Produção de azeitona para azeite afunda 30% em 2016
Más condições meteorológicas afetaram campanha oleícola, marcada por menos azeitona e com menor rendimento em azeite, sublinha o INE.
A produção de azeitona para azeite em Portugal terá caído 30% em 2016 devido ao mau tempo, segundo as previsões agrícolas publicadas esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Nos países do sul da Europa, as condições adversas da meteorologia também têm afetado a produção, levando os preços do azeite a subir 70% em alguns casos.
Em Portugal, a campanha oleícola no ano passado ficou “marcada por menos azeitona e com menor rendimento em azeite”, refletindo as condições climatéricas adversas e da alternância anual de produção dos olivais tradicionais. No final, a campanha de produção de azeitona para azeite deverá ter rondado as 491 mil toneladas, menos 30% do que em 2015.
“Nos olivais, a campanha iniciou-se com uma abundante floração. Contudo, a fase do vingamento dos frutos decorreu sob condições meteorológicas muito adversas (primavera bastante chuvosa), o que resultou numa carga de frutos inferior à da campanha anterior”, indica o INE.
"Nos olivais, a campanha iniciou-se com uma abundante floração. Contudo, a fase do vingamento dos frutos decorreu sob condições meteorológicas muito adversas (primavera bastante chuvosa), o que resultou numa carga de frutos inferior à da campanha anterior.”
“Este aspeto, conjugado com a normal alternância produtiva da variedade Galega, predominante nos olivais tradicionais de sequeiro (que ainda representam uma componente muito significativa da estrutura do olival nacional), contribuiu para a redução da produção de azeitona para azeite”, explica ainda a autoridade nacional de estatísticas.
O mau tempo também afetou a produção de azeite em outros países do Mediterrâneo no ano passado, como Espanha, Itália, Grécia e Tunísia. No caso de Itália, o valor do preço pago ao produtor por cada quilo de azeite virgem extra aumentou 70% em janeiro de 2017 face ao ano anterior.
O INE acrescenta ainda que, apesar da modernização do setor da olivicultura na última década, o fenómeno de safra e contrassafra continua a manifestar-se de forma evidente em Portugal. Acrescenta que “as fundas (rendimento da azeitona em azeite) foram aumentando com o decorrer da apanha, mas continuam inferiores às registadas na campanha anterior. O azeite obtido é, regra geral, de boa qualidade”, destaca o INE.
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