BCP afunda. Direitos vão valer 66,5 cêntimos
Ações do BCP afundaram na última sessão que garantia acesso direto ao aumento de capital. Direitos chegam quinta-feira ao mercado com um preço teórico de 66,5 cêntimos.
Quando o BCP BCP 0,00% voltar à negociação esta terça-feira, não se assuste com o novo preço das ações. Os títulos vão valer apenas 0,1383 euros em vez dos 0,8031 euros com que encerraram esta segunda-feira, mas a cotação apenas vai ajustar-se com o destaque do direito de subscrição no aumento de capital do BCP. Já este direito chegará quinta-feira ao mercado a valer 0,6648 euros.
Na última sessão que garantia acesso direto ao aumento de capital, as ações do BCP voltaram a afundar: cederam 7,58% para 0,8031 euros. E é com esta cotação de referência que podem ser calculados os valores teóricos dos direitos (e da cada uma das 15 ações que cada direito assegura), direitos estes que começam a ser subscritos e transacionados só a partir da sessão de quinta-feira.
Contas feitas, uma ação existente vai passar a valer 0,1383 euros a partir desta terça-feira. E, por cada título detido no final desta sessão, os acionistas recebem um direito com o preço teórico de 0,6648 euros que garante a subscrição de 15 novas ações — o valor para subscrever cada uma é, em teoria, de 0,0443 euros mais o preço de subscrição das novas ações de 9,4 cêntimos.
Mas atenção: este é apenas um preço teórico porque, a partir do momento em que estes direitos forem admitidos à negociação em bolsa, o que acontece a partir da próxima quinta-feira até dia 30 de janeiro, a cotação passará a ser ajustada em função das leis da oferta e da procura do mercado. Ou seja, uma maior procura tenderá a impulsionar os preços. E uma menor procura poderá castigar os títulos.
Do lado da procura, há uma variável que pode influenciar o valor dos direitos: se a Fosun já se comprometeu, de forma irrevogável, a subscrever um número suficiente de direitos para garantir uma posição 30% após o aumento de capital, falta saber se os angolanos da Sonangol pretendem acompanhar o protagonismo do grupo chinês — autorização do Banco Central Europeu (BCE) não falta. No entanto, é um aumento de capital de grande dimensão: haverá muitos títulos novos.
Assim, durante as próximas duas semanas, vai poder negociar ações do BCP que já existem e simultaneamente direitos de subscrição sobre as novas ações, potenciando um cenário de arbitragem nos títulos do banco que os investidores mais astutos podem aproveitar — pode consultar a calculadora que o ECO preparou para otimizar a sua estratégia neste aumento de capital.
O BCP prepara-se para aumentar o capital em 1.300 milhões de euros, através da emissão de 14 mil milhões de novas ações. A operação tem o apoio de um sindicado bancário que tomou firma a operação. Ou seja, estes bancos ficarão com as ações que sobrarem da operação de reforço de capital do BCP.
(Notícia atualizada às 17h20)
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