Apetro: “Não há espaço para reduzir preços” dos combustíveis

  • ECO
  • 16 Abril 2017

Para a associação de empresas petrolíferas, o elevado nível de impostos retira margem de manobra para as gasolineiras baixarem preços dos combustíveis.

António Comprido, secretário-geral da Apetro (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas), diz que não há espaço “para reduzir significativamente os preços” dos combustíveis devido ao elevado nível de impostos sobre o setor.

Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, Comprido argumenta que é preciso justificar que o negócio seja rentável e que, nesse sentido, a margem bruta entre 10% e 12% inviabiliza qualquer baixa nos preços do gasóleo e gasolina tendo em conta o peso fiscal.

“Todo o aumento no ISP [imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos] é refletido no preço ao consumidor. Não podia ser de outra maneira. Não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais”, declarou aquele responsável.

"Todo o aumento no ISP [imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos] é refletido no preço ao consumidor. Não podia ser de outra maneira. Não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais.”

António Comprido

Secretário geral da Apetro

 

Adiantou que a margem bruta do setor se situa entre os 12 e 14 cêntimos por litro, “o que significa que em relação ao preço de venda ao público está na casa dos 10% e 12%”, precisando a estrutura de custos do petróleo desde que sai da refinaria.

“O produto em si, que sai da refinaria, custa até 25% do custo total. Depois, dependendo se é gasolina ou gasóleo, entre 55% é 65% é imposto. Somando os dois, chegamos aos 85% ou 90%. O que sobra é a tal margem bruta que cobre todos os custos e ainda a margem líquida”, referiu.

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