Execução dos apoios às empresas em “velocidade de cruzeiro”
Portugal chegou ao final de 2016 com "470 milhões de euros" atribuídos às empresas, através de fundos comunitários de apoio ao investimento, ultrapassando a meta definida .
O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje na Figueira da Foz que foi atingida a “velocidade de cruzeiro” na execução de fundos comunitários de apoio às empresas.
“Hoje podemos dizer que atingimos a situação de velocidade de cruzeiro na execução dos nossos fundos comunitários no que diz respeito às empresas”, afirmou António Costa, que discursava na Figueira da Foz, na cerimónia de assinatura de dois contratos de investimento entre o Estado e o grupo de produção de pasta de papel Altri, no valor de 125 milhões de euros.
O primeiro-ministro recordou que Portugal chegou ao final de 2016 com “470 milhões de euros” atribuídos às empresas, através de fundos comunitários de apoio ao investimento, ultrapassando a meta definida pelo executivo de colocar 450 milhões de euros nas empresas nesse mesmo ano.
“Por isso, podemos mesmo dizer, com tranquilidade e sem otimismo, que a meta que fixámos para este ano [mil milhões de euros aplicados nas empresas] é uma meta que também iremos cumprir, tal como cumprimos no ano passado”, sublinhou.
António Costa realçou que os apoios às empresas só existem porque existe por parte das empresas “vontade de investir” e que essa mesma vontade de investimento só existe “porque há confiança”.
“Há boas razões para haver confiança”, notou o líder do executivo socialista, destacando que o país “vai sair pela primeira vez do procedimento por défice excessivo”, o “quadro político estável” e os “números animadores” das exportações, “em particular nos mercados europeus”.
A cerimónia na qual António Costa discursou contou ainda com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, e do secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.
A assinatura dos dois contratos de investimento com o grupo de produção de pasta de papel Altri correspondem a investimentos de 40 milhões de euros na Celbi, unidade na Figueira da Foz, e 85 milhões de euros na Celtejo, em Vila Velha do Ródão, segundo o grupo.
Paulo Fernandes, um dos dois diretores executivos do grupo Altri, disse que os contratos hoje assinados vão permitir “melhorar a competitividade e gerar eficiências”. O responsável considerou que, com o investimento de 85 milhões, a Celtejo “passará a ser uma unidade moderna e eficiente”, enquanto a fábrica da Celbi, segunda maior produtora da Europa de pasta de papel, passará a ter o “maior e mais eficiente sistema de descasque de madeira do mundo”.
A Altri exporta cerca de 95% da sua produção para a Europa, mas também para a China e resto do mundo. A empresa tem um volume de vendas superior a 665 milhões de euros.
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