Petróleo afunda, mas combustíveis sobem
A OPEP chegou a acordo para prolongar os cortes na produção. Houve acordo, mas não convenceu. O barril afundou, mas os portugueses não vão sentir o efeito. Os combustíveis vão subir.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) quer fazer subir os preços da matéria-prima, mas a estratégia não está a correr bem. Mesmo com o prolongamento dos cortes de produção, as cotações afundam. O petróleo está mais barato, mas isso não significa que os portugueses passem a pagar menos pelos combustíveis. Aliás, vão até pagar mais na próxima semana.
Tanto o Brent como o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, afundaram após o anúncio de prolongamento do corte de produção por nove meses — os investidores queriam mais. Quedas de mais de 5%, apenas numa sessão, que levaram o WTI para baixo dos 49 dólares, acumulando uma queda de mais de 3% em cinco sessões.
Esta forte descida vai trazer preços mais baixos de combustíveis? Nem por isso. Tanto a gasolina como o gasóleo, ambos os produtos cotados nos mercados internacionais, caíram, acompanhando a tendência da matéria-prima de base. Contudo, na média semanal dos preços de ambos o resultado não foi o mesmo. Estão ambos mais caros face à semana anterior. Resultado? Vêm aí preços mais elevados.
No caso da gasolina não deverá haver alteração. Houve uma subida de 0,44% no preço médio do combustível, variação que deverá levar a uma manutenção dos valores de venda nos postos de abastecimento nacionais, mas no caso do gasóleo há margem para que os preços registem um agravamento de um cêntimo por litro, de acordo com cálculos do ECO com base em cotações da Bloomberg.
Confirmando-se esta subida do gasóleo, será a segunda semana consecutiva de aumento dos preços daquele que é o combustível mais utilizado no mercado nacional — cerca de 80% do total. O preço médio de venda ao público do gasóleo simples poderá, assim, subir de 1,215 euros por litro para 1,225 euros, o que será um máximo de um mês. A gasolina simples de 95 octanas deverá permanecer nos 1,45 euros.
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