Vice-governadora do Banco de Inglaterra demite-se com dúvidas sobre idoneidade
Charlotte Hogg apresentou a sua demissão do banco central britânico depois de os deputados terem questionado a sua idoneidade para um cargo para o qual havia sido promovida há duas semanas.
Charlotte Hogg apresentou a sua demissão como vice-governadora do Banco de Inglaterra, depois de um comité de deputados ter questionado a sua idoneidade para exercer funções num cargo para o qual havia sido promovida há apenas duas semanas.
Hogg anunciou a sua renúncia 25 minutos depois de esta comissão ter publicado um relatório bastante sensível na sequência da falta de transparência quanto ao facto de o seu irmão trabalhar no Barclays — que é regulado pelo Banco de Inglaterra.
Na opinião dos deputados, “a competência profissional de Hogg está aquém dos padrões muito elevados para cumprir as responsabilidade adicional do vice-governador para os mercados e banca”.
Embora a comité se apresente apenas com um papel consultivo, a posição dos deputados quanto ao perfil de Hogg foi o suficiente para esta se demitir da posição número dois do banco central britânico, onde havia entrado em 2013 como diretora de operações.
Os problemas de Hogg começaram quando foi ouvida no mesmo comité no mês passado, depois de ter revelado que informou o Banco de Inglaterra que o seu irmão Quintin Hogg era funcionário do Barclays.
Depois da audição, o comité concluiu que tinha o perfil adequado para desempenhar as funções de vice-governadora. No entanto, dias depois, Charlotte Hogg foi forçada a declarar perante os deputados que não tinha apresentado essa informação familiar junto do banco central — violando o código de conduto que a própria ajudou a elaborar quando se juntou à instituição em 2013.
“No seu relatório de 2 de março, o comité concluiu que Charlotte Hogg tinha a competência profissional necessária para preencher o cargo de vice-governadora para os mercados e banca. Se tivesse sabido o que foi divulgado desde então, teria tomado uma visão diferente”, consideram os deputados.
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