Governo concessiona 30 edifícios históricos

  • Lusa
  • 28 Setembro 2016

O Executivo pretende obter 150 milhões de euros com edifícios concessionados a investidores privados com o compromisso de que sejam reabilitados e acessíveis ao público.

Trinta edifícios históricos vão ser concessionados a investidores privados com o compromisso de que sejam reabilitados e acessíveis ao público, um investimento enquadrado pelo programa Revive que deve atingir os 150 milhões de euros.

Projeto conjunto dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, que será apresentado hoje, em Coimbra, o Revive abre o património ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos, através da criação de uma bolsa de 30 edifícios históricos a serem concessionados, por concurso público, a investidores nacionais e estrangeiros. Numa primeira fase, até ao final do ano, serão concessionados 11.

Primeiros edifícios a serem concessionados:

  1. Convento de São Paulo – Elvas
  2. Castelo de Vila Nova de Cerveira
  3. Fortaleza de Peniche
  4. Mosteiro de São Salvador de Travanca – Amarante
  5. Mosteiro de Arouca, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova – Coimbra
  6. Pavilhão do Parque – Caldas da Rainha
  7. Paço Real de Caxias – Oeiras
  8. Forte do Guincho – Cascais
  9. Castelo de Portalegre
  10. Forte de S. Roque da Meia Praia – Lagos
  11. Quinta do Paço de Valverde – Évora

Muitos destes edifícios estão classificados em estado de degradação pela Direção-Geral do Património e Cultura (DGPC) e a necessitar de intervenção urgente.

A primeira lista de edifícios será anunciada durante um sessão no Convento São Francisco, em Coimbra, que conta com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, o secretário de Estado Adjunto do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, e o presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado.

Fonte do Ministério da Economia esclarece que durante o processo de concessão cada edifício terá um calendário próprio e um caderno de encargos específico, adaptado às características do imóvel, à sua localização e às funções a que se destina.

O património continuará a pertencer ao Estado e a concessão a privados fica sujeita a compromisso de reabilitação, preservação e conservação do património por parte dos investidores.

Com o programa Revive, o Governo espera “dar vida ao património que está subaproveitado ou ao abandono”, ao mesmo tempo que “retira despesa ao Estado”, uma vez que o investimento será feito por privados, criando postos de trabalho.

O programa vai ainda contribuir para a desconcentração da oferta e da procura turística, uma vez que os trinta edifícios a concessionar estão espalhados por diversos pontos do país.

O Turismo de Portugal já tem linhas de apoio a este tipo de projetos, como a linha de Apoio à Qualificação da Oferta, lançada em 2016, que privilegia a reabilitação urbana, iniciativa que tem despertado interesse em investidores estrangeiros, em particular durante o roadshow da secretária de Estado do Turismo para apresentar a ET2027 (Estratégia de Turismo para a próxima década) em feiras de turismo internacionais.

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Wang Jianlin alarga império. Magnata está atrás da produtora dos Globos de Ouro

Operação deverá rondar os mil milhões de dólares, mas ainda não é dada como certa.

Wang Jianlin já investiu um pouco por todo o lado. Começou a dar nas vistas em 2013, quando pagou mais de dois mil milhões de euros pela AMC Theatres, segunda maior cadeia de salas de cinema nos EUA. Investiu outros três mil milhões para construir o maior parque de diversões da Europa e até já chegou a Portugal, com a compra dos UCI Cinemas. Agora, tem um novo alvo: os Globos de Ouro.

O dono do conglomerado chinês Dalian Wanda Group está a negociar a compra da Dick Clark Productions, produtora de eventos televisivos que detém os Golden Globe Awards e os American Music Awards. Segundo a Reuters, que cita fonte ligada ao processo, o magnata propõe pagar mil milhões de dólares (à volta de 890 milhões de euros) pela produtora, mas a operação ainda não é dada como certa.

Ainda assim, a produtora norte-americana já admitiu estar em conversações com o grupo chinês. “A Dick Clark Productions e a Wanda Culture Industry Group acordaram entrar em negociações exclusivas com o objetivo de concretizar uma transação satisfatória para ambas as partes”, refere, em comunicado, um porta-voz da Eldrige Industries, dona da Dick Clark Productions.

