Apetro: “Não há espaço para reduzir preços” dos combustíveis
Para a associação de empresas petrolíferas, o elevado nível de impostos retira margem de manobra para as gasolineiras baixarem preços dos combustíveis.
António Comprido, secretário-geral da Apetro (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas), diz que não há espaço “para reduzir significativamente os preços” dos combustíveis devido ao elevado nível de impostos sobre o setor.
Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, Comprido argumenta que é preciso justificar que o negócio seja rentável e que, nesse sentido, a margem bruta entre 10% e 12% inviabiliza qualquer baixa nos preços do gasóleo e gasolina tendo em conta o peso fiscal.
“Todo o aumento no ISP [imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos] é refletido no preço ao consumidor. Não podia ser de outra maneira. Não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais”, declarou aquele responsável.
"Todo o aumento no ISP [imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos] é refletido no preço ao consumidor. Não podia ser de outra maneira. Não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais.”
Adiantou que a margem bruta do setor se situa entre os 12 e 14 cêntimos por litro, “o que significa que em relação ao preço de venda ao público está na casa dos 10% e 12%”, precisando a estrutura de custos do petróleo desde que sai da refinaria.
“O produto em si, que sai da refinaria, custa até 25% do custo total. Depois, dependendo se é gasolina ou gasóleo, entre 55% é 65% é imposto. Somando os dois, chegamos aos 85% ou 90%. O que sobra é a tal margem bruta que cobre todos os custos e ainda a margem líquida”, referiu.
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