PS: Nova comissão à CGD é um “ataque doentio” a Centeno
O socialista João Paulo Correia ataca a "falta de agenda política" da direita, que está a tentar "desviar as atenções do bom desempenho da economia".
A nova comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), constituída pelo PSD e pelo CDS-PP, é uma forma de desviar atenções do “bom desempenho” da economia e é “um ataque doentio” a Mário Centeno, acusa o PS.
As críticas são feitas pelo deputado socialista João Paulo Correia, que começa por atacar a “falta de agenda” da direita. “O anúncio da nova comissão de inquérito à CGD revela uma falta de agenda política por parte da direita. PSD e CDS insistem nesta agenda (…) e vão aborrecendo a opinião pública e os portugueses”, atirou o deputado, em declarações aos jornalistas.
Por outro lado, diz, ao pedir uma nova comissão de inquérito, a oposição vem confirmar aquilo que a esquerda tem defendido: o conteúdo dos SMS trocados entre Mário Centeno e António Domingues, antigo presidente do banco público, “não faz parte do objeto da comissão”.
Esse é, precisamente, o objetivo de PSD e CDS. Esta sexta-feira, os dois partidos explicaram que pretendem conhecer o conteúdo das negociações entre o Governo e Domingues, bem como os factos que conduziram à sua demissão. Falta saber que documentos é que a direita vai pedir para ver, além de quem irá pedir para auditar.
"Aquilo que tem sido provado na atual comissão é que as necessidades de capital da CGD já eram conhecidas do anterior governo, apesar de sempre ter negado que as conhecia.”
Para o PS, esta é só uma forma de desviar atenções não só do trabalho que tem sido feito pelo Governo, como dos factos que têm sido descobertos na atual comissão. “O anúncio da nova comissão de inquérito tenta desviar as atenções da atual comissão, que está a procurar saber quais as necessidades de recapitalização e porque é que estas necessidades surgiram. Aquilo que tem sido provado na atual comissão é que essas necessidades já eram conhecidas do anterior governo, apesar de sempre ter negado que as conhecia”, frisou João Paulo Correia.
Por outro lado, PSD e CDS “pretendem desviar as atenções do bom desempenho da economia e do bom comportamento das finanças públicas”, disse o deputado. “É um ataque doentio ao Governo e ao seu ministro das Finanças“, concluiu.
Notícia atualizada às 15h35 com mais declarações de João Paulo Correia.
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