Para o conglomerado chinês, o objetivo é diversificar a oferta — o Dalian Wanda Group atua em setores que vão desde o imobiliário ao entretenimento — e reforçar a presença na área do cinema e entretenimento.

As negociações com a Dick Clark Productions surgem depois de Jianlin ter falhado a compra da gigante Paramount Pictures, um dos maiores estúdios de Hollywood. O grupo Wanda estava a negociar a compra de 49% da produtora de Titanic, numa operação que avaliava a Paramount entre 7 e 9 mil milhões de euros.

A operação falhada não travou Jianlin, que mantém a intenção de comprar, pelo menos, um grande estúdio norte-americano, apontando para os “seis grandes” de Hollywood. Este mês, já anunciou uma parceria com a Sony Pictures, para colaborar em projetos cinematográficos. Já em agosto, Wang Jianlin tinha dito à Reuters que espera fechar, ainda este ano, negócios no valor de dois mil milhões de dólares nos Estados Unidos.

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Jim Yuong Kim cumpre segundo mandato no Banco Mundial

  • Lusa
  • 28 Setembro 2016

Eleito pela primeira vez em 2012, o norte-americano foi reeleito com unanimidade para a presidência do Banco Mundial.

O norte-americano Jim Yong Kim foi hoje reeleito presidente do Banco Mundial para um segundo mandato de cinco anos, informou, em comunicado, aquele organismo.

O Diretório Executivo do Banco Mundial acordou hoje de “forma unânime” a reeleição de Jim Yong Kim, cujo segundo mandato vai começar a 01 de julho de 2017, precisou a instituição, com sede em Washington.

De origem norte-coreana, Jim Yong Kim, único candidato ao cargo, foi eleito pela primeira vez como presidente do Banco Mundial em 2012.

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Novas regras para a Euribor vão ser adiadas

A revisão da metodologia poderá ser adiada caso se verifique um grande desfasamento entre a nova taxa e a que resultar do novo cálculo.

A Euribor vai mudar de fórmula de cálculo. O objetivo é que a nova metodologia entre em vigor em meados do próximo ano, mas há o sério risco de ser adiada. Segundo o Expansión, caso se verifiquem valores muitos diferentes dos registados com o método atual será necessário deixar derrapar o processo para evitar riscos de litigância.

Em vez de resultar da indicação dos bancos, a Euribor vai passar a ser calculada com base em transações reais feitas entre as instituições financeiras. A ideia é tentar aproximar esta taxa interbancária dos valores efetivamente praticados no mercado, tornando a taxa utilizada como indexante nos créditos à habitação mais fiável. Mas o processo pode derrapar.

Caso se verifique que o resultado da taxa é muito diferente do atual com este novo método de cálculo, a nova Euribor pode não ver a luz em meados de 2017 como está calendarizado, diz o Expansión. Esse compasso de espera tem um objetivo: evitar potenciais riscos de litigância em resultado da nova metodologia.

A última vez que a taxa resultante das comunicações dos bancos e a definida em função das transações efetivamente realizadas foi comparada aconteceu e 2013. À data o diferencial era de 11 pontos base, com a última a ser inferior à atualmente em vigor. As Euribor estão em terreno negativo fruto da política monetária do BCE. A taxa a três meses está a -0,303%.

Uma Euribor ainda mais negativa seria prejudicial para o setor financeiro que a utiliza como indexante para vários produtos, entre eles os créditos à habitação. Adiar a introdução da nova metodologia poderá assim proteger o setor numa altura em que a banca luta por formas de aumentar a rentabilidade.

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John Cryan. Resgate do Deutsche Bank está “fora de questão”

  • Ana Luísa Alves
  • 28 Setembro 2016

Além de recusar a ideia de um novo resgate, o aumento do capital do bano alemão é "um não assunto" para John Cryan.

O CEO do Deutsche Bank, John Cryan, diz que não procurou qualquer ajuda da chanceler alemã Angela Merkel, ainda que exista a preocupação dos investidores sobre a necessidade de injetar mais capital no banco, refere o jornal alemão Bild.

Aumentar o capital do banco não é assunto que se deva discutir, segundo disse John Cryan ao Bild, e também está fora de questão aceitar a ajuda de governo. “Em momento algum eu pedi ajuda, ou sugeri algo idêntico”, salientou o responsável.

