Estado ainda terá mais 200 milhões de despesa com o SIRESP
A parceria público-privada entre o Estado e o SIRESP prevê que ainda sejam pagos cerca de 200 milhões de euros até 2021, altura em que o contrato termina. De 2016 faltam pagar 41 milhões de euros.
O contrato da rede de comunicações de emergência prevê que o Estado pague mais 200 milhões de euros até 2021. O Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) tem uma fatura de cerca de 40 milhões de euros por ano, despesa que diminui nos últimos três anos do contrato. Estas projeções constam do último boletim trimestral da Unidade Técnica de Apoio às PPP (UTAP), revelado pelo Jornal Económico, relativo aos primeiros três meses deste ano.
Ao todo, o SIRESP ainda vai custar 196 milhões de euros aos cofres públicos. Nesta altura o sistema está a ser colocado em causa dada as alegadas falhas que teve na operação em Pedrógão Grande, acusações que o próprio SIRESP já veio recusar. Atualmente decorre uma auditoria pedida pela ministra da Administração Interna ao Instituto de Telecomunicações.
- 2016: 41 milhões de euros
- 2017: 44 milhões de euros
- 2018: 42 milhões de euros
- 2019: 28 milhões de euros
- 2020: 28 milhões de euros
- 2021: 13 milhões de euros
O contrato foi alvo de críticas pelo Tribunal de Contas, assim como as suas sucessivas renegociações operadas por vários Governos. O Público escreve esta sexta-feira que o Tribunal de Contas criticou as primeiras renegociações do SIRESP por terem sido feitas à custa de cortes nos meios. Foram vários os alertas desde o início do século, quando o SIRESP começou a ser construído, até ao momento. Um desses avisos do Tribunal de Contas é que os Governos optaram por “uma redução apreciável do objeto da prestação com uma redução do montante a despender”.
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