão

O líder do partido de coligação SPD (centro-esquerda), Sigmar Gabriel demonstrou ainda preocupação com o facto do Deutsche Bank ser o maior credor da economia alemã, para além de ser o maior banco europeu de investimento. Se o problema não for resolvido, os efeitos na economia podem vir a ser consideráveis.

Mas verdadeira preocupação do ministro da Economia está nos trabalhadores do Deutsche Bank, aos quais o presidente executivo John Cryan se dirigiu na semana passada. Na carta enviada, Cryan culpou as forças do mercado como razão da destruição do banco alemão. Ao todo o banco emprega 101 mil trabalhadores, metade dos quais na Alemanha.

As declarações de Sigmar Gabriel confirmam a oposição do governo alemão a uma resolução estatal do banco. Berlim, com as eleições no próximo ano à porta, não está aberto a essa hipótese.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa

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ING vai despedir 7.000 trabalhadores

O ING diz que planeia dispensar milhares de trabalhadores e investir na plataforma digital para alcançar poupanças de custos de 900 milhões de euros.

O ING Groep diz que planeia eliminar 7.000 postos de trabalho e investir nas suas plataformas digitais. O banco diz que o corte do número de empregos serve apenas para juntar as plataformas de tecnologia e os centros de controlo de risco, assim como para ajudar a lidar com as pressões regulatórias e taxas de juro baixas.

Os despedimentos representam menos de 12% dos 52.000 funcionários, uma vez que quase 1.000 despedimentos devem acontecer a nível dos fornecedores e não da própria empresa.

A maior empresa de serviços financeiros da Holanda adianta à Reuters que vai investir 800 milhões de euros em tecnologia, um processo que vai decorrer ao longo dos próximos cinco anos em Espanha, Itália, França, Áustria e República Checa. O investimento, em conjunto com os despedimentos, devem permitir que o ING alcance uma poupança de custos na ordem dos 900 milhões de euros.

A dispensa dos funcionários deve focar-se na Holanda e no Benelux, com o despedimento de 3.500 na Bélgica e de 2.300 na Holanda.

Na sexta-feira, jornal holandês Het Financieele Dagblad já tinha avançado que o banco poderia juntar-se ao cenário sombrio do setor bancário, anunciando a dispensa de milhares de empregados no investor day, que decorre esta segunda-feira.

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Costa quer regras diferentes nas pensões mínimas

Esquerda quer aumento de 10 euros, mas num universo diferente. Costa apontou para regras diferentes, mas no futuro. Para 2017 ainda está (quase) tudo em aberto.

É uma posição “pessoal”, mas que pode tornar-se real nesta legislativa. O primeiro-ministro defendeu, em entrevista ao Público, que quer regular as pensões mínimas atribuídas pela Segurança Social, mas o assunto “não está agenda”.

Tem-se “generalizado a ideia, que não é correta, de que todas as pensões mínimas correspondem a baixos rendimentos”, apontou. António Costa pretende limitar a atribuição destas pensões consoante o rendimento dos pensionistas, mas a mudança não vai estar presente no Orçamento do Estado para 2017.

Na agenda está o aumento das pensões no geral, mas com proposta diferentes do PCP e do BE. Jerónimo de Sousa quer um aumento de dez euros para todas as pensões. Catarina Martins quer o mesmo valor, mas limita o universo a pensões até aos “600 e poucos euros”. Ambos querem um “aumento real”, mas Costa ainda não decidiu o que vai constar do OE.

Depois da reposição dos salários dos funcionários da função pública, não haverá – pelo menos em 2017 – atualizações aos salários. António Costa empurra esse aumento para 2018. Na mesma entrevista, António Costa admite ainda que economia deverá crescer pouco mais de 1%.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa.

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Bolsa nacional em alta com ganhos da Jerónimo Martins

A praça lisboeta arranca a semana no verde, com as pares europeias a oscilarem entre ganhos e perdas ligeiras, depois de na sexta-feira passada terem surgido notícias positivas sobre o Deutsche Bank.

A praça lisboeta inicia a semana em terreno ligeiramente positivo. O índice PSI 20 sobe 0,16%, para os 4.604,94 pontos, com oito títulos em terreno positivo, seis em queda e três inalterados.

Já as pares europeias oscilam entre ganhos e perdas ligeiras, num dia em que o Deutsche Bank volta a estar no centro das atenções depois das notícias de sexta-feira a aponta para um corte para menos de metade dos 12,5 mil milhões de euros (14 mil milhões de dólares) do valor da multa de que o banco alemão é alvo nos EUA. Hoje também está a ser noticiado que o Deutsche Bank vai fechar um acordo para a eliminação de mil postos de trabalho. De salientar que a bolsa de Frankfurt estará hoje fechada, onde são transacionadas as ações do deutsche Bank.

