Mercados dos EUA e UE estão altamente interligados

Obama vai-se embora, Trump vai entrar, mas há algo que fica igual: a alta interligação económica entre as duas zonas, tal como mostra o Eurostat num relatório sobre o investimento direto estrangeiro.

Os Estados Unidos da América e a União Europeia têm os mercados “altamente interligados”. A expressão é do Eurostat, o gabinete de estatística da União Europeia, e consta do relatório sobre o investimento direto estrangeiro de 2015, mas recorda a dependência económica das duas zonas numa altura em que a incerteza reina na Europa e o protecionismo de Donald Trump está prestes a acelerar do outro lado do Atlântico.

No final de 2015, os EUA absorveram 37,2% do total das ações de investimento direto estrangeiro detidas por países da União Europeia no resto do mundo, superando qualquer outro país exterior à UE. No total foram 2.561 mil milhões de euros em investimento europeu nos Estados Unidos. No total o investimento dos países europeus investiram mais 14,9% face a 2014.

O mesmo acontece no sentido inverso. Ou seja, os EUA detêm 41,7% do total das ações de investimento direto estrangeiro na União Europeia detidas por países exteriores. Em 2015 essa posição foi reforçada e atingiu os 2.436 mil milhões de euros. No total o investimento de países exterior na União Europeia aumentou 22,8%, o que significa um aumento total de 1.000 mil milhões de euros.

Fonte: Eurostat.
Fonte: Eurostat.

O ações de investimento direto estrangeiro ajudam a quantificar o impacto da globalização e a medir as ligações económicas duradouras entre países“, esclarece o Eurostat. É essa ligação entre os EUA e a UE que fica patente deste relatório, revelando a importância relativa dos dois países na economia europeia e norte-americana.

Além dos EUA, a União Europeia depende ainda da Suíça, as ilhas Bermudas, o Brasil, a China, o Canadá, a ilha de Jersey e as ilhas Caimão.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)

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