Reformas antecipadas no Estado caem 75%. Penalização é a mais elevada em cinco anos

  • ECO
  • 19 Outubro 2017

No ano passado, apenas 1.349 funcionários públicos pediram a reforma antecipada, o que resulta do agravamento das condições legais para quem pretende abandonar a vida ativa.

O número de reformas antecipadas atribuídas a funcionários públicos pela Caixa Geral de Aposentações caiu drasticamente no ano passado. Foram atribuídas a 1.349 funcionários públicos, o que corresponde a uma queda de 75% face a 2015 e ao número mais baixo dos últimos 13 anos (período para o qual há registo no site da CGA), avança o Público (acesso condicionado).

O jornal cita o Relatório e Contas da CGA relativo a 2016, que será discutido com os representantes dos sindicatos na reunião do conselho consultivo marcada para 24 de outubro. O mesmo documento revela ainda que quem antecipou a reforma teve uma penalização média de 30,4%, bem acima do corte verificado nos anos anteriores. O Diário de Notícias (acesso pago) que também teve acesso ao documento refere que se trata da maior penalização dos últimos cinco anos — há um aumento de 42% na penalização — explicando que esta reflete o agravamento das condições para quem opta por abandonar a vida ativa antes da idade legal.

“A partir de 2013 as condições de atribuição das pensões antecipadas sofreram alterações”, refere o relatório e contas da Caixa Geral de Aposentações relativo a 2016, citado pelo Diário de Notícias. Como consequência, “a taxa média de penalização relativamente a estas pensões atribuídas em 2016 situou-se em 30,4%”, acrescenta o mesmo documento. É “muito superior à verificada em 2015 (21,3%), 2014 (12,3%), 2013 (14,6%) e 2012 (12,2%).

Um dos fatores é o aumento da idade normal da reforma – que passou de 63,5 anos em 2012, para 65 anos em 2013 e para os para 66 anos e dois meses em 2016. Outro relaciona-se com o reforço da penalização das reformas antecipadas em resultado da reformulação do cálculo do fator de sustentabilidade. Para além disso, em 2014, foi eliminado o mecanismo de bonificação que permitia que por cada grupo completo de três anos acima dos 30 de serviço fosse possível reduzir em 6% a penalização global da pensão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Isabel dos Santos sem ambições políticas no horizonte quer continuar a ser empresária

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

"Há muitas formas de resolver os problemas de África", diz a empresária angolana, salientando que "criar empresas é uma forma tão boa como ser política".

A empresária angolana Isabel dos Santos garantiu não ter ambições políticas a curto prazo e afirmou preferir contribuir para o desenvolvimento em África como empresária.

“A minha missão e verdadeira paixão é ser empresária. Adoro construir coisas, acordar de manhã e ter a equipa certa de pessoas em meu redor para me desafiar, para me dizer se a ideia é boa ou má, reunir recursos e trabalhar em conjunto para construir coisas”, afirmou, num evento em Londres organizado pela Thomson Reuters.

Para a atual presidente do Conselho de Administração da petrolífera Sonangol, “há muitas formas de resolver os problemas de África e o desenvolvimento, criando postos de trabalho e oportunidades e criar empresas é uma forma tão boa como ser política”.

“Para já, gosto de fazer o que faço, que é ser empresária”, vincou a filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, sucedido por João Lourenço em setembro passado, após 38 anos em funções.

Isabel dos Santos disse ter entrado em junho de 2016 para a Sonangol com outros profissionais do setor privado com um “sentido de missão” e com o desejo de “dar um contributo” para o país.

A minha missão e verdadeira paixão é ser empresária. Adoro construir coisas, acordar de manhã e ter a equipa certa de pessoas em meu redor para me desafiar, para me dizer se a ideia é boa ou má, reunir recursos e trabalhar em conjunto para construir coisas.

Isabel dos Santos

Empresária

“Quando nos chamaram para este desafio, deram-nos uma empresa que significa tanto para a nossa economia e população, mas estava numa situação muito difícil devido aos preços baixos e à queda dos rendimentos”, contou.

Nos últimos anos, descreveu, foi feito um “diagnóstico completo”, com auditoria e avaliação aos recursos humanos e sistemas informáticos e outros setores, que passou por maior rigor nas despesas, maior critério nas decisões e maior transparência.

