Banca internacional quer sair de Londres. Mas a sério
O terramoto do Brexit já se se sente em Frankfurt. No primeiro trimestre, a atividade no setor imobiliário aumentou com a procura de escritórios para acolher os bancos vindos de Londres.
Custa-lhe a crer que os bancos realmente deixem Londres por causa do Brexit? Pois bem: começa a ser a sério. De acordo com corretores imobiliários alemães, a procura por espaços em Frankfurt já começou e não vai haver espaço para toda a gente, avança a Bloomberg esta quarta-feira.
Com a saída do Reino Unido da União Europeia, é provável que a cidade alemã ganhe uma nova vida no setor financeiro. “Nada de concreto aconteceu no ano passado, mas tudo mudou no primeiro trimestre deste ano. Os bancos estão agora a olhar seriamente para localizações específicas”, disse à agência Carsten Ape, do grupo imobiliário CBRE.
Segundo fontes próximas dos bancos, Goldman Sachs e Citigroup são duas das instituições que consideram escolher Frankfurt para acolher uma nova sede europeia. O setor financeiro está a preparar instalar estes polos em países no interior da Europa, para poder continuar a usufruir das condições do mercado único. Estima-se que Londres possa vir a perder dez mil profissões de banqueiro e outros vinte mil cargos ligados à finança com o Brexit.
"Nada de concreto aconteceu no ano passado, mas tudo mudou no primeiro trimestre deste ano.”
Frankfurt tem sido das cidades mais apontadas como destino dos ativos que os bancos querem transferir da capital britânica. Mas não vai haver espaço para toda a gente, garante Juergen Schmid, da Savills Plc, uma empresa ligada ao investimento imobiliário em Frankfurt. À Bloomberg, disse que isso vai resultar num “aumento da procura por escritórios em zonas menos atraentes”, levando à subida das rendas.
Contas feitas, uma coisa é certa: há muita atividade no mercado, garantem alguns profissionais do setor imobiliário. Um indicador de que o êxodo bancário poderá ser um fenómeno real a atormentar Londres e os britânicos nos próximos tempos.
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