CDS pede demissão dos ministros da Defesa e Administração Interna a Costa
Assunção Cristas disse esta segunda-feira que "as demissões são inevitáveis". A líder centrista pede que o primeiro-ministro demita Constança Urbano de Sousa e Azeredo Lopes.
Após a audição com o Presidente da República, Assunção Cristas afirmou que “o Estado falhou e tarda a assumir que falhou” nos casos do incêndio de Pedrógão Grande e do roubo de material militar nos Paióis Nacionais de Tancos. Na sede do CDS-PP, em conferência de imprensa, em declarações transmitidas pela RTP3, a líder do CDS considerou que “estes ministros não souberam estar à altura das suas responsabilidades” e que “as falhas têm de ter consequências”. Por isso, Cristas conclui que “as demissões são inevitáveis”. “Senhor primeiro-ministro, volte e demita-os”, pediu, dizendo que “a descoordenação não se pode repetir”.
"As falhas têm de ter consequências.”
Esta foi a posição que os centristas transmitiram a Marcelo Rebelo de Sousa na audição que decorreu esta segunda-feira. “Nestes dois casos puseram-se em causa os mais elementares direitos de um Estado soberano, os que têm a ver com a segurança das pessoas”, afirmou Assunção Cristas, na sede do CDS, referindo que “quebrou-se” a confiança dos cidadãos no Estado.
Relativamente ao caso de Tancos, a líder do CDS assinalou que o ministro da Defesa assumiu responsabilidade política, “mas não o vimos a retirar qualquer consequência disso“. “Sinalizámos a ausência de qualquer palavra do primeiro-ministro numa matéria tão grave quer interna quer externamente”, disse ainda. O CDS diz ter sentido vergonha em ver um jornal espanhol publicar a lista de material militar roubado em Tancos.
"Estes ministros não souberam estar à altura das suas responsabilidades.”
“Estes ministros não souberam estar à altura das suas responsabilidades, as demissões são inevitáveis e temos de o dizer sem hesitações e sem rodeios: senhor primeiro-ministro, volte e demita-os”, exigiu Assunção Cristas. “Há uma crise de autoridade, há uma crise de comando“, alertou, referindo que essas questões só serão resolvidas com a demissão dos ministros. “Não é possível restaurar a quebra de confiança que neste momento existe no Estado nos domínios da Defesa e da Segurança”, disse Cristas, sem as demissões de Constança Urbano de Sousa e Azeredo Lopes.
(Atualização às 16h37)
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