CaixaBank espera reduzir custos do BPI em 84 milhões, sobretudo com trabalhadores
As poupanças no BPI deverão atingir o pico em 2019. O CaixaBank estima cortar 45 milhões de euros em custos com pessoal e outros 39 milhões em custos gerais.
O CaixaBank estima que, após concretizar a oferta pública de aquisição (OPA) sobre o BPI, o banco português consiga vir a reduzir custos anuais em 84 milhões de euros, sendo que mais de metade deste montante virá de poupanças com trabalhadores.
No prospeto da OPA divulgado esta segunda-feira, o CaixaBank diz que “confia que poderia obter um aumento adicional dos lucros da Sociedade Visada [BPI] através de sinergias de custos e receitas baseadas na sua experiência em aquisições anteriores no setor bancário (Caixa Girona, Bankpime, Banca Cívica, Banco de Valência e Barclays Bank, S.A.U.)”. Neste campo, os catalães destacam as “reduções de custos gerais resultantes da implementação de processos de otimização e a redução de custos de pessoal”.
"Quaisquer reestruturações laborais serão realizadas em estrito cumprimento dos parâmetros sociais que têm vindo a ser observados. Será dada prioridade a reformas antecipadas e lay-offs incentivados.”
O CaixaBank estima mesmo que essas sinergias poderão “gerar até 84 milhões de euros anuais de poupanças no negócio” do BPI, uma redução que deverá atingir o seu pico em 2019. Deste montante, o banco catalão estima que 45 milhões de euros resultem de redução de custos com pessoal e outros 39 milhões de redução de custos gerais.
Quanto aos trabalhadores, diz o CaixaBank que “quaisquer restruturações laborais” serão realizadas “em estrito cumprimento dos parâmetros sociais que têm vindo a ser observados” em processos similares e que dará “prioridade a reformas antecipadas e lay-offs [saídas de trabalhadores] incentivados”.
Já a rede comercia deverá ficar igual, refere o banco espanhol, recordando que o BPI tem vindo a reduzir os seus balcões nos últimos anos (tendo fechado 52 em 2015 e mais 52 até setembro de 2016) para um total de 545 em Portugal.
"O CaixaBank espera sinergias no valor de 35 milhões de euros antes de impostos.”
O CaixaBank espera ainda que a compra da totalidade do capital social do BPI dê origem a “sinergias transfronteiriças” e “sinergias de receitas”, indicando várias iniciativas que espera tomar e estimando que gerem “sinergias no valor de 35 milhões de euros antes de impostos”.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) registou, esta segunda-feira, a OPA do CaixaBank sobre a totalidade do capital do BPI, oferecendo o banco espanhol 1,134 euros por cada ação do BPI, o que avalia o banco em cerca de 1600 milhões de euros.
A operação arranca já esta terça-feira, 17 de janeiro, e decorre até 7 de fevereiro.
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