Financial Times diz que o sol brilha nos juros da dívida portuguesa
O sol não chegou apenas aos céus de Portugal. Também os juros da dívida portuguesa foram abençoados pelos raios de sol da chegada do verão. Quem o diz é o Financial Times.
A dívida pública atingiu um novo máximo histórico ao superar os 247 mil milhões de euros. No mesmo dia em que foi conhecido o recorde, os juros baixaram para um mínimo de setembro. Essa evolução das obrigações a dez anos levou o Financial Times (acesso pago) a escrever que “o sol brilha” nos títulos de dívida portugueses, assinalando que as taxas atingiram um mínimo de mais de oito meses.
Esta sexta-feira de manhã os juros atingiram um mínimo de 2,975%. O jornal britânico dá duas justificações para este desempenho da dívida portuguesa no mercado secundário: a aceleração da economia portuguesa e a recomendação da Comissão Europeia para que Portugal abandone o Procedimento por Défices Excessivos.
O Financial Times refere que a economia está agora a crescer a par de Espanha dado que ambos os países sofreu uma forte recessão provocada pela crise da dívida. O diário britânico assinala ainda que o primeiro-ministro está a pressionar as agências de rating para aumentar a notação financeira da dívida portuguesa — retirando-a do “lixo” –, o que seria uma “bênção” para os investidores.
Em apenas dois meses, a taxa das obrigações a dez anos baixou dos 4% para 3%. Neste período a correção foi de mais de 100 pontos face à taxa de 4,003% que atingiu no final de março. Isto significa que os investidores estão a exigir menos dinheiro para comprar dívida portuguesa no mercado secundário, ajudando a baixar a fatura da próxima vez que Portugal realizar um novo leilão de dívida.
O FT recorda ainda que os juros a dez anos — a taxa de referência para o mercado — atingiu um máximo em fevereiro, chegando aos 4,239%, o nível mais elevado desde 2014. O diário assinala que Portugal tem sido “um dos mais beneficiados” do programa de compras de dívida soberana do Banco Central Europeu.
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