Ford despede 1.400 trabalhadores para conter custos
A administração da empresa avançou com um plano de despedimentos depois do início do ano ter sido negativo. As ações da Ford estão a cair 1% esta quarta-feira.
A Ford confirmou esta quarta-feira que vai cortar 10% da sua força de trabalho na América do Norte e na Ásia ainda este ano. O esforço de contenção de custos surge na necessidade do presidente executivo da empresa, Mark Fields, de ter melhores resultados. Segundo o The New York Times (acesso condicionado), esse corte vai acontecer através de reformas antecipadas voluntárias e de uma indemnização para os restantes trabalhadores. O processo deverá estar concluído no final de setembro.
Ao todo são 1.400 os trabalhadores que vão sair da Ford. A empresa do setor automóvel procederá a este corte nos Estados Unidos e nos países asiáticos onde tem fábricas. Contudo, isto não é inédito: a empresa já o tinha feito na Europa e na América do Sul, regiões que agora não serão afetadas por este novo corte de custos. Em junho, os funcionários vão saber mais detalhes.
Continuámos focados nas nossas três prioridades estratégicas que irão criar valor e conduzir a um crescimento da rentabilidade.
“Continuámos focados nas nossas três prioridades estratégicas que irão criar valor e conduzir a um crescimento da rentabilidade, o que inclui a fortificação dos pilares de receitas do nosso negócio ‘core’, transformando as áreas do nosso negócio ‘core’ que têm uma performance baixa tradicionalmente e investindo de forma agressiva, mas de forma prudente, nas oportunidades emergentes“, explicou a Ford quando anunciou os despedimentos.
A empresa do setor automóvel conseguiu um resultado líquido de 1,6 mil milhões no primeiro trimestre do ano, um resultado 35% inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar de a bolsa norte-americana ter batido recordes, a Ford perdeu quase 10% do seu valor de mercado. Os títulos estão a cair 1% esta quarta-feira de tarde.
As ações da Ford têm estado a cair os últimos três anos com os investidores a preocuparem-se com a concorrência, nomeadamente porque as vendas no mercado norte-americano estão a cair depois de sete anos de forte crescimento. Este plano de corte de custos tem também como objetivo ganhar mais confiança junto dos investidores.
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