“Otimizámos a organização o mais possível. Mas tudo isto é uma tarefa enorme. Isto é um trabalho para vários anos. Eu diria três, quatro, cinco anos ou mais”, declarou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brexit: Acordo para proteger direitos dos europeus “está perto”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

Theresa May, a primeira-ministra britânica, diz que o acordo para proteger os direitos dos cidadãos europeus residentes no Reino Unido "está perto" de ser alcançado com a União Europeia.

O acordo para proteger os direitos dos cidadãos europeus residentes no Reino Unido “está perto” de ser alcançado com a União Europeia, garantiu a primeira-ministra, Theresa May.

A mensagem será publicada na rede social Facebook, enviada por e-mail para 100 mil pessoas e transmitida às embaixadas dos 27 restantes Estados-membros da UE no mesmo dia em que a chefe do Governo viaja para participar no Conselho Europeu.

“Eu sei que ambos os lados vão considerar as propostas do outro para finalizar o acordo com uma mente aberta. E com flexibilidade e criatividade de ambos os lados, estou confiante de que podemos concluir as discussões sobre os direitos dos cidadãos nas próximas semanas”, escreve.

Apesar de existirem outros temas na agenda, o ‘Brexit’ será uma questão que vai ser discutida nos dois dias, pois na quinta-feira à noite, a primeira-ministra britânica, Theresa May, faz questão de partilhar com os parceiros europeus as suas “reflexões sobre o ponto da situação das negociações”.

Na sexta de manhã, os líderes da UE a 27, já sem May na sala, discutirão entre si como prosseguir essas negociações, além de um debate sobre o caminho a seguir sem o Reino Unido.

“Fui clara ao longo deste processo, de que os direitos dos cidadãos são minha primeira prioridade. E eu sei que os meus colegas líderes têm o mesmo objetivo: salvaguardar os direitos dos cidadãos da UE que vivem no Reino Unido e cidadãos do Reino Unido que vivem na UE”, refere May.

A primeira-ministra considera que “nada poderia estar mais longe da verdade” a acusação de que está a usar os cidadãos europeus como moeda de troca nas negociações.

“Os cidadãos da UE que construíram a sua vida no Reino Unido fizeram uma enorme contribuição para o nosso país. E queremos que eles e as suas famílias permaneçam. Eu não poderia ser mais clara: os cidadãos da UE que vivem legalmente no Reino Unido hoje poderão ficar”, garante.

Theresa May revela que o processo de candidatura à autorização de residência vai ser mais simples, se exigir seguro de saúde a quem não trabalhou, que vai ter um custo baixo e que será automático para quem já tem o certificado de residência. A governante propõe ainda criar um grupo de utilizadores para acompanhar a criança e implementação do processo, que deverá ser feito pela Internet.

“Espero que estas garantias, juntamente com as feitas pelo Reino Unido e pela Comissão Europeia na semana passada, proporcionem mais segurança aos quatro milhões de pessoas que estão compreensivelmente preocupados com o que ‘Brexit’ significaria para seu futuro”, conclui.

Estima-se que residam no Reino Unido cerca de três milhões de europeus e no espaço europeu cerca de um milhão de britânicos.

O negociador-chefe da União Europeia (UE) para o ‘Brexit’, Michel Barnier, afirmou na semana passada que “não houve progressos suficientes” nas negociações do ‘divórcio’, recomendando que não se avance para a segunda fase negocial.

“Ainda não chegámos lá”, disse Barnier, constatando progressos insuficientes no tópico dos direitos dos cidadãos da UE que vivem no Reino Unido e um “impasse extremamente preocupante” no debate sobre a “fatura de saída” que Londres terá que pagar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Isabel dos Santos: Posição da Sonangol no BCP “é para manter”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

Isabel dos Santos diz ver a relação com o banco português "a reforçar-se e a continuar". "Acho que vamos manter a nossa posição acionista", salientou.

A Sonangol vai manter a posição acionista no banco português Millennium BCP, investimento que já produziu rendimento, afirmou a presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana, Isabel dos Santos, em Londres.

