Retornos na Europa podem duplicar face aos EUA, diz o Goldman Sachs
Há muitas dúvidas em torno das decisões de Donald Trump. Mas, assim que esta incerteza desaparecer, os retornos das ações europeias devem duplicar em relação às pares norte-americanas.
O retorno das ações europeias está preparado para duplicar em relação às pares norte-americanas. Tudo depende de Donald Trump. As mais recentes decisões do novo presidente dos EUA têm sido controversas e criam incerteza no mercado. Mas o Goldman Sachs está otimista. O banco diz que, assim que estas dúvidas se dissiparam, os investidores que apostam nos títulos do Velho Continente vão sair a ganhar.
Em apenas dez dias de presidência, Donald Trump já tomou várias decisões controversas. Desde suspender a entrada de refugiados nos Estados Unidos à construção de um muro com o México. E esta incerteza em torno dos próximos passos do novo Presidente dos EUA deixa o mercado nervoso. Mas, assim que estas dúvidas desaparecerem, o retorno das ações europeias deve duplicar este ano em relação aos títulos norte-americanos. Pelo menos é esta a previsão do Goldman Sachs.
"O índice Stoxx Europe 600 vai oferecer retornos de 8%, incluindo dividendos, até ao final de 2017, graças à depreciação do euro, forte crescimento global e recuperação dos preços do petróleo”
O índice Stoxx Europe 600 vai oferecer retornos de 8%, incluindo dividendos, até ao final de 2017, graças à depreciação do euro, forte crescimento global e recuperação dos preços do petróleo, explica Christian Mueller-Glissmann, responsável pela gestão de portefólio e alocação de ativos do Goldman Sachs, citado pela Bloomberg. Já o índice S&P 500 vai oferecer retornos de 4%, prevê o Goldman Sachs, à medida que o otimismo em torno do crescimento económico nos EUA desaparece e põe um travão à subida das ações.
Christian Mueller-Glissmann relembra que o que está a alimentar o otimismo nos EUA é o corte dos impostos e a despesa orçamental — promessas feitas por Donald Trumo durante a campanha eleitoral — e este efeito pode diluir-se ao longo do ano. A Europa tem todas as condições para se sair bem, nota o gestor. Mas como? As exportadoras europeias vão beneficiar se Trump continuar a adotar medidas que levem o dólar a apreciar e o euro a cair, diz Mueller-Glissmann.
As ações globais têm subido desde a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, com o S&P e o Dow Jones a registarem novos máximos recorde. Mas este otimismo deve amenizar, uma vez que “será difícil ao novo presidente norte-americano cumprir todas as promessas”, explica o gestor.
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