Jerónimo Martins condiciona arranque em Lisboa
Títulos da retalhista caem mais de 2% depois de o Haitong ter cortado o preço-alvo. Lisboa despertou em terreno negativo, prolongando queda da sessão anterior.
A bolsa nacional ia na melhor sequência de ganhos deste ano até interromper este ciclo positivo na sessão de quarta-feira. Volta esta manhã a negociar em terreno negativo, um desempenho condicionado sobretudo pela Jerónimo Martins. O Haitong baixou as estimativas para a cotação da retalhista portuguesa depois dos resultados anuais terem revelado alguma pressão no negócio colombiano e polaco.
O PSI-20, o principal índice português, cede 0,32% para 4.653,9 pontos. As ações da Jerónimo Martins tombam 2,01% para 15,88 euros. As perdas maiores do que o esperado na Ara e a redução das perspetivas na Biedronka levaram o Haitong a baixar as perspetivas para a evolução dos resultados da retalhista portuguesa até 2020, com impacto no preço-alvo atribuído à Jerónimo Martins, que foi revisto em baixa, dos 16,8 euros para os 16,20 euros. Isto apesar do dividendo de 0,605 euros que o banco de investimento considera que será “bem recebido” pelo mercado.
“No lado da avaliação, estimativas mais baixas para a Biedronka levaram a uma queda de 0,6 euros no nosso preço-alvo para os 16,2 euros. As ações cresceram 11% desde o início do ano, contra um desempenho flat do índice de retalho europeu, e poderá haver lugar a alguma tomada de mais-valias em função do outlook mais soft da Jerónimo Martins”, explica o ex-Besi.
No total, 11 cotadas seguiam sob pressão vendedora na abertura em Lisboa, com nota de destaque para a Nos (-1,11%) e EDP Renováveis (-0,63%). Do lado positivo, destacava-se a Galp, que assumia um ganho de 0,85% para 13,7 euros, e a Pharol, que soma 0,86% para 0,35 euros.
Entretanto, no plano europeu, o sentimento é ligeiramente positivo, com o IBEX-35 de Madrid e CAC-40 de Paris, que avançam 0,3% e 0,25%, respetivamente. O FTSE Mib ganha 0,14%, enquanto o DAX-30 de Frankfurt seguia abaixo da linha de água com uma baixa ligeira de 0,02%.
"Os investidores na Europa estão cada vez mais divididos: por um lado estão rodeados de incerteza relativamente ao cenário político (eleições presidenciais em França e o processo do Brexit) que tem conduzido a uma procura de ativos considerados de refúgio. Por outro lado, as perspetivas mais animadoras em relação ao crescimento da economia global e os resultados empresariais têm sido um dos suportes dos mercados acionistas.”
“Os investidores na Europa estão cada vez mais divididos: por um lado estão rodeados de incerteza relativamente ao cenário político (eleições presidenciais em França e o processo do Brexit) que tem conduzido a uma procura de ativos considerados de refúgio”, dizem os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “Por outro lado, as perspetivas mais animadoras em relação ao crescimento da economia global e os resultados empresariais têm sido um dos suportes dos mercados acionistas”, acrescentaram.
(Notícia atualizada às 8h25)
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