Num evento promovido pela Thomson Reuters, Isabel dos Santos lembrou que a posição acionista aumentou em cerca de 1%, para 15,24% durante o aumento de capital realizado pelo banco, em fevereiro deste ano.

"BCP é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição acionista.”

Isabel dos Santos

Empresária

“Acabámos de reforçar essa participação e temos tido um papel ativo na administração. Vemos a nossa relação nesse sentido a reforçar-se e a continuar”, destacou.

A presidente da Sonangol considerou que o BCP “é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as ações a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição acionista”.

Sobre o futuro do banco, aguarda a reunião da administração do Millennium BCP, para a qual foram nomeados novos membros, no âmbito da entrada do grupo chinês Fosun, que reforçou a sua participação para cerca de 25%.

“Ainda não discutimos na administração qual é a visão para o futuro. Houve a nomeação de novos administradores devido à mudança de estrutura acionista. Assim que estiver concluída, os acionistas vão decidir qual vai ser a sua política de investimentos, se será na Europa ou noutro sítio”, adiantou.

O relatório e contas de 2016 da Sonangol indicou que o investimento da Sonangol no banco português começou em 2007, então com 180 milhões de ações (que no final de 2015 chegaram a cerca de 10,53 mil milhões), inicialmente no valor de 525,6 milhões euros.

Dez anos depois, o saldo desse investimento representa um “justo valor”, nas contas de 2016, de 150,4 milhões de euros, contra o saldo inicial de 516,1 milhões de euros nas contas do final de 2015, representando uma perda potencial de 365,7 milhões de euros, refere a petrolífera angolana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 19 Outubro 2017

Dos resultados do BPI ao sentimento económico e dos credores da PT/Oi à Catalunha, saiba o que vai marcar o dia.

O dia promete ser marcado por novidades no setor da banca. Enquanto o BPI inicia a temporada de resultados na bolsa, os obrigacionistas do Santander e Popular deliberam sobre a fusão dos dois bancos. Os credores da PT/Oi também têm até esta quinta-feira para aderir ao Programa para Acordo com Credores (PAC) enquanto o INE divulga novos dados sobre o clima económico.

Como evolui o clima económico?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quinta-feira a Síntese Económica de Conjuntura. O indicador de atividade económica em Portugal estabilizou em julho, enquanto o indicador de clima económico, disponível até agosto, diminuiu. Como avançam agora os dados?

BPI inicia temporada de resultados em Lisboa

O BPI dá início à temporada de resultados na bolsa portuguesa. Afastado do PSI-20 desde que passou para o controlo dos espanhóis do CaixaBank, o banco liderado por Pablo Forero presta contas do terceiro trimestre do ano depois do fecho do mercado. De acordo com as estimativas do CaixaBI, o lucro trimestral terá subido dos 20,6 milhões para os 73 milhões de euros.

Obrigacionistas do Santander e Popular debatem fusão

Decorre esta quinta-feira uma assembleia de obrigacionistas do Santander e Popular. O objetivo é deliberar sobre a fusão dos dois bancos e, em caso de não aprovação, o exercício do direito de oposição judicial.

Credores da PT/Oi têm até hoje para aderir a acordo

Termina hoje o novo prazo para os credores da PT/Oi aderirem ao Programa para Acordo com Credores (PAC). A Oi deu aos obrigacionistas portugueses a possibilidade de reaverem até 13.400 euros em dívida mas, mesmo na reta final do prazo, os credores queixavam-se de que não estavam a ser contactados.

Catalunha tem de responder ao Governo espanhol

O presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, tem até hoje para clarificar se proclamou ou não a independência da Catalunha. A vice-presidente do Governo espanhol confirmou ontem que Madrid admite suspender a autonomia da Catalunha se os dirigentes separatistas não renunciarem à declaração de independência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dow fecha na nova fasquia dos 23 mil pontos

Os ganhos da IBM e da banca, que beneficiam dos resultados positivos do terceiro trimestre, impulsionaram o índice industrial Dow Jones.

As bolsas norte-americanas voltaram a somar uma sessão positiva e renovaram máximos. O destaque vai para o Dow Jones, que, pela primeira vez, fechou acima dos 23 mil pontos, à boleia dos ganhos da IBM e da banca.

