Banca teme ainda mais exposição ao Novo Banco
A solução de manter 25% do Novo Banco na esfera do Fundo de Resolução não agrada ao setor da banca, que teme um aumento da exposição à instituição concorrente.
A alienação do Novo Banco está já na reta final e, ainda esta semana, deverá ser oficialmente anunciada a venda do banco de transição ao Lone Star. No entanto, no sistema financeiro, há um desconforto evidente se a solução do Governo passar por deixar 25% da instituição no Fundo de Resolução, avança o Público esta terça-feira (acesso pago), citando “vários gestores de bancos e acionistas”.
De acordo com o jornal, a banca teme um aumento da exposição ao Novo Banco, onde, se for essa a solução escolhida, o Fundo de Resolução, do qual fazem parte todos os bancos, ficará acionista sem poder de controlo nem quaisquer contrapartidas. Segundo o Público, estará decidido que é mesmo isso que vai acontecer e tanto o Governo como o Banco de Portugal têm poder para o fazer, independentemente da posição tomada pelo setor.
Desde a queda do Banco Espírito Santo no verão quente de 2014 que o Novo Banco já custou 3,9 mil milhões de euros ao setor. Ora, se o Fundo de Resolução mantiver uma participação qualificada na instituição, é natural que essa fatura aumente. O certo é que Bruxelas já deu luz verde a que o Estado ou o Fundo de Resolução mantenham essa fatia de 25% do Novo Banco. Recorde-se que a diluição do risco com uma garantia estatal era condição do Lone Star para adquirir o banco.
Ainda assim, o Banco Central Europeu e a DGComp impedem o Estado de manter direitos de voto ou qualquer tipo de controlo na gestão do Novo Banco após a aquisição, uma autêntica vitória para o Lone Star, como explica o mesmo jornal: o Estado participa no risco, mas nem sequer pode ter uma participação nos temas mais sensíveis como o da constituição de imparidades.
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