As ações do banco estão em queda livre e atingiram esta semana os valores mais baixos algum vez registados, depois da revista Germany’s Focus ter dito que o governo alemão descartou qualquer apoio à instituição financeira.

Ao Bild, o CEO do Deutsche Bank acrescentou que o banco tem capital suficiente e que as preocupações sobre os potenciais custos do conflito de interesses com as autoridades norte-americanas são exageradas. O banco pode ser alvo de uma multa de 12 mil milhões de dólares nos EUA.

Editado por Paulo Moutinho

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Lisboa avança com 12 cotadas em alta

Os títulos do BCP valorizavam 3% após banco revelar pormenores das conversações com Fosun e do reverse stock split. Lisboa avança com 12 cotadas em alta.

Apesar das principais bolsas asiáticas terem encerrado a sessão no vermelho, as praças europeias despertaram com sentimento de algum apetite pelo risco. O PSI-20, o principal índice português, subia 0,37% para 4.537,24 pontos, com 12 cotadas em alta. Em Frankfurt, Paris, Madrid e Milão os ganhos situavam-se na ordem dos 0,7%.

Por Lisboa, destaque para as ações do BCP, que valorizavam 3% até 1,55 cêntimos, numa altura em que o banco liderado por Nuno Amado ultima o plano de ‘reverse stock split’ que deverá conduzir à entrada dos chineses da Fosun no capital da instituição financeira portuguesa. Em comunicado enviado esta manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BCP informou sobre negociação com caráter de exclusividade com a Fosun.

Outras valorizações expressivas registavam a Corticeira Amorim e Mota-Engil, com ganhos superiores a 1%. E ainda na banca, o BPI seguia quase inalterado nos 1,13 euros, depois da Fitch ter dito que a OPA do CaixaBank deverá ser bem-sucedida e que a transação terá efeitos positivos no rating do banco.

Na Europa, a principal história continua a ser o Deutsche Bank e a multa de mais de 12 mil milhões de euros que enfrenta nos EUA. Numa tentativa de acalmar os mercados, o CEO do banco alemão eliminou a possibilidade vir a pedir resgate a Berlim. “Está fora de questão” uma ajuda pública, afirmou John Cryan ao jornal alemão Bild.

“Numa palavra, Deutsche. É a principal coisa – reacendeu os riscos em torno da regulação, multas e tribunais”, comentava David Moss, gestor de ativos da BMO Global Asset Management, à Bloomberg, antes do início da sessão.

"Numa palavra, Deutsche. É a principal coisa – reacendeu os riscos em torno da regulação, multas e tribunais”

David Moss, gestor de ativos da BMO Global Asset Management

Bloomberg

Quanto ao mercado do petróleo, com as atenções viradas Argel, onde termina esta quarta-feira o Fórum Internacional de Energia, o barril do Brent, referência para as importações nacionais, valorizava 0,3% até 46,11 dólares, ao mesmo tempo que o preço do crude subia 0,18% até 47,75 dólares por barril.

 

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BCP agrupa ações a 24 de outubro

O banco fixou a data de referência para o agrupamento dos títulos. O valor da contrapartida para os títulos remanescentes é de 2,57 cêntimos.

O BCP já tem data para o agrupamento das suas ações. O banco definiu que o dia de referência para esse ajuste será o de 24 de outubro, ou seja, dentro de menos de um mês. E o valor que irá pagar aos acionistas pelas ações que não permitam a atribuição de um número inteiro de ação será de 2,57 cêntimos.

O banco revelou, em comunicado à CMVM, que “a data de produção de efeitos do reagrupamento no dia 24 de outubro de 2016, podendo os acionistas, até ao dia 21 de outubro de 2016, também de harmonia com o estabelecido na mesma deliberação, proceder à composição dos seus lotes de ações”.

O BCP vai agrupar 75 títulos num só, medida que visa travar a elevada volatilidade das ações no mercado — o banco conta com mais de 59 mil milhões de títulos. Ao fazer o agrupamento das ações, será difícil que os investidores acabem com um número certo de títulos pelo que ficou também já definida contrapartida a pagar.

O banco vai dar 0,0257 euros por ação “aos acionistas pelas ações que não permitam a atribuição de um número inteiro de ação, valor este correspondente ao preço médio ponderado das ações representativas do capital social do Banco no mercado regulamentado Euronext Lisbon nos seis meses imediatamente anteriores à data da presente deliberação e do anúncio que hoje dela é publicado”, diz no comunicado.