O índice de referência S&P 500 fechou a subir 0,07%, para os 2.561,25 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq fechou acima da linha de água, a valorizar 0,01%, para os 6.624,22 pontos. Já o industrial Dow Jones avançou 0,7%, para os 23.157,60 pontos. Isto num dia em que a IBM ganhou em torno de 9%, negociando agora quase nos 160 dólares por ação, depois de ter reportado receitas superiores a 19 mil milhões de dólares no terceiro trimestre, um valor que ficou claramente acima das expectativas dos analistas.

A contribuir para este movimento esteve também o setor financeiro, com o Goldman Sachs a avançar 2,5%, ainda a beneficiar da apresentação dos lucros de 2,1 mil milhões de dólares no terceiro trimestre, também bastante acima do que o mercado tinha antecipado.

Por estes dias, o mercado aguarda ainda pela nomeação de Donald Trump para a presidência da Reserva Federal norte-americana, um anúncio que o presidente dos EUA diz estar para breve.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espírito Santo International põe 64 milhões de créditos à venda

A operação, destinada apenas a investidores qualificados, ainda terá de ser submetida à aprovação do tribunal luxemburguês que está a tratar do processo de insolvência da Espírito Santo International.

Os gestores de insolvência das empresas do Grupo Espírito Santo (GES) que tinham sede no Luxemburgo colocaram à venda 63,9 milhões de euros em créditos da Espírito Santo International (ESI). Os interessados têm até 30 de novembro para concorrer à compra.

“Os curadores da ESI, em insolvência, propõem ceder créditos no valor nominal de 63,9 milhões de euros a uma empresa de titularização de direito luxemburguês. Os créditos são representados por instrumentos emitidos em 2012, com uma maturidade de 49 anos, e pelos eventuais juros desses instrumentos”, pode ler-se numa nota publicada no site das insolvências do GES.

Os curadores referem ainda que a operação ainda terá de ser submetida à aprovação do tribunal luxemburguês que está a tratar deste processo de insolvência e não esclarecem o preço a que estes créditos estão a ser vendidos. Contudo, são claros sobre o elevado risco: “Não será dada nenhuma garantia, por parte dos curadores, nem sobre o devedor nem sobre o crédito. O contrato de venda exclui qualquer recurso sobre os curadores e sobre a ESI”.

Os interessados na aquisição destes créditos terão de apresentar a sua candidatura por carta registada e terão de demonstrar a sua independência de qualquer empresa do grupo GES, além da sua “solvabilidade, experiência e competência técnica para este tipo de operações”. Ou seja, a operação destina-se apenas a investidores qualificados.

Os curadores esclarecem também que os candidatos selecionados “vão receber informações adicionais relativamente ao devedor e aos créditos cedidos”, ficando obrigados a “renunciar a qualquer direito de reclamar sobre a massa falida da ESI”. O prazo para a entrega de candidaturas é 30 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Magno: ERC não pode impedir negócio entre privados perante lei inexistente

  • Lusa
  • 18 Outubro 2017

Presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considera que o órgão "não pode impedir um negócio entre privados com base numa lei que não existe".

O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considera que o órgão “não pode impedir um negócio entre privados com base numa lei que não existe“, segundo a declaração de voto a que Lusa teve hoje acesso.

O Conselho Regulador da ERC não conseguiu chegar a consenso sobre a operação de compra da Media Capital pelo grupo Altice na passada terça-feira, tendo o processo sido remetido para a Autoridade da Concorrência (AdC).

Na sua declaração, datada de hoje, Carlos Magno começa por dizer que “a ERC não pode impedir um negócio entre privados com base numa lei que não existe”, justificando esta posição com o que designa de “fantasma da lei contra a concentração da propriedade dos media”.

Carlos Magno aponta que esta lei, “aprovada pelo primeiro Governo Sócrates, criticada por todos os partidos da oposição (à direita e à esquerda), e vetada duas vezes pelo Presidente da República, ameaçava interferir neste processo de aquisição da Media Capital pela Altice”.

E recorda que “o atual Presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi também muito crítico dessa lei, na sua condição de jurista e de comentador político”.