A bolsa nacional está a ser suportada pelo avanço de 0,84%, para os 15,565 euros, das ações da Jerónimo Martins. Os ganhos ocorrem depois de na sexta-feira ter sido conhecido que a retalhista elevou os ordenados nas lojas Biedronka na Polónia, com efeitos a partir do dia 1 de outubro. Trata-se do segundo este ano. Foi ainda comunicado pela empresa que o valor estimado da venda da unidade Monterroio à Sociedade Francisco Manuel dos Santos ascende aos 310 milhões de euros, permitindo uma mais-valia de 75 milhões de euros.

Já à Pharol compete lidera os ganhos do PSI 20, com as suas ações a somarem 4,58%, para os 25,1 cêntimos. As ações da Sonae Capital também se destacam entre os ganhos, depois de a empresa ter anunciado na sexta-feira passada que concretizou, por aproximadamente 1,75 milhões de euros, a alienação da participação indireta de 15% que detinha na Operscut – Operação e Manutenção de Auto-Estradas à EGIS ROAD OPERATION. As suas ações somam 1,62%, para os 69 cêntimos.

Em alta referência também para o BCP, cujos títulos avançam 0,81%, para os 1,55 cêntimos.

Já as quedas são lideradas pela EDP renováveis, cujos títulos perdem 0,7%, para os 7,096 euros.

Entre as 600 maiores cotadas europeias que integram o Stoxx 600, referência para o Grupo Henderson, cujas ações disparam 16,47%, depois do anúncio de fusão da gestora de ativos britânica com a par norte-americana Janus. As duas empresas irão dar lugar a um gigante do setor de 5,3 mil milhões de euros (6 mil milhões de dólares), em valor de mercado. O Stoxx Europe 600 desliza 0,21%, para os 342,71 pontos.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

A discussão sobre o eventual corte dos fundos comunitários a Portugal e o acompanhamento da situação do Deutsche Bank serão alguns dos principais temas que os investidores devem ter hoje em atenção.

Estrasburgo analisa corte aos fundos comunitários de Portugal

Esta segunda-feira, arranca em Estrasburgo a segunda parte do debate sobre a aplicação de eventuais sanções a Portugal por incumprimento das metas do défice. A discussão que avaliará a possibilidade da suspensão dos fundos estruturais a Portugal ganha especial relevância tendo em conta que se realiza a escassos dias da apresentação da proposta de Orçamento do Estado de 2017. A discussão começa às 17:00.

E agora Espanha?

A demissão de Pedro Sanchez da liderança do PSOE, em Espanha, durante o fim de semana, poderá ajudar a resolver o impasse em torno da formação de um novo governo. Será importante acompanhar as novidades em torno deste tema ao longo do dia de hoje, bem como a forma como os investidores irão reagir.

Deutsche Bank na linha de fogo

Os últimos dias têm sido marcados pela instabilidade em torno do Deutsche Bank e do sistema financeiro europeu, em geral. Na última sexta-feira, o banco germânico beneficiou de algum alívio da pressão, depois de ter sido noticiada a possibilidade da multa de 12,5 mil milhões de euros (14 mil milhões de dólares) de que é alvo nos EUA pela venda de ativos imobiliários de baixa qualidade durante o subprime poder vir a ser cortada para menos de metade. As ações do Deutsche Bank acabaram por terminar a última sessão a disparar 6,39%, naquele que foi o melhor registo em seis meses. Será importante acompanhar a evolução do título na sessão de hoje.

Será que a vitória do Brexit fez danos na economia?

São divulgados hoje dados do índice PMI da indústria na Zona Euro, mas também no Reino Unido, relativos a setembro. No caso do Reino Unido a divulgação deste dado poderá ser importante para avaliar eventuais danos resultantes do voto favorável ao Brexit no referendo de 23 de junho deste ano. O Banco de Inglaterra sinalizou um novo corte das taxas de juro em novembro, mas caso o PMI saia muito positivo poderá mudar os planos do banco central.

Produção fabril nos EUA avaliada

A saúde da economia dos EUA volta a estar no radar dos investidores. Hoje o “Institute for Supply Management” divulga dados sobre a produção fabril em setembro na maior economia do mundo. A expectativa do mercado vai no sentido de uma estagnação após a contração que ocorreu no mês anterior, reforçando a debilidade que tem afetado este setor nos EUA.

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Promessa sobre fundações religiosas cai por terra

A ministra da Presidência diz que as fundações que foram criadas no âmbito de um acordo entre Portugal e o Vaticano não foram nem serão avaliadas. Anterior Governo prometeu revisão em 2012.

A ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, garantiu no domingo que as cerca de 100 fundações criadas no âmbito de um acordo entre Portugal e o Vaticano são uma exceção à lei e que por isso não serão analisadas. O Governo anterior PSD-CDS garantiu em agosto de 2012 que seriam alvo de análise e revisão.

A afirmação vem na sequência da notícia de que vários organismos públicos fizeram transferências para fundações que não responderam ao Censo de 2012 e que foram, por isso, feitas à margem da lei.

O gabinete da Presidência diz que as “fundações criadas ao abrigo do Direito Canónico, que se regem pelas disposições da Concordata, não são expressamente referidas na Lei n.º1/2012 e vieram a ser excecionadas do regime estabelecido pela Lei Quadro das Fundações”. Portanto, não foram nem serão avaliadas, avançam vários media.

O caso remonta a 2012, quando o Governo de Passos Coelho garantiu que as fundações seriam ser objeto de análise e avaliação. No entanto, o então ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, chegou a dizer que as fundações canónicas teriam um “tratamento à parte”.

O gabinete de Maria Manuel Leitão Marques diz que a Lei n.º1/2012, que entrou em vigor em janeiro deste ano, determinou “a realização de um censo e a aplicação de medidas preventivas a todas as fundações, nacionais e estrangeiras, que prossigam os seus fins em território nacional, com vista a proceder a uma avaliação do respetivo custo/benefício e viabilidade financeira e decidir sobre a sua manutenção ou extinção”. As que não respondessem ao censo ficariam impedidas de receber apoios do Estado.

O Dinheiro Vivo já tinha noticiado anteriormente que, em 2014, dezenas de organismos públicos fizeram transferências à margem da lei para fundações no valor de 142,8 milhões de euros.

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Trabalhadores discutem cortes com Novo Banco

  • Lusa
  • 3 Outubro 2016

A Comissão Nacional de Trabalhadores do Novo Banco reúne-se esta segunda-feira com a administração devido às notícias que apontam para a possibilidade de haver um novo processo de despedimentos.

A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novo Banco reúne-se esta segunda-feira com a administração devido às notícias que apontam para a possibilidade de haver um novo processo de despedimentos, que pode chegar às 500 pessoas.

“A reunião está confirmada para a próxima segunda-feira, às 14:30“, disse na sexta-feira à agência Lusa Rui Geraldes, porta-voz da estrutura que representa os trabalhadores do Novo Banco.

O responsável assumiu a preocupação da CNT face à notícia avançada pelo Jornal de Negócios, que indica que a Comissão Europeia impôs novos remédios ao Novo Banco quando, em dezembro do ano passado, foram estendidas as garantias estatais e a data limite para a sua venda até agosto de 2017.

Um desses remédios é a redução de mais 500 postos de trabalho, depois de já ter havido um corte do quadro de pessoal de 1.000 pessoas, caso o Novo Banco não seja vendido até ao final do ano.

“Acabamos de sair de um despedimento de 1.000 pessoas e vivemos uma situação muito dolorosa”, salientou Rui Geraldes, acrescentando que “é muito complicado trabalhar num clima de indefinição há já dois anos”.

Na sexta-feira, o responsável disse que só depois de a CNT se reunir com a equipa de gestão do banco liderado por António Ramalho, será possível adiantar mais informação relativamente a esta matéria, até porque a mesma não era do conhecimento da entidade até ser noticiada.

O Novo Banco – o banco de transição que resultou do resgate ao Banco Espírito Santo (BES) – está atualmente em processo de venda, sendo que o Banco de Portugal recebeu quatro propostas de aquisição: dos fundos Apollo/Centerbridge e Lone Star e dos bancos BCP e BPI.

Este é o segundo processo de venda do Novo Banco, depois de o Banco de Portugal ter considerado que, durante o primeiro processo, suspenso em setembro do ano passado, nenhuma proposta era interessante.

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Uber… agora por marcação

À semelhança da rival, Cabify, a Uber passou a disponibilizar o serviço de agendamento de viagens.

Já é possível agendar uma viagem com a Uber. A plataforma de transportes passou a disponibilizar o serviço, também por marcação. A ideia vem no seguimento da da Cabify que já disponibilizava o serviço de agendamento de viagens.

O agendamento prévio de serviços permite marcar viagens com antecedência mínima de 15 minutos, e máxima de 30 dias. O serviço de agendamento pela Uber está disponível em Lisboa e no Porto, cidades portuguesas onde a Uber está presente.

“Esta é uma funcionalidade há muito pedida pelos utilizadores, especialmente aqueles que escolhem a Uber para viajar em trabalho e, por isso, estamos muito entusiasmados por trazê-la para as cidades portuguesas”, disse Rui Bento, diretor-geral da Uber em Portugal.

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