Receitas da PT Portugal recuam. EBITDA acelera
As receitas da dona da Meo voltaram a cair em 2016, mas a derrapagem foi menor do que no ano anterior. Cresceram entre outubro e dezembro, algo que não acontecia há muito, muito tempo.
As receitas da PT Portugal voltaram a cair em 2016, embora menos do que em 2015. A dona da Meo registou um crescimento homólogo das receitas no quarto trimestre, algo que não acontecia há 32 trimestres consecutivos, travando a quebra nas receitas totais. E o EBITDA subiu, superando a fasquia dos mil milhões de euros.
Em 2016, a Altice gerou menos receitas em Portugal do que no ano anterior. A Altice, que detém a PT Portugal e a Meo, gerou 2.311 milhões de euros de receitas em 2016, contra os 2.347 milhões gerados em 2015. Trata-se de uma quebra de 1,5% que, ainda assim, contrasta com os 7,3% de quebra verificada em cadeia em 2015.
Olhando para o período entre outubro e dezembro, as receitas da PT Portugal cresceram 0,5% em termos homólogos. O montante foi de 580 milhões de euros, um número “suportado numa melhoria sustentada de todos os segmentos de negócio”, indica a empresa. A firma aponta o dedo a um “impacto regulatório” que terá impedido um crescimento homólogo trimestral ainda maior. Assim, excluindo a descida das terminações móveis imposta pela Anacom, as receitas teriam aumentado 1,3%, estima a companhia.
Para Paulo Neves, chairman e presidente executivo da PT Portugal, estes são resultados que “mostram uma clara inversão na tendência de queda de receitas” e provam que “a estratégia adotada pela Altice permitiu à PT retomar o caminho do crescimento”.
"Foi um ano de consolidação para o grupo Altice, que se afirma hoje como uma multinacional líder, convergente em telecomunicações e media.”
O EBITDA anual (isto é, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 11,6% e situou-se nos 1,079 milhões de euros, passando a barreira dos mil milhões. A margem subiu de 41,2% para 47,4%. O EBITDA trimestral também cresceu, de 245,9 milhões para 260,7 milhões de euros.
Em relação ao investimento, o CAPEX ajustado prendeu-se nos 399 milhões de euros, um crescimento de 20,5% face a 2015. A empresa manteve a aposta na expansão da rede de fibra ótica no país e na requalificação da rede móvel, em que a tecnologia 4G tem já “uma cobertura de 93%” do território nacional, garante a firma.
De referir, por fim, que o peso dos contratos de aquisição de direitos desportivos já se está a refletir nas contas da PT Portugal. Em 2016, esses contratos de transmissão televisiva custaram à empresa 44 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 19h07 com mais informação)
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