“Não posso, por isso, assumir como competência/poder discricionário do Conselho Regulador o fantasma dessa lei abortada, tanto mais que, logo na altura, vários dirigentes políticos e empresariais do setor fizeram questão de alertar para o risco de alguém tentar, no futuro, transferir para a ERC o que acabava de ser metido na gaveta”, prossegue.

O presidente da ERC refere que ao longo do processo teve a preocupação de ouvir todos os interessados, “com particular atenção os que se opunham à aquisição”, apontado que “prova disso” foi o facto de o próprio “ter tomado a iniciativa” de convidar para vir ao regulador “explicar o seu ponto de vista personalidades que são contra a operação e que, no passado, fizeram tentativas públicas de adquirir algumas das empresas agora envolvidas”.

Acrescenta que “a questão que a AdC colocou à ERC não é nova” para o regulador e que, “embora muito complexa, pode ter um princípio de resposta nos trabalhos já anteriormente feitos e na própria ‘doutrina’ produzida pelo Conselho Regulador”.

Para Carlos Magno, o parecer da ERC é vinculativo e explica a razão: “Sabíamos à partida que estávamos perante uma hipótese de concentração vertical, mas todos sabemos que ela, no futuro, pode acabar por se traduzir numa concentração horizontal. Considero, por isso, que este parecer, pedido pela AdC, tem caráter vinculativo”.

Na sua declaração de voto, de três páginas, Carlos Magno conta que falou com o seu homólogo francês – Olivier Schrameck – perante as dúvidas levantadas pela ERC e no espaço público português sobre o perfil empresarial do presidente da Altice, Patrick Drahi, empresa que concretizou a compra da PT Portugal em julho de 2015, e o seu comportamento perante os reguladores.

Revela que o homólogo francês lhe mandou “uma carta de conforto” sobre o dono da Altice.

“Eu próprio já tinha tido informação direta sobre este comportamento do Sr. Drahi quando, há mais de dois anos, pedi ao presidente Schrameck que fizesse uma diligência em Paris depois de, aqui, em Lisboa, os três líderes das três televisões, Gonçalo Reis (RTP), Pedro Norton (SIC), e Rosa Cullel (TVI), terem vindo juntos à ERC pedir ao presidente do Conselho Regulador que obrigasse a Altice a negociar os preços dos seus canais. Nessa altura, os contratos com a PT estavam a caducar e o assunto (difícil) resolveu-se da melhor maneira possível”, prossegue.

Carlos Magno adianta que na votação do parecer pedido pela ERC “não podia ignorar” o testemunho do seu homólogo francês, “nem a experiência” que tinha tido com o presidente da Altice.

Além disso, justifica que na sua decisão de votar contra o veto da ERC “pesou, também, o parecer do professor António Pinto Monteiro, enviado pelos advogados da Altice, sobre o que significa o ‘fundado risco para a livre expressão e confronto das diversas correntes de opinião'”.

Além dos argumentos do fundador do Instituto Jurídico da Comunicação da Universidade de Coimbra “e das abundantes citações que ele faz do professor Jónatas Machado e da professora Maria Manuel Leitão Marques, invoco como importante para a minha decisão a necessidade de ponderar ainda melhor quando se faz um juízo de prognose”, acrescenta.

Ora, “a tese central para o veto imediato era que se esta operação se realizasse, no futuro, nenhum regulador conseguiria ‘atempadamente’ impedir a Altice de praticar atos proibidos e lesivos do regular funcionamento do mercado”, pelo que “como presidente de um organismo regulador não posso aceitar esta hipótese. Nem teórica, nem academicamente”, argumenta.

Perante isto, Magno considera que a operação deve seguir para análise aprofundada da Concorrência, “com a análise de todos os riscos devidamente sistematizada”.

Termina a declaração referindo que os reguladores têm de se preparar para o futuro, o que exige “total conhecimento do mercado” e que estes precisam de ser reforçados, sublinhando ainda que “algumas tendências são irreversíveis”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Saraiva é o convidado do ECO24

O presidente da CIP é o convidado do ECO24, na TVI24, esta quarta-feira a partir das 23h00. António Saraiva responderá sobre a proposta de Orçamento para 2018 e sobre o momento político do país.

