Montepio? Santa Casa “não tem intenção nenhuma”
Santana Lopes diz, num artigo de opinião, que tem "Vieira da Silva na conta de uma pessoa muito responsável e que, certamente, nunca pediria à Santa Casa para entrar numa aventura".
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) pode comprar o Montepio? “Não se invente”, diz Santana Lopes. “A SCML não tem intenção rigorosamente nenhuma em relação ao Montepio”, refere o Provedor, salientando que nunca, desde que Vieira da Silva aventou essa hipótese, “não houve uma única conversa, reunião ou sequer leitura de documentos”. Mas vai fazê-lo. “Tenho a obrigação acrescida de estudar uma possibilidade por ele aventada”, refere.
Depois de ter aproveitado a apresentação dos resultados de 2016 para afirmar que a SCML aponta para uma “gestão rigorosa e criteriosa” e garante que “não entra em aventuras”, Santana Lopes recorreu ao espaço de opinião semanal no Jornal de Negócios (acesso pago) para voltar a afastar aquilo que, diz, ser uma invenção: o negócio Santa Casa/Montepio. “Não se tente criar títulos de facto consumado”, refere o Provedor, afirmando há muita especulação. “Não se invente”, diz o título do artigo.
"A partir do momento em que o ministro que tem a tutela da SCML exprime ou admite essa possibilidade, a Santa Casa tem a obrigação, não de a rejeitar ‘in limine’, mas de a estudar.”
“Entendo dever aproveitar este espaço para frisar bem que a SCML não tem intenção rigorosamente nenhuma em relação ao Montepio“, diz Santana Lopes, salientando que, “da minha parte não houve uma única conversa, reunião ou sequer leitura de documentos depois de se ter conhecido essa posição ministerial”, referindo-se a Vieira da Silva, o ministro do Trabalho, que voltou esta quarta-feira a dizer que o Governo vê “com bons olhos” a “cooperação entre instituições da área social”, referindo-se a uma eventual entrada da SCML no capital do Montepio.
“Afirmei, e mantenho, que a partir do momento em que o ministro que tem a tutela da SCML exprime ou admite essa possibilidade, a Santa Casa tem a obrigação, não de a rejeitar ‘in limine’, mas de a estudar. Cada ministro tem direito a falar à Santa Casa aquilo que considera mais importante. Desde que estou nestas funções já lidei com dois ministros e tenho bem presente as diferenças nos assuntos que os motivam”, refere Santana Lopes.
“Tenho o ministro Vieira da Silva na conta de uma pessoa muito responsável e que, certamente, nunca pediria à Santa Casa para entrar numa aventura“, repetindo assim o que já tinha dito na entrevista concedida à TVI, mas também no comunicado em que revelou que a SCML fechou o último exercício com lucros de 21,1 milhões de euros. Mas, conclui, tem “a obrigação acrescida de estudar uma possibilidade por ele aventada”.
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