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BCP: “Substanciais progressos” na negociação com Fosun

Comissão executiva do BCP vai agora finalizar as negociações com a Fosun, que quer ficar com 30% do capital do banco português.

As negociações para a entrada da Fosun no capital do BCP conheceram “substanciais progressos”, anunciou, esta quarta-feira, o banco português, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

“O BCP informa que, em reunião de ontem, o seu conselho de administração apreciou favoravelmente o desenvolvimento, com substanciais progressos, das negociações com a Fosun Industrial Holdings“, refere o comunicado.

O banco liderado por Nuno Amado volta também a frisar que o conselho de administração constatou “a evolução favorável já registada quanto ao preenchimento das condições suspensivas a que o investimento proposto pela Fosun foi sujeito”. Contudo, há ainda “condições por verificar, entre as quais as relativas às aprovações pelas entidades de supervisão bancária”.

Seja como for, as negociações entram agora em reta final. “O conselho decidiu mandatar a comissão executiva para prosseguir e finalizar com exclusividade as negociações com a Fosun, e apresentar os respetivos resultados para aprovação em próxima reunião do conselho de administração”.

O comunicado desta quarta-feira surge dias depois de o Governo ter criado um novo regime que permite às empresas cotadas concretizar a fusão de ações, que é precisamente uma das condições que a Fosun impôs ao BCP para entrar no capital do banco.

A proposta dos chineses passar por ficar, numa primeira fase, com 16,7% do capital do BCP, através de um aumento de capital reservado exclusivamente à Fosun. Numa segunda fase, o grupo chinês pretende aumentar esta participação, através do mercado secundário ou de novos aumentos de capital, para passar a deter 20% a 30% do BCP.

Na proposta apresentada no final de julho, a Fosun refere ainda que o preço de subscrição do aumento de capital será “não superior” a dois cêntimos (com ajustamento decorrente da fusão de ações).

A “concretização e registo do processo de reverse stock split [ou fusão de ações] nos termos aprovados pela assembleia-geral do passado dia 21 de abril”, uma das principais condições impostas pela Fosun, também já ficou tratada esta quarta-feira, com a aprovação da fusão de ações.

Após a divulgação destes comunicados, o BCP abriu a negociação a disparar 3%, para 1,55 cêntimos.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h23)

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

A banca alemã deverá continuar a merecer a atenção dos investidores, no dia em que termina a reunião do Fórum de Energia Internacional. Valerá a pena ficar atento ao que dizem os responsáveis à saída.

Há ou não há acordo no petróleo?

Há acordo. Não há acordo para travar a produção de petróleo. Uma das duas decisões sairá do 15º Fórum de Energia Internacional que está a ter lugar em Argel, a capital da Argélia, onde estão os ministros da energia dos vários países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Criou-se a expetativa de um travão, mas essa esfumou-se. E o petróleo afundou na última sessão. Mas é importante seguir com atenção o que vai ser dito à saída do encontro.

De olho na banca

Os investidores devem manter as atenções no setor financeiro, especialmente aos desenvolvimento na banca alemã. O Deutsche Bank mantém a tendência de queda, fazendo aumentar os receios em torno de um resgate. Uma situação que até ser devidamente esclarecida deverá continuar a agitar os títulos da banca europeia.

Draghi em foco, outra vez

Depois de ter voltado a lançar alertas aos políticos para fazerem a sua parte para puxarem pela economia da região, Mario Draghi, o presidente do BCE, volta a estar em foco. Draghi vai encontrar-se com os deputados alemães, à porta fechada, mas fará depois um discurso na primeira conferência anual de research do BCE. Palavras que podem fazer mexer os mercados.

Euro mais confiante?

Alemanha, França e Itália, a três principais economias da Zona Euro, divulgam hoje a evolução do sentimento de confiança dos consumidores. As estimativas rápidas em relação à confiança dos consumidores em toda a região da moeda única mostraram uma evolução estável durante o mês de setembro, registando até uma ligeira melhoria no sentimento das famílias da zona euro.