António Saraiva é o convidado desta quarta-feira do ECO24, um programa que resulta de uma parceria entre o ECO e a TVI24 e que é transmitido a partir das 23h00. No momento em que já é conhecida a proposta de Orçamento para 2018, o presidente da CIP será questionado sobre as opções do Governo e, particularmente, o que traz este orçamento para as empresas.

A situação política do país será também um tema desta entrevista com o presidente da CIP, a confederação dos patrões que tem assento no Conselho de Concertação Social. Como é que António Saraiva avalia a instabilidade política no Governo e a substituição da ministra da Administração Interna? E é necessária uma remodelação governamental?

Acompanhe em direto na TVI24, a partir das 23h00, ou leia aqui, depois, as notícias sobre esta entrevista a António Saraiva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Das desculpas às moções, os 5 pontos mais quentes do debate

  • Marta Santos Silva
  • 18 Outubro 2017

Hugo Soares diz que a floresta é a mesma que no Governo PSD-CDS, Costa devolve números da seca. Jerónimo pede margem orçamental para a floresta e Costa abre a porta. O que marcou o debate quinzenal?

Se não viu o debate quinzenal desta quarta-feira, pode reler, intervenção a intervenção, o direto que o ECO redigiu ou, se tiver menos tempo, pode ler aqui sobre os momentos que mais o marcaram, entre aplausos e sobrancelhas erguidas.

1. Se me quer ouvir pedir desculpas, eu peço desculpas

António Costa assumiu ter peso na consciência com os incêndios deste verão.Paula Nunes/ECO

Começou com Hugo Soares que, em nome da bancada do PSD, pediu “desculpa aos portugueses” para assumir “a responsabilidade que cabe a todos”. Depois, o líder parlamentar do PSD dirigiu-se a António Costa e questionou se estava disposto a fazer o mesmo.

“Não vou fazer jogos de palavras. Se quer ouvir-me pedir desculpas, eu peço desculpas”, respondeu António Costa, naquela que foi provavelmente a frase mais memorável do debate quinzenal. “E se não o fiz antes, não é por não sentir um enorme peso na minha consciência”. Na vida política, no entanto, afirmou Costa, preferia o termo ‘responsabilidade’ a ‘desculpas’. “Eu não me escudo nos outros, assumo as minhas responsabilidades, e peço sempre desculpa, como cidadão”, acrescentou.

2. Meta do défice pode mudar pelas florestas?

Jerónimo de Sousa pediu que o Orçamento acomodasse mais gastos nas florestas independentemente do défice.Paula Nunes/ECO

Quando chegou a vez do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa questionou António Costa sobre se teria coragem de “gastar dinheiro na floresta”, fazendo um Orçamento específico para a reforma deste setor, gastando, por exemplo, “tanto como no Banif”.

“Mesmo considerando as metas de défice pedidas”, o primeiro-ministro estaria disposto a gastar na floresta? “Na nossa opinião, as pessoas têm de estar primeiro que o défice”.

Centrando-se no Orçamento do Estado, António Costa disse que entre o relatório de Pedrógão Grande apresentado no dia 12 e o Orçamento do Estado apresentado no dia 13, não havia condições para introduzir as medidas propostas. Mas agora, no debate, espera “executar ao longo do ano de 2018 aquilo que for possível e desejável”. António Costa aproveitou ainda para citar o que lhe terá sido dito por Mário Centeno numa reunião recente: “Não será seguramente o nosso empenho na consolidação orçamental que frustrará o que é prioritário, que é” a segurança e proteção das florestas.

3. PSD insiste sobre moção de confiança

Hugo Soares insistia que uma moção de censura chumbada não era o mesmo que uma moção de confiança aprovada.Paula Nunes/ECO

O deputado Hugo Soares trazia uma grande preocupação para o debate quinzenal: insistir que António Costa convocasse uma moção de confiança, já que, afirmava, tinha perdido a confiança dos portugueses e também da Assembleia da República com a fraca gestão dos incêndios deste verão. “Traga a esta Câmara uma moção de confiança”, começou por desafiar.

Em resposta, António Costa criticou Hugo Soares por falar sobre temas políticos quando outros falavam da reforma da floresta: “Vejo que finalmente chegou ao que realmente o preocupa”. No entanto, quanto à moção de confiança, não se via disposto a fazê-lo: “Na próxima semana a Assembleia decidirá” sobre a moção de censura do CDS-PP, conclui. “Como ontem disse o senhor Presidente da República, o voto é da Assembleia e ditará ou a queda do Governo ou a confirmação da confiança no Governo”.

