Bagão Félix defende que NB deve permanecer no Fundo de Resolução
O ex-ministro das Finanças diz que nacionalizar o Novo Banco não faz sentido e defende que a instituição permaneça nas mãos do Fundo de Resolução. Bagão Félix apoia Medina na corrida à Câmara.
O ex-ministro das Finanças e do Trabalho e Segurança Social, Bagão Félix defende a permanência do Novo Banco nas mãos do Fundo de Resolução mais algum tempo. A revelação foi feita pelo próprio em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias publicada este domingo.
Bagão Félix descarta assim as teses da nacionalização e da venda, e claro a liquidação da instituição.
“Tudo considerado o que é preferível? Continuar mais algum tempo com uma boa gestão profissional com o capital possuído pelo Fundo de Resolução, que também é uma entidade pública. Implica negociar um prolongamento do prazo com a Comissão Europeia. A nacionalização não faz sentido porque o banco está indiretamente nacionalizado através do Fundo de Resolução para o qual o Estado injetou grande parte da verba e que faz parte do perímetro orçamental”, afirmou.
Tudo considerado o que é preferível? Continuar mais algum tempo com uma boa gestão profissional com o capital possuído pelo Fundo de Resolução, que também é uma entidade pública. Implica negociar um prolongamento do prazo com a Comissão Europeia. A nacionalização não faz sentido porque o banco está indiretamente nacionalizado através do Fundo de Resolução para o qual o Estado injetou grande parte da verba e que faz parte do perímetro orçamental
Ainda na mesma entrevista, o ex-ministro dá o seu apoio a Fernando Medina na corrida à Câmara de Lisboa.
Para Bagão Félix, o socialista tem feito um bom trabalho que deve continuar.
“Não sei quem vão ser os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, mas à partida simpatizo com a ideia de continuar Fernando Medina, que tem sido um bom presidente”, refere o ex-ministro das Finanças.
O democrata cristão diz ainda que Medina: “É um jovem político e toda a gente comete erros, mas é uma pessoa ativa que em meu entender está a fazer uma boa gestão na Câmara de Lisboa“.
Sobre a líder do CDS-PP e também candidata à autarquia da capital, Assunção Cristas, Bagão esclarece que “não está em causa Assunção Cristas, mas para votar numa autarquia voto em pessoas. Por acaso o Fernando Medina é do Partido Socialista, podia não ser. Acho que tem feito um bom trabalho”.
Não está em causa Assunção Cristas, mas para votar numa autarquia voto em pessoas. Por acaso o Fernando Medina é do Partido Socialista, podia não ser. Acho que tem feito um bom trabalho
Sobre Passos Coelho, Bagão Félix considerou que o líder social democrata é resistente, mas diz que o ex- chefe do governo terá dificuldades acrescidas para vencer as próximas eleições legislativas.
“É um trabalho penoso, difícil. Quer se queira, quer não, ele está associado às medidas de austeridade mais gravosas e impopulares. Tudo depende da conjuntura política, económica e social nos próximos anos. Reconheço-lhe uma grande bravura, coragem, teimosia e obstinação em continuar”.
Bagão Félix que assumiu também a pasta do Trabalho e Segurança Social comentou também o tema da taxa social única para dizer que o governo foi imprudente neste dossier. Bagão diz que o executivo de Costa devia ter negociado com o PSD garantindo a viabilidade do acordo alcançado na concertação social.
“O governo foi imprudente. Não tratou da concertação política e até sabia de antemão que os partidos que são seus companheiros na coligação se oporiam à medida“.
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