Petróleo nos 50 dólares acelera produção nos EUA
Há 11 semanas que o número de plataformas a produzir petróleo nos EUA aumenta, para mais do que duplicarem face ao mínimo de 2016.
O esforço da OPEP para limitar a produção de petróleo é uma moeda de duas faces. O acordo histórico celebrado entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros países produtores no final do ano passado conseguiu colocar a cotação do petróleo acima da fasquia psicológica dos 50 dólares e aproximá-la mais dos seus objetivos, mas ao mesmo tempo está a puxar pelo apetite dos produtores norte-americanos. A contagem de plataformas em atividade nos EUA atesta isso mesmo.
Na semana, passada, o número de plataformas de petróleo em produção nos EUA cresceu pela 11ª semana consecutiva, o que corresponde ao ciclo de subidas mas dilatado desde o ano de 2011. Segundo dados reportados pela Baker Hughes, prestadora de serviços para o setor petrolífero norte-americana, o número de plataformas petrolíferas aumentou em dez, com estas a ascenderem a um total de 662, na última semana. Este número implica um aumento para mais do dobro face ao mínimo de plataformas em atividade registada no ano passado, que foi de 316 em maio.
O incremento do número de plataformas em atividade coincidiu com um período em que os preços do petróleo registaram fortes ganhos. Na semana passada, a cotação do “ouro negro” valorizou mais de 5% no mercado norte-americano e acima de 4% na Europa. O barril do crude negociado em Nova Iorque terminou a semana nos 50,60 dólares, superando a barreira dos 50 dólares pela primeira vez em três semanas. No mesmo dia, o barril do brent transacionado em Londres fechou a valer 52,83 dólares.
Estes ganhos ocorreram no seguimento de notícias que apontam para que a OPEP venha a estender o acordo para o corte de produção de petróleo. Segundo o secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, o reequilíbrio do mercado de petróleo já está a fazer o seu percurso. Já os analistas do Citigroup disseram no início da passada semana que os mercados de petróleo irão ficar mais “apertados”, sobretudo no segundo trimestre deste ano, perante a retoma sazonal da procura de crude e a queda do abastecimento por parte dos países da OPEP e de outros produtores.
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