Sempre insistente, Hugo Soares continuou: “O senhor tem muitos anos de política ativa. Sabe como ninguém que não é a mesma coisa a discussão de uma moção de censura e a apresentação por si da apresentação de uma moção de confiança”, afirma. “Não é com soberba, não é com um sorriso, não é desse tipo de jogo político que os portugueses estão à espera”. António Costa respondeu que a gravidade daquilo que se passou não se coaduna “com debates desta natureza política”. Mas o primeiro-ministro aguarda a moção de censura convocada pelo CDS-PP. “Moções de confiança, só apresenta quem está inseguro. O Governo não está inseguro”, afirmou.

4. Cristas acusa Costa de não ter estado à altura

Assunção Cristas no debate quinzenal sobre os incêndios.Paula Nunes/ECO

Assunção Cristas protagonizou um dos momentos mais caricatos do debate ao pedir para falar olhos nos olhos com o chefe de Governo. “Vou dizer-lhe outra coisa olhos nos olhos”, disse. “Teve a oportunidade de mostrar que estava à altura das responsabilidades que são exigidas de um primeiro-ministro, e não foi capaz”. E acrescentou: “A irresponsabilidade que testemunhámos até agora envergonhou-nos e envergonha-nos. Aquilo que acreditávamos ser impossível voltar a acontecer aconteceu de novo”.

Costa respondeu que se Cristas chegasse ao posto um dia ver-se-ia quais as opções que tomaria, mas que acreditava ter agido da melhor forma. “Quando eu disse aos portugueses que não era garantido que não voltasse a acontecer, não era uma fatalidade que eu aceitasse”, respondeu António Costa, garantindo que tentou tudo fazer para não se repetisse a catástrofe de Pedrógão Grande. No entanto, refere, “a primeira medida de prevenção é ter consciência dos riscos”. “Pode ser politicamente errado, pode ser até um erro político”, reconhece, “mas serviu um propósito”, afirma o primeiro-ministro.

5. Costa traz números da seca

Todos os partidos mencionaram a importância das alterações climáticas e das condições específicas deste verão para os incêndios deste outubro, mas a ala direita insistiu que era “a mesma floresta” que durante o seu mandato. Hugo Soares disse mesmo: “O que mudou foi a vossa Proteção Civil!”, enquanto Assunção Cristas insistiu na ideia de que a floresta era a mesma e ardera menos sob o Governo PSD/CDS.

António Costa, tomando a palavra, respondeu com os números de seca severa no país, ano por ano. “No dia 30 de setembro a situação de seca severa no país, em 2008, era 0%”, disse, continuando até chegar aos anos mais recentes: “Em 2014 era 0%, em 2015 era 31%, em 2016 era 0%, e em 2017 infelizmente era 87%”. Terminou a resposta dizendo: “Acha que o clima era o mesmo, que a floresta era a mesma?”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Snapchat vai transmitir Jogos Olímpicos 2018

O Snapchat vai transmitir em direto os Jogos Olímpicos de 2018, depois de ter feito uma parceria com a empresa responsável pelos direitos televisivos. A ideia é chegar a um público mais jovem.

O Snapchat fez uma parceria com a Eurosport, a empresa que detém a exclusividade dos direitos televisivos e multimédia dos Jogos Olímpicos de 2018. Com este acordo olímpico, a empresa pretende chegar a um público mais jovem.

A Eurosport – Discovery Communications tem a exclusividade dos diretos televisivos e multimédia de 50 países e territórios da Europa para os Jogos Olímpicos de 2018. Numa tentativa de conseguir alcançar um público mais jovem, a empresa realizou um acordo com a rede social Snapchat, considerada a mais popular entre os jovens norte-americanos — ultrapassando o Facebook, segundo um estudo recente.

A base deste acordo europeu e multi-idioma passa pela transmissão do conteúdo das Olimpíadas de inverno nas “histórias” do Snapchat. Os utilizadores da rede social vão poder transmitir imagens e vídeos dos jogos olímpicos através das “histórias do editor”, algo que se vai assemelhar a uma revista produzida por editores e com o apoio do Eurosport.

