Lucros da Jerónimo Martins crescem, mas pouco
O grupo de distribuição atingiu lucros de 78 milhões de euros. Já as vendas registaram um crescimento de 9% para 3.679 milhões de euros.
A Jerónimo Martins fechou o primeiro trimestre de 2017 com um resultado líquido de 78 milhões de euros, um crescimento de 0,4% face ao período homólogo do ano passado, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este resultado fica em linha com as perspetivas dos analistas do BPI.
A dona da Pingo Doce e da Biedronka adianta que “excluído o impacto da Monterroio no primeiro trimestre de 2016, os resultados cresceram 4,6%“.
Já as vendas cresceram 9% para os 3.679 milhões de euros. As vendas like for like (LFL), vendas nas lojas que operam sob as mesmas condições nos dois períodos, cresceram 5,8%, com o desempenho de vendas das Biedronka e do Recheio a compensar largamente o impacto negativo do ano bissexto em 2016 e da ausência da Páscoa no primeiro trimestre de 2017.
Biedronka é responsável por 68,7% das vendas
Na Polónia, as vendas da Biedronka terão atingido os 2.527 milhões de euros, um crescimento de 10,8% face a igual período do ano anterior. Já a Hebe atingiu vendas de 36 milhões de euros, um aumento de 33,9%. A Biedronka é responsável por 68,7% do total das vendas da Jerónimo Martins.
A empresa salienta que a boa performance na Polónia se deve ao facto do ambiente se ter mantido favorável, “beneficiando do subsídio que começou a ser atribuído às famílias a partir de abril de 2016 e do aumento do salário mínimo em janeiro de 2017”.
Em Portugal, a atividade também foi penalizada pelo efeito calendário. As vendas totais do Pingo Doce terão crescido 0,8% para 823 milhões de euros, com um LFL (excluindo combustível) de -1,4%.
Já o Recheio registou até março, vendas totais de 201 milhões de euros, mais 7,2% do que em igual período de 2016. As vendas LFL cresceram 5,2%.
A Ara, na Colômbia, onde o grupo Jerónimo Martins fez um forte investimento, nos primeiros três meses do ano, com a abertura de mais 23 lojas, atingiu vendas de 87 milhões de euros, um crescimento de 81,8% face aos três primeiros meses do ano anterior.
O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortização e depreciação) cifrou-se nos 192 milhões de euros, um crescimento de 4,6%. Este crescimento foi impulsionado pelos negócios estabelecidos — excluindo a Ara e Hebe — que mais do que compensaram as perdas na Ara.
O grupo investiu nos três primeiros meses do ano 101 milhões de euros. Em termos de perspetivas futuras, a Jerónimo Martins adianta que em 2017 deverá investir um total de 700 milhões de euros, e confirma a intenção de abrir mais 100 lojas líquidas Biedronka e a abertura de pelo menos mais 150 lojas na Colômbia.
No final do primeiro trimestre deste ano, o grupo era constituído por um parque de lojas de: 2729 Biedronka, 415 Pingo Doce, 42 Recheio, 244 Ara e 159 Hebe.
Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador delegado do grupo, adianta em comunicado que “os números destes primeiros três meses dão-nos confiança de que o rumo estratégico traçado para os nossos negócios nos permitirá continuar a crescer e superar o desempenho dos mercados onde operamos”.
A empresa adianta ainda que “o pagamento do dividendo no valor de 380,2 milhões de euros, terá lugar no segundo trimestre, a 4 de maio”.
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