Medir o pulso aos EUA

Do outro lado do Atlântico, o principal indicador económico a ser revelado diz respeito às encomendas de bens duradouros pelas fábricas norte-americanas, funcionando como proxy para avaliar a saúde da atividade privada na maior economia do mundo. O consenso dos economistas sondados pela Bloomberg aponta para uma ligeira quebra no mês passado.

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Shimon Peres, Nobel da Paz e um dos fundadores de Israel, morreu aos 93 anos

  • Marta Santos Silva
  • 28 Setembro 2016

"Toda a nação de Israel e a comunidade global partilham esta grande perda", disse o filho do líder histórico que defendeu a paz no Médio Oriente.

Shimon Peres, uma das figuras incontornáveis da história de Israel e vencedor do prémio Nobel da Paz, morreu aos 93 anos num hospital de Telavive. O líder histórico tinha tido um acidente vascular cerebral há duas semanas e estava hospitalizado desde então.

A morte do antigo primeiro-ministro e presidente de Israel foi anunciada esta manhã de quarta-feira pelo seu filho, Chemi Peres, numa conferência de imprensa. “É com imensa pena que nos despedimos do nosso querido pai, o nono presidente de Israel”, disse Chemi Peres, no hospital perto de Telavive onde o pai se encontrava internado. “Fomos privilegiados em fazer parte da família dele, mas hoje sentimos que a nação inteira de Israel e a comunidade global partilham esta grande perda. Partilhamos esta dor”.

O líder histórico foi um dos principais responsáveis pelos acordos de paz de Oslo, em 1993, pelos quais recebeu o Nobel da Paz juntamente com o líder palestiniano Yasser Arafat e o então primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin.

A história da vida de Shimon Peres é indestrinçável da história de Israel. Desde a fundação do estado em 1948 que Shimon Peres é uma figura central — seja nos anos 1950 a ajudar a trazer um reator nuclear para o país e a desenvolver a indústria, seja nos anos 1960 quando foi um dos principais responsáveis pela criação do sistema de defesa de Israel e armazenamento de armas nucleares, seja nas décadas que se seguiram, quando inverteu a sua posição e se tornou um dos maiores defensores da paz no Médio Oriente.

Barack Obama louvou as qualidades de Peres enquanto estadista e considerou-o “a essência de Israel” numa declaração emitida após a morte do antigo presidente se tornar conhecida. “Enquanto americanos, estamos em dívida para com ele porque, tendo trabalhado com todos os presidentes dos Estados Unidos desde John F. Kennedy, ninguém fez mais do que Shimon Peres ao longo de tantos anos para construir a aliança entre os nossos dois países”.

Shimon Peres nasceu na Polónia em 1923 e viveu na Palestina controlada pelos britânicos a partir de 1934. Foi primeiro-ministro três vezes, ministro dos Negócios Estrangeiros três vezes, e presidente de Israel por um mandato de sete anos, até 2014.

Nos últimos anos, Peres tinha criticado frequentemente a orientação do governo de Benjamin Netanyahu, que tem escalado o conflito com os territórios palestinianos, mesmo sem o mencionar diretamente. “Israel deveria implementar a solução de dois estados para o seu próprio bem”, disse Peres no ano passado, em declarações relembradas esta quarta-feira pelo The Guardian. “Se perdermos a nossa maioria, e hoje somos quase iguais, não poderemos permanecer um estado judeu nem um estado democrático”.

Editado por Paulo Moutinho.

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Petróleo. Arábia Saudita aberta a acordo com o Irão

A Arábia Saudita está a tentar um entendimento com os maiores produtores para travar a produção de petróleo. O objetivo é puxar pelos preços.

A Arábia Saudita está aberta a um compromisso para travar a produção de petróleo para inverter a queda dos preços. Uma urgência que a leva, inclusive, a sinalizar que está disponível para acertar posições com o rival Irão, mas dificilmente será possível chegarem a acordo na reunião de Novembro.

Irão, Líbia e Nigéria estarem a “produzir petróleo em níveis máximos faz sentido”, disse Khalid Al-Falihm, o ministro do petróleo saudita que assumiu o cargo em abril. Uma declaração que revela a maior abertura do maior produtor mundial da matéria-prima perante a meta de travar a produção.

“O diferencial entre os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo em termos dos níveis a que congelaremos a produção está a encolher”, disse Al-Falihm após o encontro com a Rússia. “As opiniões estão a aproximar-se cada vez mais”, acrescentou o responsável, citado pela Bloomberg.

Este encontro com a Rússia antecedeu a reunião informal que está a ter lugar na Argélia. Deste encontro não deverá, dizem os analistas, sair qualquer decisão, fato que tem levado os preços do petróleo a corrigirem nos mercados internacionais. O barril de petróleo segue pouco alterado na sessão de hoje após uma queda que o deixou abaixo dos 45 dólares.

Mesmo esta aproximação entre a Arábia Saudita e o Irão dificilmente produzirá efeitos a tempo da reunião ordinária de Novembro. É que, acreditam os analistas consultados pela Bloomberg, será difícil acordarem na meta de produção do Irão que está ainda a tentar recuperar a sua quota após anos de sanções internacionais.

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Neeleman: TAP tem de “melhorar resultados”, mas corte de custos será pela eficiência. Sem despedimentos

  • ECO e Lusa
  • 28 Setembro 2016

A companhia aérea vai aguentar com os resultados negativos enquanto o barril de petróleo estiver abaixo de 50 dólares, acredita David Neeleman

A TAP precisa de cortar custos, mas isso será feito pela eficiência e não por despedimentos. Quem o garante é o empresário David Neeleman, que sustenta ainda que a companhia aérea não pode basear resultados na baixa do preço do petróleo.

“As pessoas pensaram que íamos cortar salários, pessoas, mas não, isso é o novo ativo. Quando dizemos que temos de poupar 150 milhões de euros é com eficiência“, disse o líder do consórcio Atlantic Gateway, o acionista privado da TAP, na Cimeira do Turismo Português, que decorreu na terça-feira em Lisboa.

O empresário brasileiro e norte-americano vincou que “a TAP tem de se fortalecer para os resultados melhorarem” e que estes “têm de melhorar” pois a empresa não pode continuar como está hoje. Questionado à margem da cimeira sobre quanto mais tempo a TAP aguenta com os resultados que tem, Neeleman respondeu que a companhia aérea aguenta enquanto o barril de combustível estiver “abaixo de 50” euros, mas que a empresa não pode contar com isso para o futuro, porque o preço irá, inevitavelmente, subir mais cedo ou mais tarde, pelo que tem de se reorganizar desde já.

Durante a cimeira, o empresário já tinha dito que, em 2016, a TAP já poupou mais de 200 milhões de euros em jetfuel, face a 2015.

Neeleman defendeu ainda que a TAP tem de fazer frente às companhias low cost para evitar que essas “comam” o seu mercado e na apresentação disse que é precisamente para combater essas empresas que a companhia aérea está a fazer uma segmentação de passageiros em alguns aviões, indo à frente em locais com mais espaço os passageiros que querem viajar com mais conforto e pagar mais por isso e nas traseiras do avião passageiros os que pagam bem menos, mas também com menos comodidades.

O empresário respondia desta forma a algumas das conclusões que constam de um estudo da consultora Boston Consulting Group, onde é sugerido um “programa ambicioso para a TAP poupar entre 150 a 200 milhões de euros até 2020. No projeto “Transformar a TAP numa companhia aérea mais eficiente”, a que o ECO teve acesso, a Boston Consulting considera que os custos da TAP estão numa boa posição quando comparados com as companhias de bandeira, mas precisa de ser mais eficiente para competir com as de baixo custo.

O processo de privatização da TAP está em curso, com o acordo de compra e venda de ações da TAP, assinado pelo Governo de António Costa e que permite ao Estado ficar com 50% de ações da transportadora aérea, a ter recebido luz verde da Autoridade da Concorrência, faltando ainda a reestruturação da dívida com a banca e a aprovação pelo supervisor da aviação (ANAC).

Neste modelo, o consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, fica com 45%, podendo chegar aos 50% com a aquisição de 5% do capital que será entretanto colocado à disposição dos trabalhadores.

A TAP teve prejuízos de 99 milhões de euros em 2015, os piores resultados desde 2008, com a empresa a justificar com receitas retidas na Venezuela.

Quanto à negociação da dívida entre da TAP com os bancos, David Neeleman disse apenas que esse processo está a ser liderado pelo Governo e que poderá ainda demorar mais alguns meses.

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