O Comité Olímpico Internacional (COI) tem procurado formas de conseguir atingir um público mais jovem, dado que a média de idades dos telespectadores dos jogos tem vindo a aumentar desde os Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992. “Estamos entusiasmados por trazer a emoção e a paixão dos Jogos Olímpicos diretamente para o público envolvido no Snap, permitindo que a Discovery leve os Jogos a mais pessoas e mais ecrãs na Europa do que nunca”, disse Michael Lang, presidente de Desenvolvimento Internacional e Digital do Discovery International.

O COI informou ainda que as Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016 foram as primeiras em que a cobertura digital do evento superou a tradicional transmissão televisiva. Foram mais de 243 mil horas — o dobro da cobertura televisiva, e quase o triplo da cobertura digital feira em Londres, em 2012.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eduardo Cabrita é o novo ministro da Administração Interna

Eduardo Cabrita será o sucessor de Constança Urbano de Sousa na pasta da Administração Interna. Pedro Siza Vieira será o ministro Adjunto do primeiro-ministro.

O Governo escolheu Eduardo Cabrita para suceder a Constança Urbano de Sousa na pasta da Administração Interna. A notícia, avançada em primeira mão pela TVI, foi surge menos de 12 horas depois do anúncio da saída da ministra. O jurista passa assim, de ministro Adjunto a titular da pasta antes ocupada pela ministra demissionária. Segundo a estação de televisão, Pedro Siza Vieira será o ministro Adjunto do primeiro-ministro.

A tomada de posse está agendada para sábado imediatamente antes do Conselho de Ministros extraordinário para discutir a reforma do sistema de proteção civil.

Esta tarde, Eduardo Cabrita dizia que compreendia as razões que levaram à demissão de Constança Urbano de Sousa, mas elogiava o trabalho desenvolvido pela ex-ministra do Governo de Costa, que se viu a braços com uma crise motivada pela tragédia dos incêndios este verão, que vitimou mais de 100 pessoas.

Em Gouveia, num dos concelhos afetados pelos fogos, Cabrita acrescentava, esta tarde, que urgente era fazer uma “avaliação rigorosa” dos danos nas habitações, atividades económicas e equipamentos municipais. O levantamento será feito, “desejavelmente”, nas próximas três semanas, disse, em declarações transmitidas pela RTP3. Questionado sobre se esta seria a maior crise do Governo até ao momento, Eduardo Cabrita respondeu: “Este é um momento que confronta as instituições com a necessidade de dar resposta ao anseio de segurança das populações”.

Cabrita é licenciado em Direito e integrou pela primeira vez um Governo em 1984/85, quando ocupou o cargo de adjunto do Gabinete da secretária de Estado da Administração Autárquica. Em 1985 foi também inspetor das Finanças e secretário-adjunto para a Justiça do Governo de Macau em 1988/89. Regressado de Macau depois de oito anos, voltou a Portugal como secretário adjunto do ministro da Justiça, que era António Costa, entre 1999 e 2002, no segundo mandato de António Guterres.

Pedro Siza Vieira, por sua vez, ficará como braço-direito de António Costa. É, atualmente, advogado da Linklaters e, no passado, serviu como conselho legal na Câmara Municipal de Lisboa, tendo ainda sido conselheiro do governador de Macau. De acordo com o seu perfil na Linklaters, o novo ministro Adjunto tem sido “ativo tanto em Portugal como além-fronteiras e a sua experiência no estrangeiro é particularmente forte em Angola e Moçambique”, lê-se. É ainda professor na Faculdade de Direito da Universidade Católica em Lisboa e presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem. De acordo com um artigo do Expresso publicado em maio, Pedro Siza Vieira faz parte do círculo mais próximo de António Costa.

Recorde-se que o nome de Pedro Siza Vieira já era falado aquando da anterior remodelação governamental, que acabou por se cingir a secretários de Estado. O advogado era dado como um nome possível para substituir Manuel Caldeira Cabral na pasta da Economia, isto porque Siza Vieira integrava a Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas, mas também do grupo que estava soluções para resolver o problema do crédito malparado na banca e que resultou na criação da plataforma que agora integra CGD, BCP